O taxista que há dentro de si |
(Nota prévia: Este texto não é sobre Sá Carneiro, por quem nutro especial admiração pela sua coragem e valentia quando, na Assembleia Nacional, foi deputado da Acção Nacional Popular e fez frente a Marcello Caetano. Também não é sobre uma falha de motor à descolagem acabada em tragédia).
Ontem no Expresso da Meia-noite, Marcelo, o Presidente da República (o depoimento foi feito a partir do Palácio de Belém) deixou que sobre ele pousasse a língua de fogo taxista e borrifou o fogo com gasolina velha de 40 anos no intuito de manter a chama acesa.
Sobre o despenhamento de Camarate:
“Formei uma convicção, como cidadão, que mantenho, de que não se tratou de um acidente, mas sim de um atentado…”
Ontem, Celinho, taxista pré-candidato que usa os meios disponibilizados pelo cargo de Presidente da República para poder fazer campanha fingindo não a fazer, voltou abjectamente ao método de criador de factos políticos em que é mestre.
Não foi inocente, como aliás nunca o foi durante toda a sua vida pública e confirmou a convicção de Paulo Portas:
"Deus deu-lhe a inteligência e o Diabo deu-lhe a maldade."
Sá Carneiro, a caminho de uma derrota presidencial obtida há 40 anos apesar dos que imoralmente usaram a sua morte para fazerem da consternação nacional o maior acto de propaganda política alguma vez produzida em Portugal, tinha o slogan:
“Um Governo, uma maioria, um Presidente”.
Marcelo mantém essa esperança para o seu segundo mandato embora invertendo a ordem.
Conseguindo afastar Rui Rio, está na sua mente:
“Um Presidente, uma maioria, um Governo”.
Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro queria em Belém um António da Silva Osório Soares Carneiro para dele fazer um Américo de Deus Rodrigues Thomaz.
Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa ambiciona ter em São Bento alguém a quem quererá transformar num Domingos Augusto Alves da Costa Oliveira.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.008/2020]
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