quinta-feira, 23 de abril de 2015

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Do entendimento de cada um

MagritteNunca consegui entender porque é que os Partidos Políticos concorrem, em democracia, a eleições para 4 anos de mandato e apresentam programas para uma década e mais.

E não me venham dizer que:
"Nunca consegui entender porque é que as pessoas usam a expressão "nunca consegui entender" para passarem a ideia de que os outros é que têm a culpa de elas não conseguirem entender."
porque o início do dito desdiz todo o resto da sentença.

Quando dei formação tive sempre a ideia de que se os formandos poderiam não estar a perceber porque eventualmente não me estava a fazer entender e isso obrigava-me a expor de forma diferente.

Mas voltando ao princípio, para ver se me explico melhor:

A nossa democracia determina o prazo das legislaturas. Lógico seria que os Partidos políticos apresentassem os seus projectos para a legislatura a que estão a concorrer.

Sei que o argumento é o “longo prazo”, mas também sei que o longo prazo, em política, acaba por ser sempre o caixote do lixo dos vencedores da legislatura seguinte.

Os eleitores nada ganham com isso (e não entendem, se me faço perceber).
LNT
[0.210/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXXXVIII ]

Botero
Botero (Mano) - Madrid - Espanha
LNT
[0.209/2015]

Sem nexo

Milhares de pessoas sem emprego. Milhões a viverem abaixo do limiar da pobreza. Centenas de milhares de jovens a emigrar e sem perspectiva de vida. As ruas cheias de sem-abrigo. Os velhos a morrer sem assistência ou a serem mal assistidos na morte.

E fazem um alarido sorridente e ufano com 95 páginas de código de tese académica de economês.

Admirem-se com a abstenção.
LNT
[0.208/2015]

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Tráfico de morte e indiferença

RefugiadosAs mortes no Mediterrâneo sucedem-se e deixam-nos sem capacidade de entender como é que um homem, que foi Presidente da Comissão Europeia nos últimos dez anos, só fala de helicópteros e outros meios bélicos ou de salvamento quando a questão tem de ser resolvida com meios de prevenção.

Se a Europa (que só por engano continua a ser uma miragem para gente que prefere arriscar a morrer no mar do que morrer na sua terra onde tudo lhes falta) investisse no desenvolvimento e na paz dos países de origem desses imigrantes, provavelmente não andaria agora a discutir se o problema da imigração deve ser uma questão nacional ou europeia, porque apostaria na vida e não na morte.

Se a Europa combatesse, à partida, o embarque para a morte feito por traficantes de seres humanos, por esclavagistas, não teria de chorar as despesas feitas com cada saco negro que faz descer à terra, ou com os subsídios de exílio atribuídos aos sobreviventes.

Se a Europa liderasse o processo mundial contra a desumanidade e a indiferença, faria bem melhor do que andar nesta contabilidade de saber quanto vai ter de desembolsar para manter na miséria os que da miséria tentam fugir.
LNT
[0.206/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXXXVI ]

Restaurante Tavares
Tavares - Lisboa - Portugal
LNT
[0.205/2015]

Coisas que estranho

Registo PS
Por exemplo, ouvir o Secretário-geral do PS fazer o discurso do 42º aniversário do PS e, de entre as diversas nomeações que fez, não ter citado Ramos da Costa e principalmente Manuel Tito de Morais que, para além de ter sido o grande obreiro e organizador do PS, registou a marca “Partido Socialista”.

Como disse Manuel Alegre em 89.04.26:
"Ainda não havia o Partido Socialista mas havia o Tito. E o Tito já era o PS antes do PS o ser."
São os tempos que correm.
LNT
[0.204/2015]

sábado, 18 de abril de 2015

Mariano Gago

Mariano GagoConheci Mariano Gago quando, por força do cargo que exerci no Alto-comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, foi necessário estabelecer uma cooperação apertada com a Ciência e Tecnologia – Quadro Comunitário de Apoio 2000/6 (POSI) - para se concretizarem protocolos de igualdade de oportunidades do Programa Cidades Digitais que dotassem as Associações com projectos de formação e meios tecnológicos capazes de proporcionar valências de qualificação facilitadoras da integração dessas comunidades.

Foi uma relação profissional patrocinada pelos então Ministro da Ciência e Tecnologia (Mariano Gago) e pelo Alto-comissário para a Imigração e Minorias Étnicas (José Leitão) que nos permitiu, como técnicos, instalar tecnologia no terreno e, em trabalho de campo, formar monitores e apoiar a formação de utilizadores com valências informáticas que proporcionaram acessos ao mercado de trabalho através do combate à info-exclusão ao mesmo tempo que ligavam as comunidades em rede e lhes facilitavam a comunicação com seus países de origem.

A inteligência e abertura de Mariano Gago para estas questões foi determinante no sucesso desses projectos. A sua sensibilidade como educador e a sua visão humanista também aqui revelaram a excepção do seu carácter.

Esta nota é mais um contributo para a homenagem que todos lhe devemos, também, enquanto comunidade multicultural.
LNT
[0.203/2015]

Se isto não é um cretino, então o que será um cretino?

Passos CoelhoO Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, fez, como lhe competia, um elogio fúnebre a Mariano Gago, um dos nossos cientistas destacados e um dos mais relevantes impulsionadores da ciência em Portugal nas últimas décadas.

Fez o que devia porque Mariano Gago, ao contrário de Passos Coelho, foi um ilustre português que batalhou ao serviço do bem comum e em prol do desenvolvimento da ciência com o intuito de criar inteligência e de fomentar o desenvolvimento tecnológico capaz de qualificar as últimas gerações com competências e certificação reconhecidas internacionalmente.

No entanto, Passos coelho, não resistiu a iniciar as suas palavras de homenagem com um:

Apesar de ter servido em Governos do Partido Socialista…”

Se isto não é de um cretino, então do que será feito um cretino?
LNT
[0.202/2015]

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Nós vos glorificamos, senhor, porque nos salvaste

Cavaco SilvaSerá que o último discurso de Cavaco no vinte e cinco do quatro (alegrem-se, será o último que profere nessa data e continua a contagem decrescente para que dele nos vejamos livres) vai andar à volta da temática do entendimento, mesmo depois de se saber, por Passos Coelho, que não há entendimento possível com o PS e que com o CDS também gostaria que não houvesse?

Ou será que a última homilia da data, que teremos de gramar proferida por Sua Excelência Inutilissima, versará o seu ego como se questionasse o espelho mágico para saber se há alguém mais belo e melhor binascido do que ele?

E nós arreliados por ainda não sabermos em que dia se realizará a tomada de posse do novo Presidente da República, seja ele quem for, para podermos pôr nos nossos Blogs um daqueles relógios que contam os segundos, as horas, os dias e os meses, para festejar.

Como Dali e Picasso já não pintam, quem será o artista surrealista ou cubista que o irá imortalizar na galeria dos presidentes? Ou será que ficará perpetuado, a seguir ao Paula Rego de Sampaio, por um trinado estridente de Katia Guerreiro?
LNT
[0.200/2015]

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Já fui feliz aqui [ MDXXXIV ]

Günter Grass
Günter Grass - Almancil - Portugal
LNT
[0.199/2015]

Contributos para a natalidade

Lá, onde estiveres Percy Sledge, sabe que foste um dos maiores impulsionadores do crescimento da natalidade.

Lá, onde estiveres, fica sabendo que a minha geração não esquecerá que a ensinaste sobre o que era dançar um slow agarradinho.
LNT
[0.198/2015]

sábado, 11 de abril de 2015

O não candidato

Guterres ONUQuando uma mão cheia de deputados do Partido Socialista, ainda resquícios dos idos de Sócrates, sentiram que a segunda vitória de António José Seguro (Europeias) fazia perigar a sua inclusão nas listas dos deputados deste ano, inventaram uma intentona no PS com o objectivo de derrubar a direcção eleita democraticamente.

Reuniram ao seu coro de bota-abaixo os comentadores de regime, alargaram a pressão junto dos media levando os televisivos (Quadratura, Marcelo, Mendes e quejandos) a apoiar o seu movimento e conseguiram, com sucesso, fazer passar a ideia de que aquilo que estava em jogo era uma mudança de Secretário-geral para conseguir dar novo impulso no arrebanhar de votos das legislativas agora à porta.

Faltava-lhes um líder porque, depois de terem queimado Assiz e deste se ter feito cabeça de lista nas Europeias, não tinham qualquer veleidade para apresentar um dos homens de Sócrates para o combate.

António Costa, tudo fazia prever pelos avanços e recuos anteriores, posicionava-se nessa altura para voar da Câmara de Lisboa para o Palácio de Belém, até porque Seguro estava reeleito e, seguindo a tradição de sempre, seria o próximo Primeiro-ministro caso o PS vencesse (como se previa) as legislativas.

Lançaram a pantomima de Guterres ser o candidato do PS à Presidência da República coisa que, aliás, já haviam feito anos antes quando Sócrates se bateu contra Alegre e J. Soares para a liderança do Partido.

Costa sentiu-se ameaçado e deu o corpo às balas, abrindo a caixa de pandora que não mais garantirá que os SG do PS possam ver os seus mandatos cumpridos pelo prazo para que forem eleitos.

Seguro respondeu mal ao desafio. Em vez de ter, de imediato, convocado um Congresso Nacional para debelar a rebelião, inventou uma eleição de candidato a primeiro-ministro aberta a “simpatizantes” sem ter tido o discernimento de que esses “simpatizantes” – muitos dos quais declarados apoiantes do Livre e de Marinho e Pinto - iriam destruir a coesão interna, como se verificou.

Costa foi eleito candidato a PM e, com a demissão de Seguro, foi também eleito SG do PS.

Perdeu-se um futuro Presidente da República jovem (Costa) e perdeu-se um Primeiro-ministro de qualidade (Seguro). Desagregou-se o maior Partido da esquerda portuguesa. As vitórias de Pirro (Autárquicas e Europeias) passaram a ser derrotas calamitosas (Madeira 2015). As próximas legislativas irão ser aquilo que se verá e Guterres, que nunca foi candidato a PR, acabou por ter de declarar que não está nessa corrida.

Foi uma estratégia de Pirro. Salvaram-se os lugares de deputados de quem os tinha visto em risco e garantiu-se a quota socrática no que aí vem.

Parabéns à prima.
LNT
[0.196/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXXXII ]

Praia D'el Rey
Praia D'el Rey - Óbidos - Portugal
LNT
[0.195/2015]

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Sugestões para o programa eleitoral do PS [ II ]

Sugestões para o programa eleitoral do PS [ I ]

Up

. - Extinguir a CRESAP (Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública)

Para faz-de-conta já basta o que basta e poupa-se um dinheirão.
LNT
[0.193/2015]

Não há Governos que queiram o pior para o seu povo

Like a virgin PiggyTambém acredito nisto.

Não passa pela cabeça de alguém que existam pessoas que se candidatem a eleições e as vençam com o intuito de fazerem mal aos que vão governar.

Mas passa-me pela cabeça que haja quem vá a votos com o intuito de beneficiar uma mão cheia de muito poucos ainda que, em campanha, passe mensagens falsas e promessas mentirosas que sabe não ir cumprir com a intenção de recrutar os boletins necessários.

Não há governos que queiram o pior para o povo mas há governantes que julgam que o melhor para o povo é a privação e a expiação. A coisa até existe nas religiões sabendo-se que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar nos reinos do Céu.

Sejam pois empobrecidos e gratos.

Poderão não ter umas dezenas de virgens à vossa espera mas também a quem importa o trabalho de as desvirginar?
LNT
[0.192/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXXXI ]

Arraiolos
Arraiolos - Alentejo - Portugal
LNT
[0.191/2015]

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Ora bolas

Eu à espera que o novo Presidente da Câmara viesse anunciar que ia tapar os buracos das ruas onde estoiro o meu carro e ele anuncia que quer trazer mais 5000 famílias para Lisboa para me fazerem companhia no estoiro.
LNT
[0.190/2015]

Almofadas

AlmofadasContinua a conversa “governar de forma responsável” enchendo os cofres de dívida.

Para quem tanto apregoou que se andavam a empenhar as gerações futuras, ficamos esclarecidos.

Ainda mais quando se empurram milhares de jovens (as gerações futuras) para fora da sua zona de conforto mandando-os emigrar, alavancando (ou avacalhando) o aforro improdutivo em detrimento do investimento capaz de fazer retornar essas gerações .

Maria Luíz e Passos Coelho, no seu melhor delírio eleitoralista, preferem aumentar a dívida para se gabarem que encheram o pote a amortizá-la aproveitando a quebra de juros.

Dizem que são almofadas. Querem-nos a dormir.
LNT
[0.189/2015]

Aleluia

PS Cartazes
LNT
[0.188/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXXX ]

SeaWorld
SeaWorld - Orlando - USA
LNT
[0.187/2015]