Vão-me desculpar todos os outros frequentadores deste espaço, mas hoje dirijo-me aos meus camaradas.
Todos nós que somos filiados no Partido Socialista sabemos que ser militante de um Partido político (do PS ou de qualquer outro) é incompreensivelmente considerado por grande parte dos nossos concidadãos como uma coisa má. Todos nós já sentimos o dedo a apontar na nossa direcção e a maior parte de nós já sentiu o peso que esses dedos têm quando se fecham e nos acertam em cheio na cara.
Nós, que temos o nome fichado e que assim o mantemos nos bons e nos maus momentos, sabemos o que é ter a responsabilidade acrescida de escolher, de entre nós, os potenciais dirigentes de Portugal. Nós, os militantes, somos os primeiros responsáveis pelos candidatos que se apresentam a sufrágio quando se realizam eleições nacionais. É por isso que em democracia não existem vencedores nem derrotados pessoais e sentimos como nossas todas as derrotas e vitórias, mesmo quando dentro do nosso Partido não tivemos responsabilidade na eleição do líder.
Em última instância nós, os militantes do Partido Socialista (e isto aplica-se em todos os outros Partidos democráticos), que damos a cara, que somos insultados, que somos os "suspeitos do costume", que somos ultrajados e rotulados, somos os mais cidadãos de todos os cidadãos. Acabamos também por ser os únicos que temos direito a dois votos. Um, para eleger entre nós os que se apresentarão um dia a todos os outros e a outra para, com todos os outros, os elegermos na Nação.
Esta é a nossa grande responsabilidade e por isso temos a obrigação de escolher bem, consciente e independentemente de todas as pressões que sobre nós exercem os que nunca se comprometem mas que entendem que nos podem condicionar.
São muitas as formas de pressão. Basta abrir os jornais, basta ligar as televisões, basta ler a opinião publicada electronicamente, para o sentir, normalmente sobre a forma de atoardas que, quando analisadas, se revelam sem qualquer fundamento.
Nós, Camaradas, mais do que de outras vezes, temos dois excelentes militantes com provas dadas a concorrerem à liderança do PS. Falta-lhes apresentar os seus programas, que serão também nossos, pois é nossa competência o envolvimento na sua construção.
Sabem, já vos disse, que sou apoiante de António José Seguro. É nele que melhor me revejo na postura crítica construtiva, na lealdade insubmissa, na frontalidade e na defesa dos princípios que fundam o Partido Socialista.
Estou convicto de que seremos também nós que apresentaremos as melhores soluções para o nosso Partido e para Portugal.
LNT
[0.225/2011]
Todos nós que somos filiados no Partido Socialista sabemos que ser militante de um Partido político (do PS ou de qualquer outro) é incompreensivelmente considerado por grande parte dos nossos concidadãos como uma coisa má. Todos nós já sentimos o dedo a apontar na nossa direcção e a maior parte de nós já sentiu o peso que esses dedos têm quando se fecham e nos acertam em cheio na cara.
Nós, que temos o nome fichado e que assim o mantemos nos bons e nos maus momentos, sabemos o que é ter a responsabilidade acrescida de escolher, de entre nós, os potenciais dirigentes de Portugal. Nós, os militantes, somos os primeiros responsáveis pelos candidatos que se apresentam a sufrágio quando se realizam eleições nacionais. É por isso que em democracia não existem vencedores nem derrotados pessoais e sentimos como nossas todas as derrotas e vitórias, mesmo quando dentro do nosso Partido não tivemos responsabilidade na eleição do líder.
Em última instância nós, os militantes do Partido Socialista (e isto aplica-se em todos os outros Partidos democráticos), que damos a cara, que somos insultados, que somos os "suspeitos do costume", que somos ultrajados e rotulados, somos os mais cidadãos de todos os cidadãos. Acabamos também por ser os únicos que temos direito a dois votos. Um, para eleger entre nós os que se apresentarão um dia a todos os outros e a outra para, com todos os outros, os elegermos na Nação.
Esta é a nossa grande responsabilidade e por isso temos a obrigação de escolher bem, consciente e independentemente de todas as pressões que sobre nós exercem os que nunca se comprometem mas que entendem que nos podem condicionar.
São muitas as formas de pressão. Basta abrir os jornais, basta ligar as televisões, basta ler a opinião publicada electronicamente, para o sentir, normalmente sobre a forma de atoardas que, quando analisadas, se revelam sem qualquer fundamento.
Nós, Camaradas, mais do que de outras vezes, temos dois excelentes militantes com provas dadas a concorrerem à liderança do PS. Falta-lhes apresentar os seus programas, que serão também nossos, pois é nossa competência o envolvimento na sua construção.
Sabem, já vos disse, que sou apoiante de António José Seguro. É nele que melhor me revejo na postura crítica construtiva, na lealdade insubmissa, na frontalidade e na defesa dos princípios que fundam o Partido Socialista.
Estou convicto de que seremos também nós que apresentaremos as melhores soluções para o nosso Partido e para Portugal.
LNT
[0.225/2011]
20 comentários:
Bom dia, aqui no D”SUL. Estamos absolutamente de acordo com o camarada.
Camarada
Como de costume estou de pleno acordo.
Saudações socialistas.
Maria
Caro Luis
Peço desculpa por mais uma vez me meter onde não sou chamado.
A democracia Portuguesa assenta na existência de partidos políticos. Como alguem disse "este sistema tem muitos defeitos, mas foi o melhor inventado até agora".
Ter um cartão do partido (e merecê-lo)é um acto que só honra o seu portador. Se na nossa sociedade existe alguma "pecha" em relação aos seus detentores (e acho que é transversal a todos) foi pela má utilização feita por "alguns" e permita-me meu caro, apesar de não nos conhecermos pessoalmente, pelo que conheço de si, não é caso. Você é dos homens que honra o Partido de cujo cartão é portador.
Sei que não precisa de galhardetes. Mas...
Abraço
Não sou militante de nenhum partido. Há valores essenciais que defendo. E que, basicamente da esquerda à direita, todos defendem. Daí que a minha preferência se fixe sobretudo na pessoa e muito menos nos conteúdos programáticos que nunca se cumprem. É deste modo que me sinto bem em democracia. Isto é, alterando o meu sentido de voto em função da credibilidade, da idoneidade e do bom senso que os personagens me transmitem. Não consigo imaginar os tipos que são do PS, do PSD ou qualquer outro partido, como se é do Benfica, do Sporting ou do Porto. O que faz um militante quando o candidato do seu partido não é o da sua preferência, abstém-se? E se o candidato do partido que não é o seu lhe merecer mais confiança, vota nele?
Como sabe não sou militante do PS nem de qualquer outro partido. Mas tenho no exercício do meu direito cívico várias vezes ajudado a ganhar eleições. Julgo que a sua escolha vai ao encontro da minha preferência entre os dois candidatos e se for essa a opção dos militantes socialistas António José Seguro terá seguramente o meu voto nas próximas legislativas, pois se a opção for diferente não terá seguramente.
Um abraço
Caro Folha Seca,
Agradecido pela sua consideração gostaria só de lhe dizer que “não é o cartão que faz o ladrão”. Em todas as organizações há boa e má gente e a generalização é sempre injusta. Abr.
Caro Alberto Martins,
Fazer parte de um Partido Político não é (não deverá ser) como ser de um clube desportivo. Por “n” razões, algumas das quais referidas no texto, mas por uma essencial que consiste na participação activa. Quando vai a um jogo de bola e diz: “Nós ganhámos” , está a apropriar-se do esforço daqueles que jogaram, uma vez que nada mais fez do que assistir. Quando participa num Partido político tem a obrigação de não ser um espectador mas antes um jogador. É isto que digo no texto quando refiro que não há derrotas pessoais. Abr
D’Sul, Maria e Raúl,
Abraços
Meu caro Luís, peço desculpa mas não posso deixar de discordar com o seu argumento pelas razões que passo a enunciar. 1. A “participação activa” de que fala, e conforme tive oportunidade de ler nos seus postes, está actualmente e no seu caso particular restringida a uma escolha entre os dois personagens que “vão a jogo”: o Assis e o Seguro. Estes são na verdade os “jogadores do momento”, sendo que o Luís é, neste jogo, apenas mais um “adepto”, que apoia um dos jogadores em confronto. Desse jogo sairá um vencedor que poderá ser, ou não, o seu eleito. Não obstante, quem vencer receberá sempre (assim julgo) o seu apoio incondicional, já que se trata de um “jogador” da sua “equipa”. Ora, é justamente com isto que discordo. 2. Por outro lado, e contrariamente ao que diz, acho que um verdadeiro “adepto” de futebol é muito mais do que mero espectador. O apoio que os adeptos conferem à sua equipa é tantas vezes o incentivo indispensável à superação dentro das quatro linhas. Não é por acaso que se entendem os adeptos como o 12º jogador. Acresce que, como bem sabemos, jogar em casa ou fora dela não é a mesma coisa: a diferença reside na maior dimensão do apoio, isto é da força, que a “casa” tradicionalmente tende a conferir.
Mas “partidarismo” e “clubismo” não são a mesma coisa. Aos partidos subjaz-lhes uma dada matriz de valores, de ideais, e de identidades. No fim de contas um quadro simbólico valorativo que não pode nem deve ser imutável. Os Clubes de futebol, ou de qualquer outro desporto, procuram, sobretudo, a excelência competitiva na procura da obtenção dos troféus que tragam grandeza ao clube e satisfação aos adeptos. A filiação clubista é, frequentemente, um acto digamos que “irracional”. Trata-se, não raras vezes, de uma escolha bem precoce, realizada (sugerida ou imposta) quando ainda sequer se sabe reproduzir o nome do clube eleito para toda a vida. A escolha partidária não pode seguir a mesma lógica da clubista, mas não estou seguro que, em muitos casos, assim não seja. E isso é francamente mau.
Caro Traça
Tento explicar-me mas é evidente que só percebe as explicações quem as tenta entender.
Dizia eu que a diferença entre a bola e a política é de que na bola jogam 12 e assistem todos os outros e que nos Partidos políticos só não joga quem não quer.
Se só há dois a concurso no PS é porque todos os outros militantes entenderam que esses dois já os representam e não precisam de apresentar as suas próprias candidaturas. Agora, à volta desses dois, é DEVER de todos os militantes entrar em jogo. Se insiste em comparar um Partido Político com um Clube de Bola então considere o líder político a escolher com o capitão da equipa, porque aos militantes compete-lhes jogar e não ficarem nas bancadas a aplaudir e a incentivar.
Só mais uma coisa. Nunca dei o meu apoio incondicional a ninguém, meu caro. Basta ler este blog para saber que isso é verdade.
Brites,
fique sabendo que não é por lápis azul que os seus comentários não são publicados, mas sim porque as caixas de comentários deste blog não são o caixote do lixo. Assim continuará a ser enquanto os seus comentários forem só provocação sem qualquer outra intenção.
Se quiser ser só provocador faça como eu.
Abra o seu próprio Blog e descarregue para lá o lixo que quiser.
E deixe de ter medo de se identificar. Cada vez menos os leitores acedem a Blogs anónimos (tirando aqueles que já se afirmaram em tempos).
Caro Luís,
Com todo o respeito, deixe-me dizer-lhe que é tão acertado dizer que “só percebe as explicações quem as tenta entender", como proferir que “cada um só vê o quer ver”. Vem isto a propósito do Luís acreditar, ou pelo menos assim pretende fazer crer, que no PS (como em qualquer outro partido, diria eu) os candidatos que disputam a liderança num dado momento representam todas as sensibilidades presentes no seio do partido e, por isso mesmo, nenhum outro militante carece de apresentar a sua própria candidatura. Bem, digamos que se trata de uma visão tão bucólica quanto ingénua da política, e, em qualquer caso, absolutamente inverosímil. Na verdade, se assim fosse, isso faria dos políticos pessoas verdadeiramente anormais, o que de facto a realidade não revela. Digo “anormais” porque os políticos (aqueles que têm suficiente dimensão para se assumirem como candidatos) são feitos de carne e osso como qualquer mortal. Isto é, têm interesses pessoais a defender, alimentam ambições, possuem agendas próprias, etc. Ora, isto faz com que, em cada momento, avaliem as circunstâncias e decidam em função dos seus interesses face à leitura que fazem do “terreno”. Isto nem por sombras será compaginável com a visão naif que avança.
O seu comentário não precedido dos meus,só prova que
a asfixia democrática existe.
E eu, que combati os queixosos, estou agora num processo de reflexão... graças a si!
Fique bem com a sua clientela.
Não, meu caro Traça, não quer dizer que representa todas as sensibilidades. Quer dizer que é suficientemente representativo para que todas as sensibilidades se sintam representadas.
Poderá julgar-me Naif, mas sempre lhe digo que ao longo dos muitos anos em que pertenço ao PS sempre me candidatei aos cargos quando não me sentia representado. Umas vezes fui eleito, outras não, como mandam as regras da democracia. Se nunca me candidatei a Secretário-geral foi porque nunca senti vontade de o fazer, senão tê-lo-ia feito. Claro que, tal como você, não ando a dormir na forma. Sei muito bem que uma candidatura a Secretário-geral teria de ser precedida de muitas outras coisas que nunca me apeteceu fazer e isso foi determinante. No entanto sempre fui livre para o fazer.
Sem nunca me ter candidatado já colaborei na eleição de Secretários-gerais. Sentia-me representado e fiz parte activa das equipas que os fez eleger, sem ter ficado na bancada a assistir ao jogo. É isto que, desde que escrevi o post, estou a tentar explicar.
Brites,
O que significa é que a democracia e a liberdade de expressão são coisa diferente daquela que você entende. Exige responsabilidade pelos actos e representa o respeito pelo espaço dos outros, coisa que você não pratica.
Como tal, só publicarei os seus comentários quando assumir uma e outra coisa. Já lhe disse que este espaço não é um caixote do lixo. Chame-lhe asfixia democrática, chame-lhe o que quiser. Estas são as minhas regras, para o meu espaço.
Caro Luís,
Agora sim, sinto-o mais bem perto da realidade e, portanto, mais tangível.
Continue assim.
Abraço.
Sr. Barbeiro
É sempre um prazer passar pelo seu atelier e deliciar-me com as tesouradas e escovadelas que tão bem assenta na sua clientela.E como já algum tempo não o fazia,motivos pessoais, acertei em cheio; embora não faça parte daqueles a quem se dirige.É claro que sem militantes não há Partidos, e aqui, falho, claro está, porque não pertenço a nenhum.
Será uma questão de rebeldia genética; sufoca-me a submissão seja ao que for;e curiosamente nunca votei noutro partido que não fosse o PS.Há coisas assim...
No momento presente, vivo a escolha do S.G. como se tivesse de o decidir também; e penaliza-me sentir a grande falha de não ver quem. Os nomes alinhados não me convencem, e penso que mais que nunca o PS precisava de uma liderança que se impusesse pelo prestígio incontestavelmente aceite.
A melhor sorte na escolha é o que desejo, porque será também a nossa.
E bons cortes!
Cara CC
É sempre um prazer contar com as suas opiniões.
Neste caso tenho mais sorte. Sou militante do PS e nunca me senti submetido, nem nunca poderia sentir-me porque a liberdade faz parte da minha existência. Até quando ela nos era interdita nunca deixei de a praticar embora me tenha custado umas nódoas negras. Nesta eleição também tenho mais sorte. Dos dois candidatos até agora apresentados poderia ter escolhido qualquer um porque lhes reconheço qualidade. Como tenho que escolher, porque só tenho um voto, optei pelo que me parece mais coerente com o percurso que eu próprio sempre segui (ao contrário de António Costa e porque estou atento ao que se passa no PS, conheço os dois candidatos e sei os caminhos que trilharam). Optei por AJS e colaborarei na construção da linha condutora com que se apresentará a votos.
Oxalá não esteja enganado na escolha. De qualquer forma, como cidadão livre que sou, nunca prescindirei do meu direito à crítica.
LNT:
Permita-me discordar de si totalmente: sinto a minha liberdade perigar só de pensar na filiação em um partido.
No entanto, não posso deixar de aqui manifestar o meu apreço pela forma sadia e bem disposta como assume as suas convicções e se predispõe para aceitar as dos outros. A democracia pressupõe sempre a boa educação, o que muita gente esquece...
Cumprimentos
Caro João,
Se soubesse as nódas-negras que ganhei até poder ser militante de um Partido Democrático...
De resto agradecido pelas suas palavras.
Abr.
Bravo, Luís! É por essas e por outras que gosto de ti e me mereces o maior respeito.
Abraço
Abraço Joshua
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