quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Utopias

BoteroAinda não consegui voltar à militância política activa (material, porque nunca deixei a electrónica).

A vida político-partidária que tanto me entusiasmou até aos inícios do presente século e que tanto me desiludiu na segunda parte da última década continua arquivada num monte de papeis que guardo à espera de fazerem História.

Depois dos tempos negros que fizeram Ferro Rodrigues partir para a diáspora, depois da calúnia, das jogadas de bastidores, da tomada do poder pelos mastins, da instalação dos patos-bravos nos comandos do novo-riquismo baseado no deslumbramento, nos gadjets e na teoria de que a imagem se sobrepõe à vida real, é difícil regressar à luta e ao combate pelas ideias e pela máxima de que a política é uma forma nobre de servir os outros.

Ando para aqui meio moribundo à espera de que a política saia da promiscuidade dos interesses e mantenho-me pessimista por não a ver dar o salto para os projectos de bem-estar e de esperança que os políticos da anti-ideologia esconderam no fundo da gaveta.
LNT
[0.429/2011]

2 comentários:

Anónimo disse...

Já agora,diga-nos lá qual foi a diáspora do senhor Ferro Rodrigues, que partiu por lhe ter sido oferecida de bandeja uma posição de relevo na cidade luz. Assim como a diáspora do senhor Cravinho, que foi calado com uma posiçãozita em Londres.

Luís Novaes Tito disse...

Anónimo,
Presumo que as suas questões sejam só retórica uma vez que deve saber que , por sistema, não respondo a questões de anónimos.
Mas ainda assim lhe digo que estou convencido que se Ferro não tivesse sido tão mal tratado e tivesse chegado a Primeiro-Ministro ( o que possivelmente teria acontecido se Sampaio não tivesse feito o disparate chamado Santana Lopes) não estaríamos hoje na situação em que estamos.