segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Janelas

MagritteTentaram, massacraram, encheram as televisões e jornais de espantalhos com papéis na mão a dizer que ele não defendia os que partiam e que não protegia os deserdados acantonados nas tribunas e que, a partir daí, minavam, massacravam e intrigavam com o objectivo de se manter no poder.

Acusaram que era ele que estava agarrado ao poder – a que tinha chegado por direito democrático.

Xingaram, moeram, roeram e tentaram, atirando para a frente quem se prontificasse a defender-lhes o lugar quando o tempo acabasse.

Correu-lhes mal uma vez. Fugiu-lhes a oportunidade à segunda e, sabendo que não haveria terceira e que agora teria de valer tudo, engendraram o medo.

Ofenderam, como nunca se tinha visto ofensa. Como não encontraram rabos-de-palha atiraram-se sem dó à competência – que ao contrário da sua incompetência não puderam provar, atiraram-se ao carácter – que ao contrário do deles se revelou firme e seguro, encostaram-se à propaganda que nunca os salvou – nem nos salvou – do estado em que nos deixaram.

E continuam a insultar - dizendo que são os outros que insultam e continuam no nada – dizendo-se iluminados pelo tudo e protegidos por uma mão escondida que já mostra as falangetas.

Não sabiam que do lado de cá não havia carneiros como se habituaram a pensar que havia.

Está quase. Cada voto conta e só depois de os contar, sondagens e manipulações à parte, haverá vencedores. Depois tudo se há-de compor.

Muita fumaça. O povo sereno
LNT
[0.310/2014]

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Silly season

No noticeGostaria de actualizar o blog mas tudo quanto se ouve e lê está tão desactualizado que mantenho a bloga no marasmo.

Cavaco continua nas termas, Coelho e Portas continuam a esgravatar no pote, o homem do Banco de Portugal continua em funções, os PS continuam a esperar que da destruição se faça luz, a economia continua à espera e os Conselhos de Ministros Extraordinários continuaram a ser Reuniões de Ministros.

Até o gato que não tenho continua a ter a mania que existe e o Verão que não houve continua a simular que agora é que vai ser.
LNT
[0.308/2014]

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Retornado

Toldo FechadoRegresso de férias, férias, para ficar de férias permanentes. Só agora começo a ter a percepção de que estou aposentado, isto é, que deixei de ter obrigação de aturar o que aturava e de ter de me levantar todos os dias para fazer aquilo que a “sociedade civil“, que é diferente da “sociedade militar” porque essa também tem o mesmo estatuto que eu próprio tinha, ou por outras palavras, o de uma cambada de esbanjadores que nada mais fazem do que esfolar preguiçosamente o povo, entendia ser uma função de servido e não de servidor.

Volto aqui, de onde nunca saí mas que me “desapeteceu” actualizar porque nada tinha para actualizar, para confirmar que volto na mesma.

Aliás, volto mais, porque volto como candidato a delegado suplente – como exigi (ser suplente) – ao Congresso Federativo do PS de Lisboa em apoio a António Galamba, em coerência com o meu posterior voto em António José Seguro, confirmando assim a confiança que nele depositei no ano passado e que não vejo qualquer razão para ser anulada.

De tudo o que ouvi e de todas as conversas que tive neste mês retiro que continuo no caminho correcto.

Adelante!
LNT
[0.306/2014]

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Sim partis antes

Falar por falarEu sei que devia estar muito satisfeito pela qualidade da democracia que o Partido Socialista quer atingir, mas confesso que me custa um sapo ser posto em pé de igualdade na eleição do candidato do PS a PM com pessoas que há um mês atrás apelavam ao voto noutras forças políticas. Sei que isto pode significar que esses cidadãos venham a votar no PS nas próximas legislativas mas não acredito que o façam porque, ao contrário de mim que estou no PS por convicção política, se não conseguirem eleger quem agora vão apoiar irão voltar a votar contra o PS.

No fundo, o que se está a promover é só o personalismo e isso é realmente um sapo inchado que me engasga.

Como é que o voto de alguém que há tão pouco tempo se recusou a contribuir para eleger uma lista socialista para o Parlamento Europeu, para mais uma lista de consenso dentro do PS com elevada qualidade reconhecida nacional e internacionalmente, tendo com isso ajudado a inviabilizar a mudança necessária em Bruxelas, pode agora ter o mesmo valor do que o meu, militante do PS, na escolha de quem irá governar Portugal tendo, em contraponto, contribuído para que na Europa se mantivessem forças adversas à política que o PS pretende para Portugal?

Como é que o meu voto pode ter igual valor, na escolha de quem seja presente ao Presidente da República quando ele perguntar ao PS quem é que indica para Primeiro-ministro, ao de um outro cidadão que há tão pouco tempo empunhava bandeirolas e estampava nas redes sociais símbolos adversários do meu Partido de sempre?

E ainda vejo por aí quem apele à inscrição massiva de “simpatizantes” no Partido Socialista e não consiga entender que as regras do Partido Socialista são as que foram aprovadas pelos socialistas e que devem ser respeitadas por quem se diz simpatizante.

A primeira coisa que deveria fazer, a seguir a tomar conhecimento da Declaração de Princípios do PS, seria a de se inteirar dos Estatutos para perceber que o Secretário-geral é eleito fora dos Congressos, em sufrágio universal, directo e secreto e que os Congressos (ordinários e extraordinários) são os plenários soberanos do Partido, de que se diz simpatizante, onde se discute e aprova política, orientações, estratégias e se elegem os restantes órgãos directivos do Partido.

Os Congressos são a essência do PS e não eventos menores onde se joga à macaca. Como se pode admitir a uma eleição interna do PS quem nem isto consegue entender?
LNT
[0.303/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXLVII ]

Cuisses de Grenouille
Cuisses de Grenouille - Paris - França
LNT
[0.302/2014]

terça-feira, 15 de julho de 2014

Sem título e sem vergonha


Oh pá, Salgado,
Quanto do teu sal irão ser mais lágrimas de Portugal?

LNT
[0.301/2014]

Da vida

MagritteNão lhes passe pela cabeça que desisti do que quer que seja. Estou um pouco cansado, é certo, desta guerra argumentativa em que alguns pretendem submeter todos os outros deixando correr impunes os desmandos que nos são impostos, mas nunca me canso da inteligência.

Não desisti do que quer que seja e não temo nem as ameaças veladas que vou recebendo, nem me rendo perante os argumentos sonoros de quem tem direito de antena.

Quando temos razão, a nossa, não se cede.

Acontece que há pausas necessárias, mesmo em tempo de guerra, e mesmo nesse tempo julgo que se devem limpar armas, ao contrário do que vulgarmente se diz. As munições estão pelo preço da morte e devem ser usadas com parcimónia preferindo a sua eficácia no tiro-a-tiro ao desperdício das rajadas.

Lixo

Entretanto parto para outros destinos. Encho caixotes de lixo com papéis que me levaram muita sabedoria e esforço de anos. Limpo milhares de ficheiros de trabalho e pesquisa. Preparo-me para mudar de vida e para me concentrar no que importa da vida restante que irei iniciar quando voltar de férias.

Sem desistir do que quer que seja, principalmente sem abdicar de mim e dos meus princípios.
LNT
[0.300/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXLVI ]

Escargots de Bourgogne
Escargots de Bourgogne - Paris - França
LNT
[0.299/2014]

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Sete

Sete
Sete indica o processo de passagem do conhecido para o desconhecido. O Sete é uma combinação do três com o quatro; O três, representado por um triângulo, é o espírito; o quatro, representado por um quadrado, é a matéria.
O que pode um barbeiro estabelecido há sete anos dizer no dia em que a sua barbearia comemora o aniversário?

Pouco, porque pouco mais há a dizer do que obrigado aos 770 mil visitantes que já por aqui passaram para concordar, discordar ou nem pouco mais ou menos.

Isto somado aos anos de escrita anterior noutros blogs atira com o Luís da barbearia para o paleolítico dos Blogs, num tempo em que muitos dinossáurios pastavam e engordavam para depois ganharem notoriedade no poder, nas artes e na comunicação social.

Aqui vou resistindo e deixo um grande abraço agradecido pela paciência de quem entra.
LNT
[0.298/2014]