segunda-feira, 28 de outubro de 2013

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Boletim de saúde asinino [ V ]

JumentoComo o boletim clínico de o Jumento tem andado arredado, deixo ficar a informação recebida de fonte segura que indica que o VS continua a recuperar satisfatoriamente prevendo-se o regresso à capital.

Havendo mais novidades, haverá novos boletins clínicos.

Últimas notícias: De viva voz recebi uma chamada de VS a confirmar que já está fora dos hospitais e a caminho de Lisboa. Irá dar notícias muito em breve (talvez hoje, ou amanhã) no o Jumento.

Grande abraço com votos de rápida recuperação total.
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LNT
[0.406/2013]

5 - Blogoditos - 5 [ III ]

Blogs
- Encontrem-me um pobre que não se manifeste. Palavra de honra.
- Está aqui este, senhor ministro de Estado. Estava a engraxar os pneus da vespa do Mota.
- Olhe cá: o senhor é me’mo pobre, pobre, pobre?
- Dizem que sim xotôr.
- Ai é? Ai é? Ora vamos cá: quando foi a última vez que comeu?
- Onte, xotôr. Uma côde de pão à ceia.
- Tá a ver? E diz que é pobre? É falso. O senhor calunia-se!
- Eu não me drogo, xotôr...
- Ó Jica: conte isto à Teté para ela não ir fazer figura de parva à SIC-Notícias logo à noite.
Filipe Nunes Vicente

"Os pobres não se manifestam nem vão à televisão!"
Suspirei de alívio. Afinal sou rico. Raras vezes perco a oportunidade de me manifestar na companhia dos ricos como eu. Abençoado país este, onde os ricos enchem o Terreiro do Paço para protestar contra um governo indigno que protege os pobres e chantageia os ricos.
Pena que neste mesmo país um pobrezinho se tenha vendido, em troca de um gabinete com vista para o Jardim Zoológico.
Carlos Barbosa de Oliveira

Medina Carreira e Alexandre Soares dos Santos em grande delírio na TVI 24. O empresário que paga impostos na Holanda para se safar melhor, fala em responsabilidade e sacrifícios. O que estes dois estarolas defendem é inacreditável. A argumentação é de um nível baixíssimo. Confrangedor. O fim do debate político é defendido às claras. Sem decoro. Judite de Sousa tenta confrontá-los com alguma razoabilidade. Reduzem-na a nada. Tratam-na por filha. Um nojo de gente.
José Teófilo Duarte

Aqui entre nós, não deixa de ser uma suprema humilhação para Portugal o facto de, nas revelações que vão surgindo sobre as espionagem pelos serviços secretos americanos a políticos de vários países, não ter aparecido a mais leve referência a Portugal.
Então ninguém escuta os nossos governantes? Ninguém quer saber o que eles dizem? Ou será que os americanos já conhecem o "guião para a reforma do Estado" e nós não? Estarão a copiá-lo?
Francisco Seixas da Costa

Talvez seja verdade que eliminando o conceito de fim de semana, criando dias de trabalho de 24 horas, etc, a economia crescesse desmesuradamente, o desemprego desaparecesse e houvesse riqueza para todos. Infelizmente para os economistas a sociedade é composta de pessoas que têm desejos, sonhos, necessidades, etc. É por isso que essas noções lunáticas nunca funcionarão. É um pouco como o comunismo científico: até poderia ter bases teóricas sólidas, mas enquanto tiver que ser aplicado em pessoas e por pessoas, nenhum sistema ideal funcionará.
João André
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.405/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCVI ]

Galeto
Galeto - Lisboa - Portugal
LNT
[0.404/2013]

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O livro e as ausências

Jornal IDiz-nos o Ionline, num daqueles artigos cheios de recados encomendados para encher espaço publicado e vender papel que, no lançamento do livro de ontem, foi muito notada a não presença do líder socialista.

Como se sabe, o livro não tratando de política é um tratado político e por isso é de estranhar que os líderes políticos não estivessem presentes. Também se sabe que, sendo um livro sobre a tortura, as pessoas estranharam (interessante não ter sido referido nesta pérola jornalística) que Passos Coelho, Vítor Gaspar e outros torcionários e extorsionários conhecidos, não se tivessem feito representar.

O barbeiro, embora convidado, também não esteve presente nem se fez representar o que foi uma falta de monta numa sala onde não cabia nem mais um cabelo.

Mas prontus, o I lá fez mais uma capa bombástica conseguindo falar do lançamento de um livro sem fazer uma única menção ao seu conteúdo.

É o que temos.
LNT
[0.403/2013]

Infinitésimos

TapeteA propósito do aniversário de um amigo reflicto sobre a nossa condição de finitos. Confesso nunca ter conseguido concluir se festejar o aniversário é um acto de saudade, ou um outro de esperança.

O tempo, principalmente o dos que já têm menos tempo de vida do que aquele que viveram sem ter tido a percepção da finitude, é um bem precioso. Gastá-lo com infinitésimos, é um desperdício só justificado com a necessidade de os manter sob controlo evitando que os façam finar precocemente.

Isso e a certeza de que nada é irrevogável a não ser a morte e mesmo essa tem dias em que o não foi.
LNT
[0.402/2013]

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Moçambique

ArteNunca vivi em Moçambique (passei por lá, por Lourenço Marques (hoje Maputo), pela Gorongosa, pela Beira e por Tete) mas sempre foi um território de muitas referências especiais chegadas por mão amiga.

Dessas muitas referências destaco as que caracterizam a personalidade, a coragem e a diversidade cultural dos povos que lá habitam, as da capacidade de resistência perante as adversidades da natureza e as do contraste de pobreza num País com tanto potencial e riquezas naturais.

Não compreendo o que faz com que essas gentes prefiram o chumbo que mata e estropia, aos metais mais nobres, por explorar, com os quais têm a possibilidade de construir os instrumentos para se alimentarem do que a terra e o mar lhes disponibiliza.

Os povos moçambicanos certamente dirão khanimambo ao regresso do bom senso.
LNT
[0.400/2013]

O canal do Panamá

Barco vazio marConsta que as rotas marítimas a norte, até agora bloqueadas pelos gelos mas já a darem sinais de navegabilidade devido ao degelo que os negacionistas do costume se recusam a ver - apesar de cientificamente comprovado -, serão muito mais rentáveis do que aquelas que o Canal do Panamá (ainda para mais com “portagens”, (canalagens’)) alguma vez irá proporcionar.

Talvez por isso, e pelo habitual faro falhado que é conhecido nos láparos, o nosso chefe do executivo aproveitou a passeata à América Central para ir lá deixar umas larachas e poder passear na rua sem ter de ouvir o que ouve em Portugal quando se atreve aos pequenos percursos entre as salas onde se esconde e o carro em que se faz transportar.

Pelo que consta aproveitou a altura para referir que as melhorias do Canal do Panamá ficam em linha com a ligação ferroviária (esqueceu-se das ligações rodoviárias - transitários) entre Sines e a Europa, possivelmente passando por Espanha.

Fiquei na dúvida se ele falava de TGV, ou se falaria de alta velocidade, mas isso é mais uma dúvida a somar às outras leviandades em tempos atiradas contra os “Magalhães”.
LNT
[0.399/2013]

Um homem não é um rato

Rato armadilhaGosto deste tipo de constatações.

Também um cão não é um peixe, um cavaco não é um presidente, um irrevogável não é uma flor que se cheire, um gato não é um porco-espinho, uma cáfila não é um governo, um cherne não é um homem fiável, um coelho não é um farol, um caracol não é uma lebre, e por aí fora até à máxima de que um trabalhador do privado não é um funcionário público.

O que é que isto interessa? Nada! Também um Blog não é um compêndio, pois não?
LNT
[0.398/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCIV ]

Portimão
Portimão - Algarve - Portugal
LNT
[0.397/2013]

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Acima das possibilidades

Rosbife

Sei ser um pouco provocatório em tempos de crise mas tomem lá uma coisa muito boa, fácil e rápida de fazer:

Numa frigideira com bom óleo muito quente coloque um naco de rosbife (400 gr/2 pessoas) previamente esfregado com sal grosso, alho, pimenta moída, louro e tabasco. Quando estiver selado (tostado) do lado de baixo vire ao contrário. Nunca fure a carne para não perder os sucos (é nisto que reside o “selar”). Tostado dos dois lados retire para uma tábua e deixe arrefecer. Com uma faca bem afiada corte em fatias finas sobre as quais deita um fio do óleo da fritura.

Misture natas gordas para culinária (as President são de luxo) com um colher de sopa de maionese, uma de café de mostarda, umas gotas de molho inglês, um dedal de vinho do Porto (ou conhaque), uma boa dose de ketchup e um pouco de parmesão ralado. Envolva bem sem bater e arrefeça.

Sirva as fatias de rosbife com batata palhinha e o molho à parte. Umas fatias de maçã ácida melhoram a coisa.

Se for vegetariano substitua o rosbife por um ananás descascado. O problema será seu.
LNT
[0.396/2013]

Aos interessados - Nota do autor

T. RowlandsonEscrevo neste Blog porque me apetece e considero este espaço de reflexão uma porta da minha liberdade. Só passa essa porta quem quer.

Para se aceder a um Blog é necessário vontade e nunca escondi que este é um meu espaço de partilha (não foi por acaso que escolhi esta espectacular gravura de T. Rowlandson para o ilustrar). Não me parece curial que se pretenda que eu aqui escreva o que não quero escrever assim como também não me parece que alguém se julgue no direito de reclamar isenção e neutralidade num espaço privado, embora plasmado no espaço público.

Por isso, três notas:

1 – A caixa de comentários não é um escarrador de tasca. Permite-se quase tudo, só isso;

2 - Só comento aquilo que quero comentar. Se me apetecer escrever sobre entrevistas brejeiras, escreverei, se me apetecer falar de manif’s de machibombos, falarei, mas nunca comentarei o que quer que seja só porque alguém entenda que eu deva comentar;

3 – Tenho muito gosto em ter tantos leitores, talvez mais do que aqueles que mereceria ter, que comigo concordam e discordam. Se soubesse que não era lido ou que só o era por sacristãos da minha sacristia isto não tinha piada alguma. Todos são bem-vindos e a todos estou agradecido pela companhia neste passeio que gosto de dar.

Adelante!
LNT
[0.395/2013]

Nascer duas (ou mais) vezes

DesfocadoNão vale a pena continuar a bater mais no ceguinho, neste caso concreto, não vale a pena bater mais no cavaquinho, e já que nunca iremos conseguir, por mais esforços que queiramos fazer, que o homem acabe o seu mandato com dignidade uma vez que dignidade implica, entre outras coisas, ter palavra e cumprir os juramentos feitos perante a Nação, mais vale começar a preparar a papelada para entregar no Constitucional, única instância com poderes bastantes para nos proteger da indignidade.

Quando era miúdo dizia-se que: "quem mais jura, mais mente." mas nunca pensei que este dito se pudesse aplicar a quem deveria estar a desempenhar o papel de mais alto magistrado de Nação.

Tudo se resume na contradição entre:

"Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”.

e:

"Faço uma avaliação cuidadosa, recolhendo o máximo de informação sobre os custos de um orçamento não entrar em vigor no dia 01 de Janeiro e os custos que resultam de eventualmente uma certa norma ser considerada inconstitucional já depois de o orçamento estar em vigor".

Todos terão de nascer pelo menos duas vezes para conseguirem chegar a este estado.
LNT
[0.394/2013]