quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

E a liberdade de circulação?

Honda PorscheJá está. Quem te manda ser pelintra, pá! A partir de hoje o meu fantástico e em óptimo estado CRV de 1998 fica interdito de circular na zona nobre da cidade que me viu nascer e onde vivo desde então.

Em tempos tão defensores de todas as liberdades, comprova-se que a liberdade de circulação fica excluída. Se ao menos não me obrigassem a ter as emissões de escape controladas com as inspecções anuais obrigatórias... (pelo visto a idade dos veículos prevalece sobre o controlo de emissões)

Vale já estar eminente a entrega da minha encomenda do Porsche Panamera deste ano.

Lisboa não é para velhos (nem para tesos), é o que é.
LNT
[0.024/2015]
Lisboa

Já fui feliz aqui [ MCDLXXIII ]

Pimenta da Gama
São Sebastião da Pedreira - Lisboa - Portugal
LNT
[0.023/2015]

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Varrer

Paulo Teixeira da CruzQue toda esta gente é uma cambada de irresponsáveis já se desconfiava.

Agora, com a declaração feita pela senhora Ministra de que: "no dia que sentir que tenho alguma responsabilidade política seria a primeira a tirá-la" passámos a ter a certeza.

À irresponsabilidade política soma-se a incompetência e a inimputabilidade resultante do seu não sentir.
LNT
[0.022/2015]

Monopólio

MonopólioÀ falta de melhor, porque o melhor que se consegue arranjar é a banalidade à volta das tabelas de retenção na fonte do IRS, enquanto o pior são os casos sucessivos de saúde pública relacionados com a imaculada gestão que o nosso mais protegido e louvado Ministro a quem nunca deixarão de prestigiar os dotes reconhecidos pelo seu canónico louvor e fé arrebatadora capaz de por o fisco de joelhos dando graças pelo saque que não cessa e levará os indígenas a aceder aos céus (é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico a eles aceder) e os outros piores que se relacionam com outra santinha que combate ferozmente as impunidades e sacode as suas responsabilidades para uns técnicos de informática e ainda um outro Cristão Democrata que se prepara para levar mais setecentas famílias à porta da manjedoura dizendo-lhes que esse será o caminho da requalificação, falemos da espuma.

Muito mais importante do que as legislativas e do que Sua Excelência irrelevante que temos em Belém a pregar concordâncias e consensos, é a própria concorrência que se perfila para tomar conta do Pátio do Bichos e anexos, coisa que se irá arrastar para esconder as vitórias de Pirro que se avizinham.

Sousa e Lopes e quiçá o outro do Porto digladiam-se à direita e, à esquerda, para além dos do costume que aproveitarão o período para fazer prova de vida, erguem-se fantasmas que poderiam já estar exorcizados, não fosse o melhor candidato, porque jovem e homem sem grande projecto de executivo mas com um bom perfil de Presidente da República, ter embarcado nas tramóias a que tinha resistido nos últimos anos.

Parece o jogo do monopólio com que todos brincámos em miúdos. Uns vão para a cadeia directamente sem passar pela partida, outros tentam assegurar as propriedades da mesma cor para garantirem o bairros onde erguerão os seus prédios e finalmente, outros, vão às sortes e azares para tentar conseguir as notas que não têm qualquer valor real.
LNT
[0.021/2015]

Já fui feliz aqui [ MCDLXXII ]

Galeto
Galeto - Lisboa - Portugal
LNT
[0.020/2015]

Do Nojo

Crónicas do RochedoO Carlos Barbosa de Oliveira escreveu dois textos que também me iam na cabeça mas que não tive oportunidade de escrever.

Se o lerem em:
. São uns filhos da puta. Fim de citação; e em
. Solidários, ma non troppo...

ficarão a perceber o que também penso sobre este assunto, acrescentando que não posso admitir que chamem a estas crianças “bombistas suicidas” porque as crianças (que até se admite fazerem parte do lote de crianças raptadas), mesmo tendo sido usadas como bombas, foram assassinadas.
LNT
[0.019/2015]

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Entretanto

Boneco CocoRetirando as bolas de ouro do nosso rapaz da bola e a irrelevância que foi atribuída ao nosso representante na marcha simulada de Paris, o BES continua a trote pelo Parlamento onde todos se lamentam de ter ocupado cargos principescamente pagos mas onde nada tinham para fazer e onde não tinham qualquer responsabilidade.

A porta da cadeia de Évora deixou finalmente de ser o estúdio principal da pasmaceira e nós cá vamos andando como Deus quer, aguardando novas mega-operações, novas mega-buscas e outras novas.
LNT
[0.018/2015]

Já fui feliz aqui [ MCDLXXI ]

Alvito
Alvito - Alentejo - Portugal
LNT
[0.017/2015]

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Notoriedade

NotoriedadeComo é possível dizer que aquilo que se passou em Paris não foi terrorismo suicidário? Só porque não foi instantaneamente suicidário? Só porque no suicídio foram preferidas as armas dos polícias, a quem ofereceram o corpo às balas, ao suicídio executado pelos próprios?

Claro que estamos perante o mesmo tipo de terrorismo (queiram chamar-lhe suicidário instantâneo, ou não) embora desta vez os terroristas tenham tido a inteligência de prolongar as atenções das pantalhas por três dias, uma vez que a operação se destinava a concentrar as atenções mundiais por muito mais tempo (sabiam que ao atacar a comunicação social o espírito corporativo jornalístico faria o trabalho pretendido), assim conseguindo melhorar os objectivos de terror (dificultando a vida aos cidadãos, aumentando-lhes a sensação de insegurança e acirrando a percepção de medo pelo prolongamento do terror, pela movimentação securitária armada e pela sua divulgação massiva).

O terror pode ser só um meio suicidário, neste caso imoral e contra a humanidade, para se atingir os cinco minutos de fama transformados em objectivo universal, com ou sem virgens à mistura, desde que produza notoriedade.
LNT
[0.016/2015]

Já fui feliz aqui [ MCDLXX ]

Praia Altura
Praia do Hotel - Altura - Algarve - Portugal
LNT
[0.015/2015]

domingo, 11 de janeiro de 2015

Dos cinismos

O pessoal político que se reuniu em Paris para fazer o boneco e desfilar alguns cinquenta metros que proporcionassem, em nome da “liberdade de informação”, imagens de arquivo que possibilitem ao Presidente francês falar de “Paris, a capital do Mundo” e dar-lhe, à boleia do massacre feito aos cartoonistas, polícias e uma mão cheia de gente que estava no local errado à hora errada, deve estar a fazer a sesta que antecederá a fotografia de família a realizar no Eliseu, ou em qualquer outro espaço acético longe da populaça que enche a rua.

Por outro lado, os aproveitamentos políticos feitos pelas extremas com vista a levarem a cabo o retrocesso civilizacional que há uma década pretendem para a Europa fazem o seu caminho.

As vítimas de tudo isto pouco mais são do que utilidades para que assim seja.

E, já agora, façam o favor de serem mais correctos. O que está em causa é a liberdade de expressão e não a liberdade de informação. Aliás sobre a liberdade de informação há muito que estamos conversados. Basta ver as políticas que neste mesmo caso existiram sobre o período de embargo de informações, incluindo o que foi feito a entrevistas realizadas com os selvagens que levaram a acção a cabo.

É que confundir essas duas liberdades é cometer um erro básico.
LNT
[0.014/2015]

É o que temos

Blá-blá-bláAnda por aí essa rapaziada do “deixa-me dizer qualquer coisita para ver se alguém me ouve” a falar dos nacionais europeus que vão para a Síria e afins para aprender a manipular facas e dar uns tiros de kalashnikov distraindo-nos do facto de ser possível que nesta mesma Europa se formem múltiplas células com tantas ou mais capacidades e muito mais eficazes (até porque não ficam com marcas nos passaportes e não faltam instrutores militares na Europa muito mais preparados).

Sabemos que esta gente que diz coisas, a mesma que achou que um tão mal cogitado plano – só possível de executar porque ninguém levou a sério a ameaça real que pairava sobre o jornal francês - foi façanha de um comando armado bem treinado (houve mesmo quem dissesse que se estava perante um raid militar), possivelmente nunca teve um canhangulo na mão e não faz a mínima ideia de como se segura numa arma.

Enfim, é o que temos, salvo algumas poucas excepções que foram passando pelas cadeiras dos diversos estúdios nacionais.

É isso, e a memória curta que permite a essa gente repetir incessantemente que estamos perante um dos mais sangrentos ataques terroristas ocorridos na Europa enquanto fazem por esquecer terrorismo de sinal contrário, p.e., o que um Anders Behring Breivik há dois anos executou e em que, depois de ter feito explodir 8 pessoas e vários edifícios, andou a caçar sessenta e tal jovens numa ilha Norueguesa.

Sim, sei que a Breivik chamaram de “serial killer”.
LNT
[0.013/2015]

Já fui feliz aqui [ MCDLXIX ]

Conde Farrobo
Palácio das Laranjeiras - Lisboa - Portugal
LNT
[0.012/2015]

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

do mimetismo

A pungência com que o Luís Delgado fala do "mimetismo" durante uma tarde inteira de estúdio na SICn é verdadeiramente mimética. Valha-nos o Espírito Santo, Alá, Jeová ou qualquer outra entidade superior, ou pessoa da Trindade.
LNT
[0.011/2015]

Les uns et les autres

Gunter GrassVamos vendo, pseudo-assistindo (porque as imagens que vemos são só aquilo que nos deixam ver) e ouvindo as mais díspares opiniões oriundas de “especialistas” em todas as opiniões sobre “presumíveis e alegadas” coisas sempre referidas como “não confirmadas”.

Estamos nisto, como sempre estaremos enquanto tudo seja útil à venda de tempo de antena (agora que o papel vende pouco). Nisto, da defesa intransigente dos direitos de liberdade de imprensa, até porque são jornalistas que estão no centro das atenções.

Como sempre, o nome de algumas das vítimas é sempre citado e o de outras é esquecido.

Neste caso os jornalistas tem nome e apelido e os outros só têm profissão, etnia, cor, ou religião.

Também aqui nada de novo. Uns serão sempre citados como “o motorista”, “o contabilista”, “o mordomo”, “o polícia” (ou “a mulher polícia”).

Os com nome foram “barbaramente assassinados” os outros (polícias, reféns, etc.) foram “abatidos”.

É da vida.
LNT
[0.010/2015]