[0.073/2007]
Horse & Hound
Nada de novo, nada que nesta barbearia não tenha já acontecido milhares de vezes.
Entra uma Julia Roberts qualquer para limar as unhas, o barbeiro diz duas tretas, os dois apaixonam-se loucamente e fazem trocas de prendas valiosas.
A parede do corredor repleta de Chagall comprova-o.
Coisas banais no comércio tradicional.
(Som da Barbearia)
ET: Como se sabe, o lema deste estabelecimento é - satisfazer o cliente mais afoito.
Como tal, e a pedido de uma cliente habitual que muito se preza, venha o Elvis, não o Rei, mas enfim. Antevê-se a melancolia do Outono.
(Som da Barbearia)
LNT
domingo, 23 de setembro de 2007
[0.072/2007]
A hipocrisia mundial
A tinta que corre, e correrá, sobre a participação de Mugabe na cimeira UE/África e a inviabilização que isso representa para a presença de Brown devido ao facto do Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha se recusar a participar num evento onde o Presidente do Zimbabwe esteja presente, decorre só e exclusivamente da defesa dos interesses ingleses e nunca da defesa dos Direitos Humanos como se faz crer.
Mesmo sem conseguir consultar a lista dos participantes desse evento, atrevo-me a imaginar que a questão dos Direitos Humanos, a aplicar, aplicar-se-ia a muitos outros ditadores, possivelmente tão maus, ou piores, que Mugabe.
A deriva portuguesa nas relações internacionais resulta em casos destes.
Ou bem que Portugal se mostra alinhado com os seus parceiros na defesa dos interesses comuns, ou bem que opta pela neutralidade, o que parece impossível devido às alianças de que faz parte.
Já nos bastava a hipocrisia interna no caso Dalai Lama em que o primeiro e o terceiro órgãos no grau protocolar de soberania o fingiram ignorar quando o segundo e o poder local (para mais da mesma cor do governo) o receberam oficialmente (embora com nuances religiosas).
Fica a curiosidade de saber como irá Portugal descalçar este imbróglio que agendou para 8 e 9 de Dezembro.
LNT
A hipocrisia mundial
A tinta que corre, e correrá, sobre a participação de Mugabe na cimeira UE/África e a inviabilização que isso representa para a presença de Brown devido ao facto do Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha se recusar a participar num evento onde o Presidente do Zimbabwe esteja presente, decorre só e exclusivamente da defesa dos interesses ingleses e nunca da defesa dos Direitos Humanos como se faz crer.
Mesmo sem conseguir consultar a lista dos participantes desse evento, atrevo-me a imaginar que a questão dos Direitos Humanos, a aplicar, aplicar-se-ia a muitos outros ditadores, possivelmente tão maus, ou piores, que Mugabe.
A deriva portuguesa nas relações internacionais resulta em casos destes.
Ou bem que Portugal se mostra alinhado com os seus parceiros na defesa dos interesses comuns, ou bem que opta pela neutralidade, o que parece impossível devido às alianças de que faz parte.
Já nos bastava a hipocrisia interna no caso Dalai Lama em que o primeiro e o terceiro órgãos no grau protocolar de soberania o fingiram ignorar quando o segundo e o poder local (para mais da mesma cor do governo) o receberam oficialmente (embora com nuances religiosas).
Fica a curiosidade de saber como irá Portugal descalçar este imbróglio que agendou para 8 e 9 de Dezembro.
LNT
sábado, 22 de setembro de 2007
[0.071/2007]
Colaborador da semana [ II ]
Neste estabelecimento continua-se a fazer ponto de honra no reconhecimento do mérito dos seus colaboradores.
O quadro de honra desta semana destaca as nossas empregadas de limpeza, as gémeas naturais Sego e Lène Bijou, sempre disponíveis para trabalho em equipa de reconhecido mérito higiénico.
Brilhantes na execução das tarefas que lhes estão adstritas, revelam dotes de imaginação fora do comum no desempenho das missões de limpeza extraordinárias que lhes são confiadas.
LNT
Colaborador da semana [ II ]
Neste estabelecimento continua-se a fazer ponto de honra no reconhecimento do mérito dos seus colaboradores.
O quadro de honra desta semana destaca as nossas empregadas de limpeza, as gémeas naturais Sego e Lène Bijou, sempre disponíveis para trabalho em equipa de reconhecido mérito higiénico.
Brilhantes na execução das tarefas que lhes estão adstritas, revelam dotes de imaginação fora do comum no desempenho das missões de limpeza extraordinárias que lhes são confiadas.
LNT
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
[0.070/2007]
Não, meus caros,
não foi por qualquer espécie de altivez que ainda não me referi à situação do extinto Tugir em português, Blog que criei e administrei em exclusivo durante quase quatro anos e onde, como disse no dia em que ele acabou (2007-09-10), tive o prazer de construir, em parceria com o meu camarada Carlos Manuel Castro, o conteúdo que lhe deu razão de existência.
Foi por nada ter a acrescentar ao que disse naquele texto a não ser aquilo que CMC já transcreveu:
Não me pronunciarei sobre o Tugir senão quando entender que chegou a hora de o fazer.
Para mim, como se percebeu pelo Post que lá deixei, aquilo era um património comum que devia ter sido selado dado que nenhum dos seus autores tinha o direito de o usufruir em exclusivo.
Mas é como digo, ainda não chegou a altura de me pronunciar.
O Tugir já não existe, porque aquilo que se está lá a fazer não é parte do projecto que o criou.
As coisas são o que são e cada um trate de assumir as responsabilidades dos seus actos. Não é uma questão de verniz, José Reis Santos, é antes uma de liberdade, neste caso da liberdade que não prescindo para decidir sobre aquilo que me condiciona e que há mais de um ano tinha comunicado ao co-autor do Tugir.
O que defendo já está escrito e embora não desista de garantir a preservação de um património comum depois de ter sido usurpado (é isto que está em causa RCB e não um acto de guerrilha), não pretendo, pelo menos para já, fazer outras considerações.
LNT
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
[0.068/2007]
Sociedade da Informação – Percurso Português
A APDSI – Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação e as Edições Sílabo convidam para o lançamento do Livro Sociedade da Informação – Percurso Português.
Trata-se de um trabalho da autoria de 48 dos mais conceituados especialistas na matéria, coordenado por José Dias Coelho e com prefácio de Jorge Sampaio.
Será no auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian, dia 25 de Setembro, às 17:30 horas.
Embora com entrada livre exige-se inscrição antecipada.
LNT
Sociedade da Informação – Percurso Português
A APDSI – Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação e as Edições Sílabo convidam para o lançamento do Livro Sociedade da Informação – Percurso Português.
Trata-se de um trabalho da autoria de 48 dos mais conceituados especialistas na matéria, coordenado por José Dias Coelho e com prefácio de Jorge Sampaio.
Será no auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian, dia 25 de Setembro, às 17:30 horas.
Embora com entrada livre exige-se inscrição antecipada.
LNT
[0.067/2007]
Cozinha moderna
O prezado pintor Perdigão, amigo de praia e de outros lugares, afinal e ao contrário das parangonas do Claro, não abriu um snack da moda.
Manteve-se nas nuvens que envolvem o Coisas da Vida e escrevinha com mestria sobre a vida e as vidinhas, sobre a coisa e as coisinhas, aconselhando o barbeiro a mudar de vida e a aderir à conjuntura.
Diz o artista que nesta botica se fazem "cortes à maneira" e que o barbeiro se assemelha a um "Yuppie reciclado", propondo adesão a coisa mais modernaça, tipo choque tecnológico da cozinha contemporânea, maquineta cheia de ventoinhas, botanitos e alavancas que dá pelo nome de Bimby, de forma a que a cozinha deste estabelecimento simule um laboratório culinário.
Cruz, credo, homem. Vendo a imagem publicada pergunto-me mil vezes como se mete lá dentro um leitão para o estorricar à moda da Bairrada.
O meu amigo Rui ilustra bem, mas não me convence e, mesmo chamando à colação a família Contra-Capa, não me leva a abandonar a cozinha tradicional onde os tachos e as frigideiras são o orgulho da casa.
LNT
Cozinha moderna
O prezado pintor Perdigão, amigo de praia e de outros lugares, afinal e ao contrário das parangonas do Claro, não abriu um snack da moda.
Manteve-se nas nuvens que envolvem o Coisas da Vida e escrevinha com mestria sobre a vida e as vidinhas, sobre a coisa e as coisinhas, aconselhando o barbeiro a mudar de vida e a aderir à conjuntura.
Diz o artista que nesta botica se fazem "cortes à maneira" e que o barbeiro se assemelha a um "Yuppie reciclado", propondo adesão a coisa mais modernaça, tipo choque tecnológico da cozinha contemporânea, maquineta cheia de ventoinhas, botanitos e alavancas que dá pelo nome de Bimby, de forma a que a cozinha deste estabelecimento simule um laboratório culinário.
Cruz, credo, homem. Vendo a imagem publicada pergunto-me mil vezes como se mete lá dentro um leitão para o estorricar à moda da Bairrada.
O meu amigo Rui ilustra bem, mas não me convence e, mesmo chamando à colação a família Contra-Capa, não me leva a abandonar a cozinha tradicional onde os tachos e as frigideiras são o orgulho da casa.
LNT
[0.066/2007]
Be cool
A menina Beatriz quer saber se nesta loja também se fazem cortes juvenis.
Claro, Beatriz, somos profissionais da moda e acreditamos que quanto mais fashion for o corte juvenil, melhor sairão os Pequenos Pensamentos.
No entanto deixo-lhe um aviso de boas-vindas:
Este estabelecimento nem sempre tem bom tempo e por isso é aconselhado a que, antes de o visitar, pergunte à encarregada da educação se o borda-d’água prevê céu limpo, não vá haver navalhas no ar.
LNT
Be cool
A menina Beatriz quer saber se nesta loja também se fazem cortes juvenis.
Claro, Beatriz, somos profissionais da moda e acreditamos que quanto mais fashion for o corte juvenil, melhor sairão os Pequenos Pensamentos.
No entanto deixo-lhe um aviso de boas-vindas:
Este estabelecimento nem sempre tem bom tempo e por isso é aconselhado a que, antes de o visitar, pergunte à encarregada da educação se o borda-d’água prevê céu limpo, não vá haver navalhas no ar.
LNT
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
[0.065/2007]
Há homens que não podem estar colados ao chão
Esta era a frase publicitária que nos anos 70 corria as rádios e a televisão para recrutamento de pilotos para a TAP.
Em Évora, no último fim-de-semana, assim ficou demonstrado.
Não no borrego feito, que isso é coisa que não falta por aí, mas naquela asa em baixo para a subida que se seguiu.
Notável, grande piloto!
LNT
Há homens que não podem estar colados ao chão
Esta era a frase publicitária que nos anos 70 corria as rádios e a televisão para recrutamento de pilotos para a TAP.
Em Évora, no último fim-de-semana, assim ficou demonstrado.
Não no borrego feito, que isso é coisa que não falta por aí, mas naquela asa em baixo para a subida que se seguiu.
Notável, grande piloto!
LNT
terça-feira, 18 de setembro de 2007
[0.063/2007]
Desassossego
é o que resulta de não haver notícias sobre quem terá ganho o jogging.
Consta que Barney, habituado a correr atrás da rolha, terá chegado em primeiro lugar mas, ao folhear as primeiras páginas de Washington, nada é revelado.
Da reunião realizada à margem do jogging, idem, aspas.
Safa-se o sítio oficial:
And so, Mr. Prime Minister, you're welcome here any time. I appreciate that you're setting such a good example for people in your own country and around the world by being an avid exerciser at the ripe old age of 50. And you're welcome to come to the Oval Office again.
LNT
Desassossego
é o que resulta de não haver notícias sobre quem terá ganho o jogging.
Consta que Barney, habituado a correr atrás da rolha, terá chegado em primeiro lugar mas, ao folhear as primeiras páginas de Washington, nada é revelado.
Da reunião realizada à margem do jogging, idem, aspas.
Safa-se o sítio oficial:
And so, Mr. Prime Minister, you're welcome here any time. I appreciate that you're setting such a good example for people in your own country and around the world by being an avid exerciser at the ripe old age of 50. And you're welcome to come to the Oval Office again.
LNT
[0.061/2007]
Carta a Cavaco Silva (JM)
Caro José Mateus Cavaco Silva,
percebe-se no frontispício do seu Blog que é homem de aviões. Está pois assegurado o bom gosto, coisa grata a este fino salão que se gaba de só ter clientela garbosa.
Claro que a gastronomia da Casa Velha de Cacela (Velha) iniciada na degustação das ostras grelhadas e/ou cruas, continuada na enguia obesa grelhada, nos arrozes malandros atafulhados de bichezas marinhas e nas cataplanas, acompanhada pelo Cooperativa ... ou por qualquer outro líquido incluindo a loura Cruzcampo e rematada pelos morgados e outras vilanias carregadas de colesterol é um atentado a quem mandou erigir tão fortificada e austera vilória empoleirada sobre o extremo da Formosa. No entanto, são atentados destes que fazem a História de Portugal, graças a Deus.
Como V.EXª. ordenou, já o anotámos no nosso livro de visitas. Lamentavelmente não podemos satisfazer o seu último pedido dado as colaboradoras deste estabelecimento não tratarem de assuntos sérios e menos ainda respeitadores.
Cá guardarei, em local de destaque, junto ao cuco que tuge trinados e perto da frigideira, a cataplana que V. Ex.ª. (que graça pomposa vossa senhoria detém que se parece a nome de Rua projectada ou coisa assim) teve a amabilidade de oferecer.
Não faltarão certamente ocasiões para nela (na cataplana) abrir bivalves das melhores proveniências, podendo fazer-se acompanhar nesses festins do pintor Perdigão ou de qualquer outra companhia que entenda. A discrição deste estabelecimento é ponto de honra.
Sempre à sua disposição,
o Barbeiro que o preza
LNT
Carta a Cavaco Silva (JM)
Caro José Mateus Cavaco Silva,
percebe-se no frontispício do seu Blog que é homem de aviões. Está pois assegurado o bom gosto, coisa grata a este fino salão que se gaba de só ter clientela garbosa.
Claro que a gastronomia da Casa Velha de Cacela (Velha) iniciada na degustação das ostras grelhadas e/ou cruas, continuada na enguia obesa grelhada, nos arrozes malandros atafulhados de bichezas marinhas e nas cataplanas, acompanhada pelo Cooperativa ... ou por qualquer outro líquido incluindo a loura Cruzcampo e rematada pelos morgados e outras vilanias carregadas de colesterol é um atentado a quem mandou erigir tão fortificada e austera vilória empoleirada sobre o extremo da Formosa. No entanto, são atentados destes que fazem a História de Portugal, graças a Deus.
Como V.EXª. ordenou, já o anotámos no nosso livro de visitas. Lamentavelmente não podemos satisfazer o seu último pedido dado as colaboradoras deste estabelecimento não tratarem de assuntos sérios e menos ainda respeitadores.
Cá guardarei, em local de destaque, junto ao cuco que tuge trinados e perto da frigideira, a cataplana que V. Ex.ª. (que graça pomposa vossa senhoria detém que se parece a nome de Rua projectada ou coisa assim) teve a amabilidade de oferecer.
Não faltarão certamente ocasiões para nela (na cataplana) abrir bivalves das melhores proveniências, podendo fazer-se acompanhar nesses festins do pintor Perdigão ou de qualquer outra companhia que entenda. A discrição deste estabelecimento é ponto de honra.
Sempre à sua disposição,
o Barbeiro que o preza
LNT
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
[0.060/2007]
Na cadeira com afecto [ V ]
e com o Francisco Almeida Leite (FAL)
É sempre um prazer vê-lo por aqui, Sr. Leite, nesta casa destinada ao corte.
Fatinhos de treino e corridinhas são coisa boa para quem gosta de suar.
Mas vamos lá ao nosso coiffeur, uma vez que foi para isso que aqui veio.
Hoje vai ser curto, máquina zero, se me parece.
Então o que acha das novas leis?
FAL: É curioso que seja o Presidente da República, e não o primeiro-ministro, a pôr água na fervura depois das críticas à entrada em vigor do novo Código de Processo Penal (CPP), que contém alterações ao instituto das prisões preventivas.
Enquanto Cavaco Silva fica a defender o que não é da sua pena, José Sócrates parte para Washington, onde pretende fazer algum jogging para manter a forma.
Parece-me estar a ser um pouco injusto com S. Ex.ª, o nosso Primeiro.
Já viu a projecção que o nosso magnífico e deslumbrante País terá quando os grandes jornais americanos derem à primeira página as fotografias do Senhor Engenheiro em cuecas a correr com o Barney ao lado? Tem de admitir que não existe outro PM no Mundo que o faça e que este fá-lo com muito saber.
Quanto ao Senhor Presidente cabe-lhe sempre puxar da pena, sua ou alheia, para mais agora que as aves andam constipadas.
Para além disso, o Senhor Engenheiro merece louvor por não ter descurado os seus deveres com a Nação. Mesmo agora que anda assoberbado com as tarefas europeias, nunca deixa de ter no porta-bagagens alguma tralha informática para distribuir por aí.
As pessoas são é do contra, Sr. Francisco. Quando o Senhor Valentim andou a oferecer outros electrodomésticos ninguém se queixou.
FAL: A estratégia do propagandista-mor é simples: anda pela Europa e pelo Mundo, aparece aos sábados no País profundo a oferecer computadores a preço de amigo e vai passando por entre os pingos da chuva. Quem se molha são os seus ministros. Jaime Silva e Rui Pereira em casos como o da herdade de Silves e os assaltos de Viana do Castelo, Alberto Costa no CPP e em vários outros. Quando todos eles falham e ninguém aparece a dizer "presente", Sócrates deixa que Cavaco Silva se auto-responsabilize por ter promulgado o diploma que naquele momento estiver a ser alvo de críticas. Governar assim é fácil.
São estratégias, meu caro. São estratégias.
O Senhor Professor quando era PM dizia que os Secretários-de-Estado eram meros adjuntos. O nosso Engenheiro é um pouco mais radical e estende a coisa a posto mais elevado. Mas não se preocupe, Senhor Francisco, que eles gostam tanto de ser Ministros que não se importam de fazer o frete.
Quem não estava para isso já saiu e olhe lá que até houve quem tivesse trocado a governança pela edilidade. Sempre eram fogos mais suaves, se bem me entende.
FAL: O problema é que a estratégia não dura para sempre e Cavaco só se compromete quando quer (mesmo neste caso, sublinhou que é preciso pôr o Parlamento vigiar a aplicação da lei). Sem um número dois, desde a saída de António Costa para a Câmara de Lisboa, Sócrates optou por não reforçar o Governo com pesos políticos. É ele e "os outros". Os "outros" servem para tudo. Apagam os fogos, ficam com a má imagem, mas como também não têm peso político próprio são dispensáveis quando se fizer a remodelação pré-eleitoral lá para 2008. Sócrates fica limpinho até lá.
Prontinho. Só uma escovadela para retirar os pelos do casaco e está pronto para ir à sua vida.
Dê cumprimentos ao Sr. Correia e se vir a estimável Miss das pérolas, mande-lhe cumprimentos respeitosos. (gosto tanto de a ouvir falar sobre a 7ª arte, que nem imagina!)
(diálogo ficcionado a partir de um texto de FAL - Corta-Fitas
LNT
Na cadeira com afecto [ V ]
e com o Francisco Almeida Leite (FAL)
É sempre um prazer vê-lo por aqui, Sr. Leite, nesta casa destinada ao corte.
Fatinhos de treino e corridinhas são coisa boa para quem gosta de suar.
Mas vamos lá ao nosso coiffeur, uma vez que foi para isso que aqui veio.
Hoje vai ser curto, máquina zero, se me parece.
Então o que acha das novas leis?
FAL: É curioso que seja o Presidente da República, e não o primeiro-ministro, a pôr água na fervura depois das críticas à entrada em vigor do novo Código de Processo Penal (CPP), que contém alterações ao instituto das prisões preventivas.
Enquanto Cavaco Silva fica a defender o que não é da sua pena, José Sócrates parte para Washington, onde pretende fazer algum jogging para manter a forma.
Parece-me estar a ser um pouco injusto com S. Ex.ª, o nosso Primeiro.
Já viu a projecção que o nosso magnífico e deslumbrante País terá quando os grandes jornais americanos derem à primeira página as fotografias do Senhor Engenheiro em cuecas a correr com o Barney ao lado? Tem de admitir que não existe outro PM no Mundo que o faça e que este fá-lo com muito saber.
Quanto ao Senhor Presidente cabe-lhe sempre puxar da pena, sua ou alheia, para mais agora que as aves andam constipadas.
Para além disso, o Senhor Engenheiro merece louvor por não ter descurado os seus deveres com a Nação. Mesmo agora que anda assoberbado com as tarefas europeias, nunca deixa de ter no porta-bagagens alguma tralha informática para distribuir por aí.
As pessoas são é do contra, Sr. Francisco. Quando o Senhor Valentim andou a oferecer outros electrodomésticos ninguém se queixou.
FAL: A estratégia do propagandista-mor é simples: anda pela Europa e pelo Mundo, aparece aos sábados no País profundo a oferecer computadores a preço de amigo e vai passando por entre os pingos da chuva. Quem se molha são os seus ministros. Jaime Silva e Rui Pereira em casos como o da herdade de Silves e os assaltos de Viana do Castelo, Alberto Costa no CPP e em vários outros. Quando todos eles falham e ninguém aparece a dizer "presente", Sócrates deixa que Cavaco Silva se auto-responsabilize por ter promulgado o diploma que naquele momento estiver a ser alvo de críticas. Governar assim é fácil.
São estratégias, meu caro. São estratégias.
O Senhor Professor quando era PM dizia que os Secretários-de-Estado eram meros adjuntos. O nosso Engenheiro é um pouco mais radical e estende a coisa a posto mais elevado. Mas não se preocupe, Senhor Francisco, que eles gostam tanto de ser Ministros que não se importam de fazer o frete.
Quem não estava para isso já saiu e olhe lá que até houve quem tivesse trocado a governança pela edilidade. Sempre eram fogos mais suaves, se bem me entende.
FAL: O problema é que a estratégia não dura para sempre e Cavaco só se compromete quando quer (mesmo neste caso, sublinhou que é preciso pôr o Parlamento vigiar a aplicação da lei). Sem um número dois, desde a saída de António Costa para a Câmara de Lisboa, Sócrates optou por não reforçar o Governo com pesos políticos. É ele e "os outros". Os "outros" servem para tudo. Apagam os fogos, ficam com a má imagem, mas como também não têm peso político próprio são dispensáveis quando se fizer a remodelação pré-eleitoral lá para 2008. Sócrates fica limpinho até lá.
Prontinho. Só uma escovadela para retirar os pelos do casaco e está pronto para ir à sua vida.
Dê cumprimentos ao Sr. Correia e se vir a estimável Miss das pérolas, mande-lhe cumprimentos respeitosos. (gosto tanto de a ouvir falar sobre a 7ª arte, que nem imagina!)
(diálogo ficcionado a partir de um texto de FAL - Corta-Fitas
LNT
[0.059/2007]
International Day for Darfur
É fácil fechar os olhos ao que se passa longe de casa.
Já nos bastam as pequenas Maddies e outras actualidades em voga.
Darfur é coisa velha e por lá morre-se de fome há tanto tempo que os vivos já estão habituados.
Têm razão! Desculpem a lembrança (ainda que de 2006).
LNT
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