Diz-nos o prezado Eduardo Pitta:
O "aparelho" é o dinheiro e o caciquismo que o dinheiro provoca e isso não está na mão dos militantes mas sim na de pequenos núcleos e na amálgama de "elites" que se enquistam à volta do poder personalizado e que julgam que as organizações políticas são seitas reunidas em torno de uma divindade.
LNT
[0.304/2011]
As directas dos grandes partidos são um assunto demasiado sério para ser deixado nas mãos dos militantesPresunção e água benta são assuntos demasiado banais que se deixam ficar na mão dos simpatizantes, digo eu que, com o poder que tenho por ter assumido claramente a minha condição de militante, usei o voto que só compete aos comprometidos. O Eduardo tem de entender, se quiser entender alguma coisa sobre o papel dos Partidos Políticos, que os militantes de um Partido não são o”aparelho” como ele quer fazer entender.
O "aparelho" é o dinheiro e o caciquismo que o dinheiro provoca e isso não está na mão dos militantes mas sim na de pequenos núcleos e na amálgama de "elites" que se enquistam à volta do poder personalizado e que julgam que as organizações políticas são seitas reunidas em torno de uma divindade.
LNT
[0.304/2011]
9 comentários:
Sim, mas os Partidos querem e precisam dos votos dos simpatizantes.
Caro LNT,
os militantes do partido não são o aparelho é um facto indesmentível, mas se não contarem com as benesses do aparelho, para além de esbracejar, que mais podem fazer?
Claro, CC.
Os partidos de poder só o conseguem se cativarem os votos dos simpatizantes e até dos não simpatizantes. É assim que se ganham eleições.
O que não é admissível é a frase de Eduardo Pitta que faz entender que os militantes dos Partidos são menos que qualquer simpatizante. Faz parte do jogo anti-partidos tentar reduzir os militantes a cidadãos de segunda. Como só não se sente quem não é filho de boa gente, e como sou filho, neto, bisneto, tetraneto e por aí fora, de boa gente senti-me e respondi.
Caro Teófilo,
O seu comentário resulta de não considerar que os Partidos Políticos são o conjunto dos seus militantes (e também dos seus simpatizantes). Se o entender, facilmente compreende que aos militantes compete tudo, desde a defesa dos princípios que fundamentam esses Partidos, até à apresentação de propostas e soluções para lhes dar cumprimento. O que não lhes compete é contarem com “benesses”, como diz, porque as “benesses” não fazem parte dos estatutos que regem os Partidos.
Excelente, Luís. Abraço.
Caro Luís,
Dando de barato a sua acrimónia, gostaria de precisar:
1) Os militantes dão a cara e o corpo ao manifesto, estando, por isso, numa situação de vantagem, para o melhor e para o pior, sobre os meros simpatizantes. Portanto, se diferença há, e ela existe, é creditada a favor dos militantes.
2) Admitindo por alto que o PS tenha à volta de dois milhões de votantes, parece-me curto que caiba a 50 mil militantes-votantes a escolha do eventual futuro PM.
3) Uma solução de compromisso, atribuindo, por ex., "votos dourados" aos militantes e votos simples a simpatizantes previamente inscritos para votar, parece-me uma hipótese razoável.
Isto dito, boas férias!
Eduardo
Caro Luís Novaes Tito,
acredito que ande no partido com esse pundonor, infelizmente não é essa a experiência que tive e que ainda tenho, talvez esteja na secção errada, admito.
Não é uma questão de acrimónia, caro Eduardo.
Se ler a frase que publicou (que está a vermelho neste texto) verá que não reconhece aos militantes capacidade de escolha igual à que atribui aos não militantes. Isso resulta do preconceito contra os militantes e foi a isso que respondi.
Iguais votos de boas férias.
Abr.
Só mais uma coisa, Eduardo
O mínimo que se espera é que me tenha o mesmo respeito que eu sempre tive por si. Ao desconsiderar ou desvalorizar os militantes do Partido Socialista, entre os quais me conto, terá sempre da minha parte a devida resposta. Não fale de acrimónia porque se ela existe está contida na frase que usou. Continuo a aguardar, e penso que todos os militantes do PS também, um pedido de desculpas e não tentativas de justificação para a ofensa que fez.
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