[0.088/2007]
Língua azul
Os rebanhos andam com a língua de fora. Mais uma dor de cabeça para os criadores alentejanos que vêem os montes em sequestro enquanto aguardam decisão sobre o destino a dar aos seus animais.
Se é verdade que a doença de língua azul pode trazer grandes prejuízos à economia rural, ficam por apurar os prejuízos que a doença da língua laranja trará para a democracia urbana.
Para já não sou tão pessimista como muitos que vou lendo pelos Blogs. O PSD não me parece extinto, nem acabado. Sabe-se que a memória é curta em política e que, se a língua de palmo se dobrar depois dos resultados eleitorais, em breve ninguém falará desta campanha.
Falta o Congresso, é certo, e aí poderão surgir novas linguagens coloridas, mas como ainda não é a escolha do Primeiro-Ministro que está em causa, serão igualmente objecto de rápido esquecimento.
O deserto continuará até que se avizinhe o oásis.
Oxalá o inesperado não aconteça, como já aconteceu, e não se veja o poder a cair no colo de um destes contentores.
Seria mau demais.
LNT
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
[0.087/2007]
Happy Birthday, Google!
Todos usamos ferramentas de pesquisa na Net.
De pouco serviria toda a informação disponível se não tivéssemos forma de a inquirir selectivamente.
Ao longo dos últimos anos os motores de busca procuraram mercado mas todos eles foram ultrapassados pela adesão global à qualidade e às múltiplas funcionalidades com que o Google nos tem brindado.
Ficam nove anos de agradecimento pela facilidade que a equipa Google nos proporcionado.
LNT
Happy Birthday, Google!
Todos usamos ferramentas de pesquisa na Net.
De pouco serviria toda a informação disponível se não tivéssemos forma de a inquirir selectivamente.
Ao longo dos últimos anos os motores de busca procuraram mercado mas todos eles foram ultrapassados pela adesão global à qualidade e às múltiplas funcionalidades com que o Google nos tem brindado.
Ficam nove anos de agradecimento pela facilidade que a equipa Google nos proporcionado.
LNT
[0.086/2007]
Magalhães Mota
Houve um tempo em que a política se fez com políticos.
Não foi há muito, mas parece.
Mesmo aqueles com quem se não estava, respeitavam-se, porque eram respeitáveis, convictos e decentes.
Enumerá-los seria difícil que eram muitos em todos os Partidos.
Magalhães Mota foi um deles. Quando fundou o PPD e depois.
LNT
Magalhães Mota
Houve um tempo em que a política se fez com políticos.
Não foi há muito, mas parece.
Mesmo aqueles com quem se não estava, respeitavam-se, porque eram respeitáveis, convictos e decentes.
Enumerá-los seria difícil que eram muitos em todos os Partidos.
Magalhães Mota foi um deles. Quando fundou o PPD e depois.
LNT
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
[0.085/2007]
A mostarda e o nariz
E assim se ganha mais um boneco na parede desta loja.
Ainda por cima com sacrifício pessoal.
Grande Sr. Pedro, é assim mesmo, embora a sua douta e importante opinião tenha ficado por ouvir, o que seria fundamental para o seu PPD/PSD.
Mas, se os ensinamentos de V.Exª não ficaram para a História da política partidária, ficarão para a História do jornalismo televisionado.
Um mestre.
Qual Mourinho, qual quê!
Emocionado,
O Barbeiro
LNT
Apelo: Oh gentes do PPD/PSD. Não podereis repensar a estratégia e reeleger PSL?
A mostarda e o nariz
E assim se ganha mais um boneco na parede desta loja.
Ainda por cima com sacrifício pessoal.
Grande Sr. Pedro, é assim mesmo, embora a sua douta e importante opinião tenha ficado por ouvir, o que seria fundamental para o seu PPD/PSD.
Mas, se os ensinamentos de V.Exª não ficaram para a História da política partidária, ficarão para a História do jornalismo televisionado.
Um mestre.
Qual Mourinho, qual quê!
Emocionado,
O Barbeiro
LNT
Apelo: Oh gentes do PPD/PSD. Não podereis repensar a estratégia e reeleger PSL?
[0.083/2007]
Insisto
A questão das quotas é irrelevante.
É absolutamente irrelevante quem as paga (se isso for uma obrigatoriedade estatutária) assim como é irrelevante o momento em que são pagas desde que se apresente prova no momento de votar.
A questão está nos cadernos eleitorais onde só devem constar os que têm poder eleitoral. Aplica-se esta regra tanto aos partidos como aos países. A diferença reside em que, nos países as normas regem-se pela Lei e nos Partidos regem-se pelos Estatutos e pelos Regimentos Eleitorais (caso existam).
Quanto à eleição directa do dirigente de topo recuso aceitar que se trata de um processo prejudicial. Antes pelo contrário, deve ser um processo de afirmação e de razão.
E nem sequer é só aparentemente bom, porque o direito universal de escolha dos representantes é bom para além das aparências.
A questão no caso presente do PSD reside no facto de ser uma escolha de mal menor, sabendo-se que os candidatos são péssimos. A culpa é de todos os outros que não indicaram alternativas sérias.
Ninguém no PSD está livre de culpas. Seja por apoio ou por omissão todos são responsáveis e não é pelo facto de (agora) já se ouvirem vozes críticas que as culpas são atenuadas.
Só integra os partidos quem quer, mas a partir do momento em que se quer, passa-se a ter responsabilidades que não admitem desculpas.
O PSD é um Partido fulcral da democracia portuguesa. Aquilo a que assistimos é uma deriva grave para o regime que não pode deixar ninguém indiferente.
LNT
Insisto
A questão das quotas é irrelevante.
É absolutamente irrelevante quem as paga (se isso for uma obrigatoriedade estatutária) assim como é irrelevante o momento em que são pagas desde que se apresente prova no momento de votar.
A questão está nos cadernos eleitorais onde só devem constar os que têm poder eleitoral. Aplica-se esta regra tanto aos partidos como aos países. A diferença reside em que, nos países as normas regem-se pela Lei e nos Partidos regem-se pelos Estatutos e pelos Regimentos Eleitorais (caso existam).
Quanto à eleição directa do dirigente de topo recuso aceitar que se trata de um processo prejudicial. Antes pelo contrário, deve ser um processo de afirmação e de razão.
E nem sequer é só aparentemente bom, porque o direito universal de escolha dos representantes é bom para além das aparências.
A questão no caso presente do PSD reside no facto de ser uma escolha de mal menor, sabendo-se que os candidatos são péssimos. A culpa é de todos os outros que não indicaram alternativas sérias.
Ninguém no PSD está livre de culpas. Seja por apoio ou por omissão todos são responsáveis e não é pelo facto de (agora) já se ouvirem vozes críticas que as culpas são atenuadas.
Só integra os partidos quem quer, mas a partir do momento em que se quer, passa-se a ter responsabilidades que não admitem desculpas.
O PSD é um Partido fulcral da democracia portuguesa. Aquilo a que assistimos é uma deriva grave para o regime que não pode deixar ninguém indiferente.
LNT
[0.082/2007]
Gigantismos
Não tem estatura política ... comporta-se como um pequeno ditador.
(Extracto do discurso de 2007/09/25 proferido por Luís Filipe Menezes referindo-se a Luís Marques Mendes)
Supondo que este homem poderia vir a ser Primeiro-Ministro e já se sabendo que caracteriza os portugueses de Lisboa como "sulistas" e "elitistas", o que seria capaz de insinuar nos seus discursos quando se referisse aos imigrantes ou aos nacionais para referir questões de género, etnia ou religião?
LNT
Gigantismos
Não tem estatura política ... comporta-se como um pequeno ditador.
(Extracto do discurso de 2007/09/25 proferido por Luís Filipe Menezes referindo-se a Luís Marques Mendes)
Supondo que este homem poderia vir a ser Primeiro-Ministro e já se sabendo que caracteriza os portugueses de Lisboa como "sulistas" e "elitistas", o que seria capaz de insinuar nos seus discursos quando se referisse aos imigrantes ou aos nacionais para referir questões de género, etnia ou religião?
LNT
terça-feira, 25 de setembro de 2007
[0.081/2007]
Coisas do mafarrico
O que fará com que Bush queira discutir o ambiente à margem da discussão mundial?
Sabe-se que, pelo menos parece pelos filmes que retratam Deus, que Ele é americano, ou pelo menos fala inglês técnico dos Estados Unidos.
Sabe-se, Bush já o deu a entender, que entre ele e Deus há um canal de comunicação privilegiado, uma espécie de telefone vermelho por onde flúi inspiração e faz com que JWB esteja convencido de que o aquecimento global nunca chegará a território Ianque.
Cada vez parece mais que as linhas estão trocadas e que, do lado do além, o telefone foi grampeado.
LNT
Diz-lhe José, diz-lhe que o Midwest também está em perigo. Pode ser que de ti, que és das new frontiers, ele ouça.
Coisas do mafarrico
O que fará com que Bush queira discutir o ambiente à margem da discussão mundial?
Sabe-se que, pelo menos parece pelos filmes que retratam Deus, que Ele é americano, ou pelo menos fala inglês técnico dos Estados Unidos.
Sabe-se, Bush já o deu a entender, que entre ele e Deus há um canal de comunicação privilegiado, uma espécie de telefone vermelho por onde flúi inspiração e faz com que JWB esteja convencido de que o aquecimento global nunca chegará a território Ianque.
Cada vez parece mais que as linhas estão trocadas e que, do lado do além, o telefone foi grampeado.
LNT
Diz-lhe José, diz-lhe que o Midwest também está em perigo. Pode ser que de ti, que és das new frontiers, ele ouça.
[0.080/2007]
Rego, my name is Paula Rego
Os portugueses orgulham-se, sempre, com as vitórias lá fora.
Pudera, porque as de dentro são sempre derrotas, ou os odiosinhos e as mesquinhices não fizessem do dia-a-dia a grife da Nação.
Pois então orgulhem-se, esqueçam Scolari e Mourinho e vão a Madrid, até ao Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, ver que artes são as artes deste País no exílio.
Passeiam, arejam, iberizam-se, aculturam-se e ainda ficam a entender que os museus são coisa de gente viva onde o rasgo de inteligência faz mais, muito mais, do que o rasgar pela subserviência.
LNT
Rego, my name is Paula Rego
Os portugueses orgulham-se, sempre, com as vitórias lá fora.
Pudera, porque as de dentro são sempre derrotas, ou os odiosinhos e as mesquinhices não fizessem do dia-a-dia a grife da Nação.
Pois então orgulhem-se, esqueçam Scolari e Mourinho e vão a Madrid, até ao Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, ver que artes são as artes deste País no exílio.
Passeiam, arejam, iberizam-se, aculturam-se e ainda ficam a entender que os museus são coisa de gente viva onde o rasgo de inteligência faz mais, muito mais, do que o rasgar pela subserviência.
LNT
[0.079/2007]
Implosões
Manuel Maria Carrilho escreve sobre a implosão e, sabendo-se aqui o jeito que ele tem para fazer implodir, nada estranha.
Carrilho é inteligente, é uma raposa, mas tem o problema de andar sempre às uvas verdes. Por isso MMC é gostável ou desgostável conforme o grau de maturação e as grainhas, coisa que é interessante, mas pouco mais.
Gosto de Carrilho, confesso. Já o disse anteriormente e reafirmo que teria sido certamente um bom Presidente da Câmara de Lisboa, pelo menos bem melhor que Carmona.
Mas Carrilho é daqueles que em eleições perde sempre. Talvez por ser incompreendido, ou fora de tempo, talvez por ser desarrumado, por misturar o mosto com o vinho, o que se sabe, deita toda a colheita a perder.
LNT
Implosões
Manuel Maria Carrilho escreve sobre a implosão e, sabendo-se aqui o jeito que ele tem para fazer implodir, nada estranha.
Carrilho é inteligente, é uma raposa, mas tem o problema de andar sempre às uvas verdes. Por isso MMC é gostável ou desgostável conforme o grau de maturação e as grainhas, coisa que é interessante, mas pouco mais.
Gosto de Carrilho, confesso. Já o disse anteriormente e reafirmo que teria sido certamente um bom Presidente da Câmara de Lisboa, pelo menos bem melhor que Carmona.
Mas Carrilho é daqueles que em eleições perde sempre. Talvez por ser incompreendido, ou fora de tempo, talvez por ser desarrumado, por misturar o mosto com o vinho, o que se sabe, deita toda a colheita a perder.
LNT
[0.078/2007]
Explosões
Pedro Santana Lopes escreve e fala sobre a explosão e, sabendo-se aqui o jeito que ele tem para fazer explodir, nada estranha.
Lopes é inteligente, é uma raposa, mas tem o problema de andar sempre às uvas passas. Por isso PSL é amado ou odiado conforme o grau de imaturação e as grainhas, coisa que é interessante, mas pouco mais.
Gosto de Santana, confesso. Já o disse anteriormente e reafirmo que teria sido certamente (e foi) um mau Presidente da Câmara de Lisboa, pelo menos tão mau como Carmona.
Mas Santana é daqueles que em eleições nem sempre perde. Talvez por ser mal entendido, talvez por ser desarrumado, por misturar o mosto com o vinho, o que se sabe, deita toda a colheita a perder.
LNT
Explosões
Pedro Santana Lopes escreve e fala sobre a explosão e, sabendo-se aqui o jeito que ele tem para fazer explodir, nada estranha.
Lopes é inteligente, é uma raposa, mas tem o problema de andar sempre às uvas passas. Por isso PSL é amado ou odiado conforme o grau de imaturação e as grainhas, coisa que é interessante, mas pouco mais.
Gosto de Santana, confesso. Já o disse anteriormente e reafirmo que teria sido certamente (e foi) um mau Presidente da Câmara de Lisboa, pelo menos tão mau como Carmona.
Mas Santana é daqueles que em eleições nem sempre perde. Talvez por ser mal entendido, talvez por ser desarrumado, por misturar o mosto com o vinho, o que se sabe, deita toda a colheita a perder.
LNT
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
[0.077/2007]
Novos Caminhos
Saúda-se o novo Blog de Carlos Manuel Castro (CMC) – Palavra Aberta.
Estão reunidas as condições para selagem do Blog conjunto Tugir em português onde, durante praticamente quatro anos, tanto o CMC como eu próprio, marcámos presença na Blogos.
A todos os que aí nos acompanharam, o sincero agradecimento.
Ao Carlos Castro deixo votos de melhor sucesso no Palavra Aberta.
LNT
Novos Caminhos
Saúda-se o novo Blog de Carlos Manuel Castro (CMC) – Palavra Aberta.
Estão reunidas as condições para selagem do Blog conjunto Tugir em português onde, durante praticamente quatro anos, tanto o CMC como eu próprio, marcámos presença na Blogos.
A todos os que aí nos acompanharam, o sincero agradecimento.
Ao Carlos Castro deixo votos de melhor sucesso no Palavra Aberta.
LNT
[0.076/2007]
As quotas dos cotas
Já não é a primeira vez que os esquemas das quotas no PSD dão conversa fiada. Já ouvi isto com Manuela Ferreira Leite e agora a desconfiança subiu de tom.
Não sei como se processa a coisa no PSD mas no PS esta questão está resolvida há muito.
Os estatutos determinam um tempo máximo na irregularidade de quotas para a manutenção da condição de militante. Os militantes (com um tempo mínimo de inscritos) constam nos cadernos eleitorais e podem votar desde que tenham as quotas em dia, o que comprovarão por um selo no cartão de militante (emitido pela contabilidade central) ou através do recibo Multibanco, o que proporciona poderem pagar as quotas imediatamente antes de votar.
Não parece muito complicado, pois não?
Quanto à questão de quem paga parece ser absolutamente irrelevante desde que elas estejam pagas, ou haverá alguma discriminação contra os que não têm dinheiro para o fazer?
No caso dos Açores onde, segundo se ouve, ninguém paga quotas no PSD, o departamento central resolveria a questão através da cedência gratuita dos selos.
Porque será que no PSD não se simplificam as coisas?
Evitavam todo este espectáculo e possivelmente passariam a ter mais tempo disponível para debater assuntos de interesse para o Partido e para os cidadãos em geral que preocupados sabem que, mais dia, menos dia, terão de os aguentar outra vez no poder.
LNT
As quotas dos cotas
Já não é a primeira vez que os esquemas das quotas no PSD dão conversa fiada. Já ouvi isto com Manuela Ferreira Leite e agora a desconfiança subiu de tom.
Não sei como se processa a coisa no PSD mas no PS esta questão está resolvida há muito.
Os estatutos determinam um tempo máximo na irregularidade de quotas para a manutenção da condição de militante. Os militantes (com um tempo mínimo de inscritos) constam nos cadernos eleitorais e podem votar desde que tenham as quotas em dia, o que comprovarão por um selo no cartão de militante (emitido pela contabilidade central) ou através do recibo Multibanco, o que proporciona poderem pagar as quotas imediatamente antes de votar.
Não parece muito complicado, pois não?
Quanto à questão de quem paga parece ser absolutamente irrelevante desde que elas estejam pagas, ou haverá alguma discriminação contra os que não têm dinheiro para o fazer?
No caso dos Açores onde, segundo se ouve, ninguém paga quotas no PSD, o departamento central resolveria a questão através da cedência gratuita dos selos.
Porque será que no PSD não se simplificam as coisas?
Evitavam todo este espectáculo e possivelmente passariam a ter mais tempo disponível para debater assuntos de interesse para o Partido e para os cidadãos em geral que preocupados sabem que, mais dia, menos dia, terão de os aguentar outra vez no poder.
LNT
[0.075/2007]
Na cadeira com afecto [ VI ]
e com António de Almeida
Bem-vindo, Sr. Almeida, bons olhos o vejam.
O seu gosto pelos Pink Floyd, Björk e Radiohead revela que vossa senhoria, ainda para mais sendo liberal, é adepto de penteados tipo lado escuro da Lua.
Talvez seja de humedecer um pouco o cabelo para que a lâmina não entre fundo e vamos ao que interessa, que hoje é dia de corte à francesa.
O resmungo da hipocrisia e das tretas de Brown sobre os Direitos Humanos é mais uma das facetas da fleuma britânica para inglês ver. Os Ingleses têm sempre políticas estranhas quando se trata de Direitos Humanos, basta ver a sua história da colonização e as relações que mantém com grandes defensores "desses direitos" como é o caso das conferências nas tendas do Califa Kadafi ou o exílio do Senhor General Pinochet.
Claro que quando se trata dos interesses dos súbditos de Sua Magestade gostam de se mostrar como o expoente máximo dos Direitos Humanos, o que é um seu direito e, inclusive, uma lição para aqueles que trocam os interesses dos seus governados por tuta-e-meia de conveniências, ou por um empregozito de relevo na cena mundial.
Mas adelante, Sr. António.
Diga-me lá o que acha desta salganhada que se prepara para Dezembro.
AA: Nem sequer temos moral para criticar os ingleses nesta matéria, deixemo-nos de hipocrisias e vamos por partes, Mugabe atentou contra a propriedade de cidadãos britânicos e não garantiu a sua segurança no conturbado processo da reforma agrária, o governo britânico isola Mugabe como pode, Portugal já fez o mesmo à Indonésia na questão de Timor-Leste, quando e bem a meu ver, recusávamos qualquer tratado internacional Europa/Ásia onde constasse assinatura Indonésia, mesmo que nada tivesse a ver com o caso.
Mas aqui estamos perante uma cimeira internacional europeia que vai muito para além dos interesses ingleses. Sabemos que os ingleses não se importam de manter a maior cordialidade com a China ou até com o Paquistão e no entanto os direitos desses povos estão longe de um patamar mínimo de decência. Não lhe parece que lhes bastava evocar os interesses dos seus súbditos e deixar de lado a máxima dos Direitos Humanos?
AA: Em questões de princípio não há cedências, os ataques de Mugabe aos cidadãos britânicos expropriando-os das suas terras, e não evitando que muitos deles fossem atacados por bandos foram uma clara violação dos direitos humanos, e uma humilhação a pessoas desnecessária.
Sobre essa questão estamos de acordo, meu caro. Os lideres ingleses devem defender os interesses dos seus cidadãos. Estranho seria que Brown tivesse posição diversa depois daquilo que Mugabe tem feito no Zimbabué contra ingleses e antigos colonos (alguns já com nacionalidade). Mas insisto que escusava a hipocrisia.
Deve ser nessa escola que se apanha o sentido para a frase do Sr. Ministro Amado quando fala de "razões óbvias".
AA: O governo português na expectativa de marcar esta presidência da U.E. colocou a fasquia demasiado alta, quis realizar esta cimeira a qualquer preço, esqueceu-se do problema Robert Mugabe, procurou um dia europeu contra a pena de morte, considerações à parte, esqueceu-se da Polónia, quer aprovar a toda a velocidade um tratado europeu, mas não será fácil, a arrogância dos nossos ministros que por cá querem, podem, e realmente mandam, tal o desnorte nas fileiras da oposição, na U.E. não pega, por razões óbvias como diria Luis Amado, seja lá o que quer dizer...
É uma questão de estilo, cliente amigo. Aquilo da Estratégia de Lisboa foi marca do meu estimado Engenheiro Guterres e o nosso actual Primeiro não é de ficar atrás de ninguém.
Gostaria de deixar para a História grandes feitos, pelas tais "razões óbvias", se bem me entende.
(diálogo ficcionado a partir de um comentário de António Almeida - Direito de Opinião)
LNT
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