[0.135/2007]Betão e obras de arte
Foram precisos vinte anos para acabar o eixo norte-sul que atravessa Lisboa e liga a ponte 25 de Abril à CRIL.É notável que das grandes obras tenha sempre sobrado para os governos do PS aquilo a que nesta barbearia se chamam, vulgarmente, os berbicachos das obras públicas.
Foi assim com o viaduto que atravessa a linha de Sintra de Benfica para a Buraca, foi assim com o término da via rápida em Algés, foi assim com o troço suspenso que finalizou a auto-estrada para o Algarve, foi assim com a última e intrincada parte da Via do Infante até Lagos, foi assim com o rasgar serrano de Braga à Fronteira Galega e por aí fora.
É interessante observar como ainda hoje o nome de Ferreira do Amaral e de Cavaco Silva aparecem associados às auto-estradas e caminhos de Portugal quando aquilo por que foram responsáveis é uma diminuta parte do que está construído.
LNT
6 comentários:
Meu Caro Barbeiro,
É verdade que esses dois nomes se encontram sempre associados a grande parte das auto-estradas e obras públicas dos últimos 20 anos.
Mas tal decorre do facto de, na sua maioria, as mesmas haverem sido por eles lançadas e iniciadas. (Goste-se ou não se goste das personalidades em causa...).
Pese o mérito de quem as acabou, depois de começadas grave seria não terem sido concluídas.
Ou não será assim?
Um abraço.
Somos na verdade o país das "obras de Sta.Engrácia"!!
A verdade, caro Zé Redexpo, é que se alguém se der ao trabalho de contabilizar os Kms de umas e outras verá que aquilo que foi feito por Cavaco/Amaral é talvez menos de 1/5 da rede viária construída. E mesmo assim, a maior parte das estradas construídas foram igualmente lançadas por Governos PS.
No entanto, a essência do texto é a de dizer que sempre (é mesmo sempre) que Cavaco/Amaral encontraram obstáculos interromperam as obras. Todos nos lembramos de auto estradas que começavam, intervalavam e recomeçavam. Assim como da segunda circular que acabava na linha de comboio de Sintra para continuar do outro lado, etc. Nunca aquela parelha resolveu as questões complicadas.
Abraço
Já no governo Guterres me dei conta disto. E já agora do Porto à minha terra, onde a dupla nem um quilómetro lançou, é um pulo. E leva-nos à civilização sempre em auto-estrada. Acabaram-se os conflitos entre o GPS e as minhas medições nos mapas e ganharam-se algumas horas de sono antes de nos rasparmos.
Não por culpa deles
mas de quem os promove
a comunicação social
que com isso não nos comove
Um abraço do Raul
Um abraço para o Raul, meu amigo trovador, e outro para a Maloud com o agradecimento do roteiro gastronómico que me fez chegar.
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