[0.322/2007]Diplomacia do cinismo [ VI ]
Sabia-se à partida que Pedro Correia não iria conseguir mencioná-los a todos. Seria preciso mais de vinte dias a dois por dia para se atingir os mínimos, mas o que já está feito é esclarecedor.Na cimeira Europa/África que se realizará na próxima semana em Lisboa, vão reunir-se uma parte importante dos responsáveis mundiais pelo ataque aos direitos humanos.
Alguns, inclusive, ultrapassam em muito a condição de déspotas e podem, sem qualquer dúvida, caracterizar-se como facínoras sanguinários.
As atrocidades que praticam todos os dias contra os seus povos e contra os povos vizinhos retiram-nos de qualquer quadro de decência mínima estranhando o barbeiro que, aqueles que estão sempre na linha da frente para atacar os Chavéz e Castros, não tenham até hoje tido uma única palavra crítica contra estes outros.Serve este trabalho do Pedro Correia, do qual se tem feito eco nesta barbearia, como demonstração da hipocrisia mundial, principalmente da diplomacia inglesa, que não se fará representar caso Mugabe esteja presente, não levantando no entanto as mesmas objecções em relação a estes outros muito piores.
A Europa prepara uma declaração forte contra o Zimbabué, aguarda-se para ver se terá igualmente preparada alguma outra contra esta gentalha.
Rastos:
- Corta-fitas - Robert Mugabe (Zimbabué) - Omar al-Bashir (Sudão) - Teodoro Obiang Nguema (Guiné Equatorial) - Isayas Afewerki (Eritreia) - Paul Biya (Camarões) - Idriss Déby Itno (Chade) - Muammar Kadhafi (Líbia) - Hosni Mubarak (Egipto) - Zine Ben Ali (Tunísia) - Laurent Gbagbo (Costa do Marfim) - Faure Gnassingbé (Togo) - Mswati III (Suazilândia) - Meles Zenawi (Etiópia) - François Bozizé (República Centro Africana)
4 comentários:
só não percebi porque é que ninguém fala do Zé Eduardo...
Obrigado, Luís. Abraço
Não ouve uma palavra, porque os africanos não fazem parte das nossas preocupações. Não existem.
Pois é Cristina, ninguém fala do Zedo. Talvez estejam a guardar para fim, veremos.
Quem agradece sou eu, Pedro.
Parece um trabalho que só a Visão soube aproveitar, embora, como já vem sendo hábito, sem referências.
Coisa da vida!
Se calhar é isso mesmo Maloud. Ou então é o complexo do colonizador, como se a História não tivesse o seu caminho e uma maldade justificásse a seguinte.
Como já disse anteriormente diversas vezes, o dedo não está no ar para os ditadores africanos mas para todos os malfeitores do Mundo. A circunstância destes se reunirem em tão grande quantidade, em Lisboa, e sem qualquer denuncia é que não pode passar em claro.
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