Passos Coelho gosta de dizer coisas. Não sei se é por isso que o seu MNE, que também sempre gostou de dizer coisas, anda desaparecido atrás dele, uma vez que as coisas que Passos e o seu
Ministro dos Impostos dizem, não se coadunam com o que
Portas sempre disse e repetiu por todas as feiras e praças onde comprou bonés à
Alberto João.
Adelante!
A última de Passos é a de que
o processo líbio é uma espécie de nosso vinte-e-cinco-do-quatro. Perdoe-se-lhe a inverdade. Abril já foi há muitos anos, julgo que o nosso PM andaria então de calções a jogar à bola na rua, pelo que lhe passaram algumas coisas ao lado e, como depois disso teve de se dedicar à sua caminhada do poder, não teve tempo para se informar sobre a História contemporânea portuguesa. Também não será por aí que virá o mal ao Mundo, até porque para ele, a maldade já cá está há muito, umas vezes disfarçada de mafarrico-beirão e outras de socialista.
Sabendo que alguns assessores, consultores, conselheiros, especialistas, adjuntos, ou lá o que são, do nosso PM passam pelas cadeiras desta espelunca, peço-lhes encarecidamente que lhe desenhem um boneco explicativo da coisa que em Abril de 74 se passou por cá demonstrando-lhe, por exemplo, que
Marcelo Caetano, não tendo sido propriamente um democrata, também não foi um terrorista e que a revolução portuguesa foi feita por militares nacionais fartos de embarcarem para as colónias e não por grupos de civis que só conseguiram a vitória por lhes ter sido imposta uma força internacional que bombardeou, durante meses, o quartel do Carmo.
Sabemos, é verdade, que
Portas e
Kadaffi partilham o mesmo amor pelo Forte de São Julião, mas até o montar da tenda foi diferente.
LNT
[0.341/2011]