sexta-feira, 6 de abril de 2012

Esticar até quebrar

passos CoelhoNesta sexta-feira da paixão não deveria estar a publicar texto mas é impossível fingir que gosto da flagelação.

Um Governo que faz passar disfarçadamente mais uma medida de austeridade (mais um ano de corte de 2/14 do vencimento e a pista de que nos anos seguintes o corte se manterá através de fórmula “progressiva”) ao arrepio de tudo aquilo que havia anunciado oficialmente (lembram-se certamente que foi convocada uma conferência de imprensa para anunciar que iria haver um corte de 2/14 só por dois anos) está a chamar estúpidos a todos os seus governados, em risota trocista e cretina, quando diz que se tratou de um lapso.

É verdade que, para provocar aqueles a quem chama lentos, anunciou ir falar devagar para que eles entendessem o que lhes estava a chamar, é verdade que demonstrou, muito devagar, que estava a lidar um bando de carneiros incapazes de lhes fazer frente, é verdade que conta com a moleza de quem deveria ser enérgico na oposição e com a complacência de um Presidente da República totalmente alheado das provocações feitas ao povo governado, entre risos e gargalhadas na Assembleia da República, mas é redondamente falso tratar-se de um lapso.

Nesta sexta-feira da paixão fica a penitência dos penitentes. Sabemos que eles esperam que dêmos a outra face. Pode ser que se enganem.
LNT
[0.195/2012]

2 comentários:

Maria disse...

Amigo:
Nunca tivemos uma Páscoa igual.
Temos coelhinho da Páscoa.
Somos flagelados com aumentos, mentiras etc.
Só lamento, o nosso "amado" presidente, não ter bolo-rei. Talvez ele goste de folar. Será que os €800 chegarão?
A Páscoa é triste. A morte de um homem bom, não devia ser motivo de festas.
Maria

George Sand disse...

Gosto sempre das referências ao Sr. Silva...não sei se coelhinho, se cenoura...

Aproveito para lhe desejar e aos clientes da barbearia, uma feliz Páscoa. (dentro dos possíveis)