Vacadas liberais
Desta vez parece que os liberais (leia-se capitalistas selvagens pseudo-liberais) não estão pelos ajustes (a ver vamos) e que o trambolhão da finança americana se vai efectivar.
Nada de especial gozo ou satisfação porque tudo se irá reflectir também do lado de cá do Atlântico e acabará por nos tocar quando alguma banca portuguesa começar a revelar que parte dos seus investimentos eram em acções e noutros produtos do Lehman Brothers.
Como sempre a massa cinzenta da nossa terrinha desvaloriza a coisa. Aquilo passa-se do lado de lá, dizem, esquecendo que o mercado do lado de lá está aberto ao lado de cá e que as carteiras são formadas com investimentos universais. Esquecem-se também que o lado de cá não é só o que está para cá da fronteira espanhola.
Como sou barbeiro e não bruxo esperarei sentado para observar o efeito de arrasto que mais este crash americano vai provocar, antes de fazer raciocínios como os que se podem ler aqui, mas cada vez mais me convenço que a não mudarem os fazedores de opinião e de dinheiro em Portugal, nunca passaremos da cepa torta.
Isso e também para verificar se continua a ser verdade a máxima de que por trás de cada bom liberal há sempre um bom Estado que lhe garante as mais valias em tempo de vacas gordas e as almofadas dos contribuintes quando as vacas são atacadas de anorexia.
LNT
Rastos:
-> Jornal de Negócios On-line - Economistas desvalorizam impacto da falência do banco americano na banca portuguesa
-> Expresso BlogBrother - Carolina Reis - A crise financeira continua na ordem do dia dos blogues
2 comentários:
Pois. O silêncio já era "gritante".
Era bom privatizar as pensões da segurança social, não era?
A Banca é um negocio onde o risco está sempre do lado do cliente em contraposição com os lucros.
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