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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dia da Criança

ChipDizia ontem Jerónimo que o actual poder não deveria cometer a hipocrisia de festejar o Dia da Criança. Fundamentava com a conversa dos subsídios, de que o PCP tanto gosta, mas que nunca explica como obter. Fundamentava com a habitual demagogia de fazer acreditar que o dinheiro não tem fim e que um subsídio ao consumo é um direito adquirido, tal como foi a Reforma Agrária, de que já não fala, ou as amplas liberdades, de que se esquece quando olha para os países que lhe servem de modelo.

Jerónimo não explicou, não lhe interessa explicar, que os subsídios, os abonos de família, não foram retirados a todos, mas somente a quem possivelmente nunca precisou deles para criar os filhos. Não explicou, porque não lhe interessa explicar, que esse dinheiro foi melhor investido a modernizar as escolas, onde as crianças passam o dia, do que gasto em abonos para mais um maço de tabaco ou um café dos pais.

Neste afã de mal dizer, só para dizer mal, Jerónimo, e outros, consideram os investimentos feitos na modernização das escolas, no seu apetrechamento com tecnologia, comodidades e com mais condições de bem-estar, um mal que não interessa contabilizar mas que todos os pais e alunos reconhecem no terreno como valor acrescido que, não só melhora as condições de aprendizagem, como ainda promove a adesão ao ensino.

Implica custos de manutenção, é verdade. Poderiam ter-se melhorado as condições ecológicas de forma a produzirem-se as mesmas condições tecnológicas e de conforto com recurso a energias mais limpas ou a melhores arquitecturas do ambiente, possivelmente sim mas o que se já se fez, e isso irrita-os porque está feito e as nossas crianças e jovens estão a usufruir com agrado desses equipamentos, é notável para quem gosta de ter para os seus filhos o melhor retorno dos impostos que paga.
LNT
[0.199/2011]

sábado, 17 de julho de 2010

Sucessos

Fita Margarida
Diz-se que isto de ser pai (ou mãe) é coisa para uma vida inteira. Os objectivos atingem-se, o médio e longo prazo são característica, o planeamento das acções é flexível/rígido (parece um contra-senso) e a monitorização dos desvios eficaz.

Um verdadeiro processo de melhoria contínua, sem fim, pelo menos enquanto o fim não chegar para quem se mete nesta tarefa da multiplicação.

Pela parte que toca ao barbeiro, fica cumprida parte substancial da missão com a entrega, também à caçula, do instrumento que lhe permitirá fazer pela vida. Foi o esforço dela que o conseguiu, espera-se que para o emprego, obtendo a habilitação que lhe permitirá segurança mínima e muito trabalho, do bom, daquele que forma, que honra, que educa e faz crescer os mais pequenos.

Uns pais babados que hoje vêem a Margarida seguir em frente.

Um trabalho conjunto recompensador do muito esforço de quem fez e de quem lhe permitiu que fizesse.

Agora um pouco de descanso.

Volto já.
LNT
[0.259/2010]

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Colonel Bogey

Vestir o colete de guerraNesta manhã de oito de Janeiro apetece-me ouvir marchas militares. John Philip de Sousa tem óptimas, não tão significativas para nós portugueses como a Life on the Ocean Wave de Henry Russell que traz à memória os momentos da libertação, mas tão suficientemente boas, como a Colonel Bogey, que associem este dia azul e frio à vitória da passagem administrativa, sem mérito, a uma mole que vê assegurada a progressão na mediocridade, ao arrepio do que se passa com o restante sector público.

Isto não é uma crítica a Maria Isabel Girão de Melo Veiga Vilar, porque julgo que a Ministra se limitou a desatar os nós que a insensibilidade e inépcia política de Maria de Lurdes Reis Rodrigues deu e que proporcionaram a elevação do modelo corporativo ao estatuto de excepção do estado de direito. É só uma vontade de cadenciar o entendimento ao ritmo de caserna que faz um professor julgar-se superior, diria inferior porque só lhe é exigida mediania, em relação a um funcionário das finanças.

Porque é que um funcionário das finanças tem de acumular 10 anos de classificação de Bom para progredir e um professor só precisa de três? Porque é que na progressão da carreira de um funcionário das finanças se lhe exige relevância durante quatro anos e na de um funcionário da docência basta três anos de mediania?
LNT
[0.016/2010]

sexta-feira, 21 de março de 2008

Botão Barbearia[0.271/2008]
Habituem-se

As televisões bem lhes podem tapar as caras, que não é por isso que elas deixam de ser de quem são. O Sapo bem pode considerar este vídeo, ou este (que até já tem letra e música), como matéria para maiores.

Só três considerações:

1º - Vivemos num tempo em que a censura é quase impossível. Deixou de ser possível varrer para baixo do tapete aquilo que não interessa mostrar. Habituem-se!

2º - Quando se passa a mensagem de que os professores (a quem entregamos todos os dias os nossos filhos) são preguiçosos, incapazes, inaptos e todos os outros mimos a que temos assistido, não esperem que os alunos os respeitem.

3º - A educação dá-se em casa. Aos professores compete ensinar e formar, não educar.

Haveria outras considerações a fazer. Muitas outras. Desde o comportamento da turma ao descontrolo de quem não se pode descontrolar, mas a matéria para reflexão já parece suficiente. E não venham com a treta de que publicitar este triste espectáculo é um mau serviço, porque ele está disponível para quem o quiser ver, estejam ou não habituados.
LNT
Rastos:
USB Link
-> a Defesa de Faro
-> 2+2=5 - Armando Rocheteau

domingo, 9 de março de 2008

Botão Barbearia[0.232/2008]
Avaliação de desempenho
Magritte
É tal e qual assim como dizes, caro João Tunes.

O poder político democrático tem de ser exercido de forma a mobilizar os cidadãos para as causas. Tentar impor, como se tem vindo a fazer, em vez de negociar e explicar de forma convincente, só conduz ao extremar das posições.

Todos deixam de ter razão, mas principalmente perde-a quem não conseguiu levar a sua razão à maior parte dos seus destinatários.

A isto chama-se incapacidade política e como a Ministra é uma acérrima defensora da avaliação de desempenho deveria tirar as consequências dessa avaliação que ontem lhe foi feita pelos seus pares.

Quanto ao resto, isto é, aqueles que se aproveitam dos resultados da manifestação sem no entanto saberem capitalizar o descontentamento, como os outros que pretendem catalogar os manifestantes como comunistas, ou como pessoas que se deixam manipular inocentemente (estamos a falar de professores), ou ainda como malfeitores preguiçosos (e outros mimos semelhantes), espera-se somente que aprendam a lição de que a política faz-se "com" e não "contra" e que, nos tempos que correm, já ninguém está na disposição de ver os que elegeu retribuírem-lhes com o insulto e a indexação.

A cidadania já não se deixa submeter por vontades férreas de gente iluminada.

Um político que não consegue envolver os seus governados nas soluções é um político com desempenho medíocre, independentemente das políticas que defende.
LNT
Rastos:
USB Link -> Água Lisa (6) - João Tunes
-> Respirar o mesmo ar - Joaquim Paulo Nogueira (JPN)
-> Câmara Corporativa - Afonso Mesquita
-> Água Lisa (6) - João Tunes - Voltar ao busilis
-> »802701 - Bruno Rocha
-> da Literatura - João Paulo de Sousa

sábado, 8 de março de 2008

Botão Barbearia[0.230/2008]
Temor e esperança

Temo que, a ser verdade que os manifestantes de hoje são todos do PCP, este partido esteja a ter um grande incremento.

Espero que não seja verdade e que os manifestantes sejam multicolores.
LNT

terça-feira, 4 de março de 2008

Botão Barbearia[0.216/2008]
Olhar os professores como agentes da mudança e não como ferramentas
Robot

Lê-se no Conquilhas que os professores são ferramentas das escolas. É baseado em raciocínios semelhantes que se atingem os actuais graus de conflito que não proporcionam qualquer perspectiva de progresso nas reformas nem de sucesso na sua implementação.

Considerar um professor como ferramenta é negar aquilo que de mais essencial constitui a sua missão e comprometer o projecto de futuro que a sua acção implica na construção da sabedoria das gerações seguintes.

Se entendêssemos os professores como ferramentas, deveríamos substituí-los por tecnologia que nos garantisse mais eficiência e eficácia.

Confesso não me agradar a ideia de entregar a formação dos meus filhos a um robot, a outra tecnologia ou a outra ferramenta de ensino, porque entendo que os professores são uma extensão da sua preparação para a vida que começa em casa e que, na escola fora do ambiente familiar e integrados na sociedade, aperfeiçoam não só as humanidades, ciências e tecnologias mas também a partilha com os outros através das equipas em que se integram e o respeito pela hierarquia, base para virem a ser agentes do progresso e do bem estar social ao longo da sua vida.

Sabemos, estamos cientes e aceitamos que o ensino tem de ser reformado, que as escolas têm de ser respeitadas (e participadas) por professores, alunos e encarregados de educação, que os professores têm de ser monitorizados e avaliados porque daí advém a confiança que depositamos neles como educadores dos nossos filhos. É exactamente por isso lhes não podemos negar o respeito e a autoridade suficiente para que possam desempenhar a sua função, reconhcendo-lhes a importância que têm e que vai muito para além de serem meras ferramentas de ensino.
LNT
Rastos:
USB Link
-> Hoje há Conquilhas, ámanhã não sabemos - Tomás Vasques

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Botão Barbearia[0.166/2008]
Dos processos negociais

Galo MicrofoneFicou hoje a saber-se que afinal, e bem, os professores podem presidir aos Conselhos Gerais das suas escolas. De imediato a palavra "recuo" saltou para os primeiros títulos dando a entender mais uma debilidade no exercício do poder.

Em democracia e durante negociações, partindo do princípio que elas se realizam com o fim de melhorar soluções e de pretenderem ser mais do que o queimar de etapas, ajustam-se premissas. O conceito de "recuo" aplicado a melhorias negociadas é desajustado, desde que a base programática do projecto em discussão não seja alterada.

O uso do chavão, do sound byte, serve unicamente para demonstrar a falta de maturidade que ainda se verifica no nosso regime político e destina-se a condicionar a prática da cultura democrática.

A aceitação pelos negociadores do governo de que a presidência da gestão das escolas possa ser exercida por um professor é uma atitude de bom senso e um claro sinal de que as negociações estão a ser conduzidas com boa fé. Catalogá-la como "recuo" só serve para tentar inviabilizar o processo na habitual prática de terra-queimada que poderá servir objectivos panfletários, mas nada acrescenta ao que importa.
LNT

domingo, 2 de setembro de 2007

 [0.017/2007]
Retornando

A água estava salgada e quente, as algas escondiam peixes-aranha e a areia escaldava a sola dos pés entre o toldo da última fila e o mar que se deixou calmo com o levante a ameaçar a linha do horizonte.

Tesoura Do pouco que vejo nos Blogs, que quase tinha esquecido nos mergulhos de Altura e nas ostras cruas da Casa Velha, o acontecimento Adelante vai de vento-em-popa nas preparações festivas e a área internacional ensaia, com o brilho habitual, os casinhotos libertários dos grandes democratas mundiais.
Ainda bem para o folclore aparelhista dos clãs Kim-pai e Kim-filho, dos manos Castro e das forças libertadoras da América latina onde traficantes disfarçados de progressistas confundem, por exemplo, Ingrid Betancourt com o poder actual da Colômbia.
Adelante que se faz tarde e o retorno às lides não trás grande entusiasmo.

Tesoura Pelo que por aí leio e já tinha tido algum cheiro nas Sábado da passada semana e na da presente, o vizinho Maltez anda de candeias avessas com o PRACEísta Bilhim (a vida não está fácil, João!) que pelos vistos quis aderir às modernidades em voga e dar um ar modernaço ao WebSite da sua escola.
Ainda não percebi muito bem a coisa mas parece que entre umas javadas e um lavar de cara à la choque-tecno mandaram-se às ortigas conteúdos que agora repostos com corrupções de links deixam em vazio as hiperligações que lhes davam sentido. Já dizia a minha avó Rosalina (que Deus tem na sua companhia) que o saber de um povo se exprime em frases do tipo "Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão" e que a sabedoria deste mesmo povo, ainda que iletrada, não é inculta.
Uma treta de País cheio de "mais vale parecer do que ser" numa época de muito brilho e cintilação e pouca, pouquíssima, substância.
Adelante também aqui que isto é uma barbearia em início de carreira e ainda mandam a ASAE verificar se os rótulos das tesouras têm inscrições em chinês, ou se os camarões servidos no buffet realmente assobiam.

Para mais hoje é o segundo dia da lavagem dos logradouros e os Zé-pereiras contratados para acompanhar os cantoneiros de mangueira em riste já abriram as bocas-de-incêndio que circundam o estabelecimento.
LNT