[0.037/2009]
Já fui feliz aqui [ CDXVII ]
LNT
os Patinhos - RTP - Portugal
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
[0.036/2009]
Simply the best
Sem grande tempo para pesquisas de fotos peço ao João Tunes que me empreste esta do Cristiano para que se não diga que um cliente brilhante não vê a sua foto pendurada nas paredes da Barbearia.
Aliás, ele (Ronaldo), só é o que é graças aos esforços das nossas colaboradoras que lhe põem os músculos em ordem e o penteiam com o gel que Deus lhes deu (e que o barbeiro pagou) obrigando-o a ganhar a massa muscular e a agilidade que, para nosso orgulho e raiva dos nuestros hermanos, o fazem o maior do Mundo.
LNT
Simply the best
Sem grande tempo para pesquisas de fotos peço ao João Tunes que me empreste esta do Cristiano para que se não diga que um cliente brilhante não vê a sua foto pendurada nas paredes da Barbearia.
Aliás, ele (Ronaldo), só é o que é graças aos esforços das nossas colaboradoras que lhe põem os músculos em ordem e o penteiam com o gel que Deus lhes deu (e que o barbeiro pagou) obrigando-o a ganhar a massa muscular e a agilidade que, para nosso orgulho e raiva dos nuestros hermanos, o fazem o maior do Mundo.
LNT
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
[0.034/2009]
*@¨#%6*§ [ III ]
Entretanto, na entrada do Marquês, juntavam-se ao reboliço das sirenes os flash dos paparazzi que, de máquina em punho, tentavam o acesso à fama e ao exclusivo.
A equipa de exteriores já tinha montada a mesa de maquilhagem onde se aparavam os pêlos mais desorganizados do Zé e se empoava o suor da adrenalina para que ficasse baço nas imagens.
Acesas as luzes, perguntava-lhe o estagiário de serviço se não se poderia ter evitado a tragédia, ao que ele respondia:
LNT
*@¨#%6*§ [ III ]
Entretanto, na entrada do Marquês, juntavam-se ao reboliço das sirenes os flash dos paparazzi que, de máquina em punho, tentavam o acesso à fama e ao exclusivo.
A equipa de exteriores já tinha montada a mesa de maquilhagem onde se aparavam os pêlos mais desorganizados do Zé e se empoava o suor da adrenalina para que ficasse baço nas imagens.
Acesas as luzes, perguntava-lhe o estagiário de serviço se não se poderia ter evitado a tragédia, ao que ele respondia:
"Bem avisei quando, em defesa dos superiores interesses dos cidadãos, tudo fiz para que o túnel se não construísse, incluindo o facto de o ter transformado num encargo impossível de suportar".Do escuro destacava-se o cheiro a queimado.
LNT
[0.033/2009]
Em defesa do Regime
De acordo com o Tomás Vasques, coisa rara nos tempos que correm, pelo menos no método, penso que só peca por defeito. O nosso Presidente da República sempre gostou de se fazer passar por apolítico, até mesmo no tempo em que foi Primeiro-Ministro e Presidente do PSD, o que nunca deixou de ser um contra-senso mas lhe granjeou bons resultados.
Acontece que agora, embora lhe seja imposta a condição de suprapartidário devido ao cargo em que está investido, não se lhe perdoa que seja agente apolítico porque é a ele que compete a defesa da Constituição Portuguesa e a garantia do regular funcionamento dos Orgãos Democráticos. Já quando referiu a falta de lealdade da Assembleia da República não pareceu particularmente feliz por essa formulação ter ultrapassado a crítica ao modo de funcionamento da "Sede da Democracia" confundindo a vontade democrática da unanimidade parlamentar com a imposição da sua vontade. Quando agora pretende determinar as matérias sobre as quais os Partidos Políticos se devem ou não pronunciar, volta a dar sinais pouco claros do seu papel na democracia política.
Seria melhor que se preocupasse com a disciplina do seu Gabinete e com as "fontes" que não param de jorrar inconfidências aos órgãos de comunicação social ou, se entender que essas "fontes" são invenção da comunicação social, de promover a sua denúncia.
Claro que a resolução da crise tem de ser um dos objectivos prioritários de todo o regime democrático português mas que nunca se aproveite a "CRISE" para se pôr em causa esse mesmo Regime. A marcação das datas para as eleições não é assunto de lana-caprina e a sua simultaneidade também o não é, sendo que o que vier a resultar destas eleições e da forma como se processarem, reverterá em boas ou más alternativas para a abordagem da crise e para a apresentação de soluções.
LNT
Em defesa do Regime
De acordo com o Tomás Vasques, coisa rara nos tempos que correm, pelo menos no método, penso que só peca por defeito. O nosso Presidente da República sempre gostou de se fazer passar por apolítico, até mesmo no tempo em que foi Primeiro-Ministro e Presidente do PSD, o que nunca deixou de ser um contra-senso mas lhe granjeou bons resultados.
Acontece que agora, embora lhe seja imposta a condição de suprapartidário devido ao cargo em que está investido, não se lhe perdoa que seja agente apolítico porque é a ele que compete a defesa da Constituição Portuguesa e a garantia do regular funcionamento dos Orgãos Democráticos. Já quando referiu a falta de lealdade da Assembleia da República não pareceu particularmente feliz por essa formulação ter ultrapassado a crítica ao modo de funcionamento da "Sede da Democracia" confundindo a vontade democrática da unanimidade parlamentar com a imposição da sua vontade. Quando agora pretende determinar as matérias sobre as quais os Partidos Políticos se devem ou não pronunciar, volta a dar sinais pouco claros do seu papel na democracia política.
Seria melhor que se preocupasse com a disciplina do seu Gabinete e com as "fontes" que não param de jorrar inconfidências aos órgãos de comunicação social ou, se entender que essas "fontes" são invenção da comunicação social, de promover a sua denúncia.
Claro que a resolução da crise tem de ser um dos objectivos prioritários de todo o regime democrático português mas que nunca se aproveite a "CRISE" para se pôr em causa esse mesmo Regime. A marcação das datas para as eleições não é assunto de lana-caprina e a sua simultaneidade também o não é, sendo que o que vier a resultar destas eleições e da forma como se processarem, reverterá em boas ou más alternativas para a abordagem da crise e para a apresentação de soluções.
LNT
Rastos:
-> Hoje há Conquilhas... ≡ Tomás Vasques - Pequenas hipocrisias
domingo, 11 de janeiro de 2009
[0.031/2009]
Repulsa e óbvio
Nunca percebi a repulsa das notícias que anunciam morte no decurso de uma guerra.
Todos os dias somos bombardeados com essa mesma repulsa e fica a ideia de que o mal não são as guerras mas sim os seus mortos, como se uma coisa pudesse existir sem a outra e como se houvesse boas e más guerras. Talvez, quando muito, poderá haver guerras mais justas do que outras mas todas elas acarretam perdas de vidas humanas inocentes.
Como as bombas e os morteiros não escolhem idade nem género, os mortos serão de todas as faixas etárias e dos dois sexos, com todos os efeitos colaterais e todos os acidentes de fogo amigo que são inerentes à arte de guerrear.
Talvez por isso recuso publicar imagens de crianças abatidas, mulheres desmembradas ou homens esfacelados. Por muitas boas que sejam as intenções de quem as publica, nada acrescentam ao óbvio só evitável pela abstenção da guerra. A banalização na reprodução dessas imagens resulta em indiferença perante o sofrimento alheio e na desumanização da morte.
LNT
Repulsa e óbvio
Nunca percebi a repulsa das notícias que anunciam morte no decurso de uma guerra.
Todos os dias somos bombardeados com essa mesma repulsa e fica a ideia de que o mal não são as guerras mas sim os seus mortos, como se uma coisa pudesse existir sem a outra e como se houvesse boas e más guerras. Talvez, quando muito, poderá haver guerras mais justas do que outras mas todas elas acarretam perdas de vidas humanas inocentes.
Como as bombas e os morteiros não escolhem idade nem género, os mortos serão de todas as faixas etárias e dos dois sexos, com todos os efeitos colaterais e todos os acidentes de fogo amigo que são inerentes à arte de guerrear.
Talvez por isso recuso publicar imagens de crianças abatidas, mulheres desmembradas ou homens esfacelados. Por muitas boas que sejam as intenções de quem as publica, nada acrescentam ao óbvio só evitável pela abstenção da guerra. A banalização na reprodução dessas imagens resulta em indiferença perante o sofrimento alheio e na desumanização da morte.
LNT
[0.030/2009]
Famílias
Um dia poderá desenhar-se a árvore genealógica de alguma Blogos(fera) e há-de verificar-se que alguns dos seus ramos se multiplicam e desdobram de forma espantosa.
Um desses ramos, autêntico case study para os interessados destas matérias, será certamente o dos Corta-fiteiros que já anunciam a sua terceira grande família, depois da cisão do ramo azul e branco e da aglutinação do ramo laranja shocking com outros galhos dispersos.
A seguir o as Penas do Flamingo com entrada também na coluna da direita desta vossa loja.
LNT
Famílias
Um dia poderá desenhar-se a árvore genealógica de alguma Blogos(fera) e há-de verificar-se que alguns dos seus ramos se multiplicam e desdobram de forma espantosa.
Um desses ramos, autêntico case study para os interessados destas matérias, será certamente o dos Corta-fiteiros que já anunciam a sua terceira grande família, depois da cisão do ramo azul e branco e da aglutinação do ramo laranja shocking com outros galhos dispersos.
A seguir o as Penas do Flamingo com entrada também na coluna da direita desta vossa loja.
LNT
Rastos:
-> Family Tree Builder ≡ My Heritage
-> Corta-Fitas
-> Risco Contínuo ≡ João Távora, Paulo Cunha Porto e outros
-> Delito de Opinião ≡ Pedro Correia; Teresa Ribeiro; Paulo Gorjão e outros
-> as Penas do Flamingo ≡ João Villalobos; Luís Naves e outros
sábado, 10 de janeiro de 2009
[0.028/2009]
*@¨#%6*§ [ II ]
Ainda mal montadas as faixas da polícia para que se não ultrapassassem os limites considerados de perigo e estabelecido o perímetro de aproximação, já os projectores das câmaras apontavam para a pivot da televisão que, à entrada do túnel e tendo por cenário um painel antigo de publicidade política com a cara do Zé, debitava, cabelos ao vento, aguardar mais notícias e noticiava que ainda nada havia para noticiar enquanto fazia previsões de que a situação poderia ser de extrema gravidade e que se desconhecia a identidade do sinistrado, calculando-se, pelo dramatismo do acidente, que se pudesse estar perante um caso de contornos indefinidos que envolviam estrangeiros ou, pelo menos, alguém de raça negra. Também não estava excluída a hipótese, dado tratar-se de um automóvel de grande potência, que o acidente tivesse por protagonista um jogador de futebol ou outra personagem marcante da sociedade portuguesa.
LNT
*@¨#%6*§ [ II ]
Ainda mal montadas as faixas da polícia para que se não ultrapassassem os limites considerados de perigo e estabelecido o perímetro de aproximação, já os projectores das câmaras apontavam para a pivot da televisão que, à entrada do túnel e tendo por cenário um painel antigo de publicidade política com a cara do Zé, debitava, cabelos ao vento, aguardar mais notícias e noticiava que ainda nada havia para noticiar enquanto fazia previsões de que a situação poderia ser de extrema gravidade e que se desconhecia a identidade do sinistrado, calculando-se, pelo dramatismo do acidente, que se pudesse estar perante um caso de contornos indefinidos que envolviam estrangeiros ou, pelo menos, alguém de raça negra. Também não estava excluída a hipótese, dado tratar-se de um automóvel de grande potência, que o acidente tivesse por protagonista um jogador de futebol ou outra personagem marcante da sociedade portuguesa.
LNT
[0.027/2009]
Colaborador da Semana [ LIX ]
Sempre colaborante, a nossa colaboradora desta semana é a gémea Mandella Leytt, moça de forte habilidade e experiência e de robusta personalidade e sapiência.
Mandella é mulher madura com grande traquejo adquirido pelo manusear da varina de condão que herdou dos tempos em que emitia moeda, da boa, e que nunca deixou de exercitar para manter um corpo jovem no rosto marcado pelo passar das provações, o que lhe aumenta a clientela sempre desejosa de sensações libidinosas.
Gosta de debates diz, quando mais nada tem para dizer, coisa que sempre evitou no exercício das funções sadomasoquistas com que se transveste quando tem de fazer o papel de dominadora para satisfação daqueles que atingem o auge com a dor do chicote ou a mão firme do castigo.
Leitt, mulher-menina travessa, dá-se mal com luzes fortes e prefere a penumbra para esconder, debaixo dos persas, os lixos que produz sempre que assume as rédeas.
Espantosamente continua a ser a preferida de larga faixa da nossa clientela o que lhe confere a distinção de colaboradora da semana.
LNT
Colaborador da Semana [ LIX ]
Sempre colaborante, a nossa colaboradora desta semana é a gémea Mandella Leytt, moça de forte habilidade e experiência e de robusta personalidade e sapiência.
Mandella é mulher madura com grande traquejo adquirido pelo manusear da varina de condão que herdou dos tempos em que emitia moeda, da boa, e que nunca deixou de exercitar para manter um corpo jovem no rosto marcado pelo passar das provações, o que lhe aumenta a clientela sempre desejosa de sensações libidinosas.
Gosta de debates diz, quando mais nada tem para dizer, coisa que sempre evitou no exercício das funções sadomasoquistas com que se transveste quando tem de fazer o papel de dominadora para satisfação daqueles que atingem o auge com a dor do chicote ou a mão firme do castigo.
Leitt, mulher-menina travessa, dá-se mal com luzes fortes e prefere a penumbra para esconder, debaixo dos persas, os lixos que produz sempre que assume as rédeas.
Espantosamente continua a ser a preferida de larga faixa da nossa clientela o que lhe confere a distinção de colaboradora da semana.
LNT
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
[0.025/2009]
*@¨#%6*§ [ I ]
Nem sequer era muito tarde. Passava um pouco do pôr-do-sol de Janeiro quando, sem luzes, entrou pelo túnel das Amoreiras à procura de encontrar o que lá ia buscar. O velocímetro marcava cento e oitenta quilómetros hora e os radares estavam desligados.
Morreu.
Diz-se que quis morrer num sítio mal afamado que em tempos todos consideravam perigoso.
LNT
*@¨#%6*§ [ I ]
Nem sequer era muito tarde. Passava um pouco do pôr-do-sol de Janeiro quando, sem luzes, entrou pelo túnel das Amoreiras à procura de encontrar o que lá ia buscar. O velocímetro marcava cento e oitenta quilómetros hora e os radares estavam desligados.
Morreu.
Diz-se que quis morrer num sítio mal afamado que em tempos todos consideravam perigoso.
LNT
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
[0.022/2009]
Geada lusitana
Com as mesmas ganas com que há uns meses todos os jornais faziam títulos com a violência que grassava (e que pelos vistos deixou de grassar) agora não há uma única primeira-página que não refira o frio, adjectivando-o de polar para reforçar a ideia.
Pela parte que me toca continuo a aguardar que ao sair de casa dê com o gelo nos vidros do carro, coisa que antes, quando se não falava tanto de frio, era uma característica dos amanheceres azuis de Janeiro.
LNT
Geada lusitana
Com as mesmas ganas com que há uns meses todos os jornais faziam títulos com a violência que grassava (e que pelos vistos deixou de grassar) agora não há uma única primeira-página que não refira o frio, adjectivando-o de polar para reforçar a ideia.
Pela parte que me toca continuo a aguardar que ao sair de casa dê com o gelo nos vidros do carro, coisa que antes, quando se não falava tanto de frio, era uma característica dos amanheceres azuis de Janeiro.
LNT
[0.021/2009]
Só se desilude quem se deixa iludir [ II ]
O Paulo Pedroso respondeu mas fala de coisas que não estão referidas no texto [0.019/2009]. Abordo lá a necessidade de "debater para a partir daí se abrirem caminhos de entendimento e de construção de propostas de futuro" nunca abordo coligações ou caminhos comuns.
Por outro lado, caro Paulo, as muitas referências ao que penso dos procedimentos do BE são explícitos em todo o texto o que não inviabiliza que se "não houver capacidade para as esquerdas dialogarem em busca de soluções, aplicaremos sempre no exercício do poder aquilo que contestamos quando somos oposição". Podia dar-lhe inúmeros exemplos, mas agora não vêm ao caso.
É isto que digo e que reafirmo não com "boa vontade", como o Paulo refere, mas na plena convicção de quem sabe onde está.
Já agora só um apontamento à margem:
Quando me convidaram a participar no comício do Trindade, declinei o convite. O que agora se passou na Aula Magna foi um debate, uma discussão com gente sabedora e capaz, e a isso não faltei.
LNT
Só se desilude quem se deixa iludir [ II ]
O Paulo Pedroso respondeu mas fala de coisas que não estão referidas no texto [0.019/2009]. Abordo lá a necessidade de "debater para a partir daí se abrirem caminhos de entendimento e de construção de propostas de futuro" nunca abordo coligações ou caminhos comuns.
Por outro lado, caro Paulo, as muitas referências ao que penso dos procedimentos do BE são explícitos em todo o texto o que não inviabiliza que se "não houver capacidade para as esquerdas dialogarem em busca de soluções, aplicaremos sempre no exercício do poder aquilo que contestamos quando somos oposição". Podia dar-lhe inúmeros exemplos, mas agora não vêm ao caso.
É isto que digo e que reafirmo não com "boa vontade", como o Paulo refere, mas na plena convicção de quem sabe onde está.
Já agora só um apontamento à margem:
Quando me convidaram a participar no comício do Trindade, declinei o convite. O que agora se passou na Aula Magna foi um debate, uma discussão com gente sabedora e capaz, e a isso não faltei.
LNT
Rastos:
-> Banco Corrido ≡ Paulo Pedroso - Desiludam-se os que querem renovar a esquerda com o BE - resposta a Luis Tito
-> Canhoto ≡ Paulo Pedroso - Desiludam-se os que querem renovar a esquerda com o BE - resposta a Luis Tito
-> a Barbearia do Senhor Luís ≡ LNT - Só se desilude quem se deixa iludir [ I ]
-> a Barbearia do Senhor Luís ≡ LNT - Missas
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
[0.019/2009]
Só se desilude quem se deixa iludir [ I ]
É, ou melhor, continua a ser interessante verificar como as coisas pretendem ser passadas para a opinião pública, consciente ou inconscientemente, com intenção de camuflar ou, como acredito que seja no caso de Paulo Pedroso, por má interpretação dos sinais.
É verdade que muitos camaradas meus sempre entenderam que o que se passou há um mês e picos na Aula Magna de Lisboa não foi um debate plural dos esquerdas, de alguns (algumas) esquerdas, mas sim um comício do Bloco de Esquerda onde participou Manuel Alegre. Não me canso de dizer, e digo-o não por me terem contado mas por lá ter estado e ter acompanhado a organização dos debates, que se é verdade que Francisco Louçã lá esteve, também por lá estiveram muitos outros homens e mulheres, filiados ou não noutros Partidos políticos da esquerda portuguesa. Sabe-se que quando se aborda a questão normalmente faz-se por esquecer que, por exemplo, Carvalho da Silva fazia parte de um dos painéis e que socialistas como Elísio Estanque e Nuno David entre muitos mais, faziam parte de outros, ou estiveram presentes nas sessões.
Quer queiram acreditar, quer não, garanto que lá não se rezaram credos nem se viram bandeiras, nem máscaras, nem anonimatos. Quem lá esteve tinha a cara descoberta, identificava-se pelo nome, era reconhecível pelos seus e pelos dos outros e não tinha mais ou menos estatuto que os restantes participantes. Uma das características comuns era a de que, como poderão facilmente adivinhar, não havia asas nas costas de ninguém e mesmo as virgens estavam precavidas. A disposição era a de debater para a partir daí se abrirem caminhos de entendimento e de construção de propostas de futuro que se acredita não terem de passar pela cartilha que tem guiado o diligentíssimo comité mundial destes últimos anos, com os resultados de todos conhecidos.
Pouco importa se Fazenda do BE diz coisas-e-loisas em defesa do seu comunismo e do seu Partido. Pouco importa se a direcção do PS gosta ou não de ver misturados alguns dos seus com outros que se lhe opõem no campo partidário, porque a quem lá foi não se exigiram pergaminhos ou chancelas partidárias. Também a ninguém se tirou pedaço, se tentou amordaçar ou se mandou calar e quem esteve atento ao discurso de encerramento feito por Manuel Alegre, atento para o ouvir e não para de lá extrair frases desgarradas com o intuito de as fazer manchete, dele escutou palavras pouco mansas na sua crítica aos que fazem oposição por oposição, se acantonam no contrapoder e fogem das responsabilidades como o Diabo foge da Cruz.
Tudo claro, parece, e queiram Paulo Pedroso e outros entender que a partidarite de Fazenda não nos faz qualquer mossa porque não será ela que inviabilizará os diálogos que demonstram o erro em que vivem os Fazendas-deste-mundo e que há muito mais vida na esquerda portuguesa e no pensamento de esquerda do que as lógicas eleitorais dos Partidos. Nunca se pretenderem uniões partidárias, sempre se defendeu o diálogo na busca de soluções de esquerda que não passem pelas gavetas cada vez que essa esquerda tem os votos e os meios para aplicar as soluções que defende.
O Paulo Pedroso sabe que é com estima que escrevo isto. Com estima e com a convicção de que se as esquerdas em Portugal não tiverem capacidade para dialogarem sobre as soluções, nos momentos próprios, à margem ou não dos Partidos, aplicaremos sempre no exercício do poder aquilo que contestamos quando somos oposição.
Tudo isto sem medos e ainda menos sem necessidade de desilusões porque nunca estivemos iludidos.
LNT
Só se desilude quem se deixa iludir [ I ]
É, ou melhor, continua a ser interessante verificar como as coisas pretendem ser passadas para a opinião pública, consciente ou inconscientemente, com intenção de camuflar ou, como acredito que seja no caso de Paulo Pedroso, por má interpretação dos sinais.
É verdade que muitos camaradas meus sempre entenderam que o que se passou há um mês e picos na Aula Magna de Lisboa não foi um debate plural dos esquerdas, de alguns (algumas) esquerdas, mas sim um comício do Bloco de Esquerda onde participou Manuel Alegre. Não me canso de dizer, e digo-o não por me terem contado mas por lá ter estado e ter acompanhado a organização dos debates, que se é verdade que Francisco Louçã lá esteve, também por lá estiveram muitos outros homens e mulheres, filiados ou não noutros Partidos políticos da esquerda portuguesa. Sabe-se que quando se aborda a questão normalmente faz-se por esquecer que, por exemplo, Carvalho da Silva fazia parte de um dos painéis e que socialistas como Elísio Estanque e Nuno David entre muitos mais, faziam parte de outros, ou estiveram presentes nas sessões.
Quer queiram acreditar, quer não, garanto que lá não se rezaram credos nem se viram bandeiras, nem máscaras, nem anonimatos. Quem lá esteve tinha a cara descoberta, identificava-se pelo nome, era reconhecível pelos seus e pelos dos outros e não tinha mais ou menos estatuto que os restantes participantes. Uma das características comuns era a de que, como poderão facilmente adivinhar, não havia asas nas costas de ninguém e mesmo as virgens estavam precavidas. A disposição era a de debater para a partir daí se abrirem caminhos de entendimento e de construção de propostas de futuro que se acredita não terem de passar pela cartilha que tem guiado o diligentíssimo comité mundial destes últimos anos, com os resultados de todos conhecidos.
Pouco importa se Fazenda do BE diz coisas-e-loisas em defesa do seu comunismo e do seu Partido. Pouco importa se a direcção do PS gosta ou não de ver misturados alguns dos seus com outros que se lhe opõem no campo partidário, porque a quem lá foi não se exigiram pergaminhos ou chancelas partidárias. Também a ninguém se tirou pedaço, se tentou amordaçar ou se mandou calar e quem esteve atento ao discurso de encerramento feito por Manuel Alegre, atento para o ouvir e não para de lá extrair frases desgarradas com o intuito de as fazer manchete, dele escutou palavras pouco mansas na sua crítica aos que fazem oposição por oposição, se acantonam no contrapoder e fogem das responsabilidades como o Diabo foge da Cruz.
Tudo claro, parece, e queiram Paulo Pedroso e outros entender que a partidarite de Fazenda não nos faz qualquer mossa porque não será ela que inviabilizará os diálogos que demonstram o erro em que vivem os Fazendas-deste-mundo e que há muito mais vida na esquerda portuguesa e no pensamento de esquerda do que as lógicas eleitorais dos Partidos. Nunca se pretenderem uniões partidárias, sempre se defendeu o diálogo na busca de soluções de esquerda que não passem pelas gavetas cada vez que essa esquerda tem os votos e os meios para aplicar as soluções que defende.
O Paulo Pedroso sabe que é com estima que escrevo isto. Com estima e com a convicção de que se as esquerdas em Portugal não tiverem capacidade para dialogarem sobre as soluções, nos momentos próprios, à margem ou não dos Partidos, aplicaremos sempre no exercício do poder aquilo que contestamos quando somos oposição.
Tudo isto sem medos e ainda menos sem necessidade de desilusões porque nunca estivemos iludidos.
LNT
Rastos:
-> Banco Corrido ≡ Paulo Pedroso - Desiludam-se os que queiram renovar a esquerda com o Bloco
-> Canhoto ≡ Paulo Pedroso - Desiludam-se os que queiram renovar a esquerda com o Bloco
-> Diário de Notícias ≡ Zanga no "namoro" entre Alegre e o Bloco
-> Manuel Alegre ≡ Em defesa do público nos serviços públicos
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
[0.017/2009]
Cortesias
No Geração Rasca, o André Carvalho redige uma amabilidade a esta humilde Barbearia, sua casa, fazendo o obséquio e a fineza de a considerar um salão de referência na blogocoisa.
É uma manifesta simpatia e uma honra que muito anima as nossas colaboradoras.
O André já sabe: Em dia de stress é passar por aqui que tem reservado tratamento completo, cortesia sempre reservada aos nossos mais estimados e selectos clientes.
LNT
Cortesias
No Geração Rasca, o André Carvalho redige uma amabilidade a esta humilde Barbearia, sua casa, fazendo o obséquio e a fineza de a considerar um salão de referência na blogocoisa.
É uma manifesta simpatia e uma honra que muito anima as nossas colaboradoras.
O André já sabe: Em dia de stress é passar por aqui que tem reservado tratamento completo, cortesia sempre reservada aos nossos mais estimados e selectos clientes.
LNT
Rastos:
-> Geração Rasca ≡ André Carvalho
[0.016/2009]
Em terra de cegos...
Tenho pena que os dois entrevistadores tenham ido ao mesmo quando um, por ser a sua especialidade, se deveria centrar, como centrou, no economêz e o outro, por ser jornalista, deveria ter questionado sobre questões concretas com interesse informativo. Afinal a SIC passou o dia a solicitar aos seus clientes que apontassem questões que gostariam de ver respondidas e depois não as colocou. Para aquilo que ali vimos, um entrevistador tinha bastado.
Adelante.
Analisando só o espectáculo mediático, porque o miolo da comunicação já era conhecido, Sócrates esteve bem. Conseguiu falar sempre mais alto e com mais energia do que Ricardo Costa, o que é bom.
LNT
Em terra de cegos...
Quantos sonhos ligeiros, para teu sossego, menino avaro não tenhas medo.Seguida a entrevista que o nosso Primeiro concedeu à SIC retive, pela insistência e repetição, os pontos fortes deste Governo, cansei-me, pelo esforço de compreensão devido à sobreposição das vozes dos entrevistadores e do entrevistado, de ouvir a mesma coisa, admirei-me, pela entrevista feita no corredor depois da entrevista no estúdio, que fosse necessário no fim voltar ao princípio e, principalmente convenci-me, pela miséria dos comentários imediatamente produzidos pelos Partidos políticos, de que as alternativas hoje existentes a Sócrates são bem mais fracas do que aquilo que criticam.
Onde fores no teu sonho, quero ir contigo, menino de oiro sou teu amigo.
Venham altas montanhas, ventos do mar, que o meu menino nasceu para amar.
Venham comigo venham, que eu não vou só, levo o menino no meu trenó.
O meu menino é de oiro, é de oiro fino, não façam caso que é pequenino.
O meu menino é de oiro, de oiro fagueiro, hei-de levá-lo no meu veleiro.
Fernando Carvalho
Tenho pena que os dois entrevistadores tenham ido ao mesmo quando um, por ser a sua especialidade, se deveria centrar, como centrou, no economêz e o outro, por ser jornalista, deveria ter questionado sobre questões concretas com interesse informativo. Afinal a SIC passou o dia a solicitar aos seus clientes que apontassem questões que gostariam de ver respondidas e depois não as colocou. Para aquilo que ali vimos, um entrevistador tinha bastado.
Adelante.
Analisando só o espectáculo mediático, porque o miolo da comunicação já era conhecido, Sócrates esteve bem. Conseguiu falar sempre mais alto e com mais energia do que Ricardo Costa, o que é bom.
LNT
Rastos:
-> Água Lisa ≡ João Tunes - Post máquina zero
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