sexta-feira, 6 de junho de 2008

Botão Barbearia[0.498/2008]
LellicesTeatro Trindade

Quem conhece José Lello de outros carnavais menos folclóricos e menos chineses pasma-se com as atitudes que ele vem a tomar desde que se lhe gerou o rei-na-barriga, emprenhamento acontecido na altura em que liderou o processo de esbanjamento dos recursos públicos no betão com que construiu os estádios da inutilidade que continuam meio abandonados por este País fora.

Parece que nessa altura Lello não andava preocupado com as “independências éticas” que agora inventa, fórmula nova com que tenta esconder o nojo das calúnias que levanta contra os seus camaradas de Partido.

Alegre - Grande entrevistaQuando falta a ética aparece Lello, como quem conhece Lello sabe, desde que se lhe gerou o rei-na-barriga e, como o respeito pelas ideias dos outros não é o seu forte e a sua aparente bonomia não consegue aguentar desafios, disparata.

Talvez fosse tempo de Sócrates se pronunciar sobre a pronúncia dos que o secundam, não vá reparar, tarde de mais, que também já muitos militantes do PS começam a estar demasiadamente cansados da intolerância dos mandarins.

Sabe-se que a estória do Trindade não foi do agrado deste escriba, mas há que respeitar a liberdade de quem entendeu ter um acto político, principalmente se esse alguém tem a História de Manuel Alegre. Responder a actos políticos com ataques pessoais, ainda para mais caluniantes, não é uma tradição dos que se revêem na História do Partido Socialista.
LNT
Rastos:
USB Link-> PS: Lello reitera acusação que Alegre "parasitou" as jornadas parlamentares socialistas nos Açores
-> Alegre em colisão com PS promete reforçar contestação
-> Joaquim Paulo Nogueira - Respirar o Mesmo Ar - Árduos paradoxos
-> Sobre o Tempo que Passa - José Adelino Maltez

7 comentários:

MFerrer disse...

A questão de fundo, a principal e a que serve de bandeira à direita trauliteira e à esquerda irresponsável, não são umas críticas de um pequeno aparatchik, a questão que magoa e que ofende é o serviço que o Manuel Alegre acaba de lhes prestar, à bolina do seu imenso orgulho e mandriona vontade de protagonismo, mesmo que isso signifique, como afirma, ter de sair do PS.
Lamentável!
MFerrer
http://homem-ao-mar.blogspot.com

Aqueduto Livre disse...

Caríssimo barbeiro,

Subscrevo, por inteiro, o que diz do Lello (não se esqueça que foi homem do Major Valentim Loureiro; foi Presidente da MAG do Boavista Footbal Clube!).

Em poítica NÃO pode valer tudo! Ele há limites: são aqueles que se constroem com argumentos, "exclusivamente" políticos.

Zé Albergaria

António de Almeida disse...

-Não sou socialista e critiquei a falta de solidariedade de Manuel Alegre para com o governo ao deslocar-se a este comício. Erro ou não, para mim foi mas cada um faz o julgamento que entender, o ataque de José Lello a Manuel Alegre é vergonhoso, nada a ver com Vitalino Canas, goste-se ou não não desceu ao nível de Lello. Mas também não tenho visto nenhuma voz socialista reparar no insidioso ataque pessoal de Ana Gomes a José Lamego no Causa Nossa.

cegonhix disse...

Não concordo, e fiquei desiludido com muita gente, pela presença nesse comício da Trindade e entendo-a como falta de solidariedade partidária.
Mas as lellices foram longe demais...

RM disse...

Caro Barbeiro Luís,

Leio sempre as suas judiciosas opiniões e sinceramente lhe digo que se calhar, desta vez, o meu amigo não terá a razão toda.
De facto há algumas pessoas, bem cotadas e bem falantes que nos últimos anos mais não tem feito (pelo menos que eu conheça) do que parasitar "à conta" do Partido Socialista. Sempre com aquela atitude de quem está a comer mas, ao mesmo tempo, se diverte a cuspir na sopa.
Quando se aproximam eleições (e posicionamentos nas listas de deputados), à míngua de melhores argumentos, vêm botar faladura contra o Partido ou contra os dirigentes que à altura estão à frente do Partido, procurando a visibilidade que nunca se lhes viu na luta contra os nossos adversários políticos.
Tem sido o "a mim ninguém me cala" mas como o disco está a começar a ficar rafado agora inventaram outros slogans, E vale tudo nem que seja aliar-se com grupos politico-folclóricos de trotskistas e marxistas frustrados.
Ou até a ameaçar secessões partidárias.
Está claro que estou convencido que com estas artimanhas acabarão por garantir um lugar (honroso como é mester) na lista de deputados pois nesse aspecto os nossos líderes t~em dado provas de frouxidão.
Olhe meu caro barbeiro. Estou a ficar fartinho de Anas Gomes, Alegres e quejandos embora aquela, contrariamente a este, tivesse a coragem de apresentar as suas infundadas e ridículas opinioes na CN. Obvamente apanhou um banho ou, como o meu amigo diz escanoaram-lhe o buço, e deve-lhe ter servido de lição. Antes de falar deve estudar os dosssiers. Até porque é princepescamente paga para isso.
Se estas pessoas estão tão contra as políticas do Sócrates (socialistas digo eu) porque é que não renunciam aos lugares que ocupam e na próxima oportunidade não lhe disputam a liderança. Já se esqueceram que um dos nossos principios basilares é a solidariedade?
Bem mas voltando ao MA. Como o meu amigo sabe ele é cá das bandas de Aveiro. Mas como pode verificar, por cá, nunca se safou. Vocês por aí pela capital é que tem a obrigação de o aturar, já que ele é o vosso lídimo representante. E estamos à espera que se candidate a secretário-geral que a gente depois conversa. Mas estes trinta e tal anos em que andou a "representar" o PS já lhe devem ter garantido proventos para a velhice. Coisa que aliás ele nem precisava.
E quanto ao José Lello creio que não o conhece. Senão ficaria a saber que é um homem que apesar dos seus defeitos está sempre disponível. E não anda pelos cantos a conspirar. Olhe, pelo que vejo, pena tenho eu de ele não ter chegado a Ministro do Ambiente. Agora que às vezes lhe salta a tampa e diz coisas que não deveria dizer lá isso é verdade. Mas nesse aspecto quem não tiver culpas que atire a primeira pedra.

Abraço
Raul Martins

Luís Novaes Tito disse...

Longe de mim, meus caros, ter a razão toda.

Não me julgo Deus, nem Sócrates.

Apelo é que haja dignidade na política e respeito pelas pessoas independentemente das suas opiniões políticas.

contradicoes disse...

Como diz e muito bem
o autor dos super-estádios
que agora não têm ninguém
mas satisfizeram otários

Defraudou receitas públicas
neste brutal investimento
não assumiu as suas culpas
neste óbvio esbanjamento

A direito à discordância
deveria ser reconhecido
por José Lello à militância
dentro do seu próprio partido

Um abraço do
Raul