terça-feira, 12 de julho de 2011

O cherne

Cherne
Sigamos o cherne, minha Amiga!
Desçamos ao fundo do desejo
Atrás de muito mais que a fantasia
E aceitemos, até, do cherne um beijo,
Senão já com amor, com alegria...
Em cada um de nós circula o cherne,
Quase sempre mentido e olvidado.
Em água silenciosa de passado
Circula o cherne: traído
Peixe recalcado...

Sigamos, pois, o cherne, antes que venha,
Já morto, boiar ao lume de água,
Nos olhos rasos de água,
Quando, mentido o cherne a vida inteira,
Não somos mais que solidão e mágoa...
Alexadre O'Neill
Ontem segui o Cherne na RTP. Segui-o até ao fundo do desejo e compreendi a razão porque a Europa está já morta, a boiar ao lume de água, nos olhos rasos de água.

Foi porreiro, pá!
LNT
[0.266/2011]

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