Não vivemos tempos fáceis. A prová-lo estão os telejornais que passaram a ter os ministros deste Governo como pivots, o que logo à partida é pronuncio de coisa má. Estes tempos já nos ensinaram que a presença de um Ministro representa o anúncio de notícia ruim justificada em português arrevesado.
Ontem foi a vez do Álvaro nos deitar a língua de fora. Anunciou que, para os que pensam que os transportes públicos passaram a custos obscenos, lhes dará novo incremento pelas janeiras. Trata-se de uma acção pedagógica destinada a diferenciar um preço sensual, de um pornográfico. A língua de pau assumiu a forma de gráfico de linhas paralelas, uma vermelha e outra preta, e a má notícia foi a de que, para que essas linhas passem a convergentes, vai ser necessário espessar a da receita uma vez que se prevê que a da má gestão continue o seu caminho.
Nada de novo. Já sabíamos da teoria desde a apresentação do imposto extraordinário do próximo Natal, isto é:
Pelo sim, pelo não, arrecade-se mais dinheiro para cobrir a má gestão, não venha ela a ser ainda pior do que aquilo que se espera.O paleio desta gente veio para ficar e para substituir a menina-de-cinco-olhos com que, em outros idos, se amedrontavam os educandos para os manter no caminho das cabras, a bem da Nação.
LNT[0.318/2011]