#BarbeariaSrLuis
[0.002/2023]
O absurdo total deu-se quando, ao reclamar, o Facebook reviu
(espanto) a penalização e pediu desculpa pelo engano que tinham cometido, mas
continuaram a restringir a minha liberdade de expressão por mais 27 dias.
Foi preciso escrever um texto a insurgir-me pela penalização
para, 24 horas depois, retirarem as restrições que me tinham aplicado.
Passo a explicar com imagens porque esta gente só percebe o
ridículo em que anda a laborar se lhes fizermos o boneco.
No dia em que cessou a restrição anterior, ao folhear o meu
feed, dei com a publicação da imagem de um presépio num texto da Sofia.
Por ter achado graça e oportunidade à imagem deixei lá o
comentário que reproduzo acima e, após a anuência da autora usei essa imagem
como foto de capa no meu mural.
Logo de seguida recebi o aviso da penalização do Facebook,
que reproduzo, por ter usado inocentemente a palavra “roubar”. Tratou-se de
mais uma bacorada de alguém muito inteligente e conhecedor da língua portuguesa
que incluiu num qualquer “INDEX” de palavras controladas pelo algoritmo idiota que
foi concebido por um ilustre informático dos quadros censórios do Facebook.
e assim ficou por mais 24 horas até que resolvi escrever um texto a mostrar o meu desagrado com as plataformas da META.
As restrições desapareceram (até ver).
Razões para tudo isto nunca foram dadas.
Estas multinacionais que nos manipulam e que nós sustentamos, pouco ou nada se importam com que lhes cede conteúdos de borla para que encham os bolsos.
Estou de castigo durante 24:00 horas e não poderei publicar o que
quer que seja no Facebook, nem sequer para me defender.
A história é simples.
(Clique nas imagens seguintes para as ler melhor)
Sobre a polémica ida dos nossos mais altos dignatários ao Qatar
resolvi publicar este texto:
“Que o Qatar é aquilo que é, isto é, que é uma máquina
repressiva onde os direitos humanos valem o que pode pagar um dólar, já todos
sabíamos muito antes de se iniciar o Campeonato do Mundo.
Que a FIFA é aquilo que é, isto é, que é uma máquina de lavar XXL com funções especiais de branqueamento, centrifugação e um reservatório azul para distribuição de amaciador, já todos sabíamos muito antes de se iniciar o Campeonato do Mundo.
Que os titulares máximos dos órgãos de soberania são aquilo que são, isto é, que são titulares e têm dias em que ficam lélés da cuca, já todos sabíamos muito antes de se iniciar o Campeonato do Mundo.
O que não sabíamos, ou pelo menos eu não sabia e gostaria de não ter de aprender, é que quando uma pessoa não gosta de outra, pode aceitar um convite para um bacanal na casa da pessoa de quem não gosta, para lhe dizer que não gosta dela nem do bacanal, embora participe nele.
Nestes casos o que pensava saber ser correcto era não aceitar o convite. Mas isto era antes de haver a noção de que um Estado é um imenso jogo de futebol em que pouco importa se a bola é a cabeça de alguém.”
"João Moita
A esse comentário, porque entendi que se desviava do texto que tinha escrito e branqueava o Qatar na permanente violação da Carta dos Direitos Humanos da ONU, respondi com o seguinte comentário irónico:
"Pois é, somos todos tolinhos. Os direitos humanos não interessam nada, os americanos é que são terríveis.
Para comentar um texto convém lê-lo e perceber o que o texto diz."
Passados alguns segundos a minha resposta tinha desaparecido e recebi o aviso do Facebook que mostro abaixo onde me restringem qualquer tipo de publicações durante 24:00 horas por ter incitado ao ódio:
Mas não.
Ao tentar fazer um post explicando o que se tinha passado recebi a seguinte comunicação:
Agora, não só me mantiveram o castigo por 24:00 horas, como ainda fui informado de que, se por acaso tiver a sorte de receber alguma resposta, ela só será dada daqui a algumas semanas.
Podem ver abaixo:
Andei eu a perder o meu valioso tempo com estes censores que tudo descontextualizam e não entendem um comentário irónico e que ao mesmo tempo que se enchem de dinheiro com os conteúdos que lhes fornecemos de borla.
Não nos merecem qualquer consideração e nós também a não merecemos por lhes continuar a alimentar a imbecilidade.
Entretanto os comentários ao Post vão-se sucedendo e nem sequer posso avisar que estou de castigo e não lhes posso responder.
Se andar por aqui alguma alma caridosa que possa avisar os meus leitores do Facebook que estou de castigo, agradeço.
LNT
O Facebook
anda à caça de palavras, descontextualiza-as, não entende os conteúdos e,
invocando regras que ele impõe a quem lhe dá de comer, censura e corta inadmissivelmente
textos inócuos considerando-os como incentivos ao ódio e à discriminação.
A culpa é nossa porque continuamos a usar aquela plataforma que nos impõe uma moral que não tem e que insiste na estupidificação e formatação de quem a utiliza e valoriza com os conteúdos por nós produzidos.
O problema do Facebook não é ser, em si, um hater, mas sim uma plataforma que se está a transformar - e ainda por cima de forma estúpida, uma vez que não consegue ler a contextualização (seja por forma mecânica/automática, seja por ignorância dos persecutores caça-palavras) num formatador da nossa liberdade.
Usei a palavra "mariquinhas" num comentário a um comentário amigo e familiar, sem qualquer sentido fóbico ou discriminatório e cortaram-me o texto.
A PIDE não se atreveria a tanto.
O Facebook não se esforça para nos merecer e nós, que insistimos em utilizá-lo, devíamos ter mais respeito pela nossa liberdade de expressão.
Dito isto, o regresso aos Blogs, já anteriormente feito pela Ana Cristina Leonardo, foi há pouco também concretizado pelo João Gonçalves que, a partir de hoje, voltou a constar na coluna da direita desta Barbearia.
LNT
Dois anos de pandemia (que continua, embora já não se fale
dela) e cinco meses de guerra na Ucrânia provocada pela ilegal invasão da Rússia
de Putin puseram o Mundo – a que os espertalhões chamam democracias liberais – a
ferro e fogo.
Isto anda tudo ligado, como dizia o outro, sendo que “isto” é
a situação nos hospitais, nos aeroportos e livre circulação, na inflação, na
energia, na fome do denominado terceiro mundo, no retrocesso ambiental, nas
liberdades e confinamentos, já para não falar no disparo da mortandade no Mundo
e na Ucrânia em particular, na destruição do modo e qualidade de vida e nos migrantes
e refugiados que tudo perdem.
Os noticiários fazem crer que a coisa é só por cá, mas não
é.
É um agigantar de problemas universais para os quais não
existem lideranças mundiais suficientemente capazes e competentes para combater
e resolver.
Este granel é como certas procissões onde os santinhos
mundiais de cerâmica foleira se passeiam em andores levados às costas por pé-descalços
e os povinhos se embalam no som das fanfarras enquanto se agarram à fé com
esperança em milagres.
O pior de tudo é que a procissão ainda vai no adro.