O princípio de que os trabalhadores da Administração Pública têm de pagar todas as alarvidades realizadas neste país decorre do raciocínio de que eles não são trabalhadores, mas servidores do Estado.
É por isso que se criou o anátema de que um cidadão que tem por patrão uma entidade não sujeita às regras do trabalho (o Estado) é um trabalhador de segunda.
Ser trabalhador da administração pública é vulgarmente considerado uma condição menor do mundo trabalho e, para que o deixe de ser, é necessário que aos trabalhadores deste sector se passem a aplicar os mesmos mecanismos aplicados a todos os outros.
A alarvidade que representa o corte cego do 13º e 14º mês de todos os trabalhadores da Administração (mesmo considerando a distinção das margens mínimas) resulta da ignorância de quem tem obrigação de gerir a coisa pública.
Sendo claro:
a medida justa estaria na adopção dos critérios e regulamentos de trabalho que existem na privada, incluindo as regras que possibilitam o despedimento legal.
A um trabalhador da administração pública que não cumpra com os deveres de trabalho tem de ser aplicada a penalização geral, incluindo o despedimento. A um outro que seja cumpridor há que dar o mesmo tratamento dado no sector privado.
Só a anormalidade, a preguiça e a prepotência podem levar o Poder a aplicar a medida de ruptura unilateral do acordado para vencimento dos seus empregados, nivelando todos pelo grau zero.
É uma dupla injustiça.
A todos os funcionários públicos vai ser exigido que paguem os erros que são, directa ou indirectamente, da responsabilidade de todos os cidadãos e todos os funcionários públicos, incluindo os que trabalham tanto ou mais e melhor do que qualquer trabalhador do privado, pagarão com o seu trabalho não remunerado a falta de trabalho dos que nada produzem.
LNT
[0.450/2011]
É por isso que se criou o anátema de que um cidadão que tem por patrão uma entidade não sujeita às regras do trabalho (o Estado) é um trabalhador de segunda.
Ser trabalhador da administração pública é vulgarmente considerado uma condição menor do mundo trabalho e, para que o deixe de ser, é necessário que aos trabalhadores deste sector se passem a aplicar os mesmos mecanismos aplicados a todos os outros.
A alarvidade que representa o corte cego do 13º e 14º mês de todos os trabalhadores da Administração (mesmo considerando a distinção das margens mínimas) resulta da ignorância de quem tem obrigação de gerir a coisa pública.
Sendo claro:
a medida justa estaria na adopção dos critérios e regulamentos de trabalho que existem na privada, incluindo as regras que possibilitam o despedimento legal.
A um trabalhador da administração pública que não cumpra com os deveres de trabalho tem de ser aplicada a penalização geral, incluindo o despedimento. A um outro que seja cumpridor há que dar o mesmo tratamento dado no sector privado.
Só a anormalidade, a preguiça e a prepotência podem levar o Poder a aplicar a medida de ruptura unilateral do acordado para vencimento dos seus empregados, nivelando todos pelo grau zero.
É uma dupla injustiça.
A todos os funcionários públicos vai ser exigido que paguem os erros que são, directa ou indirectamente, da responsabilidade de todos os cidadãos e todos os funcionários públicos, incluindo os que trabalham tanto ou mais e melhor do que qualquer trabalhador do privado, pagarão com o seu trabalho não remunerado a falta de trabalho dos que nada produzem.
LNT
[0.450/2011]
3 comentários:
E muita sorte tens tu em ter o patrão como estado que paga acima do privado e ainda não despediu um funcionário. Mais injustiça é a de um desempregado que em que pagar mais pela luz e pelo gás, mais pela alimentação, pelos transportes... mais por tudo.... para alimentar um estado despesista e ladrão
É mesmo esse espírito de "sorte" que estas políticas querem criar.
Será que o Manifestação Indignados não percebe que os trabalhadres da Administração Pública não são os culpados do Estado despesista e ladrão? Será que não consegue perceber que os funcionários públicos também vão pagar os aumentos do IVA como qualquer outro cidadão? Fica por comprovar que os FP ganhem mais do que os outros trabalhadores. Também ouvi o Passos Coelho dizer isso mas não o demonstrou, assim como não demonstra nem informa dos "desvios...colossais" de que fala.
Já agora, Um indignado identifica-se para se saiba que é indignado.
Caro LNT
Obviamente que não são os funcionários públicos os responsáveis.
Os responsáveis são aqueles que entraram nas empresas públicas e gastaram como se não houvesse amanhã e todos os políticos corruptos que enriquecem na cama com muitos grandes empresários durante e pós política.
Alimentar a fractura entre sector público e privado é totalmente descabido e sem anexo. A realidade no entanto é que o sector público ao contrário das empresas privadas tem estado protegido no emprego e no mérito. A verdade, também, é que a economia privada é sujeita a ajustamentos que o público não sofre.
O anquilosamento do sector público não pode fazer esquecer que não há produção nem empresas privadas para tanto emprego público. As empresas privadas que alimentam o circuito económico não se geram por decreto. O emprego no estado gera-se. Podemos pensar que o estado é criador e gerador de riqueza, mas infelizmente nenhuma dessas variáveis entra na balança do transaccionável. Há muito que economistas não engajados com partidos políticos previam o que ia acontecer. O estado tem de minguar no não essencial para poder prover ao essencial. Os gestores públicos e políticos como "o senhor antecedente" e sua comitiva deviam ser criminalizados por gestão danosa e por andarem a colocar mármores e luxo nas escolas do malfadado parque escolar, que a muitos deve ter alimentado. Os cidadãos exigem accountability e não o desgoverno do passado com a conivência dos engajados (e não me estou a referir a si que sei que criticou quando necessário)e não aplaude plutocratas.
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