Reciclagens
Nesta barbearia acredita-se que os governos têm políticas e que os ministros administram essas políticas.
Salvo por exigência dos titulares, como parece ser o caso tomando por verdadeiro o conteúdo do despacho de exoneração, custa-me aceitar que os ministros sejam recicláveis, principalmente quando os Primeiros-Ministros lhes demonstraram confiança no dia anterior.
Os ministros que administram as políticas que lhes são definidas pelos governos podem ser mais ou menos irritantes. Questões de feitio que têm pouco de relevante para o desempenho da administração a que estão obrigados. Também podem ser arrogantes, simpáticos ou tolerantes, tanto faz.
A substituição de um ministro cumpridor por outro e a manutenção da mesma política, pode ser um passo de mágica, mas é irrelevante. Perde-se coerência, mais nada.
Posto de outra maneira:
Por aqui acredita-se que os tempos da reforma do SNS precisam de ser repensados. Antes de acabar com o que não interessa, interessa que esteja em funcionamento aquilo que o vai substituir. Se se insistir em extinguir em troca de nada, mesmo que em vez de um gestor hospitalar se tenha uma pediatra, a mezinha não curará os males que estão feitos.
LNT
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