sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Já fui feliz aqui [ M ]

Les uns et les autres

Les uns et les autres - Claude Lelouch

Com este filme, um dos da minha vida, comemora-se o nº 1.000 da rubrica "Já fui feliz aqui".

É uma série que já foi muito citada, criticada e analisada pelos meus vizinhos de outros blogs mas que não passa de um separador diário, uma particularidade desta Barbearia para que, em cada dia a anteceder o primeiro texto, se faça lembrar ao seu autor que a vida é cheia de bons momentos.

Já todos nós fomos muito felizes em algum lugar, em alguma coisa e com alguém, nem que tenha sido só por instantes. Evocar esses momentos é um exercício de saúde mental, uma terapia para o desalento, um segundo de ânimo e um incentivo para continuar.
LNT
[0.504/2011]

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Al-mukhaddâ

Almofada PSDO prefixo “al” denuncia a origem árabe da palavra "almofada" e o Priberam dá-lhe coxim por sinónimo, o que merece a minha concordância e preferência, até porque o verbo almofadar também significa enchumaçar.

Adelante!

Falemos então de coxins, daqueles que se usam na indústria naval (à excepção da especializada em submarinos) para evitar que os cabos rocem. Estes revestimentos tecidos destinam-se, tal como disse no parágrafo anterior, a "evitar" e é neste evitar que está o diabo porque é o tal detalhe a que se referiu o nosso Presidente antes de embarcar para a gringolândia com o seu séquito feudal.

O Ministro dos Impostos anda descorçoado. Ele tinha determinado cortar salários aos trabalhadores do Estado para conseguir as verbas com que iria despedir 100.000 desses trabalhadores e não para almofadar o Orçamento de Estado de 2012.

Por isso, quando Seguro fala em almofadas, saem-lhe ao caminho os galgos amestrados a ganir que deve ter cuidado para que a senhora alemã e o pai da Guilia não o passem a considerar como mau aluno por não saber distinguir um coxim, de um fundo de despedimento.
LNT
[0.503/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXCIX ]

Mon oncle d'Amerique
O meu tio da América - Alain Resnais
LNT
[0.502/2011]

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Moiral a caminho do pasto americano

Vaca IndioParece que Sua Excelência evocou a lenda do Moiral para demonstrar aos portugueses a sua infinita sabedoria económico-financeira e doutrinar o rebanho no seu pensamento de como sair do atoleiro em que ele, e outros como ele, enfiaram o ovelhame.

Conta a lenda do Moiral, segundo reza Sexa, que:
"Para esse Moiral, que conduzia ao longo dos séculos os seus rebanhos para as terras altas, não havia fim-de-semana, não havia férias, não havia feriados, não havia tão pouco pontes em nenhumas circunstâncias"
o que chega para entender que, mesmo com a adaptação de remate feita aos tempos modernos, o pensamento de pobreza expresso por Passos Coelho e Portas é fundamentado na pastorícia.

Os laivos anteriores relativos à bovinidade, sorriso das vacas e o bom comportamento das bestas a caminho da ordenha, já nos tinham dado a dica do regresso à teoria dos bons alunos dos tempos áureos do cavaquismo.

Um rebanho quer-se submisso, ordeiro, crente no destino e no fado. É o conceito do dia da raça que Sua Excelência gosta de evocar quando fala de Camões. Possivelmente por nunca o ter lido, possivelmente por entender que a epopeia portuguesa para chegar à canela e à pimenta só se deveu a lideres poderosos rodeados de marujos pobres a penar de escorbuto.

Enquanto o Moiral embarca para terra ianque o rebanho que leva ao cajado já se lambe a pensar na relva verdejante da Casa Branca. Oxalá o cão de água português das filhas de Michelle não lhes morda nas canelas.
LNT
[0.501/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXCVIII ]

Jack Nicholson
Jack Nicholson - Voando sobre um ninho de cucos
LNT
[0.500/2011]

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ainda pensa oferecer um Cartão FNAC Tanto neste Natal?

Cartão Tanto FNACNão julguem que o caso do Cartão Oferta da FNAC – Tanto – está esquecido. Continuo à espera da resposta da ASAE na sequência da reclamação que fiz no Livro de Reclamações da Loja da FNAC do Colombo.

Entendo que a ASAE tem muito que fazer e que a altura do Natal não é boa ocasião para alertar os consumidores para o caso de apropriação de capitais que a FNAC está a fazer aos seus clientes.

Se se tratasse de um negócio de ciganos na feira de Carcavelos, eles já estariam em campo, mas meterem-se com a FNAC é como pedir a alguns bloguistas que estão sempre na linha da frente para uma publicidade ou publicação, que denunciem o caso.

A luta continua, como diria o Che pouco antes de morrer.

Nota: Não posso deixar de agradecer a todos os que já nos seus Blogs, Facebook, Twitter, Websites, Destaques SAPO, etc. têm feito eco desta questão. Entre eles e eMail contam-se milhares. Na comunicação social nem uma linha, porque a FNAC patrociona muita coisa.

Agradecimentos de hoje:
Tomás Vasques
Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos
Rui C. Branco
Economia e Finanças

LNT
[0.499/2011]

Αλέξης Ζορμπάς

NikitaO gesto de Papandreu que muito irritou as cabeças “bem formadas” foi uma pedrada no charco desta Europa que se deixa governar por botas cardadas e chinelos de tacão.

Finalmente alguém, que já nada tinha a perder, tratou de chamar a atenção de quem se arrisca a perder muito para o facto de que, mesmo em regime capitalista radical, a soberania dos Estados não é objecto de saldos. Pareceu louco, dizem, mas não foi sabujo, ao contrário dos suburbanos que por aí abundam.

Para Portugal, a loucura do grego foi ouro sobre azul. Durante uns dias o buraco da Madeira ficou tapado, o negócio do BPN pareceu uma brincadeira de crianças, os bandidos nacionais pareceram peças soltas e não uma teia cuidadosamente cerzida e a quadrilha da corrupção pareceu estar presa e não em liberdade.

Graças a Zorba até pareceu, por uns dias, que vivíamos em normalidade.
LNT
[0.498/2011]

Surdinas [ XV ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Para os que não entendem como é possível manter o apoio e ao mesmo tempo criticar uma atitude.

São dois os pontos:

1- Formal – Compete à Assembleia da República fazer o trabalho da Comissão. O OE deveria ter baixado a esta comissão para ser debatido e a divulgação das negociações teria de ser feita na sequência. É democraticamente estranho que as negociações de "gabinete" se sobreponham à vontade dos deputados;

2- Fiabilidade – O erro de António José Seguro foi acreditar na palavra de quem nunca a cumpre. Não terá sido um erro de ingenuidade mas sim de confiabilidade.
Passos Coelho, Portas, Relvas e comp.ª não são fiáveis. Basta comparar o que disseram antes e o que dizem hoje.
Os bastidores são importantes mas, numa democracia parlamentar, não podem sobrepor-se à mecânica constitucional.
AJS arrisca-se a ver a sua palavra posta em causa, como noutros acordos anteriores de surdina já aconteceu, principalmente se Portas ou Relvas entenderem que o amaciamento das grosserias lhes podem trazer vantagem pessoal.

O sede de protagonismo é lixada!
LNT
[0.497/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXCVII ]

Casablanca
Casablanca - Prendam os suspeitos do costume
LNT
[0.496/2011]