Da série dos chavões para o injustificável, o de hoje vai ser:
"Exceptuam-se os capitais para evitar que eles fujam"
Como todos os chavões justificativos para a pouca vergonha e para o roubo aos que tudo pagam em benefício dos que se julgam com direito a tudo, também este ignora a existência da Lei e a máxima de que, num Estado de Direito, ninguém está acima dela.
Sabemos que os capitais são apátridas. Por o serem não fogem. Movimentam-se sem preconceitos de fronteira e de Nação e funcionam onde lhes é mais rentável. Se ainda existem no nosso território é porque têm interesse em cá estar.
O Ministro das Finanças vai fazer a sua primeira "colossal" acção de propaganda e vai-nos tentar convencer que os poucos capitais que permanecem em Portugal estão na mão de beneméritos que, por o serem, têm de ser poupados aos sacrifícios impostos a todos os restantes cidadãos. Vai explicar, para justificar mais um assalto, a colossal incompetência da "trindade" que nos auditou deixando-se ludibriar pelo Governo cessante, como se ela não tivesse os instrumentos para não se deixar enganar e não os soubesse usar.
Esta colossal conferência de imprensa encriptada em economicês irá deixar marcas. Não se destina a quem vai pagar, porque a esses está garantida a retenção na fonte, mas sim aos que detêm a chave da desencriptação da mensagem que lhes garante haver ainda lugar a muito saque para seu proveito.
Quando o Ministro anunciar logo que quem trabalha ou trabalhou toda a vida vai ser chamado, de novo, para sustentar os lucros de uns quantos, confirmará a esses quantos que os seus direitos são intocáveis. Vai anunciar-lhes que não se devem preocupar, com a mesma calma com que um destes dias anunciará, colossalmente, que não se devem investigar e prosseguir os assassinos em série porque eles poderão fugir para voltar a matar.
O Sol quando nasce é para todos mas a sombra que dele protege só está reservada para alguns.
LNT
[0.276/2011]
"Exceptuam-se os capitais para evitar que eles fujam"
Como todos os chavões justificativos para a pouca vergonha e para o roubo aos que tudo pagam em benefício dos que se julgam com direito a tudo, também este ignora a existência da Lei e a máxima de que, num Estado de Direito, ninguém está acima dela.
Sabemos que os capitais são apátridas. Por o serem não fogem. Movimentam-se sem preconceitos de fronteira e de Nação e funcionam onde lhes é mais rentável. Se ainda existem no nosso território é porque têm interesse em cá estar.
O Ministro das Finanças vai fazer a sua primeira "colossal" acção de propaganda e vai-nos tentar convencer que os poucos capitais que permanecem em Portugal estão na mão de beneméritos que, por o serem, têm de ser poupados aos sacrifícios impostos a todos os restantes cidadãos. Vai explicar, para justificar mais um assalto, a colossal incompetência da "trindade" que nos auditou deixando-se ludibriar pelo Governo cessante, como se ela não tivesse os instrumentos para não se deixar enganar e não os soubesse usar.
Esta colossal conferência de imprensa encriptada em economicês irá deixar marcas. Não se destina a quem vai pagar, porque a esses está garantida a retenção na fonte, mas sim aos que detêm a chave da desencriptação da mensagem que lhes garante haver ainda lugar a muito saque para seu proveito.
Quando o Ministro anunciar logo que quem trabalha ou trabalhou toda a vida vai ser chamado, de novo, para sustentar os lucros de uns quantos, confirmará a esses quantos que os seus direitos são intocáveis. Vai anunciar-lhes que não se devem preocupar, com a mesma calma com que um destes dias anunciará, colossalmente, que não se devem investigar e prosseguir os assassinos em série porque eles poderão fugir para voltar a matar.
O Sol quando nasce é para todos mas a sombra que dele protege só está reservada para alguns.
LNT
[0.276/2011]
3 comentários:
até podem ser apátridas
mas o pessoal que está a levantar notas em maços
e a comprar barrinhas de ouro (falsificado ou não tanto faz)
e casquinha por prata
e libras em maços de 20 e francos em notas de 100
e aqueles reformados que levantaram dos certificados e compraram casinhas no Brasil
para passarem férias durante anos ao estilo da Fatinha das Felgueiras
acho que não deram por isso
do dito capitalismo apátrida
Anda muito e bem inspirado...já usei o seu último parágrafo em conversas com amigos...lapidar!
De resto os Ribeiro Teles e muitos outros não têm os capitais cá mas têm as terras ou as casas, se um gajo com 6 ou 7000 euros de juros deveria pagar mais 3,5% além dos 21,5% (e em Ayamonte estão em 17% e até o pessoal da ex-conserveira e da câmara de Vila Real do santo popular têm contas do outro lado, alguns chegam até Gibraltar)
e uma casa que foi comprada por 2 ou 3 milhões paga só 450 por ano por aparentemente ter um aval...enfim
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