Publiquei no FB aquela piada que corre por aí sobre a proximidade do Esportingue a uma final europeia, aproximadamente 3,5 km (em linha recta) e levei logo os puxões de orelhas que são merecidos sempre que um português deixa de ser sisudo para fazer uma graça. Leva de uns porque se roem, de outros porque roem e ainda de outros porque não se roendo, não roendo, nem deixando que outros roam ou se roam, são tão politicamente correctos que não prescindem de aplicar correctivos.
Adelante, como diriam as FARC, e voltemos a coisas importantes, coisas do futebol, evidentemente, para deixar aqui registado que se é verdade que Portugal vibra tanto com a bola, a sua e as dos outros, é porque a bola, sendo também politiquice, não se deixa submeter aos políticos. É, digamos assim, uma política onde quem manda não são os políticos, pelo menos os políticos encartados.
Na bola, na nossa e na dos outros, também não manda quem quer, também se pode insultar o árbitro chamando-lhe palhaço sem ser sujeito a punição, também se grita da bancada que os players são uns trastes mas distingue-se da política dos encartados porque nunca se ouve da boca de um decisor da bola que os seus adeptos vivem acima das suas possibilidades e que precisam de ser punidos para além das troikas deste mundo.
É talvez por isso que a bola é pujante nos países onde os governantes são impotentes.
LNT
[0.142/2014]