segunda-feira, 25 de abril de 2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

We all live in a yellow submarine

TridenteA argumentação de que estávamos em desafogo quando Portas se meteu a fazer o negócio dos submarinos é tão válida como o lastro das contrapartidas que na altura fez questão de insinuar.

Faz-me lembrar aquelas coisas que o guru Medina diz, depois de se ter lambuzado toda a vida no pote de mel, enquanto chupa os dedos para ver se arranca o ferrão da abelha-mestra que ajudou a matar. Ou os mega sonhos dos patos-bravos e das gentes do betão e do aço.

São as chafurdices habituais de quem sempre se safou, governando-se com o esforço de todos aqueles a quem hoje apontam o dedo dizendo-lhes que têm de mudar de vida para que eles usufruam o direito adquirido per omnia saecula seculorum, ou até que o mafarrico os leve.

Os desperdícios dos tempos de “desafogo” foram a causa do nosso sufoco de hoje. Se os tivessem rentabilizado e lhes tivessem dado utilidade poderíamos ser muito mais felizes.

E na loucura pedimos sempre mais para pagar o que pedimos anteriormente. Uma espécie de suicídio colectivo que vai acumulando juros com empréstimos. A lógica das “engenharias financeiras” que tanto varreram para debaixo dos tapetes que agora impossibilitam que se lhes passe por cima.

Vivemos num submarino amarelo despressurizado e em águas profundas a aguardar que o peso da coluna de água não escancare a lata que percepcionamos protecção da inevitável morte afogada. Ou largamos os contrapesos para emergir ou vamos (com eles) servir de repasto dos tubarões.
LNT
[0.136/2011]

Já fui feliz aqui [ DCCCLXXXVII ]

Escola de Condução
Escola de Condução S.Cristóvão - Av. João XXI - Lisboa - Portugal
LNT
[0.135/2011]

terça-feira, 19 de abril de 2011

Cheira a pólvora

Arame FarpadoDe mansinho, muito de mansinho, começa a cheirar a pólvora. Foi sempre assim que os humanos resolveram os problemas quando eles se transformaram em questões globais (embora a globalidade tenha aumentado de volume).

Depois da II Grande Guerra, os equilíbrios criados e a memória da brutalidade ajudou a que os paióis só se esvaziassem em brigas locais mas nem a memória é o que era, nem os equilíbrios existem e nem a indústria aguenta tanta paz.

Já não é o Mundo que está perigoso, é o próprio perigo que não convence e a ganância do imediato que se suicida.

Parece que nada serve ao que está e que a inovação se limita à tecnologia.

Cheira a pólvora e a sangue, mesmo que a pólvora de hoje possa não ser de fulminante e o sangue possa não tinjir fardas.
LNT
[0.134/2011]

Já fui feliz aqui [ DCCCLXXXVI ]

NASA
NASA - Florida - USA
LNT
[0.133/2011]

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Labreguices

Burro1. Passos Coelho referiu, em tempos, que num almoço (ou jantar) "comicieiro" na Madeira um finlandês o terá abordado para lhe dizer que: "esperava que a conta daquele almoço não tivesse de vir a ser paga pelos seus impostos na Finlândia". Passos Coelho, que pretende ser Primeiro-Ministro de Portugal, não informou o que terá respondido mas entende-se que não lhe deu a única resposta possível perante a arrogância e que seria a de que os finlandeses, o FMI e outros, não estão a fazer caridade mas sim um negócio, um dos mais prósperos e antigos negócios que consiste em emprestar dinheiro em troca de mais dinheiro (o dinheiro + os juros). Ficou patente a labreguice de quem nos pretende representar como dirigente do executivo da República.

2. A estória de fazer de Basílio Horta o cabeça de uma das listas distritais do Partido Socialista é uma habilidade política, mais uma, que só serve para manter o rumo do desprestígio da política nacional. Não porque Basílio Horta não seja um excelente cidadão que mereça todo o respeito, mas pelo desrespeito que representa entregar a representação programática de um Partido na mão de um cidadão que nela não se revê. A labreguice não se dirige a Basílio Horta mas sim a quem o escolheu.

3. Fernando Nobre continua na senda da asneira. Depois de ter dado o dito por não dito atrelado à "supremacia dos independentes" e ao desconhecimento das regras constitucionais, o que é grave para quem pretendeu ser Presidente da República, declara agora (noticiários da manhã) que depois das eleições saberá se há condições ou não para ser "nomeado" Presidente da Assembleia da República. Notem bem, "nomeado" quando o cargo é de eleição entre os seus pares. Não há limites para a labreguice em que estamos mergulhados.

Depois admiram-se que lá fora nos percepcionem como labregos, não no sentido de aldeões, mas no de rudes e de grosseiros.
LNT
[0.132/2011]

Já fui feliz aqui [ DCCCLXXXV ]

Crazy Horse
Crazy Horse - Paris - França
LNT
[0.131/2011]

sábado, 16 de abril de 2011

Comentários

BarbeiroTal como há uns meses atrás, este blog tem sido objecto dos comentários mais estranhos, mais publicitários, spam e do pior gosto, normalmente objecto da cobardia de quem, servindo-se do anonimato, se entretém com ataques e ofensas.

Dá muito trabalho ter de monitorizar toda essa actividade e tenho tido o tempo demasiado ocupado para o poder perder com esse tipo de actividades.

Sempre que as audiências crescem ou se aproximam campanhas eleitorais estas situações repetem-se. Como na minha ideia de manter este espaço não se inclui a perda de tempo com este tipo de actividades, passo a optar, pelo menos durante algum tempo, por manter os comentários mas submetê-los a aprovação prévia.

Foi coisa que sempre evitei ao longo dos muitos anos que tenho de blogosfera por respeito a quem me visita. Não se trata de concordância ou desacordo, porque isso faz parte das regras de quem publica em blogs. Antes é uma decisão que se destina a poupar os meus leitores e a mim próprio.
LNT
[0.130/2011]