Até percebo o
Porfírio. Também me irrita a tendência portuguesa para o exagero, por exemplo quando o nosso Presidente anuncia que terminou a recessão ou o nosso PM diz que estamos no bom caminho, e por isso entendo que
teria sido desnecessário o PS andar com cartinhas (aliás, esta moda das cartas irrita-me quase sempre) a anunciar “os melhores resultados de sempre” conseguidos numas autárquicas.
Mas (isto dos mas também me irrita, porque é irritante ter de haver sempre um mas) a verdade é que melhor quer dizer mais bom ou mais bem e mais bom ou mais bem é obter melhores vantagens. O Partido Socialista obteve essas vantagens (mais câmaras, três das quatro maiores e mais importantes câmaras do País e a Associação Nacional de Municípios - a confirmar no dia 23 de Novembro) embora não tenha conseguido ter o maior número de votos de sempre em eleições autárquicas.
Também sabemos que
maior não significa melhor mas essa é outra conversa.
No entanto há coisas muito mais importantes para nos irritar, como por exemplo a preocupação com as vitórias "estrondosas" dos
comunistas no Baixo Alentejo (qualquer coisa que significa
um universo de – Évora: 83512 votos totais entrados + Beja: 82470 votos totais entrados + Setúbal: 302712 votos totais entrados =
468694 votos totais entrados – atenção que se está a falar de votos entrados nas urnas para todos os concorrentes –
num universo nacional de 4.996.088 votos entrados) que desta vez concentraram muitos votos dos descontentes com a actuação dos Partidos do "arco da governação".
Eu ficaria muito mais preocupado se esses votos de protesto se tivessem reunido à volta da extrema-direita, como é costume acontecer pela “
Europa civilizada”, mas enfim.
Dito isto, resta-me reconfirmar que concordo com o
Porfírio sobre a desnecessidade de se ter escrito aquela carta nos termos em que foi escrita. Talvez a sua redacção inglesa devesse ter sido feita com mais cuidado mas, como se sabe, estas coisas do inglês técnico são sempre uma pedra no sapato socialista.
LNT
[0.346/2013]