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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Contra os silêncios

Alegro PianissimoAcaba de ser disponibilizado o Blog Alegro Pianissimo onde um grupo de autores (entre os quais este vosso escriba) resolveu juntar-se contra o silêncio e para contrariar a ideia de que pode haver eleitos sem eleições.

A lista de autores, que ainda está em formação, dá a ideia clara de que o destino não está escrito nas estrelas, mas sim na ponta da caneta com que assinalaremos, no próximo dia 23, aquele que queremos para nosso Presidente.

Alegro Pianissimo está aí para o que der e vier. Se ele servir para ajudar a haver uma segunda volta nas próximas presidenciais, cumpre os seus objectivos.
LNT
[0.001/2011]

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Respeitinho

CartolaCavaco respondeu à jornalista da TVI sobre a questão BPN, após o debate de ontem, o que já tinha declarado em 23 de Novembro de 2008.

A jornalista ficou-se. Foi incapaz de reformular a questão em moldes correctos.
Foi incapaz de, p.e., mudar BPN por acções da SLN e insistir.

Sobre a transparência estamos conversados.

Sobre o respeitinho também. Confirma-se ainda ser o que era.
LNT
[0.494/2010]

Imaginem

CoelhoEm resposta à frase de Passos Coelho, que as televisões e as rádios passam à exaustão desde a jantarada de ontem:
"Imaginem o que seria um Governo com um projecto de mudança profunda na sociedade portuguesa e volte a pôr o país a crescer… Imaginem o que seria ter Manuel Alegre Presidente da República?"
só pode ser atirada uma outra:
Imaginem o que seria um Governo com Passos Coelho à redea solta… Imaginem o que seria ter Cavaco Silva Presidente da República?
LNT
[0.493/2010]

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

E no entanto o mundo move-se

ConquilhasComo não sabemos se hoje há conquilhas, inventa-se um prato de conchas vazias. O Tomás não participa no processo eleitoral, logo, diz que a campanha eleitoral está sem mobilizar ninguém e eu concordo com a sua dupla negação.

Esta campanha não mobiliza ninguém porque mobiliza alguém e não é por Vasques estar ausente que o alguém passou a ser o ninguém.

Por cada sala cheia há-de aparecer sempre quem a filme antes de encher. Dói-lhes, há dores inultrapassáveis e, no entanto, apesar da falta do calor que faz abrir a casca à conquilha, o mundo move-se.
LNT
Nota: É este espírito de cabala que diferencia os romancistas dos ficcionistas.
[0.491/2010]

Espectros - direito de resposta

Peter BalikóFazem bem epíteto, os Honrados que fazem uso, Publicando, o que lhe é dito entre Amigos, em privado...
Os Valores Morais e Éticos que persigo, na qual fui educado, sempre praticando o Bem, com empenho e dedicação, pondo os interesses colectivos antes dos interesses individuais ou de corporações, numa luta de mercado de sobrevivência privada, contrariando e opondo-me a todas as tentações da natureza humana. Mais vale viver no sonho, assente em passado, rico em aprendizagem, do que viver no presente resignado. Não considero que o óptimo seja inimigo do bom. Acção local de bem, com humildade, sem busca de protagonismo, partilhando o sucesso têm sido a minha cruzada, não necessito de protagonismos, razão pela qual, cada vez gosto mais do meu caminho, do qual muito me orgulho. Quero deixar duas considerações finais: trabalho no sector privado e tenho família numerosa. O quadro que está no spot é da minha autoria e ofereci-o a si em nome da grande amizade que considerava que existia entre nós.
Espero que este meu comentário tenha direito a igual destaque! Como diz o meu filho de 7 anos “Não tens sentido de Amor”

Peter

Nota de LNT:
Sem querer entrar noutras considerações particulares porque, a fazê-lo, será de viva voz, importa esclarecer que o texto que publiquei abaixo só existe porque a tal mensagem que me serviu de inspiração para o escrever, e que não publiquei, deixava na sua última frase aquilo que refiro no segundo parágrafo do texto.
A ameaça velada de que a mensagem não era escrita publicamente “devido à amizade... etc.” deu-me liberdade suficiente para poder redigir aquilo que eu queria dizer, da forma como o fiz. Não mencionei nomes, foi uma espécie de “blague privée”.
Isto nada tem a ver (julgava eu, mas pelo visto julgava mal) com relações pessoais. Tem tudo a ver com o tal “sentido de amor” de que fala o teu filho de 7 anos.

LNT
[0.490/2010]

Espectros

Peter BalikóTenho a impressão de já vos ter falado de um amigo oriundo de Buda, crítico de Peste, que gosta de falar de e com os mortos. Um bom amigo, diga-se, mas como todos os amigos que falam de e com os mortos, um amigo presente, embora do além.

Espanta-se esse meu amigo de Buda que este vosso escrevinhador faça parte da Comissão de Honra de Manuel Alegre e desta forma se apresente ao lado de José Sócrates, Francisco Louçã e outros. Diz esse meu amigo que só não deixou uma nota neste Blog fazendo a menção dessa estranheza porque... é meu amigo.

Ora bem! Começo por esclarecer o meu amigo e os seus fantasmas que não estou ao lado de Sócrates e de Louçã porque se trata de uma lista ordenada por ordem alfabética.

Como Luís é, no alfabeto latino que também foi adoptado pelas línguas urálicas, posterior ao F e ao J, não só não estou ao lado como ainda estou depois, embora seja público que já lhes era anterior no apoio e na honra de fazer parte da lista dos honrados. Estranho seria se nessa dita lista constassem, antes ou depois, alguns dos mortos de que esse meu amigo é fã.

Saltando todos os outros esclarecimentos que darei de viva voz a esse meu amigo que fala e gosta dos mortos e dos bruxos, fixo-me no último porque gostaria de o deixar escrito.

As democracias, mesmo aquelas mais recentes que se livraram do jugo dos ditadores, como p.e. as Ibéricas que o fizeram por mote próprio e as outras que só atingiram esse estatuto por vontade e bondade dos senhores das Rússias, subsistem pelo voto popular.

Sabe-se que quem fala e gosta dos mortos desconfia destas modernices antigas nos países tradicionalmente livres. Não é só o meu amigo de Buda, são também jornalistas como Miguel Sousa Tavares, Henrique Monteiro, Mário Crespo e outros inclinados que se atrevem a afirmar em frente às câmaras, em clara manipulação, que as próximas eleições presidenciais são só uma rotina desnecessária porque o seu príncipe dos silêncios, outro espectro que só fala dos mortos e para os vivos nada diz, já está eleito, embora as eleições ainda estejam por fazer.

Pensa, toda esta gente, o pensamento que aprenderam nos livros, de onde não conseguem mais do que transmitir a doutrina dos mortos, por lhes faltar a esperança de algo novo e o rasgo de novas soluções para o Mundo vivo que temos hoje e que os seus mortos nunca conheceram.
LNT
[0.489/2010]

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Diferenças

DiferentesOntem, na apresentação da Comissão de Honra e do Contrato Presidencial da candidatura de Manuel Alegre, Maria de Belém disse, entre muitas outras coisas acertadas, que a diferença entre direitos e caridade reside no facto de os primeiros serem matéria de reenvidicação e a segunda de agradecimento e gratidão.

Para quem gosta de dizer que "é tudo igual" já aqui tem uma, senão a essencial, razão para entender que nem tudo, nem todos, são iguais e que a candidatura de Manuel Alegre contém todo um mundo de diferenças da de Cavaco Silva.

Não se tratam só de diferenças formais ou ideológicas, tratam-se de caminhos diferentes para se obterem resultados diferentes.

Enquanto Alegre fala de boa ou má cidadania e de bom ou mau humanismo, Cavaco mantém-se na boa ou má moeda sabendo ele, até pela sua formação de que tanto gosta de falar mas de que não se conhece ciência nova, ou novas soluções, que o dinheiro é todo igual e que essas boas ou más moedas, pelos vistos, dependem só de quem as tem na algibeira.
LNT
[0.487/2010]

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A fava dos mercados

Bolo-reiQuando mais logo, pelas 20:00 horas, no Mercado da Ribeira, os apoiantes de Lisboa da candidatura de Manuel Alegre se reunirem para jantar, farão ver que na ementa do dia não consta o prato de favas-contadas que Cavaco dá a entender existir.

Aliás, talvez para surpresa de muitos que atacam Manuel Alegre sem nunca dizerem qual o candidato que apoiam, é mesmo bem possível verem, nas Janeiras, Cavaco a engasgar-se com a fava depois de ter andado todos estes anos a gozar as boas-acções que as boas-moedas meterem na massa com que lhe fizeram o bolo-rei.
LNT
[0.475/2010]

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Uniões, de facto

CorrenteUnir Portugal está na nossa mão.

Versejar da musiqueta de campanha de Cavaco com a saudosa União Nacional, que Deus tem, no pensamento.

Chamem-lhe o que quiserem, mas não lhe chamem casamento...
LNT
[0.421/2010]
Inspiração

A rede

Janela IndiscretaPedro Rolo Duarte, na Janela Indiscreta, Antena 1, fez ontem a abordagem da campanha de Alegre na rede.

Um apontamento interessante e de boa crítica onde esta vossa Barbearia foi citada o que, vindo de quem veio, é mais uma honraria a afixar na sala das massagens.

Pode ser ouvido aqui.
LNT
[0.419/2010]

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Razões

Manuel AlegreIrei votar em Manuel Alegre porque não me conformo com o destruir do sonho antigo de ver Portugal no grupo dos melhores da Europa.

Ser socialista, em Portugal, é ser social-democrata na Suécia, na Finlândia, na Dinamarca, na Holanda, na Noruega, etc. Não é uma utopia, como alguns querem fazer crer, mas sim saber que há sociedades tão avançadas que as crises passam por elas sem as matar porque se baseiam no bem comum, na liberdade responsável, no mérito e na solidariedade na adversidade. Sociedades onde se exigem os direitos porque se cumprem os deveres e onde se combate o falso moralismo e a intolerância ao diferente com a mesma normalidade com que os moralistas da Europa do Sul praticam a corrupção, o individualismo e a hipocrisia.

Alegre é um destes socialistas. Toda a vida se bateu por esses princípios e se alguma vez entendeu que esse socialismo passava pelo outro socialismo científico, rapidamente corrigiu a mão ao constatar que a sua prática repressiva e autoritária não se coadunava com o pensamento livre.

Ao contrário de outros socialistas modernaços, que julgam que o Estado Social é um conjunto de princípios que, de vez em quando, se pode esquecer por crerem que a verdadeira solução passa pelo capitalismo selvagem (a que agora gostam de chamar "liberal" e que as elites apelidam de "neo-liberalismo"), Manuel Alegre é voz activa e corajosa dentro do Partido Socialista que não fundou, mas de que foi um dos primeiros e mais intransigentes militantes, e sempre se bateu na defesa desse Estado Social que sabe conter a solução para os problemas criados pelo capitalismo selvagem e agiota que pretende reduzir o nosso povo ao estado de miserável.

É por isso que me choca ver determinados nomes na lista da Comissão Política Nacional de Alegre. Não por eles terem defendido nas últimas eleições outros candidatos à Presidência, coisa democrática e curial, mas por saber que eles são co-responsáveis por termos tido na presidência, nos últimos anos, o detentor político que se afirma apolítico e que é o recordista da detenção do poder no Portugal democrático. Os resultados desse poder continuado estão à vista.

Apesar deles, e ainda mais por causa deles, votarei Alegre. Não abdico do meu sonho e fá-lo-ei em memória de todos os que se bateram por um País mais justo e a favor de melhor vida para as gerações futuras.
LNT
[0.395/2010]

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Memória curta

Tribuna Alegre 2006
Só passaram cinco anos.

Há nomes nesta lista da Comissão Política Nacional que são uma afronta para quem sempre esteve ao lado de Manuel Alegre.

Isto não vai correr bem, acreditem.

LNT
[0.393/2010]

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O exercício da desresponsabilização

Aníbal Cavaco SilvaOntem ouvi, incrédulo, o exercício da desresponsabilização no seu expoente mais elevado.

Um homem estimável, é certo, mas com responsabilidades acrescidas perante os cidadãos de Portugal subiu ao palco, como se não tivesse qualquer responsabilidade do estado calamitoso em que nos encontramos, para de lá informar que se recandidata a fazer, por mais cinco anos, aquilo que fez nos últimos cinco.

Pouco adianta, e já se ouve por aí o habitual "a culpa é dos outros", dizer que ele não poderia ter feito mais e melhor. A verdade é que fez mal e pior, é responsável, tem experiência (conforme confirmou), tem sabedoria e conhecimento (conforme informou), teve na sua mão o poder de zelar pelos nossos interesses e acaba o mandato, que agora iremos avaliar, com todos os objectivos que se determinou a cumprir muito abaixo das metas propostas.

Cavaco Silva não é um homem qualquer. Foi Ministro das Finanças, foi Primeiro-Ministro durante os dez anos em que o dinheiro comunitário jorrou como mel dentro de uma misturadora de betão e para a mão da classe empresarial mais irresponsável da Europa que tratou de o derreter em mordomias, ganhou duas maiorias absolutas, presidiu ao então maior Partido político português e concorre pela terceira vez ao cargo de Presidente da República.

Cavaco Silva, um professor de economia, diz apresentar-se com humildade perante os seus concidadãos para que eles julguem o péssimo trabalho que desenvolveu.

Desta vez não há enganos, estamos a sentir na pele e no bolso o seu mau desempenho.

Não se trata de um teórico manual de estudo ou de um trabalho académico. Trata-se do mundo real, das dificuldades patentes, da pobreza, da destruição da qualidade de vida, da inoperacionalidade da nossa economia, do falhanço completo das promessas com que se candidatou há cinco anos.

Em qualquer empresa gerida por objectivos, um presidente com tal desempenho, já teria sido despedido há muito. Nós somos os accionistas desta e é esse desempenho que iremos votar. Os outros poderes não estão agora em avaliação.
LNT
[0.375/2010]

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fisgadas

Metro
O gratuito Metro de hoje traz uma foto de mão-cheia na primeira página.
Dá-lhe a caixa alta de:
"Abre a caça na coutada de Belém".

No entanto, olhando bem os elásticos da fisga que Cavaco estica, vê-se que eles estão torcidos o que o faz correr o risco de apanhar com o seixo no olho.

Oxalá não!
Já todos sabemos que Camões não é o seu forte e para zarolho já basta assim.
LNT
[0.372/2010]

sábado, 18 de setembro de 2010

Alegrias

Logo Manuel Alegre

Logo Manuel Alegre

Logo Manuel Alegre


Logo Manuel Alegre

Logo Manuel AlegreLogo Manuel Alegre

Gosto do logo oficial da campanha de Manuel Alegre.

Já deixei a sua marca ali, à esquerda, para que os que aqui vêm não tenham dúvida de quem é apoiado na corrida a Belém.

Os logos são de utilização livre.
LNT
[0.314/2010]

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Cries & Whispers

Lágrimas e SuspirosMesmo em período de defeso há sempre a possibilidade do Governo ser demitido.

Mesmo neste período em que o Presidente da República não pode dissolver a Assembleia da República e assim sendo, não pode convocar eleições, há sempre a possibilidade do Governo ser substituído. Basta por exemplo que o Orçamento que vai entrar na Assembleia da República não seja aprovado ou que o Primeiro-ministro entenda pedir a sua demissão (embora Sócrates não seja Durão Barroso, nem tenha tido nenhum convite – que se saiba – para ocupar um lugar de destaque num qualquer organismo internacional).

É por isso mesmo que vamos ver em breve um Coelho a engolir um sapo, coisa imprópria para coelhos dado serem, em princípio, herbívoros.

À pala disto o País prepara-se para mergulhar num mar de lágrimas (de crocodilo) e suspiros. De um lado o excelentíssimo Presidente que promulga, sem concordar, para chorar de arrependimento imediato, do outro o excelso líder da oposição a dizer que sim com a mão e a abanar a cabeça em negação, como se nada mais pudessem fazer.

Na quarta-feira abram-se as hostilidades com o pressuposto de que delas sairemos tão amigos como dantes.
LNT
[0.305/2010]

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Voltar a acreditar

Manuel AlegreNo dia 11, no Centro Cultural de Belém, reúne-se a tropa alegre.
Às 18:30 horas, depois da reunião dos representativos, será o tempo dos apoiantes do candidato à Presidência da República poderem partilhar com Manuel Alegre as suas ideias e propostas que terão de transformar esta corrida a Belém em algo, pelo menos, tão aliciante como foi a última campanha onde a iniciativa de cada um conseguiu suplantar as rotinas que tomaram conta das máquinas partidárias.

As candidaturas à presidência da república têm de descolar dos rótulos e dos controleiros e os estados-maiores dessas candidaturas têm de ser coordenadores (e não promotores das acções) envolvendo todos e sacudindo o imobilismo dos que, por não acreditar, querem deixar andar para ver no que dá.

Portugal não está em condição de permitir que o marasmo se arraste. Compete aos portugueses avançar com inventiva, com imaginação, com esperança e será nas acções de cidadania, independentemente e para além das das máquinas organizativas, que se espera encontrar o movimento que colocará Alegre em Belém.

Espero que quem o quiser fazer não se deixe condicionar. De falinhas mansas e de mãos pelo pêlo já estamos fartos.

Vamos a isto!

(Documentos de propositura disponíveis para download)
LNT
[0.300/2010]

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pau carunchoso

PreservativosA direita encostada à Igreja anda em desatino com o casamento. Aliás, a direita evangélica sempre andou em desatino com o casamento. Foi assim com o casamento civil, foi assim com o divórcio e é agora assim com esta nova forma de dar aos cidadãos os mesmos direitos independentemente das suas opções.

A direita encostada à Igreja vive em permanente sobressalto com medo que se saiba que nessa mesma direita encostada à Igreja se faz sexo fora do casamento, se usa preservativo dentro e fora do casamento, se fazem divórcios de casados pela Igreja, se registam casamentos fora da Igreja e, para bem do Diabo, até há gente que vive com gente do mesmo sexo. Tudo às escondidas, claro, no segredo do confessionário.

A direita encostada à Igreja anda em homilias a rogar que se leve para Belém um Santinho.

Deus os oiça!
LNT
[0.194/2010]

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Parabéns à prima

MacacadasA grande novidade dos últimos dias é a Comunicação Social ter descoberto que dentro do Partido Socialista existem divergências sobre o apoio a Manuel Alegre. Os nossos órgãos da comunicação social, de vez em quando, transformam coisas velhas em coisas novas e gostam de esquecer os números que dão relevo ao que propagandeiam como, por exemplo, os que transformam um grupo em maioria e os que atribuiem a categoria de minoria a outro, por muito Nobre que seja (tenho de memória que falamos de 10 entre 200 e picos).

Os outros não estarão muito Alegres?

Alguns deles talvez não estejam. Mas se recordarmos que a nobreza está para o republicanismo, como há cinco anos os votos estiveram para a propaganda da unidade anunciada, pode ser que se ganhe o juízo suficiente de não misturar as raivinhas pessoais, com aquilo que interessa.

Fica por saber, já que falamos de aritmética e de matemática, se os resultados do último quinquénio não se ficaram a dever aos muitos votos anunciados noutro Nobre e depois assinalados com ressabiamento, à boca da urna, em quem se repimpa presentemente à sombra das árvores do Pátio dos Bichos.
LNT
[0.185/2010]

terça-feira, 6 de abril de 2010

Para que a praça da canção não seja uma ilusão

João SoaresOuvi, com a atenção do costume, a entrevista que João Soares deu no passado fim-de-semana ao Rádio Clube Português.

João Soares merece-me esse tempo de atenção. Ouvi-lo permite-me com ele concordar em muito e em muito discordar, um hábito de décadas que quase sempre nos fizeram estar do mesmo lado da barricada quando o combate foi externo e muitas vezes em oposição dentro do PS.

A excepção externa foi a anterior candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República, que espero não se venha a repetir, mas que foi e é um ponto de divergência no conceito do papel fundamental do Presidente da República, que João Soares trata com displicência chegando ao limite de nele (no papel) ainda ver semelhanças com o de corta-fitas da ditadura.

Voltei a ouvir João Soares falar num candidato do PS, coisa inexistente, porque estamos a falar de candidatos à Presidência da República. As forças partidárias devem prescindir da tentação de querer na Presidência da República uma extensão da sua hierarquia.

É um conceito fácil de entender e basta a João Soares lembrar-se do slogan que tantas vezes repetiu: - "o Presidente de todos os portugueses" – para não falar no candidato do PS. O candidato do PS à presidência é eleito no seu Congresso Nacional e destina-se a presidir ao Partido Socialista.

Manuel Alegre não tem, nem deve, ser o candidato do PS. Tem e deve ser um candidato nacional que se compromete com os seus eleitores a cumprir e fazer cumprir a Constituição sem subordinar essa missão aos interesses de uma ou outra força política.

O Partido Socialista e as outras forças de esquerda, apoiarão um ou outro candidato e aconselharão os seus militantes a votarem no candidato que melhores garantias dá para o bom e independente, mas não indiferente, desempenho do cargo.

Não se espera do PS que tente impor um candidato porque isso resultará, como é patente, na vitória do quadrante político de sinal contrário, ainda para mais numa disputa em que o candidato que federa a direita portuguesa se candidata à sua própria sucessão.

Falamos de política, de interesse nacional e da visão política. Confundir isto com tricas pessoais e familiares ou com estados de alma só poderá levar o actual líder da direita, em si representada, a manter o poder por mais cinco anos.
LNT
[0.132/2010]