sexta-feira, 10 de maio de 2013

Submarino ao fundo

Batalha Naval
Se este Governo fosse uma folha de cálculo era fácil demonstrar que também tinha as fórmulas erradas. Por alguma razão os americanos chamam sheet ou spreadsheet às folhas de cálculo electrónicas Excel (não confundir com shit embora a pronúncia seja a mesma e, para algumas teorias económicas, o sentido também).

Mas este governo não é uma folha de cálculo porque é uma grelha de batalha naval, senão vejamos:

Há uns dias Paulo Portas, um submarino no governo, disparou três tiros e conseguiu acertar um no porta-aviões. Sabe, quem já jogou, que os porta-aviões alvejados com um tiro ficam meio desasados mas só vão ao fundo se receberem cinco bojardas.

Já com os submarinos a coisa pia mais fino porque lhes basta um petardo para que naufraguem. Hoje, Passos Coelho fez isso e estoirou com as fronteiras que Portas dizia serem intransponíveis.

Ficamos na expectativa das consequências. Afinal tão aldrabão é o que diz que não cortará os subsídios e os corta, como o que declara fronteiras intransponíveis e as deixa violar enquanto assobia para o lado.
LNT
[0.106/2013]

Only 50%, she said

GafanhotoParece que a Ministra Cristas quer pedir explicações ao INE sobre a taxa de 50% de desemprego na agricultura.

Diz que: - "não corresponde à sensibilidade que existe no terreno".

Se Assunção Cristas tivesse sensibilidade para o que existe no terreno não faria parte deste Governo extraterrestre. Aliás, não ter sensibilidade para o que existe no terreno é o principal requisito para se ser governante no Portugal encavacado.

Tudo isto faz lembrar o dito de Juca Chaves:
«Gafanhoto, quando um dia sentires duas bolas no meio das pernas, ficarás a saber que já és um homem. Mas atenção, Gafanhoto, se em vez de duas, sentires quatro bolas, não te julgues um super-homem, antes olha para trás e foge... (o dito não é bem assim mas consta que este Blog também é lido por menores e por outros alemães sensíveis :))
LNT
[0.105/2013]

Passos Coelho irrita os portugueses

CoelhoDiz-nos o Sol que PSD irrita Passos Coelho.

Por aqui acha-se mal. O máximo que deveria suceder seria que só Passos Coelho tivesse a possibilidade de irritar toda a gente. Deveria caber nos conceitos de impunidade e inimputabilidade tidos por este homenzito, o direito a não ser irritado pela cacicagem alaranjada.

Passos Coelho, ainda por cima, não é gente que se deixe irritar, senão veja-se o sorriso que faz quando a gorducha alemã lhe puxa as orelhas, o cherne português lhe dá um safanão, o algarvio da Coelha lhe dá um beijo na boca, ou o seu parceiro de coligação o deixa a falar sozinho.

Até agora, que se soubesse, ao Coelho só irritava o facto de ter de se submeter a votos porque, embora deixasse claro que nunca cumpriria o que prometia para os ganhar, custava-lhe ter de se comprometer com ideias e doutrinas com que não concorda.

Se o PSD continua nesta senda, Coelho irritado, vai avisando que da próxima fará como Gaspar. Assume o poder sem ser eleito. O PSD que se cuide.
LNT
[0.104/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXIV ]

Conquilhas
Conquilhas, Cadelinhas, Condelipas - Ria Formosa - Algarve - Portugal
LNT
[0.103/2013]

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Resistência Activa ao Aborto Ortográfico

Pedro CorreiaO Pedro Correia, do Delito de Opinião, há muito que publica (vai no 65º post) uma rubrica intitulada “Resistência Activa ao Aborto Ortográfico”.

Vejo agora que evoluiu da reprodução das capas dos livros de autores resistentes e passou a guerrilheiro com um livro editado pela Guerra & Paz, integrado na colecção - livros politicamente incorrectos -, onde as Vogais e consoantes politicamente incorrectas do acordo ortográfico são as estrelas de uma investigação ao processo político que fabricou o polémico (des)Acordo.
"O Acordo é tecnicamente insustentável, juridicamente inválido, politicamente inepto e materialmente impraticável"
Pedro Correia
Vou ler. Já sei que está à venda por 14.99 Euros na FNAC. Depois pedirei o autógrafo.

ET. A apresentação do livro será feita no dia 21 de Maio, às 18:30 horas, na Bertrand do Picoas Plaza, Lisboa.
LNT
[0.102/2013]

Bonito, bonito

BeijinhosBonito é ver de fora aquilo que se chama o "ajustamento português" sem especificar a que é que os portugueses se ajustam.

Bonito é ver esta gente a não sair à rua com medo que algum "desajustado" não esteja pelos ajustes e lhe acerte o passo.

Bonito é ter uma manada sem pasto nem ração a deambular pelas falências, a perder a energia e o alento enquanto o conceito de humanidade se reduz ao beijo no dinheiro e o conceito de Nação se traduz em empobrecimento submisso.

Bonito é sentir um Rosalino quando se mete a mão bolso. Bonito é esfrangalhar o músculo em vez de penetrar na gordura.

Bonito é, no Ribatejo, um nome vulgar que se dá aos bois.

Bonito, bonito é o início de uma expressão que usávamos em pilotagem militar para distinguir o bonito, bonito do bom, bom.

1.000.000 de desempregados é o bonito serviço com que esta gente tão feia transformou cidadãos em farrapos.
LNT
[0.101/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXIII ]

Alligator
Mississipi - USA
LNT
[0.100/2013]

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Já não há respeito pela separação dos poderes

Fisga
De uma penada o Poder Judicial interfere no Poder Local e muda a sede da Câmara Municipal de Oeiras.
O que é feito do princípio constitucional sobre a separação de poderes?
LNT
[0.099/2013]

Sucessos estrondosos

Beijo notaVamos imaginar que lá em casa não precisamos de dinheiro para fazer face às nossas despesas mas que estamos a ser pressionados por entidades que emprestam dinheiro a alto juro (digamos a 5,669%) e, por isso e por sermos pacóvios, resolvemos aceder às pressões e contratar um empréstimo de 1.000 euros.

Como não precisamos desse dinheiro que nos é emprestado vamos coloca-lo numa conta a prazo que nos dá um juro baixo (digamos simpaticamente 1.5%) e que rende ao banco onde o depositamos, digamos, simpaticamente, 10%.

Como as entidades que negociaram esse empréstimo terão de se fazer pagar dos serviços que prestaram (digamos simpaticamente 1%) calculamos (malditas folhas Excel) que o dinheiro que colocámos a prazo foi 990 Euros.

Este negócio desnecessário que acabámos de realizar deu, logo à partida, 10 euros de lucro aos nossos intermediários, 56.99 euros de lucro a quem nos emprestou o dinheiro, 84.15 euros de lucro ao banco onde depositamos o empréstimo e a nós criou-nos uma dívida desnecessária de 1.052,14 euros.

Agora imaginemos que em vez de fazer esta tontaria com o nosso dinheiro o fazíamos com o dinheiro dos outros. Não tínhamos qualquer prejuízo (porque o dinheiro não era nosso) e ainda podíamos anunciar um sucesso estrondoso nos mercados.
LNT
[0.098/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXII ]

Instinto Fatal
Instinto Fatal - USA
LNT
[0.097/2013]

terça-feira, 7 de maio de 2013

Na linha do sucesso

Bola
Consta que hoje fomos aos mercados comprar mais dívida cara (caríssima) de que não precisamos. Para nos darmos a esse luxo havemos de entregar aos "mercados" parte do cheque que a Troika anda a decidir se cá deixa ficar em troca de mais uns milhares de desempregados.

Este post não terá imagem porque iria ser eventualmente pornográfica.
LNT
[0.096/2013]

O Benfica empatou

MatrecosA linha de Cascais é tramada, toma conta de tudo.

Mesmo quando o entroncamento se dá em Massamá é a linha de Cascais que prevalece, pelo menos, em termos de impacto mediático.

Foi assim com o pequenote do PSD quando resolveu dar uma deixa sobre o apeadeiro de Belém, o que já obrigou o pica-bilhetes a vir a público informar que de deixas está o inferno cheio, é assim com o eterno candidato a qualquer coisa que geralmente não acerta uma mas que nunca desiste de bater claras-em-castelo na esperança de que algum dia consiga cozinhar um suspiro e foi assim quando, ontem, Jesus passou mais tempo de mãos postas, em oração, do que a conseguir que a rapaziada ganhasse força nas canetas para meter o Estoril no Tamariz de forma a poder rumar ao Douro Litoral com as antas no bolso.

Dizem-me que não se usa a expressão "linha de Cascais" mas sim "o eixo Cascais/Sintra".

Assim Seja! O que interessa é fixar que essa gente é tramada e toma conta de tudo. O Sportengue que o diga.
LNT
[0.095/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXI ]

Amieira
Marina da Amieira - Alqueva - Alentejo - Portugal
LNT
[0.094/2013]

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Terrorismo*

Terrorismo
Estava castelando no Alvito de caipiroska em punho para tentar resistir ao sofrimento de mais uma comunicação ao País, feita pelo eleito patrão do homem que nunca foi eleito (e abomina quem o tenha sido), para anunciar a última dose de cicuta que antecederá a seguinte quando se confirmar que Gaspar falhou mais uma previsão, quando vi na SICn a imagem que se reproduz (agradecido à Pastelaria pelo recuerdo).

Foi alegadamente uma graça combinada entre o operador de câmara em primeiro plano e o que lhe fez o boneco das costas tendo o Pedrito de Portugal ao fundo ladeado pelas janelas escancaradas aos jardins e à piscina de Cavaco e enquadrado pelas bandeiras que se aqueciam à lareira.

Tal, foi um acto terrorista, dirão.

Também assim o considero, embora não me esteja a referir ao estampado da camisola nem à graçola tipo "óh Pedro, fico melhor assim, ou assim?".
* Sistema de governo por meio de terror ou de medidas violentas (Dicionário Priberam)
LNT
[0.093/2013]

Limpinho

Tachos furnasAs homilias televisivas dos fins de semana recorrem cada vez mais aos ensinamentos do Apocalipse. É pena porque, entre um ex-pretendente a Primeiro-Ministro, um ex-pretendente a qualquer coisa (fosse Governo, Poder Local ou nadador-salvador) e um ex-Primeiro-Ministro, poderia haver massa crítica mobilizadora de vontades para se dar a volta a isto.

A questão, é limpinho, é que nenhum deles está ali para apontar caminhos ou incutir esperança e todos têm em comum a ânsia de protagonismo que imaginam ainda os poder guinar a passeios celestiais pelo paraíso em que vivem.

É limpinha a forma como trazem recados sem consequência, uns disfarçados de arbustos, os outros disfarçados de moitas e os outros disfarçados de silvas ferozes. Serve-lhes tudo, desde o anúncio de reuniões da competência do malfadado Presidente eleito pela abstenção, desde o repisar de frustrações (que para o efeito não aquecem, nem arrefecem) até ao jogo do tudo e o do seu contrário para que nunca falhe.

Nenhum deles aponta luz, nenhum explica porque é que Gaspar não se dirige aos portugueses em alemão, nem qualquer um ajuda a perceber a técnica que usa o Primeiro-Ministro para não gargalhar de gozo sempre que anuncia nova porrada ao País.

É limpinho que precisamos de mudar de elenco e de guião. Já não nos bastava termos de aturar os efectivos, ainda temos de apanhar com os reservistas.

Não resta pachorra.

É limpinho que só Jesus se salva neste purgatório de mortos-vivos e zombies pós-jogo que povoam as televisões aos fins-de-semana.
LNT
[0.092/2013]