terça-feira, 6 de março de 2012

Voo vermelho

Águia

Nada melhor que um Alabastro Reserva de 2009 (Aragonês, Trincadeira e Cabernet Sauvignon) para acompanhar o voo das aves. Jesus esteja com elas.
LNT
[0.157/2012]

E, todavia, hiniu

FisgaNo desporto nacional do tiro ao Álvaro são mais os de pólvora seca do que os de cartucheira de sal.

Quando desenharam a demagogia e lhe chamaram Orgânica do Governo resolveram incluir um quadradinho que apelidaram de Economia e mais um disparate, sabendo de antemão que o disparate não deveria ser Emprego porque a política é do despedimento, da austeridade e da punição.

Também é verdade que não lhe deveriam ter chamado Economia porque a política do Pastel de Nata e dos Feriados tem pouco a ver com ela e a política do trabalho gratuito, também.

Para aguentar o frete foram buscar um Professor ao Canadá com o objectivo aparolado de dar aquele ar avançadex que os portugueses gostam de dar quando entendem ir lá fora buscar um bibelô.

O quadradinho do demagógico, que deveria ter sido baptizado como Ministério da Recessão e do Desemprego, ficou entregue a Álvaro, bom homem de quem fazem gato-sapato, para deitarem a mão ao naco do espólio que sobra no pote.

No entanto, e como ainda ontem se ouviu a Álvaro hinir - mais um lamento do que um nitrido - os encantadores de cavalos nem sequer lhe permitem o coice. Quem nasceu para pastel de nata nunca chegará a bom-bocado.

Álvaro ficará para a História como um saco de pancada cheio de vento.
LNT
[0.156/2012]

O vazio das não-notícias

Jornal



"Não estamos condenados ao que julgamos que nos condenaram.
Só assim poderemos conceber reformas radicais que libertem as energias e mudem o país."



A não perder o editorial de o Público da autoria de José Gil (director do o Público por um dia) e o artigo "O estado da nação e o seu avesso", bem como os seus documentos conexos.
LNT
[0.155/2012]

Já fui feliz aqui [ MLXXXV ]

Tapada do Barão

Tapada do Barão - Alentejo - Portugal
LNT
[0.154/2012]

segunda-feira, 5 de março de 2012

O gato-sapato

GatoFoi difícil partilhar um Governo assez mignone como aquele que a demagogia mandou fazer. Portas, Deus menor de um reduzido paraíso, não se satisfez com pouco e deu nomes aos seus ministérios que nem às páginas amarelas faria lembradura.

Foi a técnica de arrebanhar competências comprimindo-as no topo para depois repartir o pote em patamares mais baixos (grupos de trabalho, task force, etc.) onde não se vêem as clientelas que, sem responsabilização directa nem notoriedade pública, agem na sombra usufruindo das regalias sem se sujeitarem ao escrutínio e à fiscalização.

Tácticas aprendidas com o estudo dos dossiers dos submarinos.

Pelos vistos a estratégia passa também por manter em funções um ministro gato-sapato, aparentemente com mil pelouros, a quem sorrateiramente se vão esvaziando competências. A influência política transita para quem fica com a competência mas o gato-sapato serve para fingir equilíbrios.

Não sei como se traduz gato-sapato para québécois mas deve ser qualquer coisa como: mon petit Álvaro, laissez faire puisque tu est ici, tu est dans l’eau.
LNT
[0.153/2012]

Notícias do Passim-Il-Coelhum

Kim-IlEmbora não seja muito ao meu estilo não resisto a repescar este texto mavioso do João do Pequeninos.
"O PS (PSD) vai "eleger" o seu secretário-geral no final (início) de Março. Depois, em Abril, haverá um congresso onde o referido secretário-geral será entronizado a profusamente aplaudido de pé. O candidato ao cargo, para grande surpresa do país e arredores, é Sócrates (Passos Coelho).
Aprende-se muito com os queridos líderes."

Nota: Entre parêntesis meus.

É que nem Sócrates conseguiu ser tão Kim como Passim-Il-Coelhum I que não só o ultrapassou em "eleição" como também em falta de "concorrentes".

É caso para se dizer que: pela boca morre o peixe.
LNT
[0.152/2012]

Já fui feliz aqui [ MLXXXIV ]

UNO

UNO - Por aí - Portugal
LNT
[0.151/2012]

sexta-feira, 2 de março de 2012

A barca e a tormenta

CaravelaA grande porra deste Governo é o moralismo. Não por ser moral ou ético, mas por ser moralista na velha tradição portuguesa do "olha para o que eu digo e não para aquilo que faço". É por isso que apela ao empobrecimento, à penitência e à , coisas de que, tirando o último valor, se isenta.

Faz lembrar as beatas que circulam pelas sacristias com um olho na caixa das esmolas dos pobrezinhos e com o outro na sotaina do abade, não vão perder a oportunidade de serem bafejadas com o perfume do incenso.

Sobre o valor dos conselhos dos moralistas basta ler Bocage.

Quem deambulou na infância e adolescência pelos hangars da santidade sabe que a qualidade da madeira com que se constrói a canoa para a travessia é muito mais importante do que a quantidade de paus necessários para a fazer e, principalmente sabe, que é indispensável betumar o casco de forma a garantir que a linha de água se manterá dentro dos parâmetros de segurança.

Os moralistas não o sabem e aqueles poucos que o sabem preferem não ter de se esforçar. Uns pensam que nunca navegarão nas canoas que constroem e os outros concentram-se na elaboração das justificações para o naufrágio remetendo-as para trás, ou para o destino, ou ainda para a vontade divina como se o futuro não fosse consequência dos próprios actos e o determinismo não resultasse da abstenção de o contrariar.
LNT
[0.150/2012]

Já fui feliz aqui [ MLXXXIII ]

Azulejos Portugueses

Azulejos portugueses - Lisboa - Portugal
LNT
[0.149/2012]

Incrementador de share

Colaboradora


Porque hoje é sexta-feira as colaboradoras deste estabelecimento desejam à excelentíssima clientela uma óptima véspera de fim-de-semana.

(PS. Não digam ao Álvaro Coelho Portas Cristas senão eles acabam com as vésperas de... com o pretexto de serem um incentivo pecaminoso.)
LNT
[0.148/2012]

quinta-feira, 1 de março de 2012

As luzes de Álvaro

Magritte
Para aqui embrulhado nas minhas coisas, limitei-me a constatar que o Ministro Álvaro teve, hoje, honras de palestrante no bunker da comunicação social do Conselho de Ministros.

Sei, porque o vi numa televisão de café.

Pareceu-me bem e fiquei feliz.

Agradou-me especialmente por Coelho lhe ter dado esse tempo de antena e também por a televisão do café ser muda. Vivemos uma nova idade das luzes, agora de sol e sombra e evita-se o ruído. Já os franceses o comprovaram na gala dos Óscares.
LNT
[0.147/2012]

Incréus

MagritteTanto se rezou e penitenciou que São Pedro, conhecido por ser surdo como uma porta, por ser o santo que guarda a porta, por ser o especialista em questões pluvimétricas, ou por ser o santinho de estimação da Ministra dos múltiplos ministérios de fé, ou lá o que quer que seja, entendeu por bem brindar-nos com uma carga de água.

Azar o meu, incréu atazanado, por não crer em milagres e ter deixado o guarda-chuva em casa. Agora penarei com uma molha dos diabos, cruz credo, salvo seja, Deus me guarde e guie.

O ovelhum anda magro mas não espera pela demora já que esta água abençoada vai fazer explodir em verde o sequeiro do nosso descontentamento e nada tarda para que a erva esteja disponível em pasto.

As vacas voltarão a sorrir.

Pobre gente a do Grupo de Trabalho entretanto criado porque vai ficar sem jorna.
LNT
[0.146/2012]

Já fui feliz aqui [ MLXXXII ]

Parque das Nações

Parque das Nações - Lisboa - Portugal
LNT
[0.145/2012]

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Caça com furão

CoelhoO nosso Primeiro vestiu a pele de lebre partidária e dissertou para a laranjada, que se prepara para o santificar com o grau de “grande líder do pote” no próximo conclave das setas, repetindo a teoria do “colossal” para justificar a tese do “custe o que custar iremos mais além”.

Não está mau para quem já nos habituou a dizer de manhã o que desdiz à tarde e, como o Sócras tem as costas largas, é mais um cravo na ferradura.

Nada de novo, a conversa era para os fiéis e a epístola repete-se antes do sermão.

Continua a lengalenga da desresponsabilização e da fuga aos intentos já completamente percebidos por quem não se dispõe a continuar a ser enganado mas, até mesmo para os seus paroquianos, frei Passos poderia ser mais concreto e começar por explicar que o colosso é sustentado no buraco que o seu mandatário madeirense escondeu debaixo das pedras e no sorvedouro dum negócio laranja chamado BPN.

A caça com furão já foi proibida há muitos anos. Consta que, ao meter o bicho na toca para que o coelho desse as orelhas à luz, eram mais os estragos colaterais que o furão provocava do que a vantagem que o caçador tinha ao fazer um tiro limpo.
LNT
[0.144/2012]