[0.272/2007]
Os ovos da pequena de Salazar

Como diz Medeiros Ferreira, livro que tenha a imagem de Salazar na capa, vende.

É atávico, bolorento e cheira a formol, mas Portugal é isso mesmo, dos pequenitos, inhos.

Qualquer Encoberto, mesmo que malino, desde que déspota, é sempre aguardado para meter a pátria na ordem.
LNT
Rastos:
- Bicho Carpinteiro
- Portugal dos Pequeninos

[0.271/2007]
Já fui feliz aqui [ XLVI ]

Casal São José – Lisboa - Portugal
LNT

[0.270/2007]
Os Sheiks (no comments)

LNT
Rastos:
- RTP - Sheiks contam a sua história em Lisboa

[0.269/2007]
Pátio das Cantigas

Um prazo de concessão por setenta e cinco anos é aceitável. Para aí umas três gerações, coisa de nada.

O problema é se entretanto a média geométrica de crescimento (desculpem, isto era de outro discurso), dizia, se entretanto as rodovias deixarem de ser um meio viável.

Mas isso são coisas do futuro que, como se sabe, a Deus pertence.

Como dizeria Vasco Santana a António Silva:
Ó Lino tens cá ... uma lábia!
LNT

[0.268/2007]
Torneiras

Há quatro anos que somos vizinhos de boa vizinhança.

Há quatro anos que ler o André Azevedo Alves e outros liberais é ter a oportunidade de melhor perceber o contraditório inteligente e civilizado.

Para ocasiões especiais, efeitos especiais e por isso, nesta barbearia dos milagres, recrutámos Hayek em pessoa para demonstrar como se abre a torneira liberal no mundo globalizado.

Salma aderiu embora desconfiada, tal como se pode ver na imagem onde olha para trás, não vá o diabo do liberalismo tecê-las.
LNT

A gafe: Acabo de reparar que, levado na onda do Blog colectivo, troquei os pés pelas mãos e o aniversário em comemoração é do Insurgente André Abrantes Amaral de o Observador. Nada de grave, parece, porque o conteúdo do texto aplica-se-lhe na íntegra e o abraço também, embora com um pouco mais de cerimónia.

Rastos:
- o Insurgente
- Causa Liberal
- o Observador

[0.267/2007]
Já fui feliz aqui [ XLV ]

Matraquilhos – por aí - Portugal
LNT

[0.266/2007]
A próstata da deputação

A Assembleia da República está a ser alvo de uma acção de sensibilização para o rastreio do cancro da próstata. É uma acção inteligente de alerta da população para o diagnóstico que todos os portugueses masculinos, a partir de determinada idade, deverão fazer.

A Assembleia da República respondeu com a adesão de muitos funcionários e, pasme-se, com a abstenção da grande maioria dos deputados. Fala-se de que este acto, sendo do foro privado, poderá ter inibido os parlamentares, como se os resultados obtidos não tivessem subjacente a confidencialidade.

Perde-se o impacto de promoção do diagnóstico que poderia contribuir para o alerta de um acto importante de saúde pública, uma vez que a detecção precoce deste tipo de cancro é fundamental para evitar males maiores.

Teria sido um valor acrescido que os representantes do povo deixaram escapar por nunca lhes chegar o entendimento de que o seu exemplo, como figuras públicas e aproveitando a presença da comunicação social, vale mais do que muitas e muitas horas de prelecções proferidas da tribuna.
LNT

[0.265/2007]
Já fui feliz aqui [ XLIV ]

Lisboa/Recife - Portugal - Brasil
LNT

[0.264/2007]
¿Por qué no te callas?
The best of

Ou como diz o Rui Perdigão:
De facto há pessoas, com uma fisionomia tão marcada, que mesmo coroadas continuam a não enganar ninguém.










LNT
Rastos:
- Vida das Coisas

[0.263/2007]
Sie werden ein Friseur

O sonho de infância do mestre Barbeiro era ser Padre.

Infelizmente não o concretizou, pois hoje poderia ser Papa o que, entre outras coisas, teria a vantagem de não termos Ratzinger como sucessor de Pedro.

Adelante.

Vem isto a propósito da Ad Limina com os Bispos portugueses, que é uma espécie de brainstorming mas no qual só o chefe do Vaticano prelecta, onde foi dado a entender que a Catequese em Portugal tem de ser mais eficaz e que urge demarcar as fronteiras de competência entre calças e sotainas. Relembrou-se também que o ritmo gregoriano é o do Concílio Vaticano II e é por ele que se devem compassar as vozes.

Releio mil vezes o recado papal mas não consigo nele mais ver do que o desagrado com a boa tradição portuguesa do desenrasca, até mesmo nos assuntos divinos, sem perspectivar algo de muito grave, a não ser que os factos Fátima (revisão dos processos de canonização pastorícios, baixa de fasquia nos movimentos marianos, a visita de Bento XVI para as calendas) sejam subentendidos não expressos.

Alivio porque, sendo a função de barbeiro mais da carne do que do espírito, sei que, pelas benzeduras do nosso Primeiro em cada inauguração de escola, os cuidados da Concordata estão assegurados .
LNT

[0.262/2007]
À colherada, habituem-se!


À medida que o final da Presidência da Europa se aproxima, a trégua camuflada de estudos para decidir onde será construído o aeroporto da Ota começa a dar sinais de nervosismo.

Os promotores da margem sul já estrebucham, os da margem norte continuam calmos como se não fosse com eles e os militares que dizem nada ter a opor a que lhes ocupem os terrenos de caça e bombardeio assobiam naquele assobiar de faz-de-conta que quem já vestiu farda conhece.

É bom que se comece já com a colherada do óleo de fígado de bacalhau, essa mezinha antiga que, diz-se, reduz algumas das enzimas causadoras de dores nas articulações.
LNT

[0.261/2007]
Já fui feliz aqui [ XLIII ]

Praia do Eurotel - Altura - Portugal
LNT

[0.260/2007]
Piano Concerto No. 20 in D minor, KV 466.

Andava a vaguear no pecado mortal da preguiça, que as segundas-feiras são-me fatais, e perdi-me no Romance e Rondo: Allegro Assai que Maria João Pires e a Berliner Philharmonikere, sob a direcção de Pierre Boulez executaram, em 2003, na Capela do Mosteiro dos Jerónimos.

São dezasseis minutos e trinta e três segundos de boa companhia, que se aconselha a deixar descarregar primeiro, para evitar interrupções.

No fim, depois das palmas, fica o amargo de nós, nação quase milenar, por insistirmos em tratar sempre tão mal os nossos melhores.

O que será feito de Maria João?
LNT
Rastos:
- Belgais
- Berliner Philharmonikere

[0.259/2007]
Cortes (de cortar) e cortes (reais)





Coisas minhas, de barbeiro incoerente, estas de ser republicano e no entanto considerar que um Rei constitucional tem tanto valor e é tão legal como um Presidente da República.

Aquele legal do primeiro parágrafo quer dizer que não é imposto mas deriva de uma Constituição aprovada num regime democrático, onde quem aprova a Constituição é eleito pelos cidadãos.


Ainda mais incoerente é este barbeiro quando considera serem Juan Carlos de Espanha, Sonja da Noruega e Beatrix da Holanda, entre outro(a)s Chefes de Estado de monarquias constitucionais, com Constituições aprovadas por democracias, tão Chefes de Estado como qualquer Presidente da República eleito, porque são igualmente detentores do poder por efeito do sufrágio universal e secreto, embora indirecto.

O que o barbeiro põe em causa é que Presidentes da República eleitos em democracia possam, depois de eleitos, fazer tábua-rasa das constituições que os elegeram, promoverem golpes de estado constitucionais e transformem-se em monarcas iluminados pelo poder divino de Bolívares, Castros e quejandos.

LNT

Caro João (viva o Benfica), esta coisa dos Blogs é um livro hiper-aberto de quem se lê.
Só seria indigno da minha parte se te não tivesse metido neste barulho, assim como agora também chamo à liça o Rui Perdigão.
Fazê-lo não diminui em nada toda a estima que sabes por ti ter, nem aquela outra que nutro pelo pintor bloguista.
E não é encanto, meu caro João, é simpatia, porque as estórias de encantar, embora doces, já não me convencem.
Rastos:
- Água Lisa (6)
- Vida das Coisas

[0.258/2007]
Já fui feliz aqui [ XLII ]

Outeiro da Saúde - Setúbal - Portugal
LNT