quinta-feira, 8 de abril de 2010

Coisas do sobrenatural

25

Manuel Alegre
"O miúdo que pedalava num carro de quatro rodas poderia dizer, como eu próprio já disse: Isto é o que sei de literatura.

Mas ainda falta acrescentar que o miúdo que tocava piano sobre a mesa viu Miguel Torga no hospital segurando o caderno e a caneta como quem, no campo de batalha, ferido de morte, não larga as armas. Eram já poucas as forças, mas a mão mantinha-se firme na caneta e no caderno. Não queria ser apanhado desprevenido (ou desarmado) se uma vez mais lhe aparecesse aquele primeiro verso, que sempre nos é dado, como costumava dizer. Estava preparado, porque nunca se sabe, como se diz na Bíblia, quando vem o sopro e de que lado sopra. A terra respira de muitas formas. Pela boca do vulcão Santiago, pela flauta de Camilo Pessanha, pela grafia do poeta que escrevia pela noite dentro, pelas primeiras e pelas últimas palavras de Sophia e, sobretudo, pela sua entoação de um ritmo já só ritmo. E pelo pulso de Miguel Torga, por aquela mão antiga a segurar o caderno e a empunhar a caneta até ao fim."
Um poema feito prosa pela mão de um poeta presidente, coisa que não pode deixar um País indiferente.
LNT
[0.134/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCXXIII ]

O miudo que pregava pregos numa tábua
O miúdo que pregava pregos numa tábua - Manuel Alegre - Lisboa - Portugal
LNT
[0.133/2010]

terça-feira, 6 de abril de 2010

Para que a praça da canção não seja uma ilusão

João SoaresOuvi, com a atenção do costume, a entrevista que João Soares deu no passado fim-de-semana ao Rádio Clube Português.

João Soares merece-me esse tempo de atenção. Ouvi-lo permite-me com ele concordar em muito e em muito discordar, um hábito de décadas que quase sempre nos fizeram estar do mesmo lado da barricada quando o combate foi externo e muitas vezes em oposição dentro do PS.

A excepção externa foi a anterior candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República, que espero não se venha a repetir, mas que foi e é um ponto de divergência no conceito do papel fundamental do Presidente da República, que João Soares trata com displicência chegando ao limite de nele (no papel) ainda ver semelhanças com o de corta-fitas da ditadura.

Voltei a ouvir João Soares falar num candidato do PS, coisa inexistente, porque estamos a falar de candidatos à Presidência da República. As forças partidárias devem prescindir da tentação de querer na Presidência da República uma extensão da sua hierarquia.

É um conceito fácil de entender e basta a João Soares lembrar-se do slogan que tantas vezes repetiu: - "o Presidente de todos os portugueses" – para não falar no candidato do PS. O candidato do PS à presidência é eleito no seu Congresso Nacional e destina-se a presidir ao Partido Socialista.

Manuel Alegre não tem, nem deve, ser o candidato do PS. Tem e deve ser um candidato nacional que se compromete com os seus eleitores a cumprir e fazer cumprir a Constituição sem subordinar essa missão aos interesses de uma ou outra força política.

O Partido Socialista e as outras forças de esquerda, apoiarão um ou outro candidato e aconselharão os seus militantes a votarem no candidato que melhores garantias dá para o bom e independente, mas não indiferente, desempenho do cargo.

Não se espera do PS que tente impor um candidato porque isso resultará, como é patente, na vitória do quadrante político de sinal contrário, ainda para mais numa disputa em que o candidato que federa a direita portuguesa se candidata à sua própria sucessão.

Falamos de política, de interesse nacional e da visão política. Confundir isto com tricas pessoais e familiares ou com estados de alma só poderá levar o actual líder da direita, em si representada, a manter o poder por mais cinco anos.
LNT
[0.132/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCXXII ]

Museu da Marinha
Museu da Marinha - Lisboa - Portugal
LNT
[0.131/2010]

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Dominus vobiscum

AviãoHá dias de imensa nostalgia, mesmo sendo dias azuis como o de hoje em que só falta o fumo gordo das sardinhas para que se julgue ser já tempo de ripanço e banhos de mar.

Há dias assim, em que a coisa "ser pai" sai assustadoramente do esconderijo, sacada por um beijo repenicado e pelo agitar das asas.

Há dias que não valem horas, dias egoisticamente sôfregos de extinção.

Dominus vobiscum
LNT
[0.130/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCXXI ]

Porto Côvo
Porto Côvo - Alentejo - Portugal
LNT
[0.129/2010]

sábado, 3 de abril de 2010

Tempo de ser ovíparo

Cão com coelho na bocaNeste tempo em que os coelhos andam numa roda-viva para conseguirem o impossível, isto é, passarem de vivíparos a ovíparos, ainda por cima choco-ovíparos, a concentração esvai-se em sonhos gulosos e distraiam-se dos predadores.

Há coelhos e coelhas que aguardam a altura pascal para irem a votos, outros que emergem da cartola dos magos e outros ainda que, embalados pela florescência primaveril, desatam a correr sem rumo com o intuito de apurar a banalidade de saber se precederam os ovos ou se foram por eles precedidos.

Seja como for, coelhos e ovos combinam e, se a magia branca é a característica da época, que se concretize nas doçuras de um mistério da fé.

Votos para que os láparos se mantenham atentos e doces e que, como para todos vós, tenham aquilo que se designa por uma Santa Páscoa.
LNT
[0.128/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCXX ]

Manifesto Contra a Racionalidade
Manifesto Contra a Racionalidade - João Gomes de Almeida - Portugal
LNT
[0.127/2010]

quarta-feira, 31 de março de 2010

Downgrade no PPD?

Pirilampo Laranja

Se até agora a bancada do PPD era dirigida nos debates com o Primeiro-ministro por Branco, hoje é dirigida por Branquinho.

O PPD fez o downgrade português acrescentando valor negativo por imposição do diminuitivo.

Portugal dos pequeninos, ou dos pequenitos, ou dos pequenininhos, ou dos pequerruchos, ou dos pequenotes. Portugalito.
LNT
[0.126/2010]

Repastos magricelas

Ceias
LNT
[0.125/2010]

domingo, 28 de março de 2010

Colaborador da Semana [ XCIV ]

Pacheka Adivinharam.

A nossa colaboradora da semana é Pacheka Marmeleira, moça de farta pilosidade que a caracteriza, desde os tempos gloriosos em que lia Mao e guinchava slogans sobre a classe operária com a mesma convicção com que hoje guincha outros sobre a intelectualidade marmelense, como colaboradora de grande profundidade e muito acerto.

Essa característica (a pilosidade) fá-la ser uma das mais concorridas colaboradoras desta casa embora sempre que as suas colegas votam, ela fique reduzida à ínfima espécie. No entanto o agrado que provoca nos líderes da comunicação social que nos visitam e que estão sempre abertos a dar-lhe mais um lugar de relevo, embevecidos com a sua tendência para a auto-satisfação, atrai fortes capitais aos cofres do estabelecimento e levam a mulher-barbada ao patamar das contempladas com o galardão da semana.

A sempre derrotada nas urnas, mas sempre relevante nas massagens tântricas do ego, Pacheka Marmeleira, é marinheira de águas doces mas usa os binóculos do poder com mestria de patrão de costa. É aquilo a que se chama "moeda boa".

Está de parabéns por mais esta derrota, merece o destaque.
LNT
[0.123/2010]

Contraditório: Ferro ferrugem

ModelosEstimado Sr. Amigo Barbeiro Luís,

deste maravilhoso cantinho da Europa, não podia deixar de responder ao resumo publicado da nossa ultima conversa que ocorreu enquanto você me cortava o cabelo e a sua colaboradora querida me tratava dos pés.

Sendo um crente (não na natureza humana) mas naqueles que positivamente tentam participar com os seus pares na construção de algo positivo para a nossa sociedade e ter verificado que o sua estimada cliente C.C. comentou o seu resumo, senti na minha obrigação de sair do anonimato, para clarificar e desafiá-lo e à sua clientela para um debate ideológico do qual temos muitas saudades.

Gostaria de partilhar consigo e com a sua clientela a minha relação privilegiada com os mortos, para não nos esquecermos deles, de modo a incorporar as suas experiências na nossa capacidade de aprendizagem (essa aprendizagem não tem sido famosa).

É evidente que não será neste comentário que conseguiremos partilhar toda a nossa história (vivos e mortos) mas gostaria que ficasse claro a diferença entre os que são crentes, os que constroem, empreendedores, positivos, que trabalham por objectivos (caso não tenham salário), em suma, os que põem os interesses colectivos antes dos interesses individuais, que tem consciência da sua utilidade na sociedade e na construção da riqueza (caso contrário não sobrevivem), dos que são desconfiados, destruidores, negativistas que põem os interesses individuais antes dos interesses colectivos, que têm o salário garantido (mesmo que reduzido, faça chuva ou sol) e que não têm consciência que a sua inutilidade não contribui para o bem colectivo, nem para a criação de riqueza (bem pelo contrário).

Concordo com a sua estimada cliente C.C. Somos um povo fora de série, enquadrados em qualquer nível hierárquico, em qualquer desafio em qualquer parte do mundo somos os melhores, mas infelizmente neste paraíso, não.

Em conclusão, e sendo este (assim o espero) um inicio de uma reflexão construtiva, positiva, de acção local para que este maravilhoso nosso país (sim, já sou português) se torne um atractivo para os nossos filhos.

Deixemos as pedras, e unamo-nos em torno de algo maior que nos dê uma sensação de utilidade (os nossos filhos irão agradecer). Temos um país maravilhoso, de pessoas extremamente criativas, um lugar único para se viver na Europa; porque não transformá-lo num paraíso?

Terei todo prazer, da próxima vez que for cortar o cabelo e arranjar os pés, de debater convosco os ensinamentos dos mortos e da experiência do passado das nossas sociedades, para que possamos não ser aliciados a cometer erros (os de sempre) no presente e no futuro (os ciclos repetem-se) apenas por questões de vaidade pessoal ou interesses de sobrevivência individual ou corporativista assentes no mais genuíno que a natureza humana têm: a inveja.

Um grande abraço para si e para a suas colaboradoras principalmente para a Bunny di Paços de que tanto iremos ouvir falar nos próximos tempos.

O amigo de Buda
editado por LNT a partir da caixa dos comentários
[0.122/2010]

Rangel/Rabbit

Roger RabbitOs parabéns vão para Passos Coelho que conseguiu, como muito bem lembra o João Espinho, 60% dos votos do PSD. Quer isto dizer que a Social-democracia portuguesa de hoje está somente representada pelo Partido Socialista, que os barões, os sulistas e a linha Lisboa/Cascais do PSD ficaram na oposição, que os Cavaco-Leitistas-Pachequistas se reduziram a margens Brancas (embora sonantes em São Bento, nas televisões e no Abrupto) e que os Rangel-Barrosistas-Jardinistas têm a representação dificultada pela ausência de voz no "Contnente", embora se adivinhem estridentes em Bruxelas e na Pérola.

Ainda bem. Agora as coisas começam a ser mais claras caso, claro, o liberalismo de Passos Coelho seja mais do que a conversa que o fez ascender à liderança do PPD/PSD.

Aguardamos a desnacionalização urgente da CGD, a desnacionalização dos funcionários públicos e as restantes medidas de aperto que o PS não teve coragem de fazer incluir no PEC.

Passos Coelho está de parabéns pela vitória.

Espero que tenha sucesso nesta sua passagem pela liderança da oposição e desejo-lhe muitos e bons anos nessa condição.
LNT
[0.121/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCXVIII ]

Marselha
Marselha - França
LNT
[0.120/2010]

sexta-feira, 26 de março de 2010

Estilhaços

Cartaz proibido - PSD

O desconjuntado “maior partido da oposição”, que tudo faz para manter esse título, vai hoje a votos de militância e quotas pagas.

Ao contrário do que tentam fazer crer as suas extensões comunicacionais impressas em letra de jornal, não foi o universo com as quotas pagas que foi sondado mas sim a Nação Lusitana continental que, tal como eu e mais uns milhões, não tem quotas popular-democratas para pagar, nem o cartão das setas, nem as mordomias que a aurícula direita do centralão tem na oposição.

Por isso aquela sondagem que hoje está a tentar influenciar os barões, baronetes e outros membros da desavinda família laranja é mesmo só: - Um instrumento de contra-informação, um macatrefeano monumento ao apelo do voto no cheiro do poder.

Os irmãos laranja vão hoje a votos em busca de mais um líder de transição, como já disse o mago-sábio professor da televisão. Basta-lhe um voto a mais numa minoria para liderar o próximo ano de fratricídio. As mãos já não têm dedos que cheguem para contar tanto senhorio da messe da Buenos Aires.

Venha então de lá o senhor que se segue e esperemos que o escolhido, se chegar a ser poder, não troque a Nação pela União.
LNT
[0.119/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCXVII ]

Manif anti-gerra Iraque
Manif contra a invasão do Iraque - Lisboa - Portugal
LNT
[0.118/2010]

quarta-feira, 24 de março de 2010

Ferro ferrugem

SputnikTenho um amigo oriundo da cortina de ferro que gosta de falar a língua dos mortos. Se falamos de economia cita mil vezes Keynes, Hayec, Friedman ou Smith, se falamos de outras gestões saca de modelos e ciclos, finlandeses, de Silicon Valley e outros e, se falamos de ciências ocultas, evoca o barbudo ou a terra do Donald Duck.

Mas não só disserta, como demonstra e teima. Teima que os mortos são melhores do que os vivos porque consegue ler os mortos e nos vivos, mesmo quando os lê, só encontra menções aos mortos.

Esse meu amigo que nasceu na cortina de ferro acredita que há Europas dentro da União Europeia, umas a norte, protestantes e trabalhadoras e outras a sul, católicas e preguiçosas que só por acidente não são África porque Deus teve um lapso quando atirou com a água do Mediterrâneo um pouco mais abaixo do que deveria.

Nós, os barbeiros teólogos, sabemos que este conceito de erro é a própria negação de Deus, Entidade não susceptível de o cometer. Se as águas nos separam é porque há algo de inatingível que assim o faz ser, alguma coisa sábia que só cogitaremos quando formos divinos.

Esse meu amigo, nado e criado entre a cortina de ferro, os Champs-Élysées e Lisboa, diz que o Duna é azul, que la Seine é verde e que o Tejo só mistura as duas cores porque tem estuário no Bugio, entre a Caparica e Oeiras, em Atlântico aberto, ao contrário de la Seine que desagua na Mancha e do Duna da sua terra que deixa de ser rio quando se escapa para a Croácia.

Ele crê, esse meu amigo que nasceu para lá da cortina de ferro, entre Buda e Peste, que os mortos que lhe falam e de quem ele fala e sobre quem estuda, ainda estão vivos.

Mesmo depois do Globo se ter atrasado na rotação, de Bernard Madoff ter sido preso e de Obama ter ensaiado o SNS americano.
LNT
[0.117/2010]

Não esquecer

de ir ao Blasfémias para deixar os parabéns ao Gabriel Silva, que hoje faz anos.

O melhor é mesmo ir ao último post do Gabriel onde ele recasca nos socialistas (os socialistas têm as costas largas) e deixar-lhe na caixa de comentários... uma liberal salva de palmas :)
LNT
[0.116/2010]

terça-feira, 23 de março de 2010

Resquícios salazarentos

Serpente Basílica da EstrelaPor razões que para aqui não interessam desloquei-me ontem a Setúbal onde aproveitei, uma vez mais, para ser feliz. Usei a Vasco da Gama para ir, e a Vinte e Cinco de Abril para vir. Duas perspectivas da capital, uma mais alta do que a outra, uma mais metálica do que a outra, uma mais salazarenta do que a outra.

A Vasco da Gama, uma solução do Portugal democrático do bloco central, iniciada por Cavaco e terminada por Guterres, faz o seu percurso pelo mar da palha e, à boa maneira do centralão, serpenteia entre o sapal, os flamingos, as salinas e o pântano, terra de enguias e casulo.

A Vinte e Cinco de Abril, uma solução do Portugal continental, insular e ultramarino da União Nacional, iniciada e acabada por Salazar e inaugurada por Cerejeira, faz o seu percurso pela península sadina, e à boa maneira da união, estrangula-se na Coina para pagar portagem e receber de troco obras que duram há anos e não proporcionam prazer.

Comparo e concluo que este é o paradigma português. Entre a modernidade das três faixas que permitem um fluxo abundante e lubrificam o trânsito e o passadismo do estrangulamento do garrafão e dos constrangimentos de Santa Engrácia, continuamos na senda dos impasses sendo certo que um é mais frustrante do que o outro porque, uma Nação que, pouco abaixo do seu umbigo, se estrangula na Coina e mantém a Coina em obras há tantos anos, não pode ter um povo feliz.
LNT
[0.115/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCXVI ]

Setúbal
Setúbal (à noite)- Portugal
LNT
[0.114/2010]

segunda-feira, 22 de março de 2010

Estoques e picadores

Botero
"Se há qualquer comentário a fazer, que seja o presidente da Assembleia da República, em defesa da instituição parlamentar."
Curiosas palavras de João Bosco Mota Amaral.
Efectivamente compete ao PAR fazer a defesa da Assembleia da República, embora ela seja igualmente da responsabilidade de cada deputado, dada a sua condição de avo do órgão de soberania.

Quando um grupo de deputados se prepara para esbanjar mais uns milhares de euros, numa altura em que se exige bom senso e rédea curta nas despesas públicas, com o exclusivo intuito de prosseguirem a chicana política iniciada com a designada “Comissão de Ética” que teve momentos altos na propaganda de T-shirts com slogans e na citação de telefonemas para o Rei de Espanha, prevê-se que a rábula ainda vai no adro.

A convocatória de um Primeiro-ministro para responder em comissão parlamentar não é um acto que possa ser tomado de ânimo leve. Se esse acto for só para, uma vez mais, lançar a lama para a ventoinha em total desrespeito pelos sacrifícios que são pedidos aos portugueses em vez de se utilizarem os recursos em coisas úteis, como por exemplo criar comissões para prestígio da AR que reduzam os privilégios acumulados e formem os deputados em assuntos de relevo para defesa das populações, não haverá palavras do Presidente da AR que consigam fazer a defesa do Parlamento na opinião pública.

Das declarações de Sócrates não retiro que ele ataque a instituição parlamentar. Vejo esse ataque na irresponsabilidade dos titulares que persistem na inutilidade da sua acção.
LNT
[0.113/2010]