quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O poder ao Sol

Escudo da RepúblicaCom a Praça do Município só composta por quem foi escalonado para o frete, Costa, a menina agradecida a Deus pela República e Cavaco, fizeram as honras da casa e desfraldaram a nossa Bandeira que mistura o sangue com a esperança, apelando à mansidão da populaça que os ignorou olimpicamente.

Para demonstrar a austeridade deixaram o Poder ao Sol, a suar as estopinhas nos seus fatinhos de Domingo enquanto ouviam as homilias que apelavam à abnegação e ao sacrifício prometendo o Reino nos Céus quando a morte nos levar.

República é sinal de esperança, de futuro, de escolha, de serviço público, de fraternidade, de igualdade de oportunidades, e de muitas outras coisas que só estiveram minimamente presentes no discurso do alcaide lisboeta e que, quando foram sugeridos pelo Presidente da República através do apelo à divisão equitativa dos sacrifícios, soaram a falso assim que veio à memória a sua preferência pelas mordomias das reformas chorudas ao vencimento que a República lhe atribui.

Estamos mal, neste início do segundo século republicano. Mal servidos por quem nos representa, mal geridos por quem apela à austeridade dos governados mas não deixou de abandonar os Paços do Conselho em comitivas topo de gama com o mesmo esplendor com que Maria Antonieta, pouco antes de perder a cabeça, acenou ao povo faminto aconselhando-o a que, à falta de pão, comesse bolachas.
LNT
[0.425/2011]

5 comentários:

contradicoes disse...

Mas eles não têm culpa
mas sim que os escolheu
e esses não têm desculpa
mas sim quem os convenceu

Anónimo disse...

Mas há quantos anos andámos nós a aturar estas bestas sôfregas. Quando penso que já fui abandonado por um PRD, usado por um Nobre e enganado por tantos outros membros do republicano proxenetismo político, penso que o D. Duarte não seria assim tão mal. É dos que ainda me faz pena.

Anónimo disse...

Pois. Só será pena não se utilizarem os mesmos métodos de tempo de M.Antonieta para acabar com este republicano proxenetismo político, com estas bestas sôfregas que se governam desgovernando-nos.

folha seca disse...

Caro Luis
Ouvi quase integralmente a intervenção do "Alcaide Lisboeta" e olhe que gostei. Fico sempre bem disposto quando ouço chamar as coisas pelos nomes.
Este foi de facto um discurso "Seguro" de quem sabe o que quer, ao contrários de uns rapazes que andam demasiado bem comportadinhos a ver onde param as modas.
Abraço

Maria disse...

Como de costume, adormeci a meio do emaranhado discurso do presidente da Republica. Detesto que me obriguem a dormir.
Maria