quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Já fui feliz aqui [ MCLIX ]

Cascais
John Bull - Cascais - Portugal
LNT
[0.375/2012]

Free Pussy

Pussy Riot

Esta coisa da liberdade de expressão é uma chatice tanto na Madeira como em Moscovo. Amanhã deverá saber-se o que espera as Pussy Riot mas seria preferível que elas nem sequer tivessem de estar a aguardar esse veredicto.

A Barbearia associa-se, como é evidente, ao apelo para que libertem as miúdas.

Em seu lugar prendam o pessoal que andou a ganhar com o BPN aquilo que nos fez perder os subsídios de férias e de Natal. Se não os conseguirem julgar cá, peçam ajuda aos tribunais russos.
LNT
[0.374/2012]

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O mitomaníaco


Percebe-se que Passos Coelho possa dizer as coisas que diz sem se rir. Percebe-se também que o discurso de Passos Coelho feito ontem no Pontal possa conter frases mentirosas ditas com o mesmo ar com que ele, em campanha, garantiu à miúda que o abordou que nunca cortaria subsídios de férias ou de Natal.

Leio na Wikipédia que:

A mitomania (ou mentira obsessivo-compulsiva) é a tendência patológica mais ou menos voluntária e consciente para a mentira. Normalmente, as mentiras dos mitomaníacos estão relacionadas a assuntos específicos, porém podem ser ampliadas e atingir outros assuntos em casos considerados mais graves...

...Justamente pelos mitómanos não possuírem consciência plena de suas palavras, os mesmos acabam por iludir os outros em histórias de fins únicos e práticos, com o intuito de suprirem aquilo de que falta em suas vidas. É considerada uma doença grave, necessitando o portador dela de grande atenção por parte dos amigos e familiares.


E a Wikipédia diz ainda mais sobre mitomania.

Vão lá ver e, depois de reouvirem a discurseta de Coelho (se conseguirem), preparem uma tese porque possivelmente será aceite para equivalência a doutoramento.
LNT
[0.373/2012]

Já fui feliz aqui [ MCLVIII ]

o banho do papagaio
Pontal - Algarve - Portugal
LNT
[0.372/2012]

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Podiam fazer a festa do Pontal no Alfeite

CapSeria uma questão de coerência. Seria uma precaução de segurança. Seria uma extensão do bunker onde andam refugiados vai para ano e picos. Seria a utilização de uma terra de ninguém onde poderiam acolher os seus parceiros de coligação. Finalmente, seria a forma de darem alguma utilidade aos meios submarinos perdidos no meio dos papéis que fizeram perder.

Não só Portas poderia usar o “cap” da Navy e as condecorações de Rumsfeld, como os seus anfitriões poderiam apresentar-se de galochas para evitarem molhar os pés no lastro que não pára de jorrar sempre que o INE faz mais uma divulgação dos números resultantes da política de empobrecimento que insistem em levar a cabo.

Poderiam igualmente fazer discursar o soba madeirense já que ele prescindiu da sua festarola de Chão de Lagoa na sequência da queimada que afligiu a nossa Pérola do Atlântico.

Se fizessem a festa do Pontal no Alfeite podiam aproveitar a capela da Escola Naval para que Cristas rezasse por chuva, para que a outra senhora loira da justiça (de quem não se pode dizer o nome), vestisse o camuflado dos fusos para ficar invisível, para que Crato se voltasse a fazer Prior e para que Macedo levantasse as mãos ao céu e orasse uma prece em memória dos defuntos que vai enterrando.

Seria também o local próprio para que Álvaro reencarnasse o Adamastor e para que Pedro se penitenciasse das coberturas que Marcelo sentencia que Coelho faz a Relvas ao invés das que Relvas, sem equivalências, lhe deveria fazer a ele.
LNT
[0.371/2012]

sábado, 11 de agosto de 2012

We all live in a yellow submarine

Submarino Portas

Afinal, segundo parece, os submarinos eram mesmo amarelos.

Há arquivos emergidos e há outros submersos.

Prevê-se que, mais tarde ou mais cedo, apareça alguém a dizer que foi o Sócrates que escondeu os papeis.

Full speed ahead, mister Paulo, full speed ahead!
Full speed over here, sir!
Action station! Action station!
Aye, aye, sir, fire!
Heaven! Heaven!

LNT
[0.368/2012]

Já fui feliz aqui [ MCLVI ]

Conceição Tavira
Conceição de Tavira - Algarve - Portugal
LNT
[0.367/2012]

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

IN

FotosO dez de Agosto é para mim, todos os anos, um dia especial. Relaciona-se com a imortalidade e faz parte do processo de aprendizagem que me trouxe até aqui.

Muitas vezes me questiono, e hoje é 10 de Agosto – dia de me questionar, sobre o que ando a fazer com uma escrita pública quando tantos o fazem bem melhor do que eu e com a propriedade que não quero (ou não consigo) ter. No fundo cinjo-me a partilhar com os meus voluntários leitores experiências, conhecimentos e opiniões sobre aquilo que mais me toca ou, pelo menos, sobre o que entendo ser partilhável, mesmo que, tal como neste texto, não ultrapasse a necessidade de me questionar.

Não sou, nem pretendo ser, uma pessoa pública e como tal não tenho obrigatoriedade de expor o meu pensamento. Não me julgo narcisista e não sinto qualquer necessidade de me dar a conhecer. Não pretendo notoriedade para além daquela que me é absolutamente necessária para o desenvolvimento da minha actividade e essa não é aqui que a consigo. Detenho canais capazes de desenvolver a influência de que não abdico nas organizações a que pertenço. Nunca senti necessidade de me colocar em bicos de pés para parecer mais alto.

No entanto esta actividade (já com uma década de exercício, mesmo sem contar outra opinião publicada que tenho praticado) dá-me algum gozo e espanta-me verificar o número de audiências que provoca.

Claro que não sou ingénuo nem considero ingénuos aqueles que vêem aqui ler-me e sei que tudo isto faz parte de um jogo que também envolve militância informal desenvolvida fora dos circuitos tradicionais, assim como também sei que a irreverência, sempre necessária à criatividade, é um meio de transmitir a mensagem de combate à indiferença.

Este Post, em que assinalo mais um dez de Agosto, é uma química na evocação dos meus fantasmas. Não creio que tenham capacidade de o ler mas sei que questionando-me com eles no pensamento eles não me esquecerão.

Materializo-o para a partilha com os (ainda) físicos.
LNT
[0.366/2012]

Já fui feliz aqui [ MCLV ]

Fotos
Memórias - Portugal
LNT
[0.365/2012]

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Referendos na RATA

Dor de cabeça de cãoDiz-nos o Carlos Barbosa de Oliveira que o Tribunal Constitucional admite a possibilidade de se fazerem referendos locais na RATA e que, nessa hipótese, irão aumentar as dores na cabeça do Governo em férias e em especial na cabeça de Relvas.

Imagino que sim, imagino que a haver referendos locais na RATA (Reorganização Administrativa Territorial Autárquica) Relvas e outros venham a ter dores até porque a RATA é mais uma daquelas circunstâncias virgens que este poder tem ganas de explorar mas que exige assentimento para não ser criminosa.

Por este andar, se os referendos foram avante, estaremos na eminência de uma RATA extremamente dispendiosa e na eventualidade de um falhanço precoce manifestamente insatisfatório.
LNT
[0.364/2012]

Já fui feliz aqui [ MCLIV ]

Lisboa
Lisboa - Portugal
LNT
[0.363/2012]

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Até as sopeiras já se vestiam como as meninas da casa

SopeiraEntre uma direita que tomou conta da Europa e uma esquerda que a antecedeu convencida que as soluções de direita eram inevitáveis, o espaço da sociedade social-democrata foi-se encarquilhando até retornarmos a um ponto de desenvolvimento social impensável há meia dúzia de anos.

Não é verdade que a democracia e o estado social não fossem projectos sustentáveis só que, à sombra do estado social e da democracia, desenvolveram-se interesses baseados em cadeias de favor destinados a criar riqueza pessoal.

Os cidadãos adoptaram a mentalidade Oeirense em que a máxima mais propagada era a de que “este rouba mas, ao menos, nós também temos benefícios” sem que houvesse a consciencialização de que os benefícios decorriam da contribuição de todos e que o roubo que lhes estava associado retirava, para proveito exclusivo de quem roubava, a parcela destinada à sustentabilidade do estado social.

Esta mentalidade levada ao extremo conseguiu, inclusive, usar a democracia para perpetuar legitimamente o poder de reconhecidos corruptos.

A direita sabia que estado social e enriquecimento pessoal à sua custa eram incompatíveis. Só teve de esperar que a realidade se mostrasse no seu máximo esplendor e, aproveitando o abstencionismo que o descrédito provocou, levantou o machado de guerra contra o estado social porque, entre uma e outra coisa, o enriquecimento pessoal sempre foi a sua prioridade.

Foi esta ajuda que a esquerda deu ao ajuste de contas que a direita há muito pretendia executar contra os que tinham ousado comparar-se ao seu estatuto social. A lei da selva está de novo a voltar a uma Europa que foi pioneira dos conceitos de justiça social, de solidariedade e de igualdade de oportunidades.

Se não nos convencermos que a liberdade e os restantes conceitos sociais são conquistas que exigem luta permanente que inviabilize a sua extinção, irá restar-nos observar que as sopeiras voltarão a distinguir-se das meninas da casa pela roupa que vestem.
LNT
[0.362/2012]

Já fui feliz aqui [ MCLIII ]

Camaleão
Camaleão - Ria Formosa - Algarve - Portugal
LNT
[0.361/2012]

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Na faixa da direita a subir para cima

Auto estradaNeste difícil retornar da crise algarvia para a de Lisboa fica a imagem de muitos carros de alta cilindrada a subir de baixo para cima e de muitos outros de cilindradas menores a descerem de cima para baixo fugindo ao empastelamento das nacionais de Canal Caveira ou de Mértola e a entregarem ao Ministro da Finanças mais uma mão cheia de dinheiro que ele tratará de fazer desaparecer.

Foi um impressionante desfile de bólides que no passado Sábado subiam para cima, a mais de 160 Km/hora, com pressa de chegarem ao ponto mais forte de uma crise que não parecia afectá-los, possivelmente por não serem trabalhadores do Estado, o que os torna incomparáveis como diria tão sabiamente Paulo Portas em mais uma discursata de ódio.

Vê-los passar, a subir para cima, e manter seguro o carro na faixa da direita evitando uma farolada potente como que a avisar:

- Chega para lá malandro que te atreves a obstruir o meu roncar.
LNT
[0.360/2012]

Já fui feliz aqui [ MCLII ]

Praia Altura
Foi bom mas acabou-se - Algarve - Portugal
LNT
[0.359/2012]

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A crise vista daqui

A crise vista daqui

Já se lê que neste momento há demasiados portugueses a descansarem como se o lazer de quem trabalha não fosse um direito.

A coisa ameaça dominar o pensamento fazendo com que todos os que ainda têm trabalho em Portugal (e são cada vez menos por obra deste miserável Governo que tem por base de raciocínio o empobrecimento e a necessidade de nos transformar em seus lacaios sem remuneração nem tempo de descanso) mergulhem na neura de quem ainda não entregou o resto que tem para gáudio dos pançudos que odeiam o Sol e vivem refastelados o ano inteiro e à custa do nosso esforço, nos ares condicionados onde vegetam.

O pensamento é atroz, lê-se:
A esta hora, milhares de portugueses estão de pança ao sol, inermes como camaleões obtusos.”

É a miséria de espírito dos que odeiam todos em favor do espelho que os anima. Um espelho comprado com o nosso labor, sugado do nosso sacrifício para lhes sustentar a vaidade e o convencimento de que são mais, ou melhores, do que aqueles que os sustentam.

Em Julho e neste princípio de Agosto viu-se a crise a partir daqui. As praias ostentavam panças de alemães, franceses, ingleses, noruegueses, espanhóis e de outras gentes que se habituaram aos direitos de quem trabalha. Há quem chame a isto, civilização.

Os verdadeiros pançudos lusos jibóiam no conforto, mesmo aqueles que andam em dietas para parecerem que não são barrigudos.
LNT
[0.358/2012]

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Baratas tontas


LNT
[0.357/2012]

Barrigudos

BarrigudoPedro Passos Coelho confirma que faz dieta porque não quer parecer barrigudo. No entanto, Pedro Passos Coelho e o seu governo são barrigudos, apesar das dietas que anunciam fazê-los falsos magros.

Pedro Passos Coelho é um barrigudo do poder. Certo que esse poder foi-lhe entregue pelos verdadeiros magros que estão cada vez mais chupados para manterem a barriga de Passos Coelho e daqueles a quem ele serve e que dele se servem e que exigem magreza a quem os sustenta, mas certo também que, tirando uma pequena parte que ainda o apoia porque à sua sombra também engorda, os outros que lhe garantem a gamela começam a dar sinais claros de que a ração se está a esgotar.

Passos Coelho, que se está lixando para as eleições e que faz dieta para manter a imagem de falso magro, usa a obesidade do poder para sacar, para secar até à tísica, o sangue de um povo que lhe confiou a esperança de uma vida melhor.

Passos Coelho é um barrigudo. Falso, mentiroso e infernal como são todos os vampiros que, tal como ele, nunca aparentam gordura.
LNT
[0.356/2012]

sábado, 21 de julho de 2012

Surdinas [ LIII ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

O Governo, convencido que todos temos os seus vencimentos e negócios, criou uma medida que permite deduzir no IRS parte do IVA pago em restaurantes e SPAS, qualquer coisita que, para ter efeito, terá de se fazer com gastos mensais de 2.000 euros.

Nice, yeah!

O mínimo que tinha a fazer era anunciar qual é o produto com que se anda a injectar para que todos nós pudéssemos viver no mesmo mundo virtual em que ele vive.
LNT
[0.355/2012]

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Croniqueta de vacanças [ III ]

Castelo de Areia
Não me agrada fazer política à volta das desgraças que se vão sucedendo, muito menos sobre aquelas que sei de antemão serem recorrentes. Mas ainda me agrada menos ver nas televisões os (as) megafones do actual poder político a dizerem que tudo o que há a fazer nos incêndios está a ser feito e a vangloriarem-se da capacidade que estão a demonstrar (lembram-se das cobras e lagartos que disseram em anos anteriores?).

Nos últimos dias tem-se visto nos ecrãs uma senhora fardada que reza as mais díspares sentenças e fala como se aquilo que se tem passado no terreno fosse uma vitória da competência, nomeadamente nos incêndios da zona de Tavira (os da Madeira nem comento até porque não estou lá para saber toda a realidade que Alberto João tenta esconder até com ameaças à comunicação social).

No entanto, por aqui em Tavira, a cinza cai na praia como se estivesse a nevar, o fumo invade tudo e forma nuvens como se o Sol estivesse em eclipse, a labareda vê-se à noite como se fosse um festival de luz e o trabalho silvícola e agrícola de gerações desaparece em cada nova chaminé que surge no horizonte.

Não farei demagogia à volta de tudo isto mas, por favor, parem com a máquina de propaganda, agora manobrada por fardas com dourados e rabos-de-cavalo, e tratem de ser sérios.

Todos sabemos que o fogo vai parar, até porque já pouco mais há para arder, mas não parará devido à propaganda e ao engano que querem promover. No mínimo tenham respeito por este povo a quem tudo tiram e a quem, em troca, cada vez dão menos.

Incêndio em Tavira

LNT
[0.354/2012]

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Croniqueta de vacanças [ II ]

Castelo de Areia
Um dia de calor, um dia de mais vento, um dia diferente dos dias que o antecederam.

Ao fim da tarde formaram-se nuvens negras quando nada o fazia crer. O mar sem couves, amansando, como diria qualquer alentejano, o cheiro a esturro que comprova ainda haver muito para arder nesta terra de estranhos.

A serra de Tavira (como diziam na TV e eu sem saber que havia uma) em fogaréu.

Desatino dos bombeiros, gente angustiada, o desleixo de sempre.

Incêndio em Tavira

LNT
[0.353/2012]

terça-feira, 17 de julho de 2012

Croniqueta de vacanças [ I ]

Castelo de Areia
Auto-estrada do sul com pouco trânsito. Dizem os distraídos que em Portugal só há carros de luxo, porque são esses que se vêm nas auto-estradas.

Há sempre duas formas de analisar as coisas.

125 com trânsito, Via do Infante com matrículas espanholas e muitos carros que se percebem alugados. Os cabelos loiros não enganam. Dizem os distraídos que em Portugal se ganha de mais, que há que empobrecer para que passemos a ser viáveis e fiquemos ao nível da Europa.

Há sempre duas formas, ou mais, de analisar as coisas.

Os restaurantes com a maior parte das mesas vagas e as que estão preenchidas a falarem nórdico, anglófono e castelhano. Na praia, e em barda, toldos e palhotas para alugar.
Chamam-lhe qualidade de vida e liberdade de escolha.

Há sempre duas formas de analisar as coisas.
A dos que continuam a poder e a da maioria que paga para que alguns possam.
LNT
[0.352/2012]

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Vou dar-vos uma folga

Manuel AmadoAs colaboradoras já partiram. Seguiram os conselhos de quem gere o dinheiro que temos a mais (subsídios de férias, de Natal, ordenados a precisar de cortes para que deixemos de viver acima das nossas posses e nos fazem ocupar as auto-estradas em vez de deixarmos o caminho livre para os BM’s do estado e quejandos) e mandam saudades das Maldivas onde se refugiaram para fazerem uns trocados nos SPA que estão atafulhados de chineses e de outros pentelhos.

Agora chega a vez do mestre barbeiro, que ficou para trás para fechar a luz. Desta vez parte com alguns gadjets do tipo que Passos Coelho usa, mas adquiridos com dinheiro pessoal porque o do Orçamento de Estado é só para quem se lambuza no pote, e entre umas mergulhaças de tanga no Atlântico e uma ou outra sardinha que ainda não tenha sido privatizada deixará por aqui serviços mínimos, não vá o religioso Ministro do SPS (Serviço Privado de Saúde) ordenar a requisição civil mal acabe a genuflexão acompanhada da última Salve-Rainha do terço das cinco.

Ficam mais sossegados, vão ver. A má notícia é que penso voltar.

Se quiserem manter o hábito e impedir que as minhas médias de acessos fiquem ao nível da popularidade do nosso querido Presidente, vão dando um saltinho por cá. Como disse, as portas não ficam encerradas e embora as meninas não estejam cá para vos animar, sempre poderão sentar-se na cadeira dos cortes para relaxarem.

Beijos e abraços.
LNT
[0.351/2012]

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A autoridade dos coisos

Coelho VentoinhaAté aqui na Barbearia se sabe que, quando se trata de falar com os clientes no salão, se deve evitar o calão e a vulgaridade. É um princípio do estabelecimento que não se aplica nos privados das massagens porque aí cada um tem a liberdade para se exprimir da forma que melhor cative a nossa sempre ilustre clientela.

Na Casa dos Representantes do Povo já o piar passou a ser outro e a oratória e a elevação andam em processo de empobrecimento revelando que a directiva para o País decorre da própria condição dos carroceiros que o conduzem.

A linguagem usada na Sala do Plenário, onde nem sequer se respeita a senhora que a dirige, é a mesma que costumo ouvir na taberna da rua o que pouco admira porque se sabe que a educação e o enlevo não decorrem do automóvel em que se anda, nem da equivalência ao canudo que se tem, mas da bagagem que se trás de casa.

Dir-me-ão que um país não se governa com punhos de renda e eu concordarei. Dir-me-ão que a vivacidade do debate não se compagina com os “vossas excelências” de outrora e volto a concordar. Dir-me-ão que o cinzentismo precisa de um abanão para acordar os acomodados e dou o meu assentimento.

Mas dir-lhes-ei que confundir tudo isso com vulgaridade, com ventoinhas e com a porcaria que nelas se não lança por ser a matéria prima com que produzem o metano que lhes serve de combustível ao pensamento é mais um dos muitos maus caminhos que andam a trilhar.

Não se espantem que quem os oiça os mande para sítios para onde não gostam de ser mandados o que também não constituiria problema maior se isso não revelasse que a fasquia da autoridade do Estado está ao ser colocada no mesmo baixo nível revelado por quem tem de a exercer.
LNT
[0.350/2012]

Já fui feliz aqui [ MCLI ]

Paulo Ossião
Paulo Ossião - Lisboa - Portugal
LNT
[0.349/2012]

O estado a que chegou a nação


Coelho Ventoinha

Não foi muito grave. O homem conteve-se e não disse “merda”.
Palavras para quê? É um Primeiro-Ministro português (ou um coiso português, como diz o coisinho).
LNT
[0.346/2012]

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Surdinas [ LII ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Consta que a greve dos médicos foi um fracasso.

O Ministério da Saúde fez um levantamento de todos os doentes internados há mais de dois meses e a Lusófona licenciou-os.
LNT
[0.345/2012]

Yellow submarine

Submarino Portas

Vagamente, porque a memória já não é o que era, lembro-me do uso da expressão “amarelo” para caracterizar o estado de “sim, mas” de gente que se arrastava pelos meios estudantis, sindicais e do trabalho.

Os Beatles vieram dar um sentido novo à cor de quem se diz que se não existisse, não existiria o mau gosto, e cantaram-lhe uma musiquinha com a seguinte letra:
In the town where I was born / Lived a man who sailed to sea
And he told us of his life / In the land of submarines

So we sailed on to the sun / Till we found a sea of green
And we lived beneath the waves / In our yellow submarine

(Refrão) We all live in a yellow submarine / Yellow submarine, yellow submarine
We all live in a yellow submarine / Yellow submarine, yellow submarine

And our friends are all aboard / Many more of them live next door / And the band begins to play
(Refrão)

Full speed ahead Mr. Boatswain, full speed ahead
Full speed ahead it is, Sgt.
Cut the cable, drop the cable
Aye, aye, Sir, aye, aye Captain, captain

As we live a life of ease / Every one of us has all we need (One of us, has all we need)
Sky of blue and sea of green (Sky of blue, sea of green) / In our yellow submarine (In our yellow, submarine, aha)
(Refrão)
Pareciam estar a adivinhar que, uns anos depois, enquanto que os alemães mandavam alguns dos marujos dos Trident para a choça, a Ministra da Justiça de Portugal dava um jeito para que os submersíveis deixassem o mar da palha e ficassem em banho-maria. And our friends are all aboard / Many more of them live next door / And the band begins to play (Refrão).
LNT
[0.344/2012]