Sacando do patrioteirismo em forma de
YouTube atirou-se para o país das loiras com uma compilação de factos que colocaram o
Portugal dos feitos passados nos píncaros do orgulho de forma a manter a dignidade lusitana no patamar do "
pobrezinhos mas asseados".
Desde o salazarento "
orgulhosamente sós" que não nos apresentávamos à esmola com um escanhoado tão prefeito.
Do lado gélido de lá a coisa foi recebida como um sopro de calor que não chegou para derreter e, enquanto no rectângulo se enchia o peito e se exacerbavam os feitos do povo nas redes sociais e nas televisões, na terra das frígidas permanecia a indiferença sobre a tradição do chá na coroa britânica e sobre a informação de que a Via Verde não é o pasto de raças leiteiras autóctones.
Foi-lhes fácil ripostar com um vídeo a relatar outras tantas façanhas e patranhas de heroicidades contra o Zé dos Bigodes ou contra o Adolfo do triste bigodinho.
Na deles, fartos de frio e de mau tempo e de verem os sistemas sociais a encolherem, habituados às suas bolhas individuais e horrorizados com o
meter-de-conversa, indiferentes às questões passionais que levam os latinos a amar e a assassinar enquanto que eles, para o fazerem ou para se suicidarem, não precisam de emoção ou paixão, tanto lhes deu.
Tivéssemos enviado um documentário com o
Zézé Camarinha e os desempenhos que o Sol provoca em vez de lhes falar das artes do bacalhau ou da implantação mundial da língua falada, que eles não falam e, oh sócio, era ver chegar
charters e
charters com investidore(a)s nas indústrias da libido e do vinho.
LNT[0.161/2011]