Muito se fala da abertura dos Partidos e das novas ideias para condução dos processos eleitorais. Fala-se no uso daquilo a que ainda hoje chamam as "
novas tecnologias", como se elas fossem novas e continua-se a pensar que com a simulação dessas formas modernaças estarão na vanguarda de coisas que não dominam e das quais são analfabetos funcionais.
Exemplos? Todos aqueles candidatos e titulares que exibem endereços electrónicos que não usam para responder a quem os aborda. Todas as forças políticas que têm
Blogs abertos e outras modernices
(que no íntimo julgam ser modernices) e que em campanha os mantém fechados a comentários. Todos os novos e modernos Partidos concorrentes que se vitimizam pela falta de impacto na Comunicação Social e julgam que, pelo facto de se desmultiplicam na aparência das modernices da moda da informação instantânea tipo
Twitter,
Facebook e quejandas, demoram o tempo que a burocracia lhes permite para responder a três questões levantadas por um qualquer
Blogger.
Ser moderno não é ser modernaço e os políticos que não perceberem que tudo mudou, que são-lhe necessários os pequenos apontamentos imediatos, que os instantâneos proporcionados pelas tecnologias da informação e comunicação exigem atenção e urgência e que a interacção é indispensável à passagem da mensagem, poderão continuar convencidos que lhes basta parecer modernaços para serem modernos mas irão surpreender-se com a falta de apoio de quem os questiona e não obtém respostas e com os resultados que quem usa criteriosamente as tecnologias irá obter.
Há gente, antiga e nova, que é sempre velha. Há gente que continua convencida que lhe basta parecer, para ser.
LNT[0.319/2009](Também publicado no Eleições 2009/o Público)