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terça-feira, 17 de junho de 2014

Barbering Books [ XIII ]

Barbering Books- Não está triste, pois não?
e eu - Que ideia, Orquídea - com ganas de dizer-lhe que basta a companhia dela para me sentir melhor e não digo por vergonha, por acanhamento, por ser casado, talvez, e a fidelidade, e essas lérias, escuto os brincos a tilintarem ao meu lado enquanto abro o computador e apetece-me gritar
- Estou alegre - gritar muito alto
- Estou alegre - convidá-la para uma bica a seguir ao emprego, os dois numa mesinha de canto, com o meu joelho quase a tocar o seu, com o meu joelho a tocar o seu, com os meus dois joelhos a tocarem os seus, pegar nos pacotes de açúcar
- Muito ou pouco? - sorrir ao seu sorriso
- Muito - com os meus dois joelhos apertando os dela e, se a minha mulher, já agora
- Estás a pensar em quê?
- Na Orquídea - no tom mais natural deste mundo
- Estou a pensar na Orquídea
- Que história é essa da Orquídea? - a Orquídea e eu, palma com palma, a compararmos o tamanho das mãos e a divertirmo-nos com a diferença, a Orquídea e eu, felizes, de sininhos a tilintarem e oxalá me toque, oxalá me beije, oxalá me acaricie um ombro na pensão na rua abaixo do emprego, a compararmos o tamanho das cicatrizes das apendicites, a dela pequenina, bonita e eu, a descer Orquídea abaixo perguntando num murmúrio
- Importa-se que a beije aí?
António Lobo Antunes
Visão – 2014.06.12

LNT
[0.240/2014]

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Barbering Books [ XII ]

Barbering BooksPromover o princípio da gestão da qualidade ”focalização no cliente”, através do envolvimento da gestão de topo em assegurar que a organização define os requisitos do cliente e garante que a organização vai ao seu encontro com vista a aumentar a satisfação deste.

Interpretação

Esta secção assenta no princípio de gestão da “focalização no cliente”, que estabelece que “as organizações dependem dos seus clientes e, consequentemente, convém que compreendam as suas necessidades, actuais e futuras, satisfaçam os seus requisitos e se esforcem por exceder as suas expectactivas”.

A gestão de topo tem a responsabilidade máxima por assegurar que a organização compreende as necessidades e expectativas dos seus clientes e os requisitos estatutários e regulamentos aplicáveis aos seus produtos. Estes devem ser usados como entradas para a organização definir requisitos internos para os seus produtos e o SGQ deve ser capaz de ir ao encontro desses requisitos de uma forma consistente.
APCER
Guia interpretativo NP EN ISO 9001:2008

LNT
[0.236/2014]

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Barbering Books [ XI ]

Barbering Books«Nem lei nem lei, nem paz nem guerra», recitava o juiz. E a terminar, já com soluços na voz:
«Ó Portugal, hoje és nevoeiro…
É a Hora».

Fez uma pausa, voltou-se, como sempre, para o Marquês e disse: Eu sou um sebastianista, sou um sebastianista e não tenho rei, mas é a Hora, ó meus amigos, é a Hora de rasgar o nevoeiro e de voltar a ter um rei.

E já fora de si, saltou para cima da cadeira e começou a gritar; Real, real, viva a Monarquia, viva El-Rei de Portugal.

Gonçalo Pena não se conteve. Levantou-se, fez uma vénia ao Marquês, ergeu o copo e replicou: Talvez eu seja um republicano sem República, por acaso, disse, olhando o copo, até sou um bebedor com pouco vinho, mas há uma coisa que vos garanto, se alguém me dá um viva à Monarquia, eu tenho de gritar, com vossa licença, viva a República.

E gritou mesmo. No que foi acompanhado pelo Dr. Felismino que, para grande admiração minha, até se levantou, ele que era sempre tão calado e tão discreto.

O juiz, que apesar da solenidade do cargo tinha fama de frequentemente substituir a sentença pela porrada, atirou-se a Gonçalo Pena. Que não se ficou. Só o meu Pai os conseguiu separar, não sem levar de um e de outro, o que o irritou, a ponto de dizer: Mau, se é assim, também dou.
Manuel Alegre
Alma

LNT
[0.232/2014]

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Barbering Books [ X ]

Barbering Books- O melhor é virem para a sala – disse a mulher.

Aí estavam três homens e cinco mulheres sentados. Não era preciso ser feiticeiro para adivinhar de que casa se tratava. Sara fez esforço para calar um gesto de recuo. Preconceitos pequeno-burgueses, são mulheres como as outras. E ajudaram-nos. Sorriu para a que lhes tinha aberto a porta, de meia idade e com problemas nos dentes.
- Obrigada.

- Se os chuis aparecerem, metam-se num quarto. Sem cerimónias. A esta hora estão todos vazios, o negócio começa mais tarde. Estes senhores também fugiram da manifestação.

Os homens tinham ficado encabulados ao verem entrar Sara, que decididamente não tinha estilo de puta. Mas agora riram todos, solidários. Um deles, o mais velho e com vestuário de operário, disse:
- Esta casa eu não conhecia. Mas como foram tão porreiras, vou passar a frequentá-la. Se a minha patroa deixar…

Os outros riram. A mulher que lhes tinha aberto a porta sentou-se ao lado dele. Segurou-lhe a mão.
- Tens de pedir autorização à tua patroa, queridinho?
- Ela é que guarda o dinheiro. E é muito semítica…
Pepetela
A geração da utopia

LNT
[0.227/2014]

terça-feira, 10 de junho de 2014

Barbering Books [ IX ]

Barbering Books
Ao entrar em casa da minha irmã, vejo o Simão sentado, à mesa da cozinha, a fazer os trabalhos de casa. Pergunto:

- Então, como é que vai essa vida?

E, ele, desanimado:

- A vida vai bem. O que dá cabo de mim são estes trabalhos de casa!
Sofia Bragança Buchholz
Simão o fantástico

LNT
[0.225/2014]

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Barbering Books [ VIII ]

Barbering BooksDai-me música, só música, não a vida.
Leva a hora e o amor
Com os papeis de cena e as máscaras, na vida
Do último actor.

Ah viver só em cenário e ficção
Não ter deveres nem gente
Sonhar até nem se sentir a emoção
Com que se sonha e se sente.

Porque só viver é que faz mal à vida,
Só amar, querer não existe
Para quem tira a máscara e, vê na sala despida,
Que só a ficção não é triste.
Fernando Pessoa
Poesia do Eu

LNT
[0.220/2014]

sábado, 7 de junho de 2014

Barbering Books [ VII ]

Barbering BooksAquilo de que me lembro (num presente que me parece também já passado) está cheio não só de estranhezas e improbabilidades mas igualmente de vazios, de hesitações e de imprecisões, pois se calhar não me recordo de factos mas da minha recordação deles. Pode por isso suceder que o que recordo não seja o que ouvi; ou que o tenha ouvido a outra pessoa, noutro lugar, noutras circunstâncias; ou mesmo que o tenha eu próprio sonhado ou imaginado.

Ouvi e li muitas outras coisas desde a minha distante primeira viagem ao estrangeiro, onde tudo (pelo menos aquilo de que agora me lembro) começa. Talvez, quem sabe?, nem nessa viagem tenha acontecido, ou eu a tenha lido, ou ouvido contar a alguém. A matéria da memória é indefinida e insegura e nela, como na matéria da vida (a vida é provavelmente apenas memória), se confundam acontecimentos e emoções, imagens e conjecturas, cuja origem nem sempre nos é dado com clareza reconhecer e cuja finalidade a maior parte das vezes nos escapa. E, no entanto, é tudo o que temos, memória.
Manuel António Pina
Os papeis de K.

LNT
[0.218/2014]

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Barbering Books [ VI ]

Barbering BooksO povo que assaltou Lisboa na companhia do nosso primeiro rei não a devia ter olhado com olhos iguais aos daquele que um outro monarca, louco e megalómano, ali embarcou para o matadoiro de Alcácer-Quibir. E também os que arderam nas fogueiras do Santo Ofício não levaram dela, certamente, uma recordação semelhante às dos irmãos que partiam para a Índia e regressavam gloriosos.

Sim, seria preciso vê-la desbobinada, cada passo da sua via-sacra destacado, como nas capelas de um calvário, e articulado depois no drama total da Paixão. Mas, como isso é impossível, fica apenas a imagem global duma sedutora decepção feita de rendido culto à beleza e de obstinado apego à raíz. No fundo, uma trágica falta de sintonização entre a consciência do país e a capital, que o foi de direito na hora dos Descobrimentos e, desde que o sonho morreu, passou a sê-lo apenas do facto.

O Velho do Restelo da epopeia, o melhor símbolo até hoje concebido em Portugal de courelas e ovelhas, vive ainda na pele do homem que nos nossos dias desce da Estrela, do Marão e da Peneda, pernoita na Mouraria, e amanhece com um travo a carne cosmopolita e venal, a fado, a volúpia de maresia do Oriente. Esse português das berças tem da prostituição e da aventura um sentido particular e cauteloso.
Miguel Torga
Portugal

LNT
[0.215/2014]

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Barbering Books [ V ]

Barbering BooksDescobri que há algumas coisas semelhantes entre a forma como os meninos crescem actualmente e o modo com se trata a fruta. Eu explico-me.

A fruta nasce, muito bem agarradinha à árvore. Quase sempre se acoita, algures num cantinho cómodo do tronco, sob a protecção de uma folha que é forte e larga, para se proteger de todos os perigos que possam acontecer.

Dantes, por lá ficava e demorava pelo menos o tempo de duas estações, para crescer e amadurecer bem. Havia um tempo grande de esperar para poder saborear.

Agora, mal a fruta cresce um pouco, vêm os produtores e arrancam-na à força. Encaixotam os pêssegos todos em fila, uns contra os outros, e lá seguem para o armazém, que é uma câmara frigorífica.

Só que a fruta ainda está verde.

Depois as donas de casa vão às compras. Olham para os pêssegos, dizem ter um aspecto lindo. Compram. Passados dois ou três dias estão «tocados». Levaram só uns toques e estragaram-se. Quer dizer, não tinham amadurecido o suficiente para sair da árvore mãe tão cedo e aguentarem-se bem.

E assim andamos todos a reclamar que a fruta além de não ter gosto, não se aguenta. Estraga-se num instante.
Daniel Sampaio
INventem-se novos pais

LNT
[0.210/2014]

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Barbering Books [ IV ]

Barbering BooksElias procura uma pedra. Ainda ela vai no ar e já se ouvem ganidos com toda a matilha a desarvorar por esse cemitério abaixo, caim-caim, pernas para que vos quero. Elias volta-se para o Diário de Notícias.

Que está cada vez mais mula-de-enterro, o Diário de Notícias. Cada vez mais correio dos mortos. Já não é só a página das cruzes, missas do sétimo dia, Agência Magno e etecetera, é a VELADA AO SOLDADO DESCONHECIDO, Mosteiro da Batalha, é a REVOLTA NA ÍNDIA, Naufrágio de Goa, eterna saudade, é o PRESIDENTE THOMAZ, outro morto. Cemitério impresso, pura e simplesmente cemitério impresso tudo aquilo. E o Thomaz em foto a duas colunas parece um pénis decrépito fardado de almirante.
José Cardoso Pires
Balada da praia dos cães

LNT
[0.207/2014]

terça-feira, 3 de junho de 2014

Barbering Books [ III ]

Barbering BooksSe houvesse um amor abandonado à sorte dele, só Deus sabe a companhia que me faria, se eu deixasse. Quantas vezes, ao certo, cheguei eu a perder-te, para as mesmas vezes, vezes dez, enlouquecer de tanto te chamar? Tu dirás.

São cinco da tarde. Saí da tua casa. Olha a rua cheia de tempo para gastar. Pára ao pé da minha porta. Pergunta por mim. Diz o meu nome. Deixa-me ouvir.

Que coisa não se encontra aqui? Se nós quisermos? Que coisa será?

Alguém para abrir a porta. Atrás dos dias. Vestida de preto e branco. Um cheiro de carne. Um sobretudo para despir. O som de um primeiro andar. Madeira encerada. Uma carta. Um corredor com fim.

Se eu pudesse. Já.
Miguel Esteves Cardoso
O amor é fodido

LNT
[0.203/2014]

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Barbering Books [ II ]

Barbering BooksEssa mera encenação pode acontecer numa cena de teatro onde se represente um casamento. No filme, de Manoel de Oliveira, “O Princípio da Incerteza” (2002), há uma cena de casamento. Um casamento católico. Naturalmente, na cena há um actor que representa o papel de um padre, o oficiante nessa cerimónia, e outros que representam os noivos, e outros ainda a assistência. Ninguém fica mais ou menos casado por ter participado como actor nessa cena. Contudo, um dos actores que representam essa cena é um padre. Mais precisamente, quem faz de padre nessa cena é realmente um padre, na vida real, fora do filme. Essa pessoa, que aí faz de padre, poderia casar aquelas pessoas noutras circunstâncias – mas do que se representa num filme não decorrem consequências desse tipo. Tudo o que se passou no filme é diferente de um verdadeiro casamento. A diferença não está em nenhum dos movimentos, em nenhuma das palavras, nem sequer nos poderes das pessoas envolvidas. A diferença está na preparação do mundo institucional que enquadra aquela acção. Daquele conjunto de pessoas no filme não se podia dizer que contassem com os mesmos aspectos externos que contavam os que participavam no casamento de Pedro e Maria. A diferença é o contexto institucional. A diferença é institucional.
Porfírio Silva
Podemos matar um sinal de trânsito?

LNT
[0.199/2014]

domingo, 1 de junho de 2014

Barbering Books [ I ]

Barbering BooksA dureza volta-se contra nós. É o preço que se paga pela distância que interpomos entre nós e os outros. É uma factura necessária pois de outra forma teríamos de viver encostados. Custa a desenvolver, aprende-se a aperfeiçoar.

Quando nos tornamos expertos na arte, a vida corre mais solta. A dependência das pequenas coisas é obrigatória, suporta-se como a chuva miúda. Mas com vantagem couraçamos a fraqueza: é óptimo se vens, aguardo-te enquanto não chegas. Entretanto bebe-se um aperitivo.
Filipe Nunes Vicente
Amor e Ódio

LNT
[0.196/2014]

terça-feira, 4 de março de 2014

União de Tomar–100 Anos de História

União de Tomar - Leonel VicenteNestes tempos de crise é habitual a tese do “Nós e do Eles”. O “Nós” somos os de cá, os que entendemos que pouco ou nada podemos fazer e o “Eles” são os que estão para lá do “Nós”, os que têm obrigação e à-vontade para tudo fazer, fazendo só o que entendem, porque o “Nós” assim os deixa fazer.

O Leonel Vicente, conhecido de quem navega nas vagas da Net pela atenção com que sistematiza os mais diversos assuntos, atirou-se de alma e coração ao levantamento de História do União de Tomar, aproveitando o centenário que se comemora este ano.

Ainda não li o que compilou, porque isso está feito num calhamaço que precisa de apoio para entrar na tipografia, mas conhecendo o trabalho do Leonel posso assegurar que se trata de qualidade. Essa qualidade é já reconhecida no prefácio da autoria de Vítor Serpa (director de “a Bola”), do qual deixo um curto extracto:
"Foi por estes anos, aliás, que o União de Tomar voltou a surpreender o país e todos os seus adeptos de futebol, com a contratação de Eusébio – a maior glória do futebol português, bandeira, então, mal resguardada do Benfica – e de Simões, outra figura enorme da história do futebol nacional.

Leonel Vicente não descreve estes tempos de natural euforia, e que se saldou por um aumento significativo de associados e de assistências aos jogos do União, com qualquer espécie de empolgamento ficcionista. Mantém o rigor histórico e a verdade factual.

Conta-nos como Eusébio tinha assinado um contrato muito peculiar que apenas o vincularia ao clube entre os meses de novembro e abril, para depois poder partir para os Estados Unidos, onde teria contratos imperdíveis. Por isso o “rei”, então com 35 anos de idade e a jogar quase sempre a meio campo, longe das balizas que tanto o seduziram e lhe deram fama mundial, passava apenas uns dias (de quinta feira a domingo) na cidade. Tal como António Simões, que chegou a não jogar um desafio oficial por ter tido trabalhos até de madrugada na Assembleia da República. É evidente que, em tais condições, difícil seria esperar grande resultado desportivo e assinaláveis exibições dos dois «velhos» ídolos."
Prefácio de Vítor Serpa
no livro do Centenário do União de Tomar
da autoria de Leonel Vicente
O que é que o “Nós” pode fazer nestes tempos de crise em que o “Eles” entende que tudo o que é cultura e História é supérfluo?

Podemos apoiar a publicação de um trabalho exaustivo que relata a vida de uma associação centenária e deixa um registo importante do interior desta Nação a caminho da periferia desvalorizada da Nação Europeia.

Os contactos do Leonel Vicente são conhecidos, tanto no Blog Memória Virtual, como no Blog do União de Tomar, como no Facebook e no Twitter.

Ajudar a fazer com que esta obra veja a luz do dia é parte do muito que compete ao “Nós”. Os nossos filhos e netos hão-de agradecer. O União de Tomar e o Leonel Vicente, também.
LNT
[0.083/2014]

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Quem não tem dinheiro não tem vícios

MiróComo se pode esperar que um poder assente numa folha de cálculo (ainda por cima mal concebida e com erros graves nas fórmulas) entenda que o património cultural é um bem sucessório?

Como se pode esperar que um poder que tem por conceito que só os canudos são curriculum (ainda que sejam obtidos por equivalência), que o desemprego é efeito colateral do bom desempenho da governação, que as pessoas são valor estatístico isento de alma e sofrer, que a exportação de cérebros jovens é uma variante à zona de conforto, que todos os fins justificam os meios, mesmo os não referendáveis, que as promessas eleitorais só se destinam a obter legitimidade para mandar e que o património nacionalizado na sequência de desmandos quadrilheiros, corruptos e mafiosos é espólio que minimiza os prejuízos causados aos contribuintes?

Como se pode esperar de alguém que tem por cultura a arte de manipular resultados, um entendimento sobre a perenidade dos bens culturais?

O que se pode esperar de gente que considera a arte como um vício e justifica a delapidação do património cultural com a expressão: "Quem não tem dinheiro, não tem vícios"?
LNT
[0.045/2014]

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Acima das possibilidades

Rosbife

Sei ser um pouco provocatório em tempos de crise mas tomem lá uma coisa muito boa, fácil e rápida de fazer:

Numa frigideira com bom óleo muito quente coloque um naco de rosbife (400 gr/2 pessoas) previamente esfregado com sal grosso, alho, pimenta moída, louro e tabasco. Quando estiver selado (tostado) do lado de baixo vire ao contrário. Nunca fure a carne para não perder os sucos (é nisto que reside o “selar”). Tostado dos dois lados retire para uma tábua e deixe arrefecer. Com uma faca bem afiada corte em fatias finas sobre as quais deita um fio do óleo da fritura.

Misture natas gordas para culinária (as President são de luxo) com um colher de sopa de maionese, uma de café de mostarda, umas gotas de molho inglês, um dedal de vinho do Porto (ou conhaque), uma boa dose de ketchup e um pouco de parmesão ralado. Envolva bem sem bater e arrefeça.

Sirva as fatias de rosbife com batata palhinha e o molho à parte. Umas fatias de maçã ácida melhoram a coisa.

Se for vegetariano substitua o rosbife por um ananás descascado. O problema será seu.
LNT
[0.396/2013]

sábado, 19 de outubro de 2013