quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Está quase

Coelho CostaDaqui a pouco começa a contenda. Aceitam-se apostas sobre os temas que vão ser levados a debate.

Palpites?

1. Sócrates
2. Grécia
3. Sócrates
4. Grécia
5. Sócrates
6. Grécia
7. Sócrates
8. Grécia

Depois Costa há-de tentar falar de Portugal e dos portugueses e voltaremos aos assuntos acima descritos.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.258/2015]

E assim foi

Portas CatarinaO coisinho veio ao cabo debater com a senhora que aparece nos cartazes à frente da Mariana e levou uma tosa que nem santo Inácio de Loyola era capaz de imaginar em la Storta.

Não que a licenciatura em línguas e literaturas modernas a fizesse ter especial favor, mas a prática de palco e a consequente expressão dramática foram fatais ao circense que, habituado ao ilusionismo, viu cair no cenário a máscara da tragédia.

Não lhe valeram os sofrimentos dramatizados, nem o musical patriotismo de um qualquer Oliveira da Figueira que consegue vender aos nómadas a areia que os seus camelos pisam.

Bastou-lhe o dizer firme de que há que reestruturar aquilo que não se pode pagar sem reestruturação para que se percebesse que, de Loyola, o homem aprendeu pouco.

Nem uma visita a Jerusalém, nem tão pouco ao Muro das Lamentações.

Nem bom, nem mau.

Foi só aquilo, entre dois iguais que disputam o último lugar e o lugar algum. Confirma-se que os termos exterminam-se.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.257/2015]

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Banha-da-cobra (irrevogável)

senhor Oliveira da FigueiraHoje teremos o famoso vendedor-da-banha-da-cobra do Tim Tim, senhor Oliveira da Figueira, a vender muita dessa banha na TVI, pelas 20:30.

Se quiserem comprar pentes para os carecas ou esticadores para os colarinhos usem:

‪#‎perguntaPortas

ou

‪#‎portastvi24

(consta que haverá submersíveis e outros brinquedos do Caldas para vender)
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.256/2015]

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Terra queimada

FogoDizem, os que acham bem que o debate de ontem entre o PCP e o BE se tivesse centrado nos ataques ao PS em detrimento do esclarecimento aos eleitores sobre as suas próprias propostas e diferenças, que o Partido Socialista se diz um Partido de esquerda mas que sempre tem praticado uma política de direita.

Dizem isto sem se rir ao mesmo tempo que se auto-intitulam os defensores do estado social, esquecendo que todas as bandeiras que hoje defendem e que têm sido rasgadas pela direita neoliberal nos últimos quatro anos foram levantadas pelo Partido Socialista, a maior parte das vezes com os votos contra do BE e do PCP.

O PCP e o BE deveriam ter consciência que o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública e a Segurança Social que hoje existem se devem aos Governos do PS. Como essas forças políticas nunca foram poder, tirando o curto espaço do PREC onde já estavam mais interessados em combater o PS do que em construir um País democrático solidário, nunca participaram na edificação do estado social.

Este comportamento suicida que oscila entre a negação da (re)construção europeia e a demagogia pura e dura, em que já nem o Syriza acredita (por experiência adquirida), empurra o Partido Socialista para a necessidade de obter o número de votos necessário e suficiente para afastar as forças que compõem o actual poder.

O comportamento ontem demonstrado é a constatação de que à esquerda do PS se continua a preferir ser uma oposição guerreira a construir uma solução de poder que trave a actual destruição levada avante pela coligação que nos governa.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.255/2015]

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Liturgias

Santo António aos Peixes
Dizia Carlos Drummond de Andrade que “A confiança é um acto de fé, e esta dispensa raciocínio”, coisa que facilmente se entende raciocinando.

A confiança, como acto de fé, é algo que nunca pode ser posta em causa, uma vez que a perder-se a fé, perde-se a coisa transcendental.

É por isso que prefiro (preferiria, se fosse eu a mandar) que em vez de confiança se prometesse competência, e que em vez de orações apelando à fé, se orasse com esperança, por ser bem mais racional para não crentes e muito mais fácil de crer para quem já perdeu a fé.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.254/2015]

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Quando a não-notícia é o não-candidato

Santana Lopes
Oh pá, Pedro, então não vais concorrer a Belém?

Não me digas que se acabaram os fait-divers sobre os candidatos de esquerda e agora o I, o Observador, o CM e tal precisaram de fazer circular uma “não-notícia” da direita para distrair o pessoal.

Por este andar ainda acabamos a ter de discutir as legislativas.
LNT
[0.253/2015]

O menos mau

VotoFaltam 37 dias, uma hora, oito minutos e cinco segundos (à hora a que escrevo isto) para ficar a saber que nos vimos livres desta gente que, em nosso nome, decide o mal que nos há-de fazer.

No dia quatro de Outubro (primeiro e depois lá para Janeiro) teremos a oportunidade de, em vez de nos lamuriarmos com o destino que Deus nos deu, escolhermos o melhor para Portugal e, mesmo que esse melhor não seja o “MELHOR” que Portugal possa ter, que seja pelo menos melhor do que aquilo que temos agora.

Sou dos que, sem medo, prefere o menos mau ao pior.

C’ést ça!
LNT
[0.252/2015]

domingo, 23 de agosto de 2015

Se não têm pão, comam croissants

Sardinhas Lisboa 2015

A drª. Cristas veio às televisões no seu melhor perfil de nariz arrebitado e voz nasalada de tia cascalense explicar que se quiserem comer umas sardinhas terão de fazer o favor de se dirigirem à Galiza (ou a qualquer outra terra espanhola) porque por cá já acabaram os santos populares e, graças a Deus, não teremos de continuar a suportar o pivete dos assadores de Verão.

A drª. Cristas aproveitou ainda para apontar o dedo a esses garganeiros armadores e pescadores portugueses que esgotaram as quotas do pescado em dois ou três meses quando teriam feito melhor em racionar a garganeirisse através de preços altos nos mercados durante toda a temporada, garantindo que as taxas de desemprego se mantinham estáveis até ao dia quatro de Outubro.

Agora, se quiserem peixinho, comam salmonetes, chaputa ou linguado que são espécies bem menos fedorentas e muito mais tipo Cristas, pecebem?
LNT
[0.251/2015]

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Os marcianos

Marciano laranjaEmbora o meu amigo e futuro Primeiro-ministro, António Costa, ainda não tenha dado por eles, os marcianos já há muito que desembarcaram para as bandas da Lapa e do Castelo.

Uns melhor disfarçados do que outros, mas todos eles marcianos como se comprova pelos discursos onde falam de uma terra que não é a nossa.

E mais. Não só são marcianos que nos invadiram como também outras espécies de ET, que se distinguem dos marcianos por serem irrevogáveis, ou coisa que os valha.

O que interessa reter é que está reunida a condição para que, além de Manuela Ferreira Leite, possam entrar outros numa coligação global de centro.

Alea jacta est, que é como quem diz em português espanholado:

¿Por qué no te callas?
LNT
[0.250/2015]

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Porta-chaves no calçadão

Porta-chavesEste ano, o calçadão de Quarteira terá uma novidade. O líder vai levar uma pochete com um porta-chaves irrevogável que servirá para pendurar a gazua com que a Maria do Fisco aferrolha a dívida nos cofres.

O zingarelho de tez de bronze e dentes de marfim deverá discursar para as falanges laranjas emprestando ao acto a prosápia que o certame tem olvidado nos últimos anos.

Será grandiosa a derradeira bufa dos balofos que nos últimos quatro anos se atascaram no pote.

Por perto, no condomínio da Coelha, um papa-figos em fim de festa estará atento.
LNT
[0.249/2015]

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Da série, já vos tinha avisado


Praia

Mais tarde, ou mais cedo, e espera-se que o mais cedo não seja tarde demais, hão-de descobrir que, para ganhar, é melhor congregar do que dividir mesmo que isso acarrete sobrepor o interesse colectivo aos interesses pessoais ou de grupo.

Tudo agora seria mais coerente e convincente se tivéssemos uma campanha com Costa como candidato natural à Presidência da República e Seguro a pedir uma maioria absoluta no Parlamento.

Nas praias, onde se lagarta docemente, todos se alheiam das promessas eleitorais, estejam elas “plafonadas” ou não e, os que não podem ou não querem ir à praia, retirando os poucos que ainda se interessam por estas informações, já há muito decidiram votar nuns ou noutros ou optaram pela abstenção.

Estando o mais cedo agendado para Outubro e o mais tarde para Janeiro do ano que vem, espero que, em qualquer dos casos, não se possa vir a dizer que já tinham sido avisados.

Entretanto, duas informações: A água do mar algarvio continua tépida e, nos areais fortemente concorridos (cada vez é mais difícil conseguir um lugar para estender a toalha), a política deu lugar à indiferença.
LNT
[0.248/2015]

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Crónica da neblina

QuasimodoAqui, nas Cabanas de Tavira, no momento em que faltam sessenta e dois dias, oito horas e onze minutos para sabermos que os portugueses se libertaram dos dois primeiros elementos da Troika nacional, o nevoeiro entra com o Suão pelas areias dentro anunciando o eminente regresso de Dom Sebastião montado num cavalo marinho, escudado pelos cavaleiros da academia que encabeçam manadas de dignatários, uns reciclados e outros prontos à obediência veneranda do Regimento das Cortes.

Mau dia para quem se fez a Sul à procura de calientes banhos, bom dia para os que aqui já gozam, há tempos, o prazer dos suores e ambicionam um pouco de repousante fresco que amaine o repouso escaldante.

Perto, para as bandas da Manta Rota, já se anunciam os grunhidos da segurança que farão cordão para que Pedro, o vai-te embora que já não vais cedo, possa molhar os artelhos nas espumas suaves que banham o areal.

Deus lhe seja leve o não o faça cruzar-se com um peixe-aranha, agora que se vai alhear, por uns dias, de Paulo.
LNT
[0.247/2015]

quinta-feira, 23 de julho de 2015

O verdadeiro contador do Caldas


Começou a contagem decrescente para nos vermos livres desta gente que nos azucrina e nos tenta enganar todos os dias. Fica nas nossas mãos ignorar olímpicamente as sugestões de Sua Excelência Inutilíssima para elegermos uma coligação e tratarmos de escolher quem melhor nos poderá representar, independentemente das sempre parciais opiniões presidenciais.

Dentro de aproximadamente seis meses também conseguiremos libertar-nos da tutela do chefe da banda.

O caminho do fim da troika nacional também se faz caminhando.
LNT
[0.246/2015]

terça-feira, 14 de julho de 2015

Oito anitos

Barber Shop

Dizem as crónicas que faz hoje oito anos que a Barbearia abriu as portas. Ao todo, o autor desta casa, anda nos Blogs há 12 anos tempo suficiente para poder pensar que é uma espécie de dinossáurio nesta forma de comunicar.

As estatísticas desta casa realizadas até há uns meses, altura em que o Sitemeter deixou de funcionar, apontavam para um milhão de visitas únicas e de interacções infindas embora a maior parte dos comentários que anteriormente se registavam nesta plataforma tenham sido transferidos para os Facebook e Tweeter (sinal dos tempos).

Não é um marco importante, ainda mais num ano em que avarias sucessivas no físico do autor o têm obrigado a reduzir a actividade, mas fica o registo das velinhas apagadas com o agradecimento a todos os visitantes que têm tido paciência para me acompanhar ao longo do tempo.

Abraço para toda(o)s.
Luís Novaes Tito
[0.245/2015]

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Valor

Euro EscudoAinda não se concretizou o acordo que mantém a Grécia no Euro mas finalmente conseguiu-se a base de entendimento para que esse acto de bom senso europeu possa ser possível.

Direi que, em termos de negociação, ninguém saiu a perder e que os únicos derrotados em todo este imbróglio foram os radicais extremistas que não conseguiram sair do finca-pé em que se tinham entrincheirado.

Falar em capitulação, quando o que o governo grego conseguiu foi transformar as condições exigidas pelos credores para obter uma dezena de milhares de milhões num acréscimo de setenta (quase) oitenta milhares de milhões, parece-me manifestamente errado.

Se fosse um mero contabilista, como são quase todos os economistas que se prontificaram a defender, nos últimos tempos, que a Grécia tinha de se subordinar aos ditames do capital, reconheceria agora uma vitória estrondosa dos gregos por terem conseguido vender o (praticamente) mesmo pacote de austeridade por quase oito vezes mais do valor que lhe queriam impor até ontem.

Tivesse o nosso governo conseguido isso na venda do Novo Banco ou da TAP que aqui estaria eu para o elogiar.

Foi obra.
LNT
[0.244/2015]