quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Bom feriado

Bandeira 1640Não deixem de gozar o feriado de amanhã porque poderá ser a última vez que em Portugal se comemora a independência (ou a sua restauração) e se evocam os brandos costumes de jogar os filhos-de-mãe pela janela.

Se sob o jugo dos nuestros pequeños hermanos integrámos a Invencível Armada e participámos na sua decadência, agora, sob o jugo do eixo germano-gaulês participamos activamente numa cruzada que só ainda não ligou os fornos porque existem formas mais eloquentes para o apuramento das raças.

Não são bons tempos para prosápias independentistas.
LNT
[0.553/2011]

Atrás da porta

Risos


Aqui, onde estou, não consigo aceder às imagens sobre o que se está a passar na Assembleia da República onde se sabe que os Partidos da Situação - PSD e o CDS - vão aprovar o Orçamento de Estado mais para além da Troika que alguma vez se fez em Portugal. Fico por isso sem saber se Paulo Portas assumiu finalmente a responsabilidade de mostrar a cara sorridente neste orçamento que também é dele mas que o fez andar escondido no último mês.

Ao espetão dado por aqueles que entendem que compete aos ricos gerir a riqueza e aos remediados trabalharem para empobrecer enquanto atafulham os bolsos dos ricos – ou como alguém me questionava aqui há uns anos: "Mas como é que queres enriquecer se passas a vida a trabalhar?" – o Partido da Oposição vai responder, como lhe compete, com a abstenção e os Partidos da Contestação com o voto negativo.

Os portugueses agradecem, a bem da Nação. Os cidadãos também, pela graça de Deus.
LNT
[0.552/2011]

Surdinas [ XXI ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Consta que nos Estados Unidos da América do Norte se festejou a imaterialidade dos Mariachis e nem uma linha apareceu sobre o nosso fado. Nem mesmo a congratulação que o Presidente de República fez publicar no internacional e global FaceBook fez alterar esta situação.

Comprova-se que aquilo que Cavaco diz e escreve produz tanto eco no exterior como a sua cooperação estratégica ou a magistratura activa produzem no interior.
LNT
[0.551/2011]

Devias era falar de...

Pincel barbaQuem tem, ou teve, um Blog sabe que é certo aparecer alguém que deixe comentários aos textos a dizer coisas que nada têm a ver com esses textos ou então a indignar-se (palavreado da moda) porque o assunto abordado é diferente daquele que o comentador entende que deveria ser.

Por exemplo, se eu escrever um texto sobre isto que estou a escrever arrisco-me a que venha por aí alguém dizer que esta matéria não faz qualquer sentido numa altura em que deveria estar a publicar sobre a problemática da bissexualidade das minhocas.

Faz parte do espírito mandão, do instinto industrial de moldes comummente inato a quem se limita a comentar (de preferência anonimamente), possivelmente resultante do vício de formatação adquirido ainda nos tempos do MS-DOS.
LNT
[0.550/2011]

Já fui feliz aqui [ MXIV ]

Interface
Interface - Portugal
LNT
[0.549/2011]

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Quem nasceu para lambreta, nunca chegará a automóvel

AudiJá referi inúmeras vezes que pouco me preocupa se os membros dos gabinetes são brancos ou pretos e ainda menos me preocupa se os governantes andam de patins, de triciclo ou de trotineta.

Existe Lei em Portugal e só me preocupa que a Lei não seja cumprida. Os gabinetes também estão controlados pela Lei e é por isso que posso espingardar quando vejo um chefe de gabinete a ganhar como um nababo, como acontece no gabinete Alvarinho.

De resto, incluindo a questão das habilitações que tanto encanitam os complexados, entendo que é determinante que uma assessoria técnica seja feita por gente com curriculum comprovado e que o facto de se implicar por não ser só com "gente habilitada" faz parte do provincianismo quadrado que continua a preferir um doutor a um sábio, ou um ignorante habilitado a um técnico reconhecido pelo mérito.

Com as viaturas a coisa não é muito diferente. Também aqui há regulamentação e percebo que um Ministro não possa andar de Vespa. Já me repugna que um chefe de gabinete, um assessor, um adjunto ou uma secretária utilizem viatura do Estado para uso pessoal.

Mas há uma coisa que me irrita, a sério, em tudo isto. Parece que o Ministro Mota Soares largou a lambreta para passar às mordomias dos topos de gama. Pareceu-me normal, não gastaria uma letra para aqui escrever sobre o assunto embora me parecesse que ele poderia ter sido mais modesto, em conformidade com aquilo que apregoa.

Acontece que o Ministro veio a público informar que, embora seja o estreante do bólide, não tem qualquer culpa do luxo a que se dá, uma vez que o carro já estava encomendado por Zorrinho (que há meses deixou o cargo sem nunca o ter chegado a ver). Vai sendo um hábito desta gente rir à gargalhada, gozar os proveitos e nunca assumir, com coragem e frontalidade, os seus próprios actos.

À pala da Troika impingem tudo o que sempre quiseram fazer servindo-se da muleta para esconder os seus verdadeiros intentos. Agora passamos a ter um Ministro vítima (coitadinho) do luxo.

Este Governo consegue anular contratos de TGV, de auto-estradas, de aeroportos, cortar salários aos cidadãos e não consegue anular um contrato de uma viatura de luxo para uso próprio?

E se fossem gozar com o Camões, já que não lhe conseguiram também anular o feriado...
LNT
[0.548/2011]

Já fui feliz aqui [ MXIII ]


Poemarma - Manuel Alegre / Mário Viegas - Portugal
LNT
[0.547/2011]

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Surdinas [ XX ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Há dias em que a alma me dói tanto que fico com a ideia de ter uma.

Nesses dias não sei se me devo ir nela ou se a devo guardar no bolso.
LNT
[0.546/2011]

Humanidade imaterial

GuitarraPovo que lavas no rio que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão
Há-de haver quem te defenda, quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não

Fui ter à mesa redonda beber em malga que esconda
Um beijo de mão em mão
Era o vinho que me deste, água pura, fruto agreste
Mas a tua vida não

Aromas de urze e de lama, dormi com eles na cama
Tive a mesma condição
Povo, povo eu te pertenço, deste-me alturas de incenso
Mas a tua vida não

Povo que lavas no rio que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão
Há-de haver quem te defenda, quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não.
Pedro Homem De Mello
LNT
[0.545/2011]

A atenção de Louçã



Ficamos contentes. A atenção de Louçã, a mesma que contribuiu para termos no poder a direita mais radical desde que a liberdade nos bateu à porta, é uma coisa fundamental. Diria mesmo que a democracia não poderia viver sem ela.

Louçã não entende, ou não quer entender, que as pessoas, os cidadãos, estão-se nas tintas para a atenção de Louçã e que a sua atenção não aquece nem arrefece porque ela e o próprio Louçã não fazem parte das soluções e só resultam em chinfrim.

Louçã comporta-se como as ratas de sacristia que morrem virgens com medo de que alguém as possa acusar de não fazerem bom sexo.

Adelante!
LNT
[0.544/2011]

Já fui feliz aqui [ MXII ]

Durão Barroso
Durão Barroso - Partida - Portugal
LNT
[0.543/2011]

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CI

LuisE se a si lhe acontecesse começar o sábado de amanhã, a horas que nem lembram ao mafarrico, com uma sabatina, em ambiente militar, sobre guerra de informação/competitive intelligence?
Dizem que quem corre por gosto não cansa, mas àquela hora quem é que consegue correr?
LNT
[0.541/2011]

Por exemplo, no 25 de Novembro

Pesos
Jaime Neves, Tomé Pinto, Ramalho Eanes, Vasco da Rocha Vieira, Loureiro dos Santos...
Graças a estes e outros ainda hoje vivemos em liberdade.
LNT
[0.540/2011]

Raposices

Matilhas - Raposa Cães


O Raposo tem um primo, primário, burro e manipulador. Eu se tivesse um primo assim não publicava o que ele pensava porque me sentiria, no mínimo, tão burro, primário e manipulador como ele.

Se eu tivesse um primo que me inspirasse, como o primo do Raposo, tentava pensar um pouco antes de passar a inspiração à letra de um jornal porque poderia parecer, aos olhos que me lessem, que afinal o primo é mais esperto do que o Raposo porque tem o cuidado de não expor a sua imbecilidade publicamente.

Não conheço o Raposo, nem o primo do Raposo mas apetece-me dizer-lhes que um funcionário público é muito mais do que um empregado duma tasca qualquer, exigem-lhe mais do que numa tasca qualquer, ganha menos do que em qualquer tasca (ao contrário do que diz o coelho da mesma fábula do Raposo), implica colocações no cu de Judas, não tem carro como tem o primo do Raposo, nem telefone, nem almoçaradas com os amigalhaços para serem descontadas na empresa e incluídas nas declarações do IRS.

Não conheço o Raposo, nem o seu primo, mas gostaria que me explicassem porque terá o primo do Raposo ido trabalhar para a privada e não para o Estado. Teria sido porque sabia que no privado ganhava mais do que no público e ainda tinha todas as outras alcavalas? Se assim não foi, então o primo do Raposo ainda é mais burro do que parece, porque trocou o bom pelo mau.

Já agora, Raposo, diga ao seu primo burro e ressabiado, que se ele tivesse poupado na sua empresa privada e não tivesse andado a passear pelos congressos que se realizavam nas Caraíbas e lhe davam aquele ar dourado impecável para o engate entre dois outsourcing que fazia no Estado encostado aos esbranquiçados funcionários públicos enquanto eles pagavam, com os seus impostos, as escolas dos primos-segundos do Raposo e o hospital onde o tio do primo do Raposo foi tratado quando lhe deu um achaque (e caraças, os próprios que o trataram – médicos, enfermeiros, etc. – até eram também funcionários públicos), se ele tivesse poupado, dizia eu no início deste enorme parágrafo onde muito ficou por dizer, a tasca onde trabalha estaria em boa forma.

Claro que o envelope do fim do ano que lhe era entregue sem recibo também deu uma ajudinha na falência da empresa onde trabalha, embora na altura lhe parecesse imprescindível para as festarolas que gostava de fazer no Elefante Branco.

Só para acabar, Raposo. Informe o seu primo que os funcionários públicos não tem um quadro de excedentários, mas sim de mobilidade e onde as coisas não correm sempre tão bem como no subsídio de desemprego da amante do seu primo, aquela que nunca pôs os pés na empresa do seu primo, mas que lá conseguiu a declaração necessária. Diga ao seu primo que a ADSE é uma porcaria que não cobre o arranjo dos dentes embora se faça pagar com os descontos que os funcionários públicos têm de fazer para o efeito.

Diga-lhe que o despedimento na FP está iminente. Diga-lhe que há centenas de funcionários públicos que nos últimos anos tiveram de deixar de pagar os empréstimos das casas e tiveram de tirar os filhos dos estabelecimentos de ensino onde andavam.

Não se esqueça de aconselhar o seu primo, e já agora acompanhe-o, a ir a uma consulta de psiquiatria (aproveite as do SNS que são baratas).
LNT
[0.539/2011]