terça-feira, 6 de setembro de 2011

O colossal desvio [ II ]

Direcção BoliqueimeNão sou daqueles que passam a vida a exigir que todos os eleitos cumpram as suas promessas eleitorais. Só o faço em relação àqueles que escolhi, caso falhem nos seus compromissos.
Quanto aos outros, quem os elegeu que exija.

Por isso mesmo, bem pouco me importa se Cavaco, Coelho, Portas, Louçã ou Jerónimo satisfazem as suas promessas sendo que de Louçã e de Jerónimo nada espero por saber que o seu compromisso é com a exclusão das soluções.

Considero que o mais colossal desvio que já aconteceu no Portugal democrático, por duas vezes, foi o caminho das pedras em que se desbaratou o apoio com que a Comunidade Europeia nos quis elevar ao seu nível e o de agora em que se pretende o regresso ao tempo feudal com os colectores de impostos a encherem os alforges das bestas com a dízima popular.

Sei ainda ser cedo, mas é desde já urgente começar a preparar a saída deste desvio que, por ser colossal, vai obrigar a um esforço redobrado no sentido de se retomar a qualidade da cidadania e a felicidade dos portugueses.
LNT
[0.352/2011]

XVIII Congresso Nacional do PS

Cartaz do 30 anos do PS



Estranho, verdadeiramente estranho, é estar agendado o Congresso Nacional do Partido Socialista para o próximo fim-de-semana e não lhe haver uma referência de destaque na nossa comunicação social.

Parece que afinal a tal asfixia que há um ano se anunciava era só uma amostra daquilo que existe agora. Os habituais lacrimejantes caçadores de crocodilos que até agora choravam por uma oposição em pleno, remeteram-se ao silêncio e sobre a sucessão de Sócrates (feliz aniversário, Camarada) e da sua equipa, nem querem ouvir falar.

António José Seguro vai finalmente dispor da sua própria equipa para liderar o maior e mais português Partido e sair deste impasse que tem deixado Portugal ao deus-dará, na mão de gente insensível que destrói colossalmente o bem-estar de um povo que, por falta de direcção de uma oposição forte, parece ter desistido de lutar pelos seus direitos e alhear-se da construção do seu futuro.

O próximo Congresso Nacional do Partido Socialista terá início daqui a três dias, em Braga, e só por razões maiores não conseguirei nele participar. Vão-se lá discutir, para além das questões internas e da eleição dos novos corpos dirigentes, assuntos da maior importância, a saber: Emprego, Europa e Combate à Corrupção.

Desejo a todos os meus Camaradas inspiração, criatividade, saber e bom trabalho. O Partido Socialista tem de assumir o seu papel líder e de se afirmar como alternativa de poder para voltar ao combate que sempre dele fez a fonte de inspiração de um povo que se quer feliz.

PS. Deixem-se de listas conjuntas. É no combate das ideias que nascem as soluções. Os órgãos nacionais do PS têm de representar todos os socialistas, mas têm de o fazer respeitando o peso que cada ideia tem. Façam-se votar.
LNT
[0.351/2011]

Pedro, o incendiário

Fogo laranjaPedro devia saber que em política (como aliás em todo o resto) não se anunciam ameaças. Quando é necessário fazer, faz-se!

Ao anunciar ao País que o Governo não permitirá agitação na sequência das medidas cegas que está a tomar, sem ter qualquer razão para fazer o anúncio e sem que se conheçam indícios de estarem em preparação acções violentas, Pedro e sus muchachos estão a fomentar a revolta, a desafiar quem está no limite e a espicaçar apetites de gente que anda mortinha por uma brincadeira de sangue.

Sabe-se que as democracias se regem por regras que enquadram o civismo e que fazem a defesa dos bens humanos e materiais. Não é necessário andá-lo a apregoar e muito menos é necessário acirrar um povo que está a sofrer na pele os efeitos de uma crise que, na maior parte dos casos, não lhe pode ser imputada.

Faltava-nos um Primeiro-Ministro incendiário, para mais com uma polícia cada vez mais fraca, a largar fulminantes no meio deste restolho.
LNT
[0.350/2011]

Ugh! Uhg!

Forte ApacheConta a história que o Forte Apache foi um reduto branco destinado a chacinar os indígenas norte-americanos. Em resposta, as diversas tribos esqueceram os seus antagonismos e formaram a Nação Apache.

Dessa vez não correu bem aos invasores. Só muito mais tarde os colonos atingiram os seus objectivos, confinando os poucos índios que escaparam ao genocídio a uma espécie de Jardim Zoológico. Chamaram-lhe "reservas" e os americanos de gema passaram a vender “souvenirs”.

Agora repete-se a saga na blogos lusitana. Rostos-pálidos e batedores-pisteiros índios entrincheiraram-se em novo Forte Apache.

Destaco três sentinelas: Pedro Correia, José Adelino Maltez e Vasco Campilho.

Os indígenas já acenderam as fogueiras e iniciaram as pinturas de guerra.
LNT
[0.349/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLVII ]


Noélia
Noélia e Jerónimo - Cabanas - Algarve
LNT
[0.348/2011]

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O colossal desvio [ I ]

Direcção BoliqueimeTudo começou quando, há uma catrefada de anos, os allgarvios inventaram Boliqueime.

Não sei se há registos que confirmem ter sido coisa de sarracenos, mas tem ar disso, dado tratar-se de uma historieta de virgens que, cansadas de irem ao poço e partirem a asa à bilha, transformaram o poço na fonte onde lavam as mãos, à maneira de Pilatos.

"O colossal desvio", à direita de quem de Espanha segue na Via do Infante portajada, será mais uma rubrica deste estabelecimento, dê-se inspiração para isso, não me espiem as secretas e mantenha-se o GPS no rumo da falésia de despenho, à Ponta de Sagres.
LNT
[0.347/2011]

Minas e armadilhas

Facas laranjaNa sua homilia dominical, o pregador de serviço desancou o Primeiro-Ministro. De caixeiro-viajante a medroso, sugeriu de tudo e, tivesse saído um livro sobre os ensinamentos de como não se deve exercer a política, tê-lo-ia igualmente publicitado.

Se o actual provedor da Santa Casa da Misericórdia tivesse voz de anjo-da-guarda, andaria por estes dias a soprar ao ouvido de Passos Coelho para que revisse os amortecedores do berço e comprasse um colete à prova de facas nas costas.

No entanto Marcelo tem razão, embora lhe fique mal tê-la. Passos Coelho anda em acção comercial a anunciar ao Mundo que tem umas empresas para vender a preço de saldo e que, quais "eurobonds" qual quê, as entregará por tuta-e-meia a quem se apresentar à pechincha. Leva na mala o MNE que lhe vai passando o know-how, adquirido nas feiras e mercados, sobre como comercializar K7 piratas e uns churros e farturas fugidos ao controlo da ASAE. Marcelo também tem razão quando diz, embora lhe devesse dizer pelo telefone, que o PM não deve andar sempre a falar da revolta popular, embora a sua consciência o faça temer pelo incessante esticar da corda puxada pelo Ministro dos Impostos.

Isto está tudo ligado, como dizia o outro, alinhado e ritmado pela corda do cavaquinho.
LNT
[0.346/2011]

Quantos dentes são necessários para uma boa mentira?

Boneco laranjaUm belo dia veio um Senhor Ministro, ou coisa que o valha, dizer ao pagode que tinha sido descoberta uma sala fechada no Instituto do Desporto e que, quando a abriram, estava pejada de facturas por pagar, coisa de regabofe.

O tal Ministro, ou coisa que o valha, fez publicar a brincadeira na comunicação social dando-lhe aquele ar de "coisa colossal" que esta gente gosta de dar quando inventa e depois, quando se tratou de desmentir o embuste, ficou-se nas suas tamancas labregas, tal como também já tinha sido feito com o colossal desvio que nunca explicaram.

A insinuação ficou para durar e a falsidade perdurará, mesmo que venha a haver um desmentido, uma vez que a mensagem fez o seu percurso.

São tácticas velhas como o Mundo, mas ainda funcionam. Todos sabem que nesta barbearia não havia grande amor pelo ex-chefe, mas todos sabem que aqui não me cansei de defender Sócrates sempre que, estes mesmos senhores, usaram técnicas semelhantes para passarem a mentira e a difamação.

Confirma-se que isto é gente sem escrúpulos e sem ética, a quem servem todos os métodos, por mais escabrosos que sejam.
LNT
[0.345/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLVI ]

Lego
Lego
LNT
[0.344/2011]

domingo, 4 de setembro de 2011

O regresso das colaboradoras


E porque hoje é Domingo e dia de gospel fiquem com os anjos.
(ainda alguém acredita que ele(a)s não têm sexo?)

LNT
[0.343/2011]

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A terra onde o Sol já não nasce

Sol Arrábida
Chove.
Em Portugal chove e, a cada dia que passa, chove sempre mais.
Quando não é água que cai, são as medidas.
Do Sol não há notícia.
LNT
[0.342/2011]

Abril em Setembro

Marcelo CaetanoPassos Coelho gosta de dizer coisas. Não sei se é por isso que o seu MNE, que também sempre gostou de dizer coisas, anda desaparecido atrás dele, uma vez que as coisas que Passos e o seu Ministro dos Impostos dizem, não se coadunam com o que Portas sempre disse e repetiu por todas as feiras e praças onde comprou bonés à Alberto João.

Adelante!

A última de Passos é a de que o processo líbio é uma espécie de nosso vinte-e-cinco-do-quatro. Perdoe-se-lhe a inverdade. Abril já foi há muitos anos, julgo que o nosso PM andaria então de calções a jogar à bola na rua, pelo que lhe passaram algumas coisas ao lado e, como depois disso teve de se dedicar à sua caminhada do poder, não teve tempo para se informar sobre a História contemporânea portuguesa. Também não será por aí que virá o mal ao Mundo, até porque para ele, a maldade já cá está há muito, umas vezes disfarçada de mafarrico-beirão e outras de socialista.

Sabendo que alguns assessores, consultores, conselheiros, especialistas, adjuntos, ou lá o que são, do nosso PM passam pelas cadeiras desta espelunca, peço-lhes encarecidamente que lhe desenhem um boneco explicativo da coisa que em Abril de 74 se passou por cá demonstrando-lhe, por exemplo, que Marcelo Caetano, não tendo sido propriamente um democrata, também não foi um terrorista e que a revolução portuguesa foi feita por militares nacionais fartos de embarcarem para as colónias e não por grupos de civis que só conseguiram a vitória por lhes ter sido imposta uma força internacional que bombardeou, durante meses, o quartel do Carmo.

Sabemos, é verdade, que Portas e Kadaffi partilham o mesmo amor pelo Forte de São Julião, mas até o montar da tenda foi diferente.
LNT
[0.341/2011]

Como posso enriquecer se só sei trabalhar?

Rolo de dinheiroÉ mesmo como diz Medeiros Ferreira:
«... a campanha para fazer tributar «os ricos» acabou às mãos do governo para ser aproveitada para aumentar os impostos dos que já mais pagam, normalmente quadros superiores cujas declarações de rendimentos já constam nas repartições das Finanças
Mais do mesmo, acrescento e melhoro substituindo "Repartições de Finanças" por "Serviços de Finanças" que é a designação correcta da coisa.

A questão não é, ao contrário do que ouvimos permanentemente, um acerto de redistribuição pelos que têm declarações de rendimentos mais altas, porque esses contribuintes já pagam bem e até prescindem frequentemente de receber o retorno do que pagam, usando minimamente o SNS, a escola pública e a Segurança Social.

Os mandantes julgam que «os ricos» são os que têm mais rendimentos do trabalho. Não param para pensar e não querem saber se esses contribuintes têm mais rendimentos por trabalharem mais e melhor. Preferem pensar que só o conseguem porque são privilegiados. Enquanto isso, não fazem o mínimo esforço para apanharem na malha todos os «ricos», que o sendo, se apresentam ao fisco como sendo pobres.

O problema é dos que nada declaram, dos que estão fora do circuito da contribuição, dos que tudo usufruem sem nada contribuírem. É sobre esses que é necessário agir, mas isso dá trabalho, exige esforço, inteligência e criatividade e então é mais fácil fingir que eles não existem e acreditar nos fracos rendimentos que sujeitam a registo para fazer do esforço social mais uma regalia a seu favor. É a esses que estão fora do sistema que todos nós, cumpridores espoliados, pagamos a saúde, a educação dos filhos e possivelmente alguma pensão de sobrevivência, enquanto sobrevivemos com dificuldade e ainda temos de aguentar os dislates com que se vangloriam da sua "esperteza saloia".
LNT
[0.340/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLV ]

DinkyToysCorgiToys
DinkyToys e CorgiToys
LNT
[0.339/2011]