Surdinas [ XXXII ]

(baixinho para que ninguém nos ouça)

Não há coisa mais absurda do que ambicionar-se envelhecer.

No entanto, é hoje corrente nos elevadores o diálogo sobre o tempo que ainda falta para a reforma.

Mau sinal quando tantos ambicionam, fora da idade do armário, serem mais velhos.
LNT
[0.069/2012]

Já fui feliz aqui [ MLVII ]

Gerês - Minho - Portugal
LNT
[0.068/2012]

31 de Janeiro

A Câmara Municipal de Miranda do Corvo, o Centro de Estudos Republicanos Amadeu Carvalho Homem, o Movimento Republicano 5 de Outubro convidam-na(o) para o jantar comemorativo dos 121 anos da revolta republicana de 31 de Janeiro, que terá lugar no restaurante da Chanfana, na Quinta da Paiva em Miranda do Corvo, no dia 31 de Janeiro de 2012, pelas 19:30 horas.

As inscrições (15 euros) podem ser feitas para:
José Dias, josemsdias48@gmail.com, ou 919 726 959
LNT
[0.067/2012]

67

Haverá sempre negacionistas para a realidade histórica mais evidente, como haverá sempre revisionistas para justificar fantasias ou fundamentar sectarismos.

De uma coisa há certeza. Marcas como a que está representada neste post são tatuagens da animalidade extrema que alguns humanos são capazes de infligir noutros seres semelhantes. Basta que os semelhantes se distraiam o suficiente e que os animais dominem o poder. Basta julgar que só acontece aos outros.

Hoje é um bom dia para lembrar a História e para olhar em volta, não nos esteja a escapar alguma coisa.
LNT
[0.066/2012]

Touché

Nunca a corrida para Belém tinha começado com tanta antecedência.

Marcelo Rebelo de Sousa já se posiciona pela direita agora que Durão Barroso é visto da mesma forma que o comandante do Costa Concordia.

Manuel Carvalho da Silva inicia hoje o processo de pré-candidatura pela esquerda.

Vai ser uma batalha interessante principalmente porque vivemos uma fase de catarpillagem das arrumações antigas e em que até o sonho de Sá Carneiro – um presidente, uma maioria, um governo – foi ultrapassado por – um Presidente da Comissão Europeia, um Presidente da República, uma maioria e um governo – e ex-candidatos da direita já foram ministros de governos PS e outros são agora seus deputados.
LNT
[0.065/2012]

Portagens

Através da nossa fiel cliente Malou recebemos um link da maior importância para todos os que não têm dispositivo de portagem mas que se passeiam pelas ex-Scut.

Cá fica, via CTT.

Como diria o meu amigo Guterres: "Agora é fazer as contas"
LNT
[0.064/2012]

Já fui feliz aqui [ MLVI ]

Ilha Deserta - Algarve - Portugal
LNT
[0.063/2012]

Divertimento politico-filosófico

Entusiasme-se aqui.
LNT
[0.062/2012]

Morte na arena

Imaginando que Alberto João Jardim é um homem de palavra, amanhã alvorecerá o dia em que, melhor do que em qualquer outro e em directo e ao vivo, poderá assinar dois papéis e sair da arena em ombros.

Com um papel irá inevitavelmente patentear a mentira mas com o outro poderá acenar aos seus aficionados urrando que lhes mentiu para os poupar mas que se redime retornando aos curros por não ter condições de cumprir a faena que lhes prometeu.

Não viria daí qualquer crise nacional até porque a crise que temos também se chama Jardim, mas abriria uma crise do PSD, principalmente por se perspectivar a hipótese de Portas deixar cair a muleta e passar a empunhar o estoque.
LNT
[0.061/2012]

Lerpar dois coelhos com uma só cajadada

Em busca de assunto, passei pelo Expresso mas só lá vi coisas tão más como as que este Governo costuma e gosta de anunciar.

Como hoje não me apetece falar de coisas más, quase desisti de escrever o post diário mas depois encontrei esta magnífica notícia, mesmo à mão de semear, prontinha para fazer qualquer cartão de crédito dar saltos de alegria. Por duas razões: A primeira, porque proporciona uma saída para um sítio onde não haja só notícias más e; a segunda, porque em qualquer destes destinos não temos o azar de ter o Coelho, o Gaspar, o Relvas e quejandos, de taxa arreganhada, pespegados numa televisão a dizer-nos pela enésima vez que vem aí o enésimo PEC.

Claro que continua a não haver almoços grátis e o Expresso faz-se pagar para nos dizer quais são os destinos em saldo na TAP. Isso resolve-se com uma ida ao quiosque para pedir ao rapaz dos jornais que deixe dar uma espreitadela evitando-se assim ter de comprar o Expresso que traz a fofoca sobre a cor do papel higiénico com que o Sócrates limpa o rabo em Paris.
LNT
[0.060/2012]

Já fui feliz aqui [ MLV ]

Eusébio - Portugal
LNT
[0.059/2012]

De tanga

Imagino Durão Barroso como Presidente da República. Imagino-o sentado no cadeirão de Belém a olhar a populaça, gordo que nem um texugo, a suspirar pelos bons tempos em que tratava por tu todos os primeiros (e segundos) ministros europeus e em que não estava sujeito aos cortes dos subsídios de férias e de Natal, nem tinha reduções de vencimentos.

Imagino Barroso a deslocar-se a uma cerimónia internacional e tomar o lugar que o protocolo de estado destina aos presidentes dos países pedintes, à beira de um ataque de stress e de cabeça baixa perante uma catrefada de funcionários bem pagos por uma entidade qualquer que empresta dinheiro em troca de soberania.

Imagino o nosso internacional José Manuel reduzido à qualidade de Presidente da República, trajando tanga na praia de Moledo, embrulhado num cobertor à espera que o mar aqueça e o Sol rompa a neblina do costume, a viver do parco salário que mal lhe chegará para fazer face às despesas.

Imagino tudo isto e começo a compreender que o nosso ex-futuro candidato presidencial já está de malas aviadas para outros voos quando ainda há bem pouco tempo o imaginava a habilitar-se à chefia da fanfarra do Páteo dos Bichos, lá para as bandas da Ajuda.

Mais fica, não é Professor?
LNT
[0.058/2012]

Surdinas [ XXXI ]

(baixinho para que ninguém nos ouça)

Porque é que o FlashMob de ontem falhou?

1. Porque não foi um flash?
2. Porque não foi um mob?
3. Porque não tinha música?
4. Porque não haviam moedas?
5. Porque não tinha sofás, nem televisão? ou
6. Porque o alvo não merecia o esforço?

LNT
[0.057/2012]

Petições

Se há coisa que normalmente não faço é assinar uma petição a exigir a demissão de alguém que tenha sido eleito. Os efeitos são nulos e, tirando alguma comédia na comunicação social, representam mera perda de tempo.

Prefiro não ser abstencionista nas alturas em que sou chamado a votar, prefiro envolver-me quando há mensagem para passar e votos para cativar.

Não sou dos que entendem que a democracia se esgota nas eleições mas nunca deixo de olhar para essas petições e comparar os números que contribuíram para a eleição com aqueles que constam no papel em assinatura e considerar que, caso esses números não se mostrem em quantidade superior aos que fizeram eleger o visado, nada mais somam à pressão política.

É por isso que o abaixo-assinado para demissão do Presidente me faz sorrir, principalmente quando observo que a comunicação social insiste em fazer parangonas de primeira página.
LNT
[0.056/2012]

Já fui feliz aqui [ MLIV ]

João Feijó - Lisboa - Portugal
LNT
[0.055/2012]

Novos conceitos

Lê-se por aí que os passes sociais dos transportes em Lisboa vão aumentar. Nada de novo, notícia seria ler-se que iriam diminuir.

Faz-se saber que o passe irá ser um título que servirá para todos os transportes públicos em Lisboa (autocarro, metro, eléctrico, elevador, comboio - presumo que exclua o barco, o avião e o táxi). Coisa boa, dirão, coisa de liberdade de escolha, coisa de mobilidade.

O busílis é que esta medida implicará que o passe dos transportes passe a ser muito mais caro para todos e que o conceito inovador residirá no princípio do consumidor/pagador sendo que, o consumidor passará a designar-se por "alegado" consumidor.

Confuso? Nada mais simples. Até agora quem precisasse de se deslocar só de autocarro só tinha de pagar o passe de autocarro. A partir do momento em que o novo conceito entre em vigor abre-se o leque de serviços que só não será usado em todas as suas "vertentes" se o pagador não quiser (espero que não venha a aparecer uma cláusula que multe os utilizadores dos passes sociais que não usem toda a gama de transportes).

Ainda havemos de ver o nosso PM dizer que até agora tínhamos um SNS e que a partir de agora temos também um SNTP (serviço nacional de transportes públicos).
Tendencialmente gratuito, embora com taxas moderadoras.
LNT
[0.054/2012]

Sapinhos

Seguindo a máxima que diz "se não os consegues vencer, junta-te a eles" o João Gonçalves fartou-se de engolir sapos e passou a ser um.

O Portugal dos Pequeninos ainda anda em arrumações mas já está de malas aviadas.
LNT
[0.053/2012]

Será verdade? (republicado e acrescentado)

Até saber se é verdade, há que seguir estes links:

- Delito de Opinião? - Insurgente;
- Não pode ser... - União de Facto;
- Isto não é verdade, pois não? - Jugular;
- O mais preocupante - Abrupto;
- Asfixia democrática - Der Terrorist;
- Pedro Rosa Mendes "saneado" da Antena 1 - Pegada;

- RDP acaba com espaço de opinião
que serviu de palco a críticas duras a Angola - Público;

- RTP/RDP - Antena 1 - Pedro Rosa Mendes

Em tempo 01:
Pego no título do o Público e pasmo.
O que está em causa não me parece que sejam as duras críticas a Angola mas sim o relato da subserviência da delegação do Governo Português.
O que está em causa não é a suspensão de um programa angolano mas sim de um programa português.

Bem sei que, enquanto render, as pensões do Presidente da República servirão para abafar todo o resto mas, como diria Sampaio, há mais vida para além de Cavaco.

Em tempo 02:
Seguindo a fórmula que o actual poder adoptou:
O Gabinete de Relvas informa que o assunto é da exclusiva responsabilidade da RDP.
Já tinham respondido assim quando se tratou de encaixar a rapaziada toda no pote chinês que dá pelo nome de EDP.
Respondem sempre assim quando, para nos meterem a mão no bolso, remetem o assunto para a Troika.
LNT
[0.052/2012]

Será verdade?

Até saber se é verdade, há que seguir estes links:

- Delito de Opinião? - Insurgente;
- Não pode ser... - União de Facto;
- Isto não é verdade, pois não? - Jugular;
- O mais preocupante - Abrupto;
- Asfixia democrática - Der Terrorist;
- RDP acaba com espaço de opinião
que serviu de palco a críticas duras a Angola - Público;
- RTP/RDP - Antena 1 - Pedro Rosa Mendes

Em tempo:

Pego no título do o Público e pasmo.
O que está em causa não me parece que sejam as duras críticas a Angola mas sim o relato da subserviência da delegação do Governo Português.
O que está em causa não é a suspensão de um programa angolano mas sim de um programa português.

Bem sei que, enquanto render, as pensões do Presidente da República servirão para abafar todo o resto mas, como diria Sampaio, há mais vida para além de Cavaco.
LNT
[0.051/2012]

A era dos limites

Fui redescobrir o Carlos Manuel Castro (CMC) neste "submundo" dos blogs. Em boa verdade ele nunca esteve ausente porque manteve a escrita em blogs colectivos, mas volta agora a solo no A Era dos Limites.

Para a história, porque o resto da estória pouco interessa, fica que o CMC foi meu parceiro no primeiro blog partidário que se fez em Portugal, o Ter Voz, que foi editado entre 2003 e 2004 e depois no Tugir em Português que existiu entre 2004 e 2007.

A Era dos Limites é um blog a seguir. Segue para a coluna da direita com um abraço de amizade ao seu autor.
LNT
[0.050/2012]

Feliz ano do dragão

O ano do coelho terminou para se dar hoje início ao ano do dragão (água), símbolo chinês para vitalidade, orgulho e ideais elevados.

Sabendo-se que o dragão é um misto de muitos animais (desde a carpa ao tigre), espera-se que na foz do Douro não se pense que este será o seu ano, até porque predomina o vermelho no traje festivo.

Seja como for, o facto de ter terminado o ano do coelho já é motivo de esperança.
LNT
[0.049/2012]

Surdinas [ XXX ]

(baixinho para que ninguém nos ouça)

Se não assinássemos o acordo ainda podia ser muito pior porque “eles” ficavam em roda-livre.

Não é textual, mas é o sentido daquilo que aos poucos nos vão fazendo entrar nas cachimónias através da repetição teimosa.

Faz lembrar a estorieta contada por um morto que dizia, antes de ser picado pelo veneno, que mais vale puxar uma cobra para o seu lado do que deixá-la andar por aí.
LNT
[0.048/2012]

Trigo e joio

As coisas nunca são tão simples como parecem. Nunca, é um claro exagero porque algumas vezes as coisas que parecem complicadas são mais simples do que aparentam. Temos o exemplo da gestão portuguesa que tem muita gente a tentar justificá-la com argumentação rebuscada quando a incapacidade de quem nos gere é a única e simples causa, mas adelante, que não é isso que quero trazer à liça.

Um terço do mundo aplaudiu o encerramento da Megaupload e 2/3 aplaudiram a Anonymous por ter retaliado contra Sites governamentais e outros relacionados com direitos de autor como protesto pela detenção de Kim Dotcom e pelo encerramento do seu site.

Esses 2/3 de utilizadores da Net e a Anonymous entenderam que lhes estavam a retirar um valor universal esquecendo-se que cada vez que aquele Site roubava aos autores estava a aumentar a fortuna do rapaz Dotcom para lhe proporcionar os mais disparatados luxos à custa de uma mão-cheia de pessoas que deixavam de ser remuneradas pelo trabalho que produziam.

Por estas e outras aumenta a minha relutância em alinhar com movimentos electrónicos de apoio a isto ou aquilo. A forma inocente e bem intencionada é muitas vezes uma simples máscara usada para enganar os mais incautos. Há que separar o trigo do joio.
LNT
[0.047/2012]

Já fui feliz aqui [ MLIII ]

Blague privée - Bloguitica - Blogs
LNT
[0.046/2012]

Omissões, inverdades e vídeos

Desta vez foi Cavaco. Acredito que ele tenha dito o que disse para explicar que também lhe caiu em sorte uma parte dos "sacrifícios" exigidos aos portugueses e que faz parte do grupo daqueles a quem eles são impingidos de forma desigual.

No fundo Cavaco é pensionista e é sobre os pensionistas e os trabalhadores da administração pública que estão a recair as maiores cargas de pancadaria.

Cavaco Silva, o Presidente que jurou a Constituição, que reconheceu que as medidas tomadas por este Governo ferem o princípio da igualdade enunciado nessa mesma Constituição e que mesmo assim promulgou as medidas sem consultar o Tribunal Constitucional, é o mesmo que agora se lamenta por lhe ter sido retirado parte do seu sustento a favor de muitos que não são chamados equivalentemente a colaborar no esforço nacional.

Até aqui entendeu-se (incluida a incoerência), a partir daqui ofendeu-nos.

Quando só refere a pensão de 40 anos como Professor e fala de 1.300 euros mensais está a falar de qualquer coisa da qual omite razões. Nenhum professor universitário que trabalhou 40 anos recebe 1.300 euros de reforma a não ser que os descontos feitos se refiram a parcelas muito curtas de trabalho diário.

Quando não refere o valor da pensão que recebe de Banco de Portugal nem o tempo que nele fez descontos para a poder usufruir, está a tentar enganar aqueles a quem dirige a mensagem. Sabemos que as pensões do Banco de Portugal são uma afronta a todos os que trabalharam toda a vida, fizeram descontos toda a vida e agora estão na dependência da prepotência de uma entidade patronal que unilateralmente lhes subtrai parte do pagamento.

Quando diz que prescindiu do ordenado que a sua função lhe determinou e não explica o porquê, isto é, que entre o ordenado de Presidente da República e aquilo que recebe em reformas acumuladas preferiu as reformas por lhe darem um rendimento superior, está a tentar fazer de parvos todos os cidadãos.

Quando informa que ele e a sua mulher foram muito poupados toda a vida e que agora usam parte dessas poupanças para fazer face à vida de luxo que levam (porque a quem 10.000 euros mensais não chegam tem de ter uma vida de luxo) está a insultar todos os portugueses que nunca puderam poupar porque o dinheiro nunca lhes chegou até ao fim do mês.

Azar não ter acontecido mais perto do Natal. Alguém lhe teria metido uma fatia de bolo-rei na boca e teríamos sido poupados a mais este ultraje.
LNT
[0.045/2012]