[0.903/2008]
Já fui feliz aqui [ CCCLXI ]
São Julião / Assafora - Sintra – Portugal
LNT
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
domingo, 16 de novembro de 2008
[0.902/2008]
D’ accord
Aqui, nesta casa, Sarkosy nunca pareceu um bom candidato e sempre se pensou, e ainda se pensa, que Ségolène poderia fazer melhor.
Mas, tal como o faz Pedro Correia, tem de se dar destaque à actividade internacional que a presidência francesa da União tem conseguido, deixando os louros para quem os merece, enquanto continuamos a observar as águas turvas Bush/Barrosinhas onde o nosso Cherne navega desde que ensaiou o salto das Lajes.
A ofensiva diplomática francesa faz lembrar tempos em que a França marcava pontos decisivos na estratégia mundial. Oxalá com Obama se confirme que a parceria com a Europa é coisa de parceiros e não de submissão dos interesses europeus aos ditames de Washington conforme foi ensaiado, com os resultados que se conhecem, pelo dueto Bush/Blair e o aplauso de milhões, hoje arrependidos.
LNT
D’ accord
Aqui, nesta casa, Sarkosy nunca pareceu um bom candidato e sempre se pensou, e ainda se pensa, que Ségolène poderia fazer melhor.
Mas, tal como o faz Pedro Correia, tem de se dar destaque à actividade internacional que a presidência francesa da União tem conseguido, deixando os louros para quem os merece, enquanto continuamos a observar as águas turvas Bush/Barrosinhas onde o nosso Cherne navega desde que ensaiou o salto das Lajes.
A ofensiva diplomática francesa faz lembrar tempos em que a França marcava pontos decisivos na estratégia mundial. Oxalá com Obama se confirme que a parceria com a Europa é coisa de parceiros e não de submissão dos interesses europeus aos ditames de Washington conforme foi ensaiado, com os resultados que se conhecem, pelo dueto Bush/Blair e o aplauso de milhões, hoje arrependidos.
LNT
Rastos:
-> Corta-fitas ≡ Pedro Correia
[0.901/2008]
Pimentos húngaros/paprikas - CEERDL
A Maloud diz que os pimentos húngaros referidos no Post 896/2008 a deixam perplexa, julgo que devido a não os conseguir identificar.
Já outras vezes citei estes pimentos, que são a base das famosas paprikas e aconselho a releitura do Post 637/2008, até para não esquecer o que existe por trás da comercialização deste produto em Portugal.
O Fernando Contreras fez o favor de me enviar uma reportagem recente que a RTP realizou sobre o assunto mas, devido a ser um ficheiro demasiadamente pesado (seis megas e tal), não tenho meios para o publicar neste Blog.
Os tais pimentos húngaros produzidos pelo CEERDL – Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor são, para além de um exemplo de inteligência para sustentabilidade de instituições do género, um produto de muito boa qualidade com características especiais no paladar e na melhor facilidade de digestão. Neste momento podem adquirir-se em diversos supermercados do El Corte Inglês. (O Peter Balikó diz-me que, em breve, serão igualmente comercializados no Lidl)
LNT
Pimentos húngaros/paprikas - CEERDL
A Maloud diz que os pimentos húngaros referidos no Post 896/2008 a deixam perplexa, julgo que devido a não os conseguir identificar.
Já outras vezes citei estes pimentos, que são a base das famosas paprikas e aconselho a releitura do Post 637/2008, até para não esquecer o que existe por trás da comercialização deste produto em Portugal.
O Fernando Contreras fez o favor de me enviar uma reportagem recente que a RTP realizou sobre o assunto mas, devido a ser um ficheiro demasiadamente pesado (seis megas e tal), não tenho meios para o publicar neste Blog.
Os tais pimentos húngaros produzidos pelo CEERDL – Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor são, para além de um exemplo de inteligência para sustentabilidade de instituições do género, um produto de muito boa qualidade com características especiais no paladar e na melhor facilidade de digestão. Neste momento podem adquirir-se em diversos supermercados do El Corte Inglês. (O Peter Balikó diz-me que, em breve, serão igualmente comercializados no Lidl)
LNT
Rastos:
-> CEERDL ≡ Pimentos húngaros (paprikas)
sábado, 15 de novembro de 2008
[0.899/2008]
Colaborador da Semana [ LIV ]
Mar Mella Leit tem obrigatoriamente de ser a nossa colaboradora da semana.
Porque é destemida, porque é vigorosa, porque lhe sai pelos poros o suor perfumado do azul, cor frenética decorrente da liga em que se fundem as boas-moedas para as bandas belenenses e fazem retornar sonhos de juventude com a Comunicação Social a não publicar o que entende mas sim o que ela deseja.
Mar Mella recorda tempos em que varria para baixo da carpete as receitas por cobrar enquanto se vangloriava nos noticiários por ter enganado a União que anestesiava com massagens tântricas e emulsões afrodisíacas de cherne, açaimadas as estações estatais e apadrinhadas as balsemâmicas.
Leit é uma colaboradora especial desta loja. Perita em esfoliações diversas que alternam entre o silêncio e a verborreia.
Como vinte e poucos por cento dos nossos clientes gostam de sentir o que ela lhes faz, é a nossa colaboradora da semana.
LNT
Colaborador da Semana [ LIV ]
Mar Mella Leit tem obrigatoriamente de ser a nossa colaboradora da semana.
Porque é destemida, porque é vigorosa, porque lhe sai pelos poros o suor perfumado do azul, cor frenética decorrente da liga em que se fundem as boas-moedas para as bandas belenenses e fazem retornar sonhos de juventude com a Comunicação Social a não publicar o que entende mas sim o que ela deseja.
Mar Mella recorda tempos em que varria para baixo da carpete as receitas por cobrar enquanto se vangloriava nos noticiários por ter enganado a União que anestesiava com massagens tântricas e emulsões afrodisíacas de cherne, açaimadas as estações estatais e apadrinhadas as balsemâmicas.
Leit é uma colaboradora especial desta loja. Perita em esfoliações diversas que alternam entre o silêncio e a verborreia.
Como vinte e poucos por cento dos nossos clientes gostam de sentir o que ela lhes faz, é a nossa colaboradora da semana.
LNT
[0.898/2008]
sem título
De repente chovem convites para meio milhão de livros que estão a saltar para as estantes antes do Natal. O barbeiro atafulhado nos afazeres da profissão fica sem mãos a medir com tanta vernissage e começa a não ter espaço para amontoar mais um a outro livro por ler, nem para percorrer as amabilidades da arte maior da pintura que se apresenta entre dois croquetes, um whisky rasca e umas porradas nas costas.
Eles estão aí. Hoje, uma mostra de pintura do primo Telles da Gama em Sines, o meu amigo poeta Carlos Mota Soares, dia 20, na FNAC do Chiado, a camarada Ana Gomes, no El Corte Inglês e as colaboradoras desta loja sempre tan exigentes no ciúme da dispersão, raz-as-parta.
Nunca mais chega a reforma, agora atrasada pela benesse que o nosso Primeiro acrescentou com mais cinco anos de cortes, o que quase impede a cultura de entrar e as coisas da vida por saborear antes que seja tarde porque consta que no Paraíso, que sei ser meu destino, não se lê nem se olha pintura só restando tempo para o embasbaque centrado na figura d’Ele.
Um dia morre-se e fica tanto pecado por fazer.
LNT
sem título
De repente chovem convites para meio milhão de livros que estão a saltar para as estantes antes do Natal. O barbeiro atafulhado nos afazeres da profissão fica sem mãos a medir com tanta vernissage e começa a não ter espaço para amontoar mais um a outro livro por ler, nem para percorrer as amabilidades da arte maior da pintura que se apresenta entre dois croquetes, um whisky rasca e umas porradas nas costas.
Eles estão aí. Hoje, uma mostra de pintura do primo Telles da Gama em Sines, o meu amigo poeta Carlos Mota Soares, dia 20, na FNAC do Chiado, a camarada Ana Gomes, no El Corte Inglês e as colaboradoras desta loja sempre tan exigentes no ciúme da dispersão, raz-as-parta.
Nunca mais chega a reforma, agora atrasada pela benesse que o nosso Primeiro acrescentou com mais cinco anos de cortes, o que quase impede a cultura de entrar e as coisas da vida por saborear antes que seja tarde porque consta que no Paraíso, que sei ser meu destino, não se lê nem se olha pintura só restando tempo para o embasbaque centrado na figura d’Ele.
Um dia morre-se e fica tanto pecado por fazer.
LNT
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
[0.896/2008]
Sexta-feira, finalmente [ II ]
Sempre simplificando, o jantar groumet nestas noites de sexta-feira faz-se numa frigideira com azeite, alho e cebola picada a que se junta, para refogar nos pimentos húngaros laminados, uma mão cheia de tomilho-limão temperado com flor de sal e pimenta rosa.
Soltos os perfumes e aloirados os legumes adicionam-se os fígados e corações de aves e quando todo o preparado estiver maduro choram-se umas gotas de Madeira para ferver até evaporar. Está feito só aguardando que se lhe junte as natas grossas para logo de seguida retirar do lume.
Na tábua de queijos já está o requeijão de Seia, as fatias de presunto ibérico, as de salame, três ou quatro de paio, outras tantas de salmão fumado, os tomates mini-chucha abertos ao meio polvilhados com uma pitada de sal e meia dúzia de camarões cozidos.
Com a lareira em labareda mantém-se o Castelo d’Alba, rosé do Douro com 13,5%, retirado do frio.
Termina-se com o Nespresso Livanto e um quadrado de chocolate amargo para abandonar a mesa com um olho no cálice de Gaston de Lagrange e o outro na escritura do menu.
Boa noite e bom fim-de-semana
LNT
PS: Não esquecer o Keith Jarret - Autumn leaves na coluna da direita.
Sexta-feira, finalmente [ II ]
Sempre simplificando, o jantar groumet nestas noites de sexta-feira faz-se numa frigideira com azeite, alho e cebola picada a que se junta, para refogar nos pimentos húngaros laminados, uma mão cheia de tomilho-limão temperado com flor de sal e pimenta rosa.
Soltos os perfumes e aloirados os legumes adicionam-se os fígados e corações de aves e quando todo o preparado estiver maduro choram-se umas gotas de Madeira para ferver até evaporar. Está feito só aguardando que se lhe junte as natas grossas para logo de seguida retirar do lume.
Na tábua de queijos já está o requeijão de Seia, as fatias de presunto ibérico, as de salame, três ou quatro de paio, outras tantas de salmão fumado, os tomates mini-chucha abertos ao meio polvilhados com uma pitada de sal e meia dúzia de camarões cozidos.
Com a lareira em labareda mantém-se o Castelo d’Alba, rosé do Douro com 13,5%, retirado do frio.
Termina-se com o Nespresso Livanto e um quadrado de chocolate amargo para abandonar a mesa com um olho no cálice de Gaston de Lagrange e o outro na escritura do menu.
Boa noite e bom fim-de-semana
LNT
PS: Não esquecer o Keith Jarret - Autumn leaves na coluna da direita.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
[0.893/2008]
Massada de Cherne
Passados uns anos e ao contrário do que se gosta de afirmar, nenhum dos cavalheiros retratados ao lado foi demitido ou afastado do poder.
Os 2º e 3º a contar da esquerda cessaram os seus mandatos, não se tendo o segundo recandidatado por vontade própria e o terceiro por ter esgotado, no limite, o prazo de validade. O 1º converteu-se à Santa Madre Igreja, Católica Apostólica e Romana e abdicou do cargo que ocupava para remissão dos pecados. O 4º, que bem se empinou para ficar na foto, anda de chapéu na mão a pedir aos novos senhores que o apoiem e lhe dêem o lugar por mais algum tempo, pelo menos pelo tempo suficiente de poder voltar à Terra com possibilidade de ocupar um lugar ao Sol no Pátio dos Bichos. Argumenta que fala agora melhor francês do que antes, está a treinar uns trinados em italiano e já aprendeu dois acordes de guitarra, coisa de muito agrado no Palácio do Eliseu.
Prepara-se nova massada de Cherne ou, em alternativa, uma suculenta caldeirada onde não faltarão também as raias, os cações e as chaputas. Ou isso ou mais um caldo com pouca carne e muita escama e gordura para continuar a manter a obesidade europeia.
LNT
Massada de Cherne
Passados uns anos e ao contrário do que se gosta de afirmar, nenhum dos cavalheiros retratados ao lado foi demitido ou afastado do poder.
Os 2º e 3º a contar da esquerda cessaram os seus mandatos, não se tendo o segundo recandidatado por vontade própria e o terceiro por ter esgotado, no limite, o prazo de validade. O 1º converteu-se à Santa Madre Igreja, Católica Apostólica e Romana e abdicou do cargo que ocupava para remissão dos pecados. O 4º, que bem se empinou para ficar na foto, anda de chapéu na mão a pedir aos novos senhores que o apoiem e lhe dêem o lugar por mais algum tempo, pelo menos pelo tempo suficiente de poder voltar à Terra com possibilidade de ocupar um lugar ao Sol no Pátio dos Bichos. Argumenta que fala agora melhor francês do que antes, está a treinar uns trinados em italiano e já aprendeu dois acordes de guitarra, coisa de muito agrado no Palácio do Eliseu.
Prepara-se nova massada de Cherne ou, em alternativa, uma suculenta caldeirada onde não faltarão também as raias, os cações e as chaputas. Ou isso ou mais um caldo com pouca carne e muita escama e gordura para continuar a manter a obesidade europeia.
LNT
[0.892/2008]
Sente-se no ar
Há gente que por nunca olhar o todo perde a noção das coisas importantes. Esquecem-se de perceber os impactos que cada acção acrescenta e admiram-se quando verificam estarem a lidar com situações fora de controlo. A questão resulta quando se desvalorizam sistematicamente os interlocutores, se ofende quem pensa de forma diferente, se confunde a opinião política com o insulto pessoal e quando se julga os outros e as razões dos outros no pressuposto que esses outros agem por despeito ou por interesses escondidos.
Mesmo em democracia estas atitudes podem levar ao extremar de soluções de intolerância e anarquia. O excesso de exigência de obediência conduz ao excesso de desobediência, o abate sistemático das lideranças do contraditório provoca o surgimento de movimentos descontrolados e a permanente arrogância sustentada na ideia de que deter a maioria de votos é suficiente para conseguir estabilidade conduz à resistência.
Se a tudo isto se somar a exigência de avaliação dos mais fracos ao mesmo tempo que se desresponsabiliza o laxismo dos mais poderosos e se reforça a impunidade dos grandes criminosos fica criado o caldo bacteriológico do imbróglio.
LNT
Sente-se no ar
Há gente que por nunca olhar o todo perde a noção das coisas importantes. Esquecem-se de perceber os impactos que cada acção acrescenta e admiram-se quando verificam estarem a lidar com situações fora de controlo. A questão resulta quando se desvalorizam sistematicamente os interlocutores, se ofende quem pensa de forma diferente, se confunde a opinião política com o insulto pessoal e quando se julga os outros e as razões dos outros no pressuposto que esses outros agem por despeito ou por interesses escondidos.
Mesmo em democracia estas atitudes podem levar ao extremar de soluções de intolerância e anarquia. O excesso de exigência de obediência conduz ao excesso de desobediência, o abate sistemático das lideranças do contraditório provoca o surgimento de movimentos descontrolados e a permanente arrogância sustentada na ideia de que deter a maioria de votos é suficiente para conseguir estabilidade conduz à resistência.
Se a tudo isto se somar a exigência de avaliação dos mais fracos ao mesmo tempo que se desresponsabiliza o laxismo dos mais poderosos e se reforça a impunidade dos grandes criminosos fica criado o caldo bacteriológico do imbróglio.
LNT
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
[0.890/2008]
Olhar em frente
Não sei o que acontece com os outros, mas comigo começa a haver um cansaço imenso por ter de ouvir que o passado não importa e de que temos só de olhar em frente.
Este tique instalado na portugalidade que não nos deixa sair do círculo vicioso funciona na lógica das coisas modernaças que nos distinguem dos retrógrados e dão um ar (cada vez ter um ar, é mais importante) de "visionários" que trilham o caminho do mel em busca do futuro radioso. É mais do que um tique, é uma súplica inventada para que se não peçam responsabilidades a quem as tem e faz parte da responsabilidade não assumida por quem entende que deve ser bem pago pelos títulos com que se enfeita.
Temos de olhar em frente e deitar para trás das costas o passado, mesmo que esse passado recente signifique mais sacrifício de nós que começamos a sentir o tal cansaço imenso pela impunidade de quem esbanja e destrói o nosso futuro. Sejam os que têm por missão zelar pelo Estado Democrático, sejam os outros que são pagos para regular e evitar a desonestidade imune que nos ataca os bolsos.
LNT
Olhar em frente
Não sei o que acontece com os outros, mas comigo começa a haver um cansaço imenso por ter de ouvir que o passado não importa e de que temos só de olhar em frente.
Este tique instalado na portugalidade que não nos deixa sair do círculo vicioso funciona na lógica das coisas modernaças que nos distinguem dos retrógrados e dão um ar (cada vez ter um ar, é mais importante) de "visionários" que trilham o caminho do mel em busca do futuro radioso. É mais do que um tique, é uma súplica inventada para que se não peçam responsabilidades a quem as tem e faz parte da responsabilidade não assumida por quem entende que deve ser bem pago pelos títulos com que se enfeita.
Temos de olhar em frente e deitar para trás das costas o passado, mesmo que esse passado recente signifique mais sacrifício de nós que começamos a sentir o tal cansaço imenso pela impunidade de quem esbanja e destrói o nosso futuro. Sejam os que têm por missão zelar pelo Estado Democrático, sejam os outros que são pagos para regular e evitar a desonestidade imune que nos ataca os bolsos.
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