O Presidente da República (dos portugueses que nele votaram) vem, mais uma vez, através do FaceBook apelar à união de esforços e à abnegação de quem lhe paga as pensões depois de se ter esquecido ou, conforme ele disse, "depois da rapidez dos acontecimentos que o levou a esquecer" a urgência para evitar o mal-maior.
No País dos novos-ricos, dos patos-bravos e dos chico-espertos, elegeu-se o mal-menor de uma facção com os votos e a abstenção de parte da outra facção que argumentou não estar disposta a ceder ao seu próprio mal-menor.
(Digo isto com a ressalva de que sempre considerei o opositor de Cavaco como um bem-maior)
Portugal merecia melhor.
Nenhuma nação sobrevive tantos séculos com dirigentes tão medíocres se não tiver um povo extraordinário. Embora se insista em tratar-se de "um povo que não se governa nem se deixa governar" e com isso se argumente que tem de vir alguém de fora para pôr isto na ordem, o povo, que sempre se governou, vai continuar a demonstrar que se aguenta com ou sem o chicote externo.
E o Presidente (dos portugueses que nele votaram) bem pode continuar a usar o FaceBook, que o povo não usa, não conhece, nem sabe o que é, para dizer aos novos-ricos, patos-bravos e chico-espertos que a nova União Nacional será a salvação da democracia que ele quer tutelar agora que já arranjou tempo, depois de ter criado essas condições com a sua inoperância, que os portugueses tratarão de lhe demonstrar que tudo isto é mais uma das razões que levam um povo sábio a não se deixar governar por tão má casta.
LNT
[0.117/2011]
No País dos novos-ricos, dos patos-bravos e dos chico-espertos, elegeu-se o mal-menor de uma facção com os votos e a abstenção de parte da outra facção que argumentou não estar disposta a ceder ao seu próprio mal-menor.
(Digo isto com a ressalva de que sempre considerei o opositor de Cavaco como um bem-maior)
Portugal merecia melhor.
Nenhuma nação sobrevive tantos séculos com dirigentes tão medíocres se não tiver um povo extraordinário. Embora se insista em tratar-se de "um povo que não se governa nem se deixa governar" e com isso se argumente que tem de vir alguém de fora para pôr isto na ordem, o povo, que sempre se governou, vai continuar a demonstrar que se aguenta com ou sem o chicote externo.
E o Presidente (dos portugueses que nele votaram) bem pode continuar a usar o FaceBook, que o povo não usa, não conhece, nem sabe o que é, para dizer aos novos-ricos, patos-bravos e chico-espertos que a nova União Nacional será a salvação da democracia que ele quer tutelar agora que já arranjou tempo, depois de ter criado essas condições com a sua inoperância, que os portugueses tratarão de lhe demonstrar que tudo isto é mais uma das razões que levam um povo sábio a não se deixar governar por tão má casta.
LNT
[0.117/2011]
21 comentários:
Muito bem, Sr. Barbeiro!
Cavaco tem sido uma nulidade desastrosa! A sua inoperância e pusilanimidade foram essenciais para estarmos no buraco onde estamos!
Creio que o homem é mesmo inculto e impreparado. A manha dele, para passar por iluminado, é dar-se ares esfíngicos, mastigar tremoços quando fala... para dar a ilusão de que pensa...
Belo texto e lúcido comentário!
No 1º péque qualquer um cai
No 2º péque cai quem quer
No 3º cai quem é burro
Coelho foi burro
No 4º ó se formos todos burros!
É só Fumaça, meu caro...
Mas a fumaça por muito inofensiva que seja, tem uma contrariedade...irrita, irrita que se farta.
Muito bem!
[Mas que sina a nossa. É que ele é mau demais. Nada se aproveita]
Custa-me a perceber que um "democrata" que até é famoso por usar a blogocoisa e as redes sociais, como o Luís Novaes Tito venha incorrer em dois erros de palmatória:
1) diz que Cavaco é o Presidente dos que nele votaram. Já viu bem o sarilho constitucional que arma para para todo e qualquer acto eleitoral futuro? Não o tinha por anarquista!
2) diz que o povo não usa o Facebook. Exclui-se do Povo, caro LNTito? Essa é nova para um Alegrista. Mesmo para a Esquerda em geral (enfim não para o José Sócrates mas ele nunca foi de Esquerda ou Direita).
Será correcto admitir-se que um presidente, futuro representante de todo um povo, seja eleito com uma percentagem diminuta de votantes favoráveis em relação ao universo de eleitores?
Que ilações se podem tirar a respeito de uma abstenção enorme, como aconteceu no nosso último acto eleitoral?
Não esqueçamos que votar é um dever cívico.
Faltou assinar o meu comentário, como decidi fazer recentemente.
Mariano Pires
Gostei desde post e comentei no meu blogue, discordando parcialmente. Como não encontro o seu email, aqui lhe deixo a morada
1diaatrasdooutro.blogspot.com
Com amizade
Maria de Jesus Lourinho
O anónimo, quem havia de ser senão um anónimo, vem com as jogatinas do costume.
Mas lembro-lhe o discurso de vitória do actual Presidente da República em que ele distingue os que o apoiaram, dos outros. Foi ele e não eu que se apresentou como o Presidente de uma só facção dos eleitores. Faço-lhe notar que sempre respeitei e considerei meu Presidente, depois de eleito, qualquer Presidente da República, incluindo Cavaco no seu primeiro mandato. Depois do discurso de vitória do segundo mandato ele excluiu-me desse grupo. Se o anónimo pretende continuar a demonstrar a sua ignorância em relação ao que se passa na actualidade nacional é um problema seu mas faça o favor de me poupar a ter que lhe explicar coisas porque tem preguiça de se informar devidamente.
Ponto dois. Não me excluo do povo. Quem me lê sabe que nunca me exclui. O que sei, porque não sou ignorante, é que a maioria desse povo, onde se incluem as elites a que não pertenço, não usa, nem sequer sabe o que é o FB. Se você tivesse capacidade de analisar um texto em português tinha entendido isso.
Sabe, anónimo, quem anda aqui com o barrete na cabeça é você. Percebe-se porquê, a cobardia e a ignorância sempre andaram de mãos dadas. Começo a não ter pachorra para perder tempo consigo.
m,
Deixei um comentário no seu Blog. (Penso que deixei porque aquilo não foi fácil, culpa da minha máquina certamente ou das ligações Internet com que estou a operar)
Agradecido pelo seu díálogo.
O mail deste blog está disponível na coluna da direita, logo no início e por baixo da imagem de um envelope de carta. Basta dar-lhe um click que abre logo a caixa de correio com o endereço já gravado.
Abr.
Mariano,
As razões que me levaram a considerar o Presidente como de "só alguns portugueses" foi o seu vergonhoso e divisionista discurso de vitória. Claro que os argumentos que o Mariano aqui trás são igualmente pertinentes e válidos, embora as palavras de vitória de Cavaco já não precisem de mais argumentos. Ele não só não nos representa a todos como ainda por cima faz ameaças a muitos de nós. Está preto no branco. É só relembrá-las.
Abr.
A censura é uma forma de perder tempo, caro democrata...
E o anonimato é uma forma de cobardia.
Acha? E se eu disser que me chamo Miguel Abrantes? Acredita?
Acredito.
Pois então. Miguel Abrantes, muito prazer. Já acabamos com o anonimato.
Que ideia mais peregrina é essa que, postar como anónimo é sinal de cobardia? isso não é mais do que falta de actualização do que é isto do cyber, ser anónimo tem o peso que têm, acho muito interessante a postagem como anónimo principalmente num país de cagões ileterados é uma forma interessante de centrar o peso do mérito nas ideias e não no autor das mesmas, eu sei que em Portugal, no seu provicianismo se eu disser que me chamo Peter Towsend, o que escrevo terá logo mais impacto se disser que me chamo José Silva, se eu disser que sou Dr. x tem mais peso do que se for o Eng. x e o mesmo se eu disser que sou o fulano tal ou o Eng. tal a dizer exactamente a mesma coisa, veja-se as tristes figuras do ainda nosso primeiro a cerca disto.
O que é interessante e estranho é as pessoas, parecerem ficarem como que desnorteadas quando recebem um comentário anónimo, que autorizaram porque facilmente poderiam seleccionar a opção de não aceitar comentários anónimos, ficam por vezes já tenho reparado sem saber bem o que dizer porque não têm outro contexto que não seja o texto em si não o autor, muito em linha com os apreciadores de arte que ficam sem saber o que dizer estéticamente de um quadro sem antes saber o nome do pintor eu sou completamente a favor da escrita anómima acho-a libertadora e por vezes mais verdadeira por ser mais desinibida das convenções sociais tanto no momento da escrita como no da leitura, desde que naturalmente não servia para uma agressão encapotada mas para um uma troca ou mesmo um teste de ideias sem factores enviesantes.
Tenho algumas vezes comentado aqui como anónimo se isso é incomodativo de alguma forma deixarei por certo de o fazer, mas sendo esse o caso acharia de bom tom seleccionar a opção de não aceitação de anonimato, aceitando-o o bom tom será não os ter como comentários cobardes, mas como simplesmente anónimos. Abraço Anónimo
É um acto cobarde, sim. A argumentação que faz até tem alguma graça mas acontece que o autor deste blog não é anónimo e os anónimos que aqui vêm batem-se em desigualdade com o dono deste espaço. o Anonimato nada tem de cyber. aliás deverá saber que na rede não existem anónimos.
Quanto a activar ou não a funcionalidade de barrar os comentários anónimos é utra falácia sua, porque não é por ter um endereço email que deixa de ser anónimo.
O que eu tenho, como dono deste espaço, é a faculdade de apagar tudo o que quiser e, não reconhecendo a qualquer anónimo a faculdade de reclamar censura, porque não se censura anónimos, usarei essa minha faculdade sempre que entenda.
Não é cobardia não, sei muito bem que o anonimato na rede, sendo contrariamente ao que diz, possível, é extremamente dificil de conseguir, como tal até nem é tanto anonimato assim, não estou a utilizar IPs simulados nem reroutings nem nada, quanto á cobardia, não concordo mas respeito, como tal não mais comentarei aqui como anónimo, entendo perfeitamente a dificuldade acessória exigida ao pedir a interpretação do que está escrito sem as palas/filtros/muletas sei lá o quê as pessoas se foram habituando a usar para nunca sairem do politicamente correcto e conveniente, isto de pensamento independente é tramado é preciso ter-se coragem e humilde ao mesmo tempo.
Reconheço no entanto que o facto de não usar um pseudónimo poderá dar algum acolhimento à posição tomada.
Esclareço também que o declarar-se como anónimo é uma posição completamente diferente da de utilizar um email ficiticio ou criado para a circunstância.
Concordo que discordo e torno a assegurar que não mais comentarei aqui como anónimo. Abraço
Faz bem em não comentar mais nessas condições.
Mantenho que a sua argumentação é interessante, embora estafada na justificação do anonimato, mas continuo a considerá-la inválidada. O seu anonimato deve-se à falta de coragem de dar a cara e não à independência que diz querer. Sabe quem eu sou, usa esse conhecimento para argumentar e não se dá a conhecer, não informa do que defende e nada diz de si. Isso é jogar com armas desiguais, e sim, é uma espécie de cobardia.
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