Marcelo é conhecido de meio mundo.
É normal, dado os anos em que anda nisto, dado que as televisões não o largam e que não prescindem de o contratar, dado o seu agrado por Deus e pelo Diabo.
Santana Lopes, com aquele seu jeitinho de menino guerreiro, idem.
O primeiro, espantosamente conhecido, nunca conseguiu mais do que derrotas. O segundo, ainda mais espantosamente, alcançou a cadeira de São Bento, na sequência da fuga de Barroso, num acto de tira-teimas que Sampaio quis deixar claro antes de o arrumar a um canto.
Os dois quiseram lançar a estratégia de atrasar os anúncios de candidatura presidencial por se sentiram suficientemente conhecidos dos eleitores e não quererem deixar perceber que o seu concurso à presidência mais não é do que vaidade.
A comunicação social e grande parte das elites falantes e escrevinhadoras deram-lhes razão e não tardou a mensagem de que as intenções de candidatura presidenciais só seriam bem-vindas após as legislativas.
Enquanto isto, Marcelo aproveita o seu espaço televisivo semanal para se manter visível e notável.
Enquanto isto, Pedro aproveita toda a simpatia da comunicação social para se fazer ver, ouvir e ler.
Enquanto isto, os que não andam a dormir na forma ignoraram os ditames de Marcelo e fizeram-se à vida.
Enquanto tudo isto, ilustres do PS, dedicam-se a destruir bons pretendentes ao cargo, deixando Marcelo e Pedro em rédea solta.
LNT
[0.183/2015]