Dizia ontem Jerónimo que o actual poder não deveria cometer a hipocrisia de festejar
o Dia da Criança. Fundamentava com a conversa dos subsídios, de que o PCP tanto gosta, mas que nunca explica como obter. Fundamentava com a habitual demagogia de fazer acreditar que o dinheiro não tem fim e que um
subsídio ao consumo é um direito adquirido, tal como foi a
Reforma Agrária, de que já não fala, ou
as amplas liberdades, de que se esquece quando olha para os países que lhe servem de modelo.
Jerónimo não explicou, não lhe interessa explicar, que os subsídios, os
abonos de família,
não foram retirados a todos, mas somente a quem possivelmente nunca precisou deles para criar os filhos. Não explicou, porque não lhe interessa explicar, que esse dinheiro foi melhor investido a modernizar as escolas, onde as crianças passam o dia, do que gasto em abonos para mais um maço de tabaco ou um café dos pais.
Neste afã de mal dizer, só para dizer mal,
Jerónimo, e outros, consideram os investimentos feitos na
modernização das escolas, no seu
apetrechamento com tecnologia,
comodidades e com mais condições de
bem-estar, um mal que não interessa contabilizar mas que todos os pais e alunos reconhecem no terreno como valor acrescido que, não só melhora as condições de aprendizagem, como ainda promove a adesão ao ensino.
Implica custos de manutenção, é verdade. Poderiam ter-se melhorado as condições ecológicas de forma a produzirem-se as mesmas condições tecnológicas e de conforto com recurso a energias mais limpas ou a melhores arquitecturas do ambiente, possivelmente sim mas o que se já se fez,
e isso irrita-os porque está feito e as nossas crianças e jovens estão a usufruir com agrado desses equipamentos, é notável para quem gosta de ter para os seus filhos o melhor retorno dos impostos que paga.
LNT[0.199/2011]