[0.750/2008]
Já fui feliz aqui [ CCCXVI ]
Vila Nova de São Bento - Alentejo - Portugal
LNT
sábado, 4 de outubro de 2008
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
[0.748/2008]
Presunção e água benta (act)
e o submundo da blogosfera
A SICn continua a passar um velho programa de entretenimento que dá pelo nome de Quadratura do Círculo onde um jornalista se bate com outros três entertainers. A coisa teve impacto em anos idos e como deve estar em quebra de share há que espevitá-lo.
Nada de grave porque os tipos, às vezes, até têm graça.
Hoje, entre outras, a blogos(fera) esteve na berlinda e voltámos a saber pela boca de Pacheco que 99% dos blogs portugueses são lixo. Salva-se o Abrupto, presume-se, mas como o seu autor escreve em transparente que não se deve lutar com porcos porque quem o faz fica enlameado, nós, que somos asseados, prescindimos da liça.
O meu caro amigo e camarada António Costa é que surpreendeu com a forma como nos caracterizou.
Possivelmente quando daqui a uns meses chegar a campanha eleitoral esquecerá o que hoje disse sobre os blogs e os bloggers e voltaremos a contar com o seu convívio, como aconteceu há dois anos quando se fez eleger.
A coisa ainda não está na NET mas há-de estar em breve por aqui (agora já lá está). Oxalá alguém transforme este trecho de pancada nos Blogs em You Tube para mais tarde recordar.
LNT
A frase transparente em abruptês ressabiado (e mal traduzido):
Nunca te atires à lama a lutar com um porco – primeiro, porque te sujas; segundo, porque é disso que o porco gosta.
A frase transparente na boca de um seu divulgador (Walter Winchell - igualmente ressabiado):
When you fight with a pig you both get dirty - but the pig likes it.
Presunção e água benta (act)
e o submundo da blogosfera
A SICn continua a passar um velho programa de entretenimento que dá pelo nome de Quadratura do Círculo onde um jornalista se bate com outros três entertainers. A coisa teve impacto em anos idos e como deve estar em quebra de share há que espevitá-lo.
Nada de grave porque os tipos, às vezes, até têm graça.
Hoje, entre outras, a blogos(fera) esteve na berlinda e voltámos a saber pela boca de Pacheco que 99% dos blogs portugueses são lixo. Salva-se o Abrupto, presume-se, mas como o seu autor escreve em transparente que não se deve lutar com porcos porque quem o faz fica enlameado, nós, que somos asseados, prescindimos da liça.
O meu caro amigo e camarada António Costa é que surpreendeu com a forma como nos caracterizou.
Possivelmente quando daqui a uns meses chegar a campanha eleitoral esquecerá o que hoje disse sobre os blogs e os bloggers e voltaremos a contar com o seu convívio, como aconteceu há dois anos quando se fez eleger.
A coisa ainda não está na NET mas há-de estar em breve por aqui (agora já lá está). Oxalá alguém transforme este trecho de pancada nos Blogs em You Tube para mais tarde recordar.
LNT
A frase transparente em abruptês ressabiado (e mal traduzido):
Nunca te atires à lama a lutar com um porco – primeiro, porque te sujas; segundo, porque é disso que o porco gosta.
A frase transparente na boca de um seu divulgador (Walter Winchell - igualmente ressabiado):
When you fight with a pig you both get dirty - but the pig likes it.
Rastos:
-> SICn ≡ Quadratura do Círculo
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
[0.746/2008]
Benfica/Nápoles
Em directo (mas sem largura de banda) -> http://estadiovirtual.sapo.pt/
LNT
Benfica/Nápoles
Em directo (mas sem largura de banda) -> http://estadiovirtual.sapo.pt/
LNT
[0.745/2008]
Vírus abruptus
Oh Zé aperta o laço,(em voz pastosa e arrastada) O som que acabaram de ouvir é parte integrante do cancioneiro nacional, uma das mais fantásticas obras da inventiva poética do eixo Minho/Douro, um salamaleque de exuberante trinado étnico.
Oh Zé aperta-o bem!
Que o laço bem apertado,
Ai oh José, fica-te bem.
LNT
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
[0.743/2008]
Vale-o-que-vale e é-o-que-é [ II ]
Não é bem isso, Rui. Os discursos são para normais embora os que os prenunciam estejam convencidos que os dizem para anormais. De resto é como tu dizes, meu caro amigo pintor: sinto os serventuários mas como sem eles a carta não chegava a Garcia, são-me úteis.
Não há nada mais ingrato que escrever a alguém e não ter portador para a mensagem.
LNT
Vale-o-que-vale e é-o-que-é [ II ]
Não é bem isso, Rui. Os discursos são para normais embora os que os prenunciam estejam convencidos que os dizem para anormais. De resto é como tu dizes, meu caro amigo pintor: sinto os serventuários mas como sem eles a carta não chegava a Garcia, são-me úteis.
Não há nada mais ingrato que escrever a alguém e não ter portador para a mensagem.
LNT
Rastos:
-> Rui Perdigão ≡ Vida das Coisas - Discursos para anormais? É isso, Luís?
[0.742/2008]
Artes de manipulação
Aviso inicial:
Sou amigo de Ana Sara de Brito e tenho por ela grande consideração pessoal e política.
Recebo por mão amiga um texto de Inês Pedrosa que transcrevo mais abaixo por não o encontrar publicado em lado algum e leio um artigo do o Público que algum cobarde deixou anonimamente ficar em link numa caixa de comentários deste Blog.
Sobre o assunto tenho pouco a dizer porque o muito que poderia escrever seria sempre interpretado como defesa de uma amiga, mas há constatações que não poderei deixar de registar:
1.– A casa onde Ana Sara viveu até 2007 foi-lhe arrendada em 1987 (21 anos).
2.– As dificuldades de uma enfermeira há 21 anos não se podem meter no mesmo saco com uma reforma usufruída hoje. O Público ao informar do valor da reforma de hoje e ao não dizer quanto ganhava uma enfermeira à data em que a casa lhe foi arrendada comete um grosseiro acto de manipulação.
3.– A renda da casa da Rua do Salitre foi, segundo as declarações de Ana Sara, objecto das actualizações anuais previstas na lei do arrendamento. Tratava-se de um contrato legal de arrendamento igual a qualquer outro e sujeito às mesmas regras e relações que existem entre inclino e senhorio.
4.– A casa não fazia parte de um lote de habitação social, o que quer dizer que fazia parte do mercado de arrendamento do parque habitacional de Lisboa.
Ainda assim Ana Sara de Brito, dando mostras da integridade que sempre lhe conheci, entendeu entregar as chaves ao senhorio quando foi eleita vereadora no ano passado. Não tinha que o fazer. Renunciou a um contrato que sempre cumpriu e que nada tinha de diferente de todos os outros contratos de arrendamento de Lisboa realizados há vinte e um anos. Fê-lo porque Ana Sara entendeu, uma vez mais na vida, manter a sua vida pública acima de qualquer suspeita.
Artes de manipulação
Aviso inicial:
Sou amigo de Ana Sara de Brito e tenho por ela grande consideração pessoal e política.
Recebo por mão amiga um texto de Inês Pedrosa que transcrevo mais abaixo por não o encontrar publicado em lado algum e leio um artigo do o Público que algum cobarde deixou anonimamente ficar em link numa caixa de comentários deste Blog.
Sobre o assunto tenho pouco a dizer porque o muito que poderia escrever seria sempre interpretado como defesa de uma amiga, mas há constatações que não poderei deixar de registar:
1.– A casa onde Ana Sara viveu até 2007 foi-lhe arrendada em 1987 (21 anos).
2.– As dificuldades de uma enfermeira há 21 anos não se podem meter no mesmo saco com uma reforma usufruída hoje. O Público ao informar do valor da reforma de hoje e ao não dizer quanto ganhava uma enfermeira à data em que a casa lhe foi arrendada comete um grosseiro acto de manipulação.
3.– A renda da casa da Rua do Salitre foi, segundo as declarações de Ana Sara, objecto das actualizações anuais previstas na lei do arrendamento. Tratava-se de um contrato legal de arrendamento igual a qualquer outro e sujeito às mesmas regras e relações que existem entre inclino e senhorio.
4.– A casa não fazia parte de um lote de habitação social, o que quer dizer que fazia parte do mercado de arrendamento do parque habitacional de Lisboa.
Ainda assim Ana Sara de Brito, dando mostras da integridade que sempre lhe conheci, entendeu entregar as chaves ao senhorio quando foi eleita vereadora no ano passado. Não tinha que o fazer. Renunciou a um contrato que sempre cumpriu e que nada tinha de diferente de todos os outros contratos de arrendamento de Lisboa realizados há vinte e um anos. Fê-lo porque Ana Sara entendeu, uma vez mais na vida, manter a sua vida pública acima de qualquer suspeita.
Sem honra nem vergonhaLNT
Como sobreviverão os políticos honrados aos ataques insidiosos dos corruptos?
A tentativa de assassinato de carácter de que foi alvo Ana Sara Brito é um exemplo-limite do lamaçal em que se tem vindo a tornar a política portuguesa. A actual vereadora da Acção Social e Habitação da Câmara Municipal de Lisboa é uma mulher a quem tanto os amigos como os adversários políticos reconhecem, desde sempre – e este sempre é longo, porque Ana Sara tem prestado serviço à população de Lisboa desde o tempo em que era presidente Nuno Krus Abecassis – duas qualidades absolutas: eficiência e honestidade. A reunião dessas duas qualidades criou-lhe, aliás, inimizades mais ou menos surdas, dentro do seu próprio partido: leal aos seus princípios e valores, Ana Sara nunca temeu ir contra as vozes dominantes, e contrapor o seu pensamento ao dos chefes, dentro do Partido que elegeu como seu (e que nunca abandonou).
Assim, por exemplo, ergueu a sua voz contra o então Primeiro-Ministro António Guterres, quando este impôs um referendo, depois da lei da interrupção da gravidez ter sido aprovada na Assembleia da República. Nas últimas presidenciais, apoiou a candidatura de Manuel Alegre, cujo sucesso, é justo que se recorde, muito ficou a dever ao seu trabalho, foi ela a coordenadora nacional da campanha. Nunca trocou os seus valores por benesses, nunca serviu a dois senhores em simultâneo, e nunca entrou em negociatas de espécie alguma, antes as denunciou e denuncia, em sede própria. O cargo que hoje ocupa na CML advém do reconhecimento (tardio, digo eu) dos seus múltiplos talentos e virtudes, às quais não posso deixar de acrescentar a da isenção, por parte dos líderes do seu partido.
Assumiu este cargo numa época difícil, e com sacrifício pessoal, quando podia estar tranquilamente a gozar a sua reforma, depois de quarenta e seis anos de trabalho, não só a favor da cidade (como autarca), como a favor da população portuguesa (exerceu durante anos a profissão de enfermeira, na área da saúde mental, e trabalhou com Maria de Belém no Ministério da Saúde). Não tinha falta de ocupação, já que faz parte de várias associações de defesa de direitos cívicos, e não assume compromissos de boca. Num país onde pululam os apoiantes teóricos de causas – aqueles que dizem: «faz, que eu assino» – Ana Sara sobressai pela dedicação, pelo empenhamento e pela coragem.
Mas, em Portugal, a honestidade, a isenção e a frontalidade pagam-se caro. Porque incomodam muita gente. Incomodam aqueles que estão habituados a uma vida de negociatas turvas, trocas de favores e abusos de poder. É natural que os incomode, porque Ana Sara não só não colabora com esses esquemas, como não lhes fecha os olhos. Ao assumir funções, entregou à Polícia Judiciária todos os documentos controversos que encontrou.
Como António Costa explicou na conferência de imprensa que realizou, ao lado de Ana Sara Brito, na passada segunda-feira, a Polícia Judiciária tem estado a trabalhar nas instalações da CML, para escrutinar tudo, com total apoio dos serviços camarários. Assim, no preciso momento em que os processos menos claros das anteriores gestões camarárias começam a ser levantados pela Justiça, e os nomes dos arguidos, reais ou potenciais, começam a saltar para os jornais, surge uma campanha de ataque, nebulosa e nevoenta, misturando alhos com bugalhos e envolvendo várias figuras da actual gestão municipal – entre as quais Ana Sara Brito, acusada de, há vinte e um anos, ter abarbatado para si uma casa da Câmara. A acusação, como ela mesma explicou, na passada segunda-feira, é falsa. O aparecimento desta campanha contra a Vereadora da Habitação coincide também com o anúncio, feito por ela, de um plano de realojamento com novas regras – justas e estritas, sem qualquer margem discricionária. São coincidências a mais.
Quem manipulou alguma comunicação social contra Ana Sara Brito? A quem aproveitam estas mistificações? Aos que têm contas a prestar ao erário público dos portugueses. A técnica é antiga: já o burlão Alves dos Reis, quando se começou a sentir apertado, desatou a acusar a administração do Banco de Portugal. Dir-se-á que a verdade vem sempre à tona – mas todos sabemos que nem sempre é assim. Alguma vez saberemos a verdade sobre as décadas e décadas de abusos sobre menores na Casa Pia?
Para mal dos que gostariam de ver em Lisboa uma Vereadora maleável, fraca, corruptível, Ana Sara não cede nem desanima. Mas quantas pessoas de bem não desistem, logo à partida, da política, por temerem os golpes baixos, as acusações sem fundamento ou a devassa da sua vida particular? Vamos repetindo, com desalento, que a política se tem vindo a tornar um território de mediocridade crescente. Se continuarmos a deixar que os medíocres procurem arrastar para a lama que é o seu habitat natural o nome e a imagem das pessoas honradas como Ana Sara Brito, acabaremos por ficar nas mãos da ditadura da mediocridade. Os medíocres formam máfias transversais ao espectro partidário, organizam-se para assaltar a riqueza nacional (ou o que dela resta, depois de séculos de corrupção e mediocridade). Mas não podem vencer os que trabalham honradamente a favor da coisa pública sob pena de perdermos, em definitivo, a honra e a liberdade.
Inês Pedrosa
Rastos:
-> Câmara Municipal de Lisboa ≡ Vereadora Ana Sara Brito prestou esclarecimentos sobre notícias vindas a público
-> Público.pt ≡ Vereadora que pagava 146 euros de renda à Câmara de Lisboa recebe reforma de 3350
-> Corta-fitas ≡ Teresa Ribeiro - Ooops!
-> Mátria Minha ≡ Eugénia de Vasconcellos - Carácter
-> Mar Salgado ≡ Filipe Nunes Vicente - Bigorrilha, Bigorrilho, Bigorrupto e Bigorreco
-> Suspeitix ≡ Luís Coelho - Baixa política
terça-feira, 30 de setembro de 2008
[0.740/2008]
Vale-o-que-vale e é-o-que-é [ I ]
O pior que poderia acontecer numa altura em que o mercado financeiro mundial dá mostras do enorme bluff em que viveu nos últimos anos seria que se abrissem frentes de pânico que induzissem, por exemplo, corrida aos bancos ou aos resgates de Fundos. Como tal, é compreensível e desejável que quem tem responsabilidade acrescida evite declarações catastróficas e passe a imagem (e mais do que só imagem) de garantia dos depósitos e das aplicações financeiras de baixo risco (pelo menos das que foram anunciadas com sendo de baixo ou nulo risco).
Desta atitude até à de responsáveis e proeminentes figuras virem a público afirmar que Portugal não será afectado, ou que só o será marginalmente, revela bem a moral de quem o faz e reflecte a sua ideia sobre o estado de imbecilidade daqueles a quem se dirige.
Até os barbeiros sabem, e os merceeiros também, que qualquer investimento em Fundos é baseado em aplicações financeiras, mercado de bolsa, etc. e que, se as bolsas mundiais estão em crise, essas aplicações sentirão os seus reflexos. Todos, até os sapateiros ou os alfaiates sabem que, se os Bancos e as Seguradoras detêm e são detidos por, em maior ou menor escala, outras instituições financeiras internacionais, a crise no topo da montanha vai provocar avalanchas até ao sopé.
Em Portugal caíram em desuso os diminutivos com que se davam às coisas portuguesas a sua verdadeira dimensão. Substituíram-se pelo fala-baratismo que agora usa expressões nulas como o vale-o-que-vale ou o é-o-que-é para dissimular o pensamento da vacuidade.
LNT
Vale-o-que-vale e é-o-que-é [ I ]
O pior que poderia acontecer numa altura em que o mercado financeiro mundial dá mostras do enorme bluff em que viveu nos últimos anos seria que se abrissem frentes de pânico que induzissem, por exemplo, corrida aos bancos ou aos resgates de Fundos. Como tal, é compreensível e desejável que quem tem responsabilidade acrescida evite declarações catastróficas e passe a imagem (e mais do que só imagem) de garantia dos depósitos e das aplicações financeiras de baixo risco (pelo menos das que foram anunciadas com sendo de baixo ou nulo risco).
Desta atitude até à de responsáveis e proeminentes figuras virem a público afirmar que Portugal não será afectado, ou que só o será marginalmente, revela bem a moral de quem o faz e reflecte a sua ideia sobre o estado de imbecilidade daqueles a quem se dirige.
Até os barbeiros sabem, e os merceeiros também, que qualquer investimento em Fundos é baseado em aplicações financeiras, mercado de bolsa, etc. e que, se as bolsas mundiais estão em crise, essas aplicações sentirão os seus reflexos. Todos, até os sapateiros ou os alfaiates sabem que, se os Bancos e as Seguradoras detêm e são detidos por, em maior ou menor escala, outras instituições financeiras internacionais, a crise no topo da montanha vai provocar avalanchas até ao sopé.
Em Portugal caíram em desuso os diminutivos com que se davam às coisas portuguesas a sua verdadeira dimensão. Substituíram-se pelo fala-baratismo que agora usa expressões nulas como o vale-o-que-vale ou o é-o-que-é para dissimular o pensamento da vacuidade.
LNT
Rastos:
-> Diário Económico ≡ Mais de 50 fundos portugueses estão expostos às falências
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
[0.738/2008]
Estaremos à beira do pesadelo liberal?
Há muito que se sabia: O livre funcionamento do mercado é uma teoria interessante para quem dele quer sacar tudo para si e deixar para os Orçamentos de Estado a reposição do saque.
Penso que até Blair o sabia quando inventou aquela coisa mais suave que punha os olhos em alvo dos socialistas e sociais-democratas modernaços. Depois dos Estados Unidos chegou a vez da Inglaterra e da Europa central injectarem o dinheiro de quem tudo paga nos bolsos de quem tudo recebe. Uns chamam-lhes nacionalizações (os mais liberais), os outros chamam-lhes intervenções para salvaguarda do interesse público (os mais 3ª via).
Esta estorieta faz-me lembrar aquela outra dos defensores de menos funcionários públicos para que os empregados das empresas privadas possam ser pagos (e melhor pagos) em outsourcing pelo Estado.
Mas o pior pesadelo neo-liberal (odeio esta designação para capitalismo selvagem) pode estar próximo. Se o saque se mantiver, mesmo depois dos muitos mil milhões que os contribuintes estão a injectar para manter esse mesmo saque, o Estado pode falir e lá se vai a mão invísível que não é mais do que a almofada tranquilizante do sonho liberal.
LNT
Estaremos à beira do pesadelo liberal?
Há muito que se sabia: O livre funcionamento do mercado é uma teoria interessante para quem dele quer sacar tudo para si e deixar para os Orçamentos de Estado a reposição do saque.
Penso que até Blair o sabia quando inventou aquela coisa mais suave que punha os olhos em alvo dos socialistas e sociais-democratas modernaços. Depois dos Estados Unidos chegou a vez da Inglaterra e da Europa central injectarem o dinheiro de quem tudo paga nos bolsos de quem tudo recebe. Uns chamam-lhes nacionalizações (os mais liberais), os outros chamam-lhes intervenções para salvaguarda do interesse público (os mais 3ª via).
Esta estorieta faz-me lembrar aquela outra dos defensores de menos funcionários públicos para que os empregados das empresas privadas possam ser pagos (e melhor pagos) em outsourcing pelo Estado.
Mas o pior pesadelo neo-liberal (odeio esta designação para capitalismo selvagem) pode estar próximo. Se o saque se mantiver, mesmo depois dos muitos mil milhões que os contribuintes estão a injectar para manter esse mesmo saque, o Estado pode falir e lá se vai a mão invísível que não é mais do que a almofada tranquilizante do sonho liberal.
LNT
domingo, 28 de setembro de 2008
[0.736/2008]
Forte de Peniche
O facto de ser classificado como Monumento Nacional e o de lá existir um Museu Municipal desde 1984 não lhe garantiu, como não garante em inúmeros outros espaços, a preservação que se impõe.
Alerta-me Joana Lopes para um texto de Irene Pimentel onde se anuncia a intenção de transformar a Fortaleza de Peniche em Pousada, o que à partida até poderá parecer uma boa ideia tendo em conta muitos outros exemplos de património recuperado e preservado pelo excelente trabalho que as Pousadas de Portugal têm feito.
No entanto acontece que a Fortaleza de Peniche encerra nas suas muralhas as masmorras de liberdade onde foram recentemente enclausurados e maltratados portugueses por delito de opinião. São memórias frescas com vítimas de primeira e segunda geração ainda vivas e que nos merecem todo o respeito.
Não conheço o processo de transformação do Forte de Peniche, não faço a mínima ideia dos planos para a preservação dos espaços que deverão ser locais de reflexão e de memória, nem das garantias de acessibilidade pública por parte dos não-clientes da futura pousada. É importante que seja divulgado o plano total do que ali se pretende fazer para que, a partir dessa informação, se possam tirar conclusões.
Para já fica o alerta.
LNT
Forte de Peniche
O facto de ser classificado como Monumento Nacional e o de lá existir um Museu Municipal desde 1984 não lhe garantiu, como não garante em inúmeros outros espaços, a preservação que se impõe.
Alerta-me Joana Lopes para um texto de Irene Pimentel onde se anuncia a intenção de transformar a Fortaleza de Peniche em Pousada, o que à partida até poderá parecer uma boa ideia tendo em conta muitos outros exemplos de património recuperado e preservado pelo excelente trabalho que as Pousadas de Portugal têm feito.
No entanto acontece que a Fortaleza de Peniche encerra nas suas muralhas as masmorras de liberdade onde foram recentemente enclausurados e maltratados portugueses por delito de opinião. São memórias frescas com vítimas de primeira e segunda geração ainda vivas e que nos merecem todo o respeito.
Não conheço o processo de transformação do Forte de Peniche, não faço a mínima ideia dos planos para a preservação dos espaços que deverão ser locais de reflexão e de memória, nem das garantias de acessibilidade pública por parte dos não-clientes da futura pousada. É importante que seja divulgado o plano total do que ali se pretende fazer para que, a partir dessa informação, se possam tirar conclusões.
Para já fica o alerta.
LNT
Rastos:
-> Irene Pimentel ≡ Caminhos da Memória ≡ Peniche: de Prisão a Pousada?
-> Wikipédia ≡ Praça Forte de Peniche
-> IPAR ≡ Fortaleza de Peniche
-> Imagem ≡ Click Portugal
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