sexta-feira, 13 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
O senão
A bruta intervenção que está a operar causa efeitos colaterais que não foram acautelados pelo ME, CML, Junta de Freguesia de Carnide ou pelo diabo que os carregue. Em resultado disso os prédios que circundam a escola estão a ser invadidos por nuvens de pó, por decibéis muito para além do razoável e por uma praga inaudita de ratos que, pelos vistos, eram residentes da escola.
Não será possível que quando o bem público age, aja com o cuidado de evitar danos à comunidade que sustenta os agentes desse mesmo bem público?
LNT
[0.291/2010]
A bela
Sabe-se pelos jornais e confirmo pelo que de minha casa observo na demolição dos pavilhões enratados da Vergílio Ferreira. Está-se a encher aquele espaço de coisas novas com os operários a trabalhar em tempo reforçado para que o ano de 2010/11 seja o espelho da tal inoperabilidade de que os jornais falam.
Por este andar corremos o risco de atingir o cúmulo de ter alunos a gostarem da escola e professores com condições de ensinar.
Vai ser uma pouca-vergonha!
LNT
[0.290/2010]
Lis Boa
Gosto desta Lisboa assim, desta brisa de mar, deste fresco que desanuvia. Hoje consigo ver a Arrábida ao fundo, o Cristo-Rei, as pontes – 25 de Abril (ou Salazar, se quiserem, uma vez que já está morto há muito) e Vasco da Gama.
Depois de semanas de abafamento onde nem faltaram aguaceiros de lama, hoje respira-se em Lisboa. Esse facto associado à redução do trânsito (resultado da crise que leva os automóveis para o Algarve onde a vida é mais económica), ao período de férias dos políticos profissionais e dos outros que sendo amadores ocupam lugares profissionais, transforma a minha cidade num dos lugares mais aprazíveis do Mundo.
Gosto de Lisboa assim, mesmo que os passeios continuem encocozados e os pombos sarnentos.
LNT
[0.289/2010]
Depois de semanas de abafamento onde nem faltaram aguaceiros de lama, hoje respira-se em Lisboa. Esse facto associado à redução do trânsito (resultado da crise que leva os automóveis para o Algarve onde a vida é mais económica), ao período de férias dos políticos profissionais e dos outros que sendo amadores ocupam lugares profissionais, transforma a minha cidade num dos lugares mais aprazíveis do Mundo.
Gosto de Lisboa assim, mesmo que os passeios continuem encocozados e os pombos sarnentos.
LNT
[0.289/2010]
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Guarda montada
O empregado pedia-lhe calma e ia-o informando que o polícia já estava ali e que só não actuava porque a montada parara para se refrescar. Pedia-lhe que se acalmasse. Que fosse ao lago refrescar os pés. Bastava-lhe descalçar os sapatos, tirar as peúgas e arregaçar as calças. Tudo iria melhorar.
Que não, que não saía dali enquanto o obrigassem à farda. Que, se a besta tinha direito ao fresco, ele também queria e respondia ao solicito barman:
E se pensa que isto fica assim informo-o já que vou tirar o cavalinho da chuva.
O cavalo ficou incrédulo a olhar o jardineiro quando ele desligou o esguicho da rega.
Adivinhava-se-lhe nos olhos um: "invejoso, e a besta sou eu!"
LNT
[0.287/2010]
terça-feira, 10 de agosto de 2010
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Biombos
Gosto da nossa terra que se desenvolveu em três pistas para nos reduzir para duas, as quatro horas que nos transportam até ao Algarve. Longe vai o tempo em que, por não haver via verde a pagar pela conta ordenado, tinha de me sujeitar às curvas e contra-curvas do Caldeirão. Quando essas pistas estiverem pagas também já terei terminado a última prestação do carro de sonho que tenho na garagem e chegará a altura de comprar o atrelado para o barquinho que namorei este fim-de-semana e de que, devido à soberba simpatia do senhor do stand, já tenho os papeis para crédito imediato.
Chato é isto do cartão amarelo estar quase esgotado, logo hoje que tanto me apetecia dar um salto ao Guincho para a paelha que me deixa água-na-boca, mas tenho de o poupar para os saldos.
Enfim, esta crise não está fácil e não se pode ter tudo.
LNT
[0.285/2010]
Já fui feliz aqui [ DCCLXX ]
Paquete Angola - CNN - Companhia Nacional de Navegação - Portugal
LNT
[0.284/2010]
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Olhos e olhares
Pilantras, os olhos são o alçapão da alma. E, se um olhar pode ser muito mais violento do que um safanão, se ele for certeiro nos olhos é uma violação da aura. É por o saberem que tantos são incapazes de cumprimentar olhos-nos-olhos.
Esta deve ser a razão para que os sistemas avançados de identificação tenham abandonado o reconhecimento da impressão digital, que só lhes fornecia as linhas de pele do identificado, e passaram ao sistema da retina onde a biometria lhes lê a vida e o pensamento.
LNT
[0.283/2010]
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Porque é que o cabelo das loiras tem raízes escuras?
Passou por mim, como quem passa por vinha vindimada, cruzou dois traços contínuos e saltou para a escapatória da Calouste Gulbenkian na faixa de fora, stops vermelhos e fumo nas rodas. Parecia que tinha pressa ou acabava de ter um afrontamento e só não ouviu os mimos dos três ou quatro envolvidos porque o vento que lhe metia a loirice em alvoroço tapava-lhe os ouvidos, desta vez sem pressão nas têmperas.
Não morreu ninguém, não houve chapa torcida, "no passa nada", a não ser a inspiração para transformar um dia de Verão sem história nesta estória que lhes conto.
Para isso e para fundamentar que a minha tese das loiras é verdadeira desde que elas tenham a raiz do cabelo escuro. Não é que, mesmo essas, tenham de ser todas obrigatoriamente loiras, mesmo tendo descapotáveis de boa marca e muitas pulseiras amarelas que tilintam mas porque, por descuido cuidado, se deixam revelar loiras.
São-no sempre dos ombros para cima, o resto funciona bem. Os descapotáveis, mesmo os mal conduzidos, comprovam-no.
LNT
[0.281/2010]
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Tijolos e balanças
Construído numa zona que deveria ter ficado como estava antes de lá terem plantado a tralha do consumo, é o mais badalado assunto de patos-bravos neste país de mestres-de-obra e Mercedes brancos, que prefere o inglês técnico de praia, ao bom senso e à decência.
Se o cimento que foi despejado em zona de reserva pouco interessa para o caso, já o seu uso é determinante para que se acredite que a terra das pequenas Madie’s, dos All-Garve, dos Freeport’s e do outro linguajar estrangeirado aprendido nas escolas de fim-de-semana em regime de eLearning tenha consistência no tratamento dos seus indígenas e, já que na saúde lhes trata da vida e na educação os diploma em ignorância, pelo menos que na justiça faça o favor de os fazer cidadãos dando-lhes oportunidade de se defenderem em vez de os deixar em marinada especulativa.
Como a impunidade é marca do novo-riquismo instalado, seja ele de dinheiro ou de poder, a inimputabilidade começa também a ser regra comum. A nossa tendência é para deixar que eles se entendam uns com os outros, porque estão bem uns para os outros, mas isto vai sobrar para todos nós e enquanto pagarmos para termos o que temos sem refilar do mau produto que nos estão a impingir, a coisa não vai lá.
O nosso direito à indignação está perto de começar a ser exercido. Os nossos impostos não podem ser usados para manter esta gentalha a rir-se de todos nós.
LNT
[0.278/2010]
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