Vamos em quinze, o que contraria claramente a teoria de que os Blogs deixaram de ter a função de puro entretenimento e de participação interactiva despretensiosa e desinteressada. Há de tudo, como na pharmacia.
Passemos à apresentação dos animais do dia:
Da Tinta Azul, do Lua Flutua, recebemos um exemplar indígena da grande família americana. Distingue-se dos asininos europeus por terem levado quase um século a perceber que os direitos dos cidadãos em relação à saúde têm de estar acima das capacidades económicas de cada um. Outra das características destes simpáticos quadrúpedes é a de conseguirem receber do Papai Nobel o reconhecimento por actos que ainda não concretizaram, ao contrário de que os antecederam.
São animais estupendos que merecem estar representados nesta manjedoura.
Acabado de chegar engalanado e pronto para ser pendurado num prédio a fazer de ladrão natalício, deu entrada neste estábulo, pela mão do António de Almeida, do Direito de Opinião um elegante exemplar puxado à trela por um canídeo de circo.
Dirão que estamos na presença de um símbolo pagão que nada tem a ver com o quadro natalício mas o júri, também composto pelas nossas colaboradoras, reconhece ao concorrente capacidades de burricadas futuras e como tal exigiu admiti-lo a concurso.
C.Price, do (Once), Twice, Three Times a (Lady) (nome complicadinho para blog), vem à liça com uma relíquia herdada que diz não fazer jus à real beleza da peça, por incapacidade de manejo do aparelho fotografador.
Quem nasceu para letras pouco dá em ciências, diz a voz popular do magnífico júri que retocou o boneco o melhor que pôde para o deixar em estado de selecção e admitir a azémola de porcelana a concurso. A qualidade que se lhe adivinha é suficiente para a considerar uma forte candidata.
Manzas, do blog inexistente Mãozinhas que se queiram apresenta-se a concurso, não com um, mas com dois jumentos justificando a admissão com a teoria de um deles não ser um jumento, mas sim uma jumenta. Manzas é assim mesmo, complica primeiro para obrigar a que o descomplicómetro tenha de funcionar, coisas que aprendeu na tribo da Igrejinha enquanto meditava debaixo de frondoso chaparro na digestão dos secretos do almoço.
O júri entendeu as razões e admitiu que a estampa ficasse exposta, desvalorizando tratar-se de burriquito pequeno, ainda no desmame, e que por isso não dá garantias de servir a função que lhe está destinada no presépio.
O Nuno Pereira, do blog o Espaço de Inspiração foi ao campo recolher a imagem do orelhudo que na consoada irá aquecer os pezinhos do menino. É um simpático bicho de orelhas recolhidas para não ter de ouvir a choradeira e as birras do bebé que vai bafejar.
Exemplar típico da melhor casta de burros portugueses, este concorrente espera adquirir, na blogosfera, estatuto que lhe dê acesso à manjedoura do Palácio das Cortes, pelo que, o júri equacionando o futuro, deliberou admiti-lo a concurso.
Se os meus queridos leitores soubessem o tempo e trabalho que dá fazer um Post destes, compreenderiam porque razão este barbeiro só se mete em concursos uma vez por ano.
Mas não se amofinem que não é coisa para tal. O tempo e trabalho são sobejamente compensados pelo gozo que dá partilhar este espaço com tão fabulosa clientela.
Sempre agradecido,
LNT
[0.776/2009]
Rastos:
-> a Lua Flutua ≡ Tinta Azul
-> Direito de Opinião ≡ António de Almeida
-> (Once), Twice, Three Times a (Lady) ≡ C.Price
-> O Espaço da Inspiração ≡ Nuno Pereira
-> Série: Concurso Burros de Presépio 2009