quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Somewhere over the rainbow

LeitãoAlgures, entre Sangalhos e Fermentelos, Paulo Portas vai reunir o seu Partido este fim de semana.

Terras famosas pelo leitão e pelo espumante são propícias ao encontro borbulhante onde não faltará o malhar no Constitucional para justificar os fins atingidos por todos os meios, incluindo os que espezinharam as linhas amarelas e rubras da pouca-vergonha trocadas por um punhado de honrarias e um palacete no Jardim Zoológico.

O irrevogável pantomineiro-mor vai ter tribuna para azucrinar a oposição com as habituais tretas do arco da governabilidade e das responsabilidades que cabem a cada um dos raios desse arco. Também em arco há-de colocar as sobrancelhas quando epistolar sobre as "questões estruturais" fazendo crer que foram alguma vez por si definidas.

Portas, em sede de fornos e assados, vai fazer o sarrabulho do costume com o que resta do sangue do ex-CDS, fingindo que apresentou um modelo de reforma e que a gordura que tem no prato vem da pele dos javardos infantis estorricados na zona e não do pote recheado com o confisco que tem feito aos contribuintes a que antes garantia defesa.

Resta saber se culminará mais este ritual com a visita a um lar de idosos ou, à míngua, se os irá contactar nas ruas, nas camas de cartão para onde os empurra desde que lhes surripiou os votos.
LNT
[0.012/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLIX ]

Galeirões
Galeirões - Alentejo - Portugal
LNT
[0.011/2014]

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Inconseguida segunda figura

AR em obrasO mal não foi Assunção Esteves ter sido eleita como Presidente da Assembleia da República porque isso aconteceu na sequência da demente ideia de quererem pôr no lugar um senhor comovido com crianças que corriam atrás de galinhas que levavam pão no bico e a senhora, em comparação com tal peça, até parecia boa coisa.

O mal é que Assunção Esteves ainda lá está para dizer coisas em vez de estar a gozar, de perna estendida à sombra da bananeira – aproveitando viver numa república delas, a choruda pensão que beneficia por serviços de relevância nacional.

E não se pode exonera-la?

Já não bastava termos uma troika externa para nos moer, uma outra interna para nos empobrecer e uma primeira figura para nos pôr a ferver?
LNT
[0.010/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLVIII ]

Tito de Morais fotobiografia
Fotobiografia de M. Tito de Morais - CCTM - Portugal
LNT
[0.009/2014]

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Respeito pela memória

TumbaSou dos que respeitam a memória dos mortos, principalmente daqueles que, em vida, nos serviram de exemplo.

Sou dos que nunca se deixam de espantar com os que desrespeitam os vivos, abandonando à sua sorte e sugando a sua vida até que a morte os leve, para depois usarem a sua memória como troféu.

Embora seja um desrespeitador da memória de Sebastião José, duma memória que só tenho por ser memória deste País, tenho como lição a frase que lhe é atribuída que mandava enterrar os mortos e cuidar dos vivos.

É em defesa da memória dos mortos que me serviram de exemplo enquanto vivos, que me revolta ver tantos mortos-vivos, de quem não rezará a memória, agarrarem-se às urnas na esperança de partilharem, com os que partem, alguma glória que esses mortos-vivos nunca conseguirão.
LNT
[0.008/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLVII ]

Porto Côvo
Porto Côvo - Alentejo - Portugal
LNT
[0.007/2014]

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

E a palavra do ano foi para...

BombeirosBOMBEIRO

Deu-se, assim, preferência a uma boa palavra. Os portugueses preferem palavras com bom sentido, às do sentido dúbio como p.e. IRREVOGÁVEL e às de sentido de roubalheira como p.e. SWAPES (antecedidas ou não de Miss).

Bem escolhido, principalmente num ano em que tantos tombaram heroicamente na defesa das populações e no combate ao fogo que devastou o nosso País.
LNT
[0.005/2014]

Morram, canalha!

CampaO Tribunal Constitucional disse-lhes que aquilo que eles queriam fazer era ilegal. Eles, os tais que não são capazes de ir para além de um borrão sobre a reforma do Estado e a confundem com cortes cegos, ilegais e segregacionistas, deitam a mão que empobrece a quem já pouco pode reivindicar.

A voz de ataque aos reformados do Estado é cada vez mais: "Morram, canalha!"

Se não cortaram de uma forma, espoliam de outra, ainda que para tal transformem um seguro de saúde destinado aos trabalhadores e ex-trabalhadores da Administração Pública (ADSE) num luxo com custos superiores a muitos seguros de saúde privados existentes no mercado.

Acresce a esta acção, mais do que a sustentabilidade do seguro de saúde, a promoção do seu abandono, fazendo crescer drasticamente o recurso ao Serviço Nacional de Saúde, provocando-lhe a eminência de ruptura por penúria e caos.

Note-se que a ADSE, ao contrário do mito urbano que pretende fazer crer tratar-se de uma benesse de um sector com elevados custos para o Estado, funciona sustentada nos descontos dos trabalhadores e pensionistas do estado em acrescento à taxa social única (que eles igualmente pagam como todos os outros trabalhadores).

O abandono da ADSE (a ADSE é voluntária) provocado pelo aumento do seu custo será especialmente sentido nos reformados do Estado uma vez que se soma ao acumular dos cortes que inviabilizam o sustento dos seus beneficiários.

Nunca será demais lembrar que, se há alguém que nunca teve qualquer hipótese de “fugir” aos descontos correctos para a aposentação, são os trabalhadores da Administração Pública e, curiosamente, é nos seus reformados que se concentram os saques, depois de terem sido esbanjados, ao longo dos anos, os fundos da CGA para tapar buracos do Orçamento do Estado, logo, em proveito de todos.

O incentivo ao abandono da ADSE tem por objectivo, de com uma só cajadada, prejudicar o Serviço Nacional de Saúde e exterminar os reformados da Administração, a quem insistem em chamar de pensionistas para os confundir com os beneficiários das pensões sociais.

ET: para ajudar a matar o tal "mito urbano" que fala dos custos para o Orçamento do Estado, favor ler, pág 52 e seguintes, o documento da ADSE onde está referido o seu financiamento.
LNT
[0.004/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLVI ]

Castelo Arraiolos
Castelo Arraiolos - Alentejo - Portugal
LNT
[0.003/2014]

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A fava

Bolo-rei2014 até parecia que tinha começado menos mal, apesar de tudo ter começado pior do que tinha acabado em 2013, e depois entrou aquele senhor eleito com 2.231.956 votos num universo de 9.657.312 pelas nossas casas como que a fazer lembrar que tudo pode ser pior.

É preciso muito estômago e muitos litros de suco gástrico para digerir uma fava durante cinco anos.

Maldito bolo-rei.
LNT
[0.002/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLV ]

Mahatma Gandhi
Mahatma Gandhi
LNT
[0.001/2014]

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Feliz 2014

Ano 2014

Para 2014 faço votos para que se realizem os votos que abram nova esperança.
Vai-nos competir a construção de um ano melhor.

Luís Novaes Tito
[0.511/2013]

Preparem os foguetes, vem aí 2014

DaliPortas e o CDS de Portas (CDS/PP) abriram a época com um relógio descendente a caminho da explosão ou da implosão, usando o estilo televisivo Marcelista que nunca acerta, mas também não erra.

Preparem o foguetório da propaganda que a defenestração anunciada pelo encolher dos números não passa de simulacro.

Os bigorrilhas continuarão por cá a vender-nos, a tostão e aos pedaços, respaldados no velho do Restelo-baixo e a inaugurar relógios que marcam o tempo inverso ao tempo que querem ganhar.

Se for verdade que 2014 será o ano seguinte a 2013 (adaptação literária de um dito Gasparalhinho) e se o relógio não parar de contar, havemos de chegar ao zero absoluto seguindo a trajectória em que estes zeros nos puseram.

Não é grande teoria para finalizar o ano, sei, mas foi o que se pôde arranjar. Faltam as doze passas. Uma por cada um dos meses que irão passar, de Dezembro a Janeiro.
LNT
[0.510/2013]