sábado, 7 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.106/2009]
A fábula do coelhinho truca-truca e do dinheiro vilãoCoelhos Notas

Imaginem dois coelhos numa cova, de certeza que vão sair coelhinhos, mas se puserem duas notas de cem euros, imaginam que vão sair notas de vinte?
Francisco Louçã

Naquele tempo andava um cardeal moralista a filosofar pelos contrafortes da democracia e encontrou um casal de notas e um outro de coelhos.

O Cardeal vermelho, homem de lutas fracturantes, sentou-se a observar as notas que, por muito que se friccionassem, pareciam nada produzir enquanto que os coelhos pareciam obter com isso grandes espasmos e, isso observando, recostou-se para admirar os resultados.

Passados uns meses, convencido que aquilo que observava era trabalho, o Cardeal admirou-se com os resultados. As notas de tanto se friccionarem conseguiram calor e os coelhos, em resultado das causas fracturantes defendidas anteriormente extinguiram-se de cansaço sem darem rebentos.

O Cardeal pasmou-se e concluiu: Energia, tudo não passa de energia e embora nada mais que se crie do que energia, uma, ainda assim, aquece e a outra só esgota.
LNT
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2 comentários:

contradicoes disse...

Concordo com algumas ideias do Chico Louçã

odete pinto disse...

Concordar, às vezes parece quase óbvio, se quisermos ver só uma das faces da moeda (aquela de que mais gostamos). Realizar, concretizar, aceitar a outra face da moeda (que está lá sempre), é que já é outra conversa...

Nunca me deixa o pensamento a célebre frase do grande Eça:
"Sob o manto diáfano da fantasia, a nudez crua da verdade".
Seria o eterno "desprezo" dos tugas pela nudez crua da verdade, que motivava a constante delapidação dos dedos da Verdade na estátua do Eça em Lisboa?

Tanto delapidaram que a estátua teve que ser substituída por outra de metal e a antiga jaz inerte nos armazéns do Museu da Cidade de Lisboa...